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quarta, 07 de dezembro de 2011

Jovem cientista defende Xingu ao receber Prêmio em Brasilia

Aluna do ensino médio venceu o prêmio com o trabalho “Embalagens ecológicas para mudas

EPTV

Momento da entrega do Prêmio Jovem Cientista(Foto: divulgação)

A estudante Ana Gabriela Person Ramos, aluna da Escola Técnica Conselheiro Antônio Prado (Etcap), de Campinas (SP), recebeu o Prêmio Jovens Cientistas nesta terça-feira (6), das mãos da presidenteDilma Roussef, em Brasília,  com pinturas indígenas no rosto e a fraseXingu Vive escrita no braço. A estudante venceu o prêmio na categoria Ensino Médio, com o trabalho “Embalagens ecológicas para mudas”.

Os autores de projetos desenvolvidos na área de sustentabilidade e infraestrutura de cidades receberam oPrêmio Jovem Cientista, em cerimônia no Palácio do Planalto. A presidente Dilma Rousseff destacou a pretensão do governo de criar no país um ambiente “extremamente” favorável ao desenvolvimento da ciência.

“Falei com ela sobre Belo Monte rapidinho, ela não demonstrou interesse, não deu muita importância”, disse Ana Gabriela.“Pedi que ela desistisse da usina e salvasse o Xingu. Não queria perder a oportunidade de estar na frente de tantas autoridades políticas e não demonstrar o meu interesse pela vida no Xingu.”

Segundo a estudante, a presidente deu uma resposta monossilábica (“Tá”) e continuou sorrindo à frente das câmeras. Ana Gabriela disse que não é ligada a organizações não-governamentais , mas afirmou que costuma participar de protestos contra Belo Monte. A 25.ª edição do Prêmio Jovem Cientista bateu recorde de inscrições – 2.321 trabalhos foram analisados, um número 7% maior que o da edição passada.

A 25ª edição do prêmio teve o tema Cidades Sustentáveis, com 2.321 trabalhos inscritos. Os prêmios variaram de R$ 30 a R$ 10 mil, para quem ficou em primeiro, segundo e terceiro lugar nas categorias graduado e estudantes de ensino superior. Os estudantes de ensino médio ganharam um computador e uma impressora. As escolas dos alunos do ensino médio e orientadores dos trabalhos também recebem prêmios.

Vencedora da categoria graduado, Uende Gomes, 29 anos, da Universidade Federal de Minas Gerais, pesquisou três áreas de vilas e favelas de Minas Gerais que detêm deficiências em saneamento básico. Ela identificou problemas que devem ser solucionados para garantir a ampliação dos serviços nessas regiões.“O que me motivou a fazer essa pesquisa foi já ter convivido com falta de saneamento básico”, contou durante a cerimônia de premiação.

No estudo, ela constatou que a exclusão social contribui para dificultar o acesso ao saneamento. Entre os fatores apontados está, por exemplo, o elevado custo da tarifa cobrada pelo serviço, o que leva os usuários a buscarem fontes de água inseguras e disposição inadequada do esgoto.

Uma escola de ensino médio do Rio Grande do Sul e a Universidade Federal de Minas Gerais também foram premiadas por terem o maior número de trabalhos com mérito científico inscritos. Ainda foram oferecidas bolsas de estudos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) para os premiados que atendam aos critérios estabelecidos pela instituição.

O objetivo do prêmio é incentivar a aplicação do conhecimento tecnológico e científico na solução de problemas emergenciais do país. Desde 1981, quando foi criado, o prêmio contabilizou 17 mil projetos inscritos.

Assista os momentos da entrega neste video : Jovem cientista defende Xingu ao receber Prêmio Jovem Cientista



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