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Notícias de Bonito MS

A Embrapa Pantanal recebeu ontem, dia 12 de maio, a visita de 32 estudantes do curso de turismo da Unesp (Universidade Estadual Paulista) de Rosana, interior do Estado de São Paulo. Também acompanharam a visita quatro professores e dois motoristas. Eles foram recebidos pelo chefe-geral da Unidade, José Aníbal Comastri Filho, assistiram ao vídeo institucional da empresa e acompanharam uma palestra sobre mamíferos do Pantanal com o bolsista Luiz Gustavo Oliveira Santos.

O grupo chegou à região no fim-de-semana e já está de partida. Segundo professores, eles visitaram a Estação Natureza, da Fundação O Boticário, o Museu do Pantanal (ainda não inaugurado), o Forte Junqueira, a área de fronteira da Bolívia e o Passo do Lontra. Também teriam uma audiência com o secretário de Turismo de Corumbá, Carlos Porto.

O chefe-geral da Embrapa Pantanal (Corumbá-MS), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, falou aos estudantes sobre a expansão da Embrapa, que está ampliando sua participação no exterior e em Estados onde ainda não existem Unidades.

Comastri fez ainda um breve histórico da região, mostrando como a pecuária extensiva contribui para a conservação do Pantanal. "Os fazendeiros desistiram de dominar a região e se moldaram a ela. Hoje o Pantanal é um berçário de bezerros", afirmou.

Ele explicou porque as fazendas pantaneiras trabalham, em sua maioria, apenas com a cria, desistindo da recria e engorda. E também expôs problemas, com a mudança de mão das propriedades da região. "Empresários de fora estão comprando terras na região e tentando impor suas técnicas de produção."

Segundo ele, uma grande cheia pode comprometer pastagens exóticas introduzidas no Pantanal. No manejo tradicional, o gado se alimenta de pastagens nativas.

O DOE (Diário Oficial do Estado) traz em sua edição de ontem, dia 12, a autorização de viagem da secretária de Desenvolvimento Agrário, Produção, Indústria, Comércio e do Turismo (Seprotur), Tereza Cristina Corrêa da Costa e da diretora-presidente da Fundtur (Fundação de Turismo ), Nilde Brun.

Elas vão se ausentar do País de 14 a 29 de maio para integrar a comitiva oficial do Governo de Mato Grosso do Sul, junto ao governador André Puccinelli, que vai passar por Portugal, Espanha e Japão.

Na Europa, vão ocorrer road shows de turismo realizados pela primeira vez com recursos próprios e no Japão a agenda contará com diversos eventos com o objetivo de atrair investidores e parceiros para empreendimentos em Mato Grosso do Sul. Segundo Nilde Brun, em Tóquio, no Japão, serão feitos contatos com a embaixada brasileira e setores da indústria.

"O governador fala do todo; o meu papel é dar suporte para atender ao empresariado do turismo. Mais de 20 empresários daqui devem ir ao Japão, inclusive do turismo", disse. A agenda ainda inclui uma passagem por Nagóia, onde o governador vai participar da abertura de uma feira e fará uma palestra.

"Mato Grosso do Sul deve ter um estande dentro da feira e eu devo fazer uma palestra também no dia seguinte ao governador", explica Nilde. A viagem termina em Okinawa, cidade em que também acontecerá uma palestra do governador; dessa vez, reforçada no turismo. "Em Okinawa, há um interesse muito grande no turismo", conclui a diretora-presidente.

Baseado na Norma Técnica de Sistema de Gestão da Segurança, curso qualifica os empresários de Turismo de Aventura em técnicas de auditoria.

Já estão abertas as inscrições para o Curso "Sistema de Gestão da Segurança em Turismo de Aventura", com base na Norma Técnica ABNT NBR 15331, publicada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, em dezembro de 2005. O curso é oferecido pela Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura - ABETA, