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Notícias de Bonito MS

Construir sem agredir os ecossistemas naturalmente produtivos utilizando-se de material natural da região. Esta é a principal das propostas do curso Bioconstruindo Bonito 2008, que acontece de 09 a 13 de abril, em Bonito, Mato Grosso do Sul. Com vagas limitadas para 30 pessoas, o curso pretende ser desenvolvido boa parte através de atividades práticas. Uma delas será a aplicação de técnicas de arquitetura em terra, um processo milenar que é aplicável facilmente em várias regiões do mundo.

Para ministrar o curso, - voltado para profissionais e estudantes de arquitetura, turismo, urbanismo, biologia, e áreas afins - foi convidado o holandês, Johan Van Lengen, que estará pela primeira vez em Bonito, juntamente com seu filho, Peter Van Lengen. Johan é conhecido mundialmente como o "arquiteto descalço" por ter escrito, na primeira metade dos anos 90 o best seller "Manual do Arquiteto Descalço", uma espécie de bíblia da arquitetura natural e alternativa.

A arquitetura em terra - um dos tópicos do curso - tem registros de aplicação de mais de 2.500 anos. Além da durabilidade da técnica, o uso da terra crua na construção proporciona economia de energia e emissão de CO2 quase nula, uma vez que não ocorre o processo de queima da matéria prima. Outro ponto importante é o fato de que a terra é o material de construção mais abundante na natureza, o único que conseguiria atender toda a demanda da construção civil mundial de maneira sustentável.

Esta técnica, segundo os organizadores do curso, Possibilita uma diminuição considerável do uso do cimento, um material importante, mas que deve ser empregado de maneira racional por consumir grandes quantidades de energia na sua fabricação além de emitir grandes quantidades de CO2 e outros poluentes e por se tratar de um material não renovável.

Dentre as vantagens de uma construção com terra, estão: a capacidade térmica (conserva o calor no inverno e mantém o ambiente fresco no verão), acústica, regulação da umidade do ambiente, a reutilização e a não geração de entulhos. Com tudo isso, ela contribui para a redução da produção de resíduos sólidos (lixo) uma vez que a construção civil, de acordo com levantamentos recentes, é responsável por 50% de todo o lixo gerado no planeta.

Revestimentos e pinturas convencionais selam e vedam os poros da parede fazendo com que a mesma perca suas propriedades térmicas. Nesta técnica de construção a ser desenvolvida no curso, os revestimentos e tintas naturais são feitos com a própria terra empregada na construção, além da utilização de pigmentos não-tóxicos.

O curso é uma realização do Ybirá Pe Canopy Tour Brasil em parceria com a Associação Brazil Bonito. O valor das inscrições fica em R$ 420,00 para os residentes em Bonito, R$ 600,00 para os moradores de outras cidades (com direito a hospedagem) e R$ 660,00 para parcelamento em até seis vezes através de cartão de crédito. Mais informações podem ser obtidas pelo web site www.bon.com.br/bio/ pelo e-mail mo.mita@hotmail.com ou pelo fone: (67) 8136 9479.

A Secretaria de Desenvolvimento do Centro-Oeste, do Ministério da Integração Nacional, e o Cointa (Consórcio Intermunicipal da Bacia Hidrográfica do Rio Taquari), no Mato Grosso do Sul, vão realizar juntos estudos para a elaboração de projetos de desenvolvimento para a região. A parceria foi definida durante reunião realizada na sede da SCO, em Brasília, com participação de dirigentes do consórcio, prefeitos, diretores e coordenadores da SCO.

Os estudos serão efetivados até a primeira quinzena de abril e os projetos deverão estar prontos até o mês de julho deste ano, para posterior elaboração e assinatura dos convênios. Serão contemplados principalmente os setores de infra-estrutura e recuperação de áreas degradadas. Os recursos de aproximadamente R$ 11 milhões, serão provenientes de emendas de bancada do deputado federal Antônio Carlos Biffi (PT-MS).

O diretor de Desenvolvimento Regional da SCO, Christian Schneider, que coordenou a reunião, explicou que os projetos devem estar em consonância com o Plano Estratégico de Desenvolvimento do Centro-Oeste, além de serem abrangentes, contemplando várias obras em uma mesma rubrica. Para os representantes do Cointa a carência de investimentos nos nove municípios da região é basicamente em rodovias, pontes e máquinas rodoviárias para manutenção das estradas.

O presidente do Cointa e prefeito de Coxim, Moacir Kohl, lembrou que a região do Rio Taquari está entre as mais pobres do Mato Grosso do Sul, necessitando de apoio e investimentos capazes de promover o desenvolvimento econômico e a redução das graves desigualdades que ainda persistem.

Além de Coxim integram também o Cointa os municípios de Sonora, Pedro Gomes, Alcinópolis, Figueirão, Camapuã, São Gabriel do Oeste, Rio Verde e Bandeirantes. Os nove municípios ocupam em conjunto uma área de 45 mil km² no Norte do Mato Grosso do Sul (cabeceiras do Pantanal) e possuem uma população de aproximadamente 130 mil habitantes.

Pesquisa concluída este mês, pela Embrapa Pantanal, Corumbá (MS), unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), revela que a maioria dos méis silvestres produzidos na fazenda Nhumirim, no Pantanal da Nhecolândia, no período de 2006 a 2007, apresentaram padrões de qualidade compatíveis com as normas estabelecidas pela legislação em vigor.

O coordenador do projeto e pesquisador da Embrapa Pantanal, Vanderlei dos Reis, explica que esses dados são relevantes, pois foram obtidos através de análises químicas e sensoriais, que reforçam a excelente qualidade do mel silvestre obtido na região. Ele ressalta que a produção apícola na fazenda Nhumirim foi realizada em caráter experimental e que a Embrapa Pantanal não comercializa mel, atuando com ênfase nas pesquisas e na transferência de tecnologia sobre apicultura.

Reis disse que o principal destaque dos parâmetros analisados diz respeito ao baixo teor de umidade encontrado em todas as amostras e explica que esse dado revela o adequado tempo de validade dos produtos obtidos, já que o baixo teor de umidade propicia condição desfavorável ao crescimento de microrganismos que o deteriorariam.

Outro resultado positivo, salientado pelo estudioso, foi o baixo teor de hidroximetilfurfural (HMF), uma substância formada naturalmente, durante o processo de armazenamento do produto, em função da desidratação da frutose do mel, e que pode alterar o valor nutricional desse produto apícola. "Esse dado indica que o transporte e o armazenamento do mel foram conduzidos de forma adequada em relação às condições climáticas da região, que de forma geral, são muito quentes e que poderiam afetar na qualidade do mesmo. Além disso, vale informar que em méis adulterados o HMF apresenta teor elevado, em função da adição de xarope de milho ou beterrada", explica Reis.

O pesquisador destaca ainda que o teor de minerais encontrado nas amostras analisadas confirma que a produção foi realizada numa área geograficamente "limpa", ou seja, isenta de contaminação por metais pesados. "O conteúdo de minerais gera dados inéditos, que poderão auxiliar na classificação do mel do Pantanal, a partir da correlação da composição dos metais com a origem geográfica. Cabe ainda destacar que a predominância de cores claras nas amostras, aliada ao resultado positivo de aprovação dos participantes das análises sensoriais, em relação ao sabor e impressão geral dos méis pesquisados são favoráveis, e podem resultar num produto de alta aceitação nos mercados nacional e internacional", afirma Reis.

Através desses resultados, a equipe de pesquisadores concluiu que a produção do mel da Embrapa Pantanal, na fazenda Nhumirim, é conduzida de forma adequada, tanto no que diz respeito ao manejo apícola quanto em relação às boas práticas de fabricação. "Sendo assim, esperamos que os conhecimentos validados neste trabalho possam contribuir com novas diretrizes para a expansão da apicultura com qualidade no Pantanal, fornecendo subsídios para a consolidação da cadeia produtiva apícola regional e o desenvolvimento de um produto de alto valor agregado, através de futuras ações como, por exemplo, a certificação de origem geográfica do mel obtido no Pantanal", salientou Reis.

Reis agradece a todos os colegas da Embrapa Pantanal que gentilmente participaram da análise sensorial dos méis e acrescenta que essa pesquisa foi financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), através do Programa de Recursos Humanos para Atividades Estratégicas em Apoio à Inovação Tecnológica (RHAE - Inovação - Processo nº 555365/2005-0).

Na Semana da Água o IASB comemora 01 ano de incentivo aos produtores rurais para recuperação das Matas Ciliares

Na semana em que se comemora o Dia Mundial da Água (22 de março), o Instituto das Águas da Serra da Bodoquena - IASB completa 01 ano de execução do Projeto Matas Ciliares. O projeto, que recebe patrocínio da Petrobras, através do Programa Petrobras Ambiental, busca incentivar proprietários rurais da região do rio Mimoso, em Bonito/MS, a recuperarem as matas ciliares localizadas em suas propriedades com o objetivo de conservar os recursos hídricos.

O rio Mimoso, um dos principais afluentes responsáveis pela qualidade e quantidade das águas do rio Formoso vem apresentando diversos sinais de degradação, sendo que o principal deles é o desmatamento das matas ciliares e a diminuição do volume de água. Preocupado com essa situação, o IASB sentiu a necessidade de desenvolver o Projeto Matas Ciliares com o objetivo de tornar o custo da recuperação menor e mais atraente aos produtores rurais, fazendo com que estes possam vir a se tornar parceiros na conservação das matas ciliares que mantém as nascentes e mananciais do rio Mimoso.

Durante 12 meses de trabalho, proprietários rurais vêm recebendo assistência técnica, capacitação e participando de palestras e reuniões de sensibilização. Até o momento, cerca de 250 pessoas foram mobilizadas sobre a importância das matas ciliares para a proteção das águas. Além disso, o projeto vem realizando a implantação e avaliação de técnicas diferenciadas de recuperação em propriedades rurais no Mimoso, onde já foi feito o plantio de cerca de 1.500 mudas e mais de 10.000 sementes de espécies florestais nativas. Estes resultados estão sendo alcançados com o apoio fundamental do IBAMA - Parque Nacional da Serra da Bodoquena, Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Sindicato Rural, AGRAER e ATRATUR.

O IASB espera que com os resultados do projeto aconteça uma melhoria da qualidade de vida das comunidades direta e indiretamente envolvidas, assim como propiciar a solução de um problema que vem afetando os rios da região, através da utilização de técnicas mais baratas e acessíveis que virá atender a uma necessidade de grandes, médios e pequenos produtores e ainda por cima, ser uma ferramenta a mais no processo de recuperação e conservação da micro bacia hidrográfica do rio Mimoso.

Mais informações sobre o projeto e as técnicas de recuperação utilizadas entrem em contato com o IASB, localizado à Rua Cel. Pilad Rebuá, nº 1348, 2º Piso, Centro, Bonito/MS, fone: (67) 3255-1920.

O IASB

O Instituto das Águas da Serra da Bodoquena - IASB, constituído legalmente em 2002 em Bonito, Mato Grosso do Sul já desenvolveu diversas ações voltadas para a recuperação e manutenção da qualidade das águas, do solo e da vegetação das microbacias localizadas na Serra da Bodoquena.

Criado por proprietários rurais, empresários, ambientalistas e comunidade ribeirinha, o Instituto se originou da Associação Amigos do Rio Mimoso, onde pessoas de vários segmentos preocupadas com as condições de conservação ambiental da região começaram a se reunir em 1999 para buscar soluções a fim de minimizar o processo de degradação do referido rio.

Sua área de atuação é a região da Serra da Bodoquena, mais especificamente o município de Bonito. Nesta região encontra-se a maior extensão de florestas naturais preservada do estado de Mato Grosso do Sul e uma das maiores áreas de floresta estacional decidual do país. Além disso, apresenta faixa de mistura dos domínios Cerrado e Mata Atlântica.

Dentre as atividades desenvolvidas pelo IASB, podem-se destacar pesquisas e trabalhos que visam o melhoramento e a sustentabilidade do ambiental natural e social.

Em 2005, as atividades ligadas ao setor de turismo foram responsáveis por R$ 131,8 bilhões de valor adicionado, que corresponde ao total gerado na economia depois de pago o consumo de produção.

A participação dessas atividades no setor de serviços foi de 11% do valor adicionado e de 7,15% do total, na comparação com a economia brasileira.

As informações são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou, hoje (19), o estudo Economia do Turismo: Perspectiva Macroeconômica 2000-2005, o primeiro levantamento com informações detalhadas sobre as atividades características do setor no período.

O estudo servirá como base para uma futura pesquisa sobre a real participação do setor na composição do Produto Interno Bruto, a soma de todas as riquezas produzidas no país.

Segundo o técnico responsável pela pesquisa, Guilherme Telles, foi levada em consideração a geração do valor adicionado do total das atividades ligadas ao turismo.

"No caso dos serviços de alimentação, por exemplo, foi computado tudo o que as pessoas gastam na rua, independentemente se foi o almoço de trabalho diário ou se realmente elas estavam gastando como turistas. Nesta primeira fase do nosso trabalho, ainda não foi possível separar o gasto exato no turismo".

Entre os setores, o de transporte rodoviário foi o que apresentou maior participação: 41,85%, com R$ 55 138 bilhões de valor adicionado. Em seguida, vieram os serviços de alimentação, responsáveis por 19,53% e R$ 25 729 bilhões; as atividades auxiliares de transporte, que responderam por 11%, com R$ 14 494 bilhões, e as atividades recreativas, culturais e desportivas, com 10,03% e um montante de R$ 13 220 bilhões.

Três municípios de Mato Grosso do Sul podem perder recursos do governo federal para comprar veículos destinados ao transporte escolar. Bonito, Nioaque e Santa Rita do Pardo foram aprovados pela Secretaria do Tesouro Nacional para receber financiamento para comprar veículos escolares, porém, não enviaram (até essa sexta-feira, 14) ao FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) a adesão à ata de registro de preços do Pregão Eletrônico n° 53/2007, o que é necessário para a instrução do processo.

Em todo o País, 30 municípios estão na mesma condição (veja a lista no link abaixo). Os valores destinados aos municípios de Mato Grosso do Sul são: R$ 533.400,00 (para Bonito); R$ 546.000,00 (Nioaque) e R$ 494.085,00 (Santa Rita do Pardo).

No final do ano passado, o Fundo realizou o pregão eletrônico (n° 53) para o registro de preços de veículos de diferentes tamanhos para o transporte dos estudantes da rede pública que moram na zona rural, no âmbito do programa Caminho da Escola. O MEC (Ministério da Educação) informa que os preços obtidos ficaram abaixo dos valores mínimos orçados pela autarquia a partir de levantamentos e estudos de valores feitos pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) especialmente para o pregão eletrônico.

Segundo o coordenador de Apoio ao Transporte Escolar do FNDE, José Maria Rodrigues de Souza, "esses municípios devem enviar com urgência ao Fundo a solicitação de adesão à ata de registro de preços". Para isso, é necessário preencher o Anexo V da Resolução nº 7/2008, disponível na página eletrônica do FNDE na internet.

O programa Caminho da Escola é uma das ações do PDE (Plano de Desenvolvimento da Educação) do MEC. Os veículos são adaptados à zona rural e certificados pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normatização e Qualidade Industrial), que elaborou com o FNDE o conjunto de especificações técnicas de cada categoria.

Mato Grosso do Sul recebeu mais turistas em 2007 do que em 2006. Dados da Fundação de Turismo (Fundtur) mostram que foram recebidos no Estado 868.394 hóspedes, de acordo com o Boletim de Ocupação Hoteleira (BOH). Isso representa um aumento de 4,58% em relação ao ano anterior.

Segundo a diretora-presidente da Fundtur, Nilde Brun, o maior crescimento foi registrado no fluxo de turistas de Campo Grande, "pela localização geográfica dentro do Estado, por ser o centro político-administrativo de Mato Grosso do Sul e por causa do turismo de eventos e negócios", diz. Para ela, o Estado precisa trabalhar o aumento de fluxo de turistas por meio da divulgação com o público direto e o empresariado. "A participação do empresariado é de fundamental importância, pois é ele que comercializa, traz o turista e disponibiliza produtos e serviços".

Em Campo Grande os visitantes corresponderam a 47,57% do total da movimentação hoteleira; em Bonito, 12,92% e região do Pantanal - Aquidauana, Anastácio, Miranda e Corumbá - 11,84%. A região da Costa Leste - Três Lagoas, Aparecida do Taboado e Bataguassu - apresentou aumento significativo de 10,7% de turistas em 2007, comparado aos números de 2006, totalizando 92.918 visitantes. O governo do Estado tem incentivado e apoiado a divulgação, a promoção e os investimentos públicos e privados que estão acontecendo na região. "E os municípios juntos estão comprometidos, o que já começou a ter reflexo", diz Nilde. Segundo a Fundação de Turismo, são estimados 726 meios de hospedagem com 30.294 leitos localizados nos centros urbanos, áreas rurais e pesqueiras.

Os números mostram ainda um aumento nos desembarques e embarques aéreos em Campo Grande, Corumbá e Ponta Porã. A Infraero registrou o movimento de 796.760 passageiros, o que representa um aumento de 3,80% em comparação a 2006. Já com relação à entrada e saída de estrangeiros, passaram pelo controle de imigração na Capital, Corumbá e Ponta Porã, 75.704 turistas - um aumento de 14,17% (dados da PF/MS), número que tende a ser maior, pois existem os que entram em Mato Grosso do Sul utilizando outros portões aéreos e rodoviários do País.

"Esse aumento de fluxo de estrangeiros é conseqüência do investimento que o governo do Estado está fazendo para promover Mato Grosso do Sul em outros países com feiras, road shows, seminários, fam turs, press trips e material publicitário de qualidade. A participação dos empresários nesses eventos também é de suma importância, pois isso facilita o processo de comercialização", finaliza Nilde.