Notícias de Bonito MS
Fontes ligadas ao Banco Central do Brasil acabam de confirmar que o mês de fevereiro deste ano manteve alta a taxa de despesas de turistas estrangeiros no Brasil, seguindo tendência iniciada em janeiro deste ano.
Em fevereiro, os turistas estrangeiros gastaram US$ 495 milhões, contra US$ 414 do mesmo mês do ano passado, um crescimento de 19,69%. Este índice configura o melhor fevereiro da história e o segundo melhor índice, atrás apenas do já citado janeiro deste ano, com US$ 595 milhões.
No acumulado de 2008, pela primeira vez foi superado o valor de US$ 1 bilhão apenas nos dois primeiros meses do ano. Segundo os dados do Banco Central, em janeiro e fevereiro a receita gerada pelos gastos dos turistas estrangeiros atingiu US$ 1,090 bilhão, contra US$ 898 milhões do mesmo período em 2007. O índice de crescimento chega a expressivos 21,34%.
O principal destino ecológico do Brasil, localizado na Serra da Bodoquena, em Bonito, Mato Grosso do Sul, que atrai turistas do mundo todo, promove nos meses de março e abril, o I Festival Gastronômico do município. A cidade das mais lindas belezas naturais também quer ser conhecida por oferecer o melhor da culinária típica sul-mato-grossense.
Também chamada de "santuário ecológico", Bonito abriga a maior extensão de florestas do Estado e possui o maior aquário natural de água doce do País. O sucesso do turismo na região é resultante da preservação da natureza, que conta com impressionante diversidade de animais e vegetais, além de inúmeras opções de esporte e lazer. Agora, quer conquistar seus visitantes e admiradores pelo prazer de saborear, através de um festival gastronômico de delícias, que acontece entre os dias 17 de março e 17 de abril.
O evento é realizado pela Regional de Bonito da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), com apoio do Sebrae em Mato Grosso Sul e da Prefeitura Municipal de Bonito. A novidade tem como objetivo incrementar a economia do setor de bares e restaurantes, por meio da oferta de novos pratos típicos nos cardápios, além de aquecer o turismo local pela divulgação e promoção da gastronomia regional. "É também uma forma de fazer com que as pessoas acreditem no potencial da gastronomia", afirma a presidente da Abrasel Bonito (MS), Andréa Fontoura, também proprietária do Taboa Bar.
São oito empresas participantes: Pantanal Carnes Exóticas, Confeitaria e Padaria Colônia, Castellabate Restaurante, Cantinho do Peixe, Taboa Bar, Casa do João, Vício da Gula Café e Aquário Restaurante; contando com 64 funcionários e famílias que sobrevivem desta renda. "O único sanduíche de peixe na cidade é o do nosso estabelecimento, o festival é bom pelo fato das pessoas poderem conhecer algo diferente, o que também auxilia no faturamento da empresa", conta a proprietária do Vício da Gula, Neila Garcez.
A região de Bonito, que possui 17 mil habitantes e recebe em média 50 mil turistas por ano, é estratégica para promover o turismo no Estado. Com o festival gastronômico, os restaurantes terão movimento mesmo em épocas de baixa temporada. Vanessa Leite, coordenadora de turismo do Sebrae/MS, em Bonito (MS), conta que a expectativa é que três mil clientes sejam atendidos neste período. "A gastronomia, sem dúvida, fortalece o turismo, pois faz parte desta cadeia produtiva, sendo os atrativos e os sabores regionais as principais lembranças do turista sobre o destino visitado", afirma.
Passaporte gastronômico
Para incentivar o consumo, a organização do Festival criou o passaporte gastronômico. Com ele, a cada cinco pratos consumidos em diferentes restaurantes participantes o cliente ganha brindes, que poderão ser retirados nos próprios empreendimentos.
Sabores
Os sabores típicos da região de Bonito são representados em pratos à base de peixes regionais, da culinária pantaneira, do jacaré, da queixada, capivara, além de caldos, porções e lanches especiais. O Trio Pantaneiro, a comida caseira, a Piraputanga Assada à Lenha, o Caramanchão de Pintado, o Jacaré na Cana, a Traíra sem Espinha, o Tentação Fish e o Pintado a Urucum são algumas das opções que podem ser encontradas no Festival.
Serviço
A abertura oficial do I Festival Gastronômico de Bonito foi realizada no último dia 17 de março, às 19 horas, no Centro de Convenções de Bonito. O evento é patrocinado pela Mastercard.
Bonito não é só para os radicais, pelo contrário: a flutuação dos seus rios é a aventura mais relaxante que você pode ter.
Mais do que Bonito, o nome dessa cidade às portas do Pantanal Sul-mato-grossense, a pouco mais de 300 quilômetros de Campo Grande, já foi Paz de Bonito. Faz sentido. Estrela do ecoturismo brasileiro, com estrutura e planejamento exemplares, Bonito tem tranqüilidade e beleza de sobra. Poucas sensações se comparam à leveza de flutuar nos rios de água cristalina de Bonito, com visibilidade que parece infinita, junto com cardumes coloridos. É essa, justamente, a atividade mais famosa da cidade. Quem nunca esteve em Bonito imagina: mas flutuar não é algo que pode ser feito em outras águas doces também? Até pode, mas a constituição dos rios da região é o que faz a diferença. Com muito calcário, as águas são naturalmente limpas, o que permite uma visibilidade subaquática de até 30 metros. As correntezas mais fracas fazem com que você, usando máscara, snorkel, roupa de neoprene, colete e papete, veja o fundo dos rios passivamente, praticamente imóvel. Um espectador privilegiado da natureza. Dourados, pintados, piraputangas, curimbatás, piaus, matogrossinhos, caranguejos e outros bichos e plantas de rio ficam a seu alcance.
Depois de um dia de flutuação, sentindo-se leve, esbalde- se com a culinária local. Peixes, jacarés e javonteses (mistura de javali com porco montês) são servidos em aperitivos e em pratos mais substanciosos. Eles podem ser acompanhados da cachaça local, a Taboa - que é um clássico de Bonito e tem até um bar ligado a ela. Para os que curtem a noite, a pedida, em plena madrugada, é provar um dos sabores da terra servido no Palácio dos Sorvetes. Só fecha depois das 4 da manhã na temporada.
Se você não ficou tomando sorvete até altas horas, acorde bem cedo para mais um dia de aventuras - devidamente agendadas, pois só assim se passeia em Bonito. Há diferentes modalidades de mergulho em Bonito, inclusive o discover dive, um batismo de mergulho que pode ser feito até por crianças. Ainda na água, mas acima da superfície, Bonito tem também uma série de cachoeiras - no caminho para a Boca do Onça, queda com 136 metros, há nada menos que 11 delas! -, piscinas naturais, praias de rio e aventuras boas para se fazer em grupo, como a descida de bote pelo Rio Formoso.
Além da vida nos rios, há verde suficiente nas matas para fazer arvorismo ou caminhadas, nas quais se vêem muitos pássaros, macacos e árvores centenárias como grandes ipês. Apesar de estar rodeada pela pecuária, a cidade de Bonito e suas vizinhas próximas ficam numa das últimas áreas de mata nativa preservada da região, a Serra da Bodoquena. Daí a profusão de beleza, na água e fora dela.
Um programa "a seco", porém, frustra muitas expectativas. A Gruta do Lago Azul, a atração mais fotografada da cidade, é acessível depois de uma suada caminhada, com direito a uma escada íngreme. Mas que só pode ser vista de certa distância. Obviamente, o espetáculo provocado pela reflexo dos raios de sol nas águas, um caleidoscópio de muitas tonalidades de azul, é de cair o queixo. Tanto que dá vontade de mergulhar e se fundir nessas águas, depois de tanto esforço. Não pode. Bonito é assim: o turismo é controlado nos detalhes, do número de visitantes aos minutos em cada atração. Só assim sua natureza tem permanecido em paz.
OS 10 MAIS DE BONITO
Difícil escolher entre os quarenta passeios oferecidos em Bonito? Veja nossas sugestões:
1 Flutuação no Rio Sucuri
2 Flutuação no Aquário Natural
3 Visita ao Lago Azul
4 Flutuação no Rio da Prata
5 Mergulho no Rio Formoso
6 Rapel e mergulho no Abismo Anhumas
7 Visita à Caverna de São Miguel (foto)
8 Passeio até a Boca da Onça
9 Caminhada do Rio do Peixe
10 Descida de bote pelo Rio Formoso
Desde o dia 10 de março, a Viação Cruzeiro do Sul está oferecendo a comunidade e visitantes o serviço de microônibus direto de Bonito a Campo Grande, com saídas diárias às 05h30min de Bonito e retorno de Campo Grande às 15h30 min, de segunda a sábado. O preço da passagem ida e volta é de R$ 45,00 (quarenta e cinco reais) e somente ida custa R$ 30,00 (trinta reais), podendo a passagem de volta ser marcada para outro dia. Mas para isso é necessário que a data de retorno seja definida no ato da compra para o preenchimento da passagem e antes da viagem de volta a poltrona deverá ser marcada com antecedência, via telefone. Ao todo são 25 lugares e o passageiro conta com os seguintes roteiros de embarque e desembarque em Campo Grande:
Saída da Garagem Viação Cruzeiro do Sul (15h30);
Passando Av. Costa e Silva até Hospital Universitário, contorna e sai na Rui Barbosa, indo até a Santa Casa;
Volta pela Ruas 13 de maio, Maracaju, Av. Ernesto Geisel, passando pela Rodoviário (Rua Barão do Rio Branco);
Seguindo pela Rua Brilhante, Av. Marechal Deodoro em direção a BR para Bonito com parada somente no perímetro urbano em Bonito.
Já em Bonito, o microônibus pega o passageiro nos pontos solicitados.
Um levantamento feito pela Folha junto ao Cecav (Centro de Estudo, Proteção e Manejo de Cavernas), órgão do Ministério do Meio Ambiente, revela que apenas dez cavernas em todo o país possuem plano de manejo aprovado.
Três dessas grutas ficam em Bonito (MS): Lagoa Azul, Abismo Anhumas e São Miguel. No Paraná, as cavernas Bacaetava e Lancinha já concluíram os estudos. No Amazonas, há outras duas: Maroaga e Batismo.
Goiás, Santa Catarina e Bahia têm uma gruta cada um com plano de manejo --respectivamente, a caverna dos Ecos, a Botuverá e a Poço Encantado. No país, o Cecav avalia que existam entre 100 e 120 cavernas exploradas turisticamente.
Alexandre Fortuna, chefe-substituto do Cecav, diz que o plano de manejo é um instrumento para ordenar a visitação, proteger o turista e evitar grande impacto ao ambiente.
Segundo ele, várias cavernas são exploradas turisticamente desde os anos 1960, porém nunca houve uma regulamentação ambiental. "Desde a fundação do Cecav, há 11 anos, tentamos mudar essa situação. Cobramos desde 2002 estudos dos três parques de São Paulo."
De acordo com Fortuna, as cavernas têm um ecossistema muito peculiar e, se ocorrem acidentes, é difícil prestar socorro. "É preciso analisar, por exemplo, as aranhas, escorpiões e fungos patológicos que podem existir nesses locais."
No núcleo Santana do Petar, por exemplo, não há sequer telefone --é preciso percorrer cinco quilômetros, até o Bairro da Serra, para usar o aparelho. Funcionários do parque, entretanto, têm radiocomunicador.
Medidas de correção
Além de exigir o plano de manejo, o Ibama fez solicitações específicas, emergenciais, para algumas grutas. No caso da caverna do Diabo, no parque Jacupiranga, quer a desativação imediata da iluminação no local, feita com lâmpadas incandescentes, que aquecem demais e provocam alterações no ambiente.
Já em relação à caverna de Santana, a mais visitada do Petar (foram 25 mil visitantes no ano passado), o instituto exige que seja elaborado um mapa de riscos para o visitante, que avise sobre abismos, teto baixo, piso escorregadio etc.
A equipe do projeto GEF Rio Formoso iniciou nesta quarta-feira (19) os trabalhos em mais uma área. A propriedade localiza-se a doze quilômetros de Bonito e pertence ao produtor Candido Flores.
O espaço a ser utilizado pelo projeto possui cerca de oito hectares, utilizados para o consórcio de cultura de mandioca, abacaxi, frutas rasteiras (abóbora e melancia, por exemplo) e árvores. Esta técnica é conhecida com arborização de pastagens e lavouras (sistemas agrosilvipastoril).
O local foi escolhido pelas condições geográficas e estado de degradação que possui. "Temos aqui uma pequena inclinação topográfica e condições propícias para o aparecimento de grandes erosões, que já estava em início de processo", explicou o responsável técnico do GEF em Bonito Airton Garcez.
Para o início do plantio e contenção da água de chuva, a equipe marcou curvas de nível onde já foram construídos os terraços para esta finalidade. Neles serão plantadas em linha, as mudas de Cumbaru.
Durante dois anos as culturas formarão a paisagem local, quando então serão substituídas por pastagem. As árvores e o feijão guandu permanecerão. A espécie arbórea escolhida possui fruto que serve de alimentação bovina, suas castanhas podem ser exploradas economicamente e depois de adulto sua madeira tem alto valor de mercado, além de ser leguminosa, fixando o nitrogênio no solo.
Este processo é cíclico e pode ser estendido para toda a propriedade. Após alguns anos de utilização pecuária é possível e até recomendado, que no lote seja reutilizada a agricultura. Enquanto se faz a agricultura em uma demarcação usa-se outra para pastagem.
O proprietário afirmou que aceitou o convite de participar devido à preocupação ambiental que possui e o efeito do manejo nesta área. "Poderei associar conservação ambiental com fonte de renda. Com o manejo minha área também terá a produtividade aumentada e mais valorizada", disse Flores.
GEF Rio Formoso - O projeto financiado pelo Banco Mundial é coordenado pela Embrapa Solos e conta com a participação das unidades Gado de Corte (Campo Grande- MS, coordenadora regional), Agropecuária Oeste (Dourados- MS) e Pantanal (Corumbá-MS).
Também estão envolvidos a Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer), Secretaria de Estado de Meio Ambiente das Cidades, do Planejamento, da Ciência e Tecnologia (Semac), Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), Conservação Internacional (CI Brasil) e Fundação Cândido Rondon (gestora financeira).
O Projeto possui ainda outros colaboradores e co-executores importantes como a Prefeitura Municipal de Bonito, através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, o IASB (Instituto das Águas da Serra da Bodoquena) e apoio técnico e institucional do Ibama.
Bruno Ribeiro Costa
DRT/MS - 306
Com o final do período da Piracema, os turistas podem voltar a realizar um dos atrativos mais procurados do Estado, a pesca esportiva.
Para a diretora-presidente da Fundação de Turismo (Fundtur), Nilde Brun, a pesca passou a ser uma opção de turismo para o Estado, deixou de ser o principal motivo da vinda de turistas. "A pesca é forte como marca do destino, mas nas promoções que realizamos e os contatos que temos com o público e com os empresários de fora o ecoturismo (Bonito/Pantanal) tem superado na procura", diz.
Informações obtidas pela Fundação de Turismo mostram que em Porto Murtinho, por exemplo, a pesca esportiva é o maior segmento do turismo, formado por entidades e grupos organizados como barcos-hotéis, colônias de pescadores profissionais, sindicato de piloteiros e aquaviários, hotéis e pousadas, restaurantes, bares e similares. Mesmo com a redução do fluxo, o período de piracema serve para a maioria dos empresários planejarem reformas e manutenção dos equipamentos turísticos.
A recomendação da Fundtur para a época de baixa temporada é buscar outras oportunidades e transformá-las em atrativos para o visitante. "A piracema, por exemplo, é pouco ou quase nada explorada e é uma explosão fantástica de natureza. Realizar ou captar eventos e trabalhar nichos de mercado, como por exemplo, a melhor idade, são outras alternativas importantes pra driblar a sazonalidade. A nossa política é diminuir a sazonalidade, por isso precisamos e vamos trabalhar todos os segmentos de forma igualitária", explica Nilde.
Expectativas
Em Porto Murtinho, a expectativa é boa para este ano, devido ao trabalho de divulgação e marketing para alcançar outros nichos de mercado. Os empresários no setor de meios de hospedagem já registram um aumento de 15% no número de reservas para o primeiro semestre em relação aos dois anos anteriores. Eles ainda têm boas expectativas de movimento turístico nas épocas de feriados, eventos e festas regionais.