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Notícias de Bonito MS

Vinte anos convivendo no mesmo ambiente fizeram duas araras fêmeas criarem um comportamento de casal homossexual no minizoo do Parque da Redenção, em Porto Alegre. Sempre juntas, a de penugem azul, Linda, e a vermelha, Lara, despertam a curiosidade dos visitantes: “Mulher com mulher a gente sabe que tem, mas ave eu não sabia que existia”, espanta-se Gerson Luiz Emerim, de 46 anos.

A relação entre as duas ficou mais evidente depois que Linda botou três ovos – não fertilizados por um macho – e Lara ajudou a chocá-los. As duas não abandonavam o ninho que construíram juntas por nada, durante cerca de três semanas. Apesar de o comportamento causar estranheza em alguns, a veterinária do zoo, Simone Gutkoski, explica que a proximidade dos animais faz com que eles reajam desta forma naturalmente. “Durante todo o ano elas se comunicam com vocalizações especiais, limpando as penas uma da outra. Elas vivem muito próximas”, conta.

Mas não são todos que sorriem ou fazem uma expressão de espanto quando são informados da relação entre as araras. Há os que acompanham o raciocínio da veterinária, argumentando que é um comportamento natural. “Acho normal, elas vivem tanto tempo no mesmo lugar que acaba acontecendo, é da natureza delas”, comenta Valdeir Winkelmann, 23 anos.

Comportamento é comum entre animais

Para os cientistas, o comportamento não é mesmo incomum. Pesquisas das universidades de Berkeley, nos Estados Unidos, e de Saint Etienne, na França, comprovaram que a formação de aves do mesmo sexo é bem mais normal do que se imagina. Até casos envolvendo leões machos foram verificados. Na Noruega, um museu fez exposição de fotos sobre o tema em 2006.

Recentemente, os pinguins gays de Toronto, no Canadá, trouxeram o assunto à tona mais uma vez. Buddy e Pedro, no entanto, se separaram oficialmente em novembro após um deles ter encontrado uma outra cara metade, mas do sexo feminino. Na década de 1990, outro casal de pinguins machos que vivia no Central Park, em Nova York, ficou bastante conhecido. Juntos, eles adotaram um ovo fecundado, do qual nasceu Tango. Esta história rendeu até livro infantil.

“Estes comportamentos possuem várias explicações nesta grande diversidade. Neste caso das aves, é normal pelas condições de confinamento, pela indisponibilidade de parceiros de outro sexo e pelo instinto de reprodução da espécie, por isso eles acabam tendo cuidado e comportamento de casal. Mas não tem nenhuma comparação com o comportamento humano”, esclareceu a bióloga da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam) Patrícia Witt.

Segundo Simone, outros casais gays devem se formar em breve no minizoo de Porto Alegre. Gaviões machos têm “trocado olhares”. Tucanos do sexo masculino também deram os primeiros sinais que estão cada vez mais próximos. Além deles, um pavão macho estaria paquerando outros do mesmo sexo, por não ter uma fêmea no cativeiro. “O importante é que estes animais estão felizes. Eles não estão sozinhos”, conclui a veterinária.

Durante a semana, o zoo recebe de 150 a 200 pessoas por dia. Já aos sábados e domingos, o número aumenta para mais de 2 mil visitantes. Com as araras se tornando cada vez mais conhecidas, a expectativa é que o público seja maior, principalmente em época de férias. No total, o Minizoo Palmira Gobbi abriga 80 animais.

Pesquisadores da Queens’s University, no Canadá, acreditam que o custo da energia produzida por células fotovoltaicas tem sido exagerado. Segundo eles, a tecnologia está prestes a ultrapassar o limiar em que poderá ser amplamente adotada, pois terá preço semelhante a fontes comuns, como termoelétricas.

Joshua Pearce, professor adjunto do Departamento de Engenharia Mecânica e de Materiais, aponta que os cálculos para energia solar não tem levado em consideração a redução de custo dos painéis fotovoltaicos de 70% desde 2009. Outro fator que tem sido exagerado é a perda de eficiência das células fotovoltaicas ao longo do tempo. Enquanto a maioria dos estudos considera que essa decadência é de 1% ao ano, na verdade os painéis perdem apenas entre 0,1 e 0,2%. Pearce defende, junto com mais dois autores, seus números em artigo sobre o assunto que pode ser baixado aqui. O grupo também criou uma calculadora -- bastante técnica -- para fazer esse cálculo. Ela pode ser baixada em formato Excel aqui (repare o link no lado direito da página de web).

Talvez seja isso que está levando empresas de vanguarda a construírem sedes com enormes áreas cobertas por painéis solares. A Apple é uma delas. Pouco antes de falecer, Steve Jobs anunciou a nova sede da empresa, em Cupertino, Califórnia, que tem forma de disco voador. Toda a cobertura da estrutura, cerca de 46 mil metros quadrados, será recoberta de painéis solares capazes de produzir 5 MW. A nova instalação da Apple terá uma capacidade de produção de energia 3 vezes maior do que a da sede da Google e será a a maior nos EUA até que um novo prédio da ToysRus fique pronto e produza, de acordo com os planos, 5,4 MW.

O futuro telhado solar da nova sede da Apple – desde que o sol esteja brilhando -- poderá suprir o consumo de algo como 7 mil residências típicas californianas. Mesmo assim, não será suficiente para cobrir todo o consumo da empresa. Para complementar o total necessário e ser o mais verde possível, a Apple terá sua própria usina de energia baseada em gás natural. A rede pública de energia só será usada como alternativa em momentos de necessidade ou por conta de uma pane.

Um tucano que teve as duas asas mutiladas passa por um processo de recuperação extremamente lento e doloroso para que possa ter chances de retornar ao habitat natural, como explica o biólogo responsável pelos animais apreendidos pelo Batalhão Ambiental de Mato Grosso, cabo José Ronoaldo Ferreira.

Vítima de maus-tratos, a ave foi resgatada em uma residência localizada em Várzea Grande, na região metropolitana de Cuiabá, há quase um ano.

O tucano teve as asas cortadas rente à pele e para que nasçam novas penas é preciso retirar os pedaços que ficaram. "Quando são cortadas somente as pontas das penas, elas nascem de novo e permite que o animal voe novamente, mas nesse caso é preciso arrancar os restos das penas aos poucos para evitar que o animal sofra muito", afirmou o biólogo, em entrevista ao G1, ao comentar sobre o risco que o pássaro corre de não voar mais caso não passe por esse processo.

O animal foi apreendido por meio de uma denúncia anônima feita à Polícia Ambiental e o responsável pelo crime foi autuado.

O caso foi encaminhado para a Delegacia Especializada de Meio Ambiente (Dema) e a Justiça é quem vai definir sobre a penalidade aplicada ao autor dos maus tratos contra a ave. Conforme a Lei 9.605 de 1998, dos Crimes Ambientais, maus-tratos contra animais domésticos, nativos ou exóticos caracterizam crime e podem render pena de detenção de três meses a um ano e multa.

Atrofiamento

Apesar de não terem sido mutiladas, quatro araras ( foto ao lado) que também encontram-se sob os cuidados do órgão ambiental também passam por problemas. Elas não tem chance de voltar à natureza porque não sabem se quer voar. Segundo o cabo Ronoaldo, as aves criadas desde pequenas em cativeiro foram deixadas no Batalhão há cerca de 10 meses.

"Embora não tenham as asas cortadas, elas não voam de modo algum porque viviam em espaços muito pequenos", frisou. Por causa desse atrofiamento, as duas araras-azuis e as duas da espécie canindé terão de viver para sempre no abrigo.

“Belo Monte, anúncio de uma guerra”. Esse é o nome de uma produção, com previsão de lançamento na internet em meados de março e planos de exibição nos cinemas, que pretende fazer mais uma mobilização contrária à usina de Belo Monte, no Rio Xingu, Pará, principal obra do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), do Governo Federal.

Para realizar o vídeo, idealizador e produtor André D’Elia, que há dois anos visita a região de floresta amazônica para a realização de entrevistas com moradores de cidades próximas ao canteiro de obras, como Altamira e Vitória do Xingu, contou com uma ajuda extra. Conseguiu arrecadar cerca de R$ 121 mil em 15 dias por meio do site de financiamento coletivo Catarse.

O trabalho expõe a opinião de especialistas sobre a polêmica construção e ainda mostra depoimentos de moradores e indígenas que serão impactados pelo complexo hidrelétrico. “Nós queremos mostrar que a legislação não está sendo cumprida, que existe conflito de informações e um grande impacto socioambiental naquela região”, afirma D’Elia.

“Não consideramos Belo Monte como um fato consumado. Temos fé no sistema judiciário brasileiro”, disse D’Elia, se referindo aos processos judiciais em trâmite que tentam evitar a continuidade da construção da usina.

A hidrelétrica de Belo Monte será construída entre as cidades de Altamira e Vitória do Xingu. A usina terá duas barragens e dois reservatórios. O primeiro não altera o leito do rio, só alarga suas margens, o que corresponde ao que é o Xingu hoje em período de cheia.

O segundo reservatório vai alagar o que hoje é terra firme: pasto e floresta. Um canal ligará os dois reservatórios. Com isso, o curso natural do rio será desviado. Na área onde hoje o Xingu faz uma imensa curva, a chamada Volta Grande, terá a vazão reduzida.

Depois de concluída, a usina de Belo Monte será a segunda maior hidrelétrica do país, atrás somente da binacional Itaipu, e a terceira maior do mundo.

De acordo com a companhia responsável pela obra, a Norte Energia, a construção pode ser responsável pelo desmatamento de até 175 km² de florestas da Amazônia, uma área equivalente ao tamanho da cidade de Natal, capital do Rio Grande do Norte.

A capacidade instalada da usina será de 11,2 mil MW e a previsão de gastos para toda a implantação do complexo hidrelétrico é de R$ 25,8 bilhões (valor apresentado em 2010).

Durban - O Brasil coloca em dúvida seu papel de líder ambiental e pode perder milhões de hectares de floresta na Amazônia com a aprovação do Código Florestal no Senado, advertiram nesta quarta-feira organizações ambientalistas presentes na conferência da ONU contra as mudanças climáticas (COP17) em Durban, África do Sul.

"Dilma para a motosserra", escreveu o Greenpeace em um grande painel luminoso refletido sobre o principal hotel onde acontece a conferência da ONU, que reúne 190 países em Durban.

O Senado brasileiro aprovou na noite de terça-feira uma reforma do Código Florestal, a lei de 1965, que estabelece o percentual de áreas que devem ser preservadas, que chega a 80% nas propriedades da Amazônia.

"O mundo espera que a presidente Dilma Rousseff reafirme o compromisso com o desenvolvimento sustentável e o combate às mudanças climáticas, vetando as mudanças na lei", reagiu o diretor internacional da WWF, Jim Leape.

"A aprovação desta legislação fará com que seja praticamente impossível para o Brasil alcançar seus compromissos apresentados na conferência do clima em 2009, quando se comprometeu a reduzir em 80% o desmatamento da Amazônia", completou.

A rede de ONGs Observatório do Clima considera que o novo código coloca em risco até 79 milhões de hectares de florestas que ficarão sem proteção ou deixarão de ser reflorestados, uma superfície equivalente ao território conjunto de Alemanha, Áustria e Itália.

A mudança foi uma exigência do poderoso setor agropecuário, que considerava a legislação muito exigente, em um país que tem 537 milhões de hectares de cobertura vegetal. O governo havia aceitado uma flexibilização em troca da recuperação de áreas desmatadas.

O Brasil anunciou na segunda-feira o menor nível de desmatamento em 13 anos, que chegou a 6.200 km2 em 2011, após o pico de 27.000 km2 em 2004.

A Confederação da Agricultura e Pecuária afirma que a lei dará segurança jurídica ao campo e não promoverá mais desmatamentos.

BRASÍLIABrasília recebeu esta semana o maior defensor do Pantanal, o ecologista e advogado Luiz Antônio Franco. Para ajudar a preservar um dos maiores santuários ecológicos brasileiros, o Pantanal, Luiz Antônio Franco criou, com recursos próprios, a  FÉ – Fundação Ecológica em 5 de junho de 1987, data em que é celebrado o Dia Mundial do Meio Ambiente. Sua luta em defesa da preservação da natureza vem de muito antes dessa data.

Luiz Antônio é hoje considerado um dos maiores ecologistas do Brasil e do mundo.


Para celebrar essas conquistas, Luiz Antônio Franco fez em Brasília, no dia 26 de outubro, a entrega da Comenda da Consciência Ecológica no Mercosul. O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), é um dos agraciados. A cerimônia aconteceu nos Salões Porto Vitória (SCES, Trecho 2, Conj. 19) e contou com convidados ilustres. .

A entrega da comenda teve a finalidade de despertar nas autoridades a necessidade de introdução da educação ambiental em todos os níveis escolares no Brasil e em todos os países integrantes do Mercosul.

Aos longos desses anos, a luta de Luiz Antônio Franco foi coroada de êxitos e conquistas. Sua luta em defesa da natureza garantiu o reconhecimento do então presidente da Academia Brasileira de Letras, Austregésilo de Athayde, dois prêmios internacionais, e a participação na ECO 92 na qualidade de conferencista sobre educação ambiental. Além de reconhecido por Athayde – que escreveu vários artigos e, aos 92 anos de idade, visitou o Pantanal – o trabalho de Luiz Antônio Franco levou a Rede Globo a criar o hoje renomado Globo Ecologia. As ideias para criar o programa foram passadas por Franco ao filho de Austregésilo de Athayde, então diretor da emissora.

Graças ao trabalho do ecologista e advogado o Brasil conta hoje com uma moderna legislação ambiental – a Lei nº 7.653, de 12/02/1988 – patrocinada pelo então presidente do Congresso Nacional, José Fragelli.

A lei criou e introduziu na legislação brasileira os seguintes instrumentos legais de preservação da natureza:

Proibição de matar animais silvestres – a prática se tornou crime inafiançável punível com pena de reclusão de 2 a 5 anos.

Perecimento da ictiofauna
– pune severamente, inclusive o co-autor, por uso de agentes químicos e agrotóxicos e outros processos predatórios.

Período da piracema
– a Lei proíbe a pesca em tempo reservado para a reprodução da ictiofauna (peixes).

Proibição da pesca predatória
– a Lei proíbe o uso de métodos inadequados na captura de peixes.

Seguro Piracema
– Lei federal ampara o pescador profissional com o seguro desemprego, durante o período da proibição da pesca, promovendo o justo equilíbrio social do homem.

Por meio de seu estatuto, a FÉ – Fundação Ecológica ofereceu subsídios ao Capítulo do Meio Ambiente (artigo 222), da Constituição do Estado do Mato Grosso do Sul.

As contribuições englobam a promoção de educação ambiental, preservação do patrimônio genético, proibição de desmatamentos indiscriminados, combate à erosão, fiscalização de garimpagem, o controle das atividades pesqueiras, a criação de um banco de dados sobre meio ambiente, entre outros.



A estudante Ana Gabriela Person Ramos, aluna da Escola Técnica Conselheiro Antônio Prado (Etcap), de Campinas (SP), recebeu o Prêmio Jovens Cientistas nesta terça-feira (6), das mãos da presidente Dilma Roussef, em Brasília,  com pinturas indígenas no rosto e a frase Xingu Vive escrita no braço. A estudante venceu o prêmio na categoria Ensino Médio, com o trabalho “Embalagens ecológicas para mudas”.

Os autores de projetos desenvolvidos na área de sustentabilidade e infraestrutura de cidades receberam o Prêmio Jovem Cientista, em cerimônia no Palácio do Planalto. A presidente Dilma Rousseff destacou a pretensão do governo de criar no país um ambiente “extremamente” favorável ao desenvolvimento da ciência.

“Falei com ela sobre Belo Monte rapidinho, ela não demonstrou interesse, não deu muita importância”, disse Ana Gabriela. “Pedi que ela desistisse da usina e salvasse o Xingu. Não queria perder a oportunidade de estar na frente de tantas autoridades políticas e não demonstrar o meu interesse pela vida no Xingu.”

Segundo a estudante, a presidente deu uma resposta monossilábica (“Tá”) e continuou sorrindo à frente das câmeras. Ana Gabriela disse que não é ligada a organizações não-governamentais , mas afirmou que costuma participar de protestos contra Belo Monte. A 25.ª edição do Prêmio Jovem Cientista bateu recorde de inscrições – 2.321 trabalhos foram analisados, um número 7% maior que o da edição passada.

A 25ª edição do prêmio teve o tema Cidades Sustentáveis, com 2.321 trabalhos inscritos. Os prêmios variaram de R$ 30 a R$ 10 mil, para quem ficou em primeiro, segundo e terceiro lugar nas categorias graduado e estudantes de ensino superior. Os estudantes de ensino médio ganharam um computador e uma impressora. As escolas dos alunos do ensino médio e orientadores dos trabalhos também recebem prêmios.

Vencedora da categoria graduado, Uende Gomes, 29 anos, da Universidade Federal de Minas Gerais, pesquisou três áreas de vilas e favelas de Minas Gerais que detêm deficiências em saneamento básico. Ela identificou problemas que devem ser solucionados para garantir a ampliação dos serviços nessas regiões. “O que me motivou a fazer essa pesquisa foi já ter convivido com falta de saneamento básico”, contou durante a cerimônia de premiação.

No estudo, ela constatou que a exclusão social contribui para dificultar o acesso ao saneamento. Entre os fatores apontados está, por exemplo, o elevado custo da tarifa cobrada pelo serviço, o que leva os usuários a buscarem fontes de água inseguras e disposição inadequada do esgoto.

Uma escola de ensino médio do Rio Grande do Sul e a Universidade Federal de Minas Gerais também foram premiadas por terem o maior número de trabalhos com mérito científico inscritos. Ainda foram oferecidas bolsas de estudos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) para os premiados que atendam aos critérios estabelecidos pela instituição.

O objetivo do prêmio é incentivar a aplicação do conhecimento tecnológico e científico na solução de problemas emergenciais do país. Desde 1981, quando foi criado, o prêmio contabilizou 17 mil projetos inscritos.

Assista os momentos da entrega neste video : Jovem cientista defende Xingu ao receber Prêmio Jovem Cientista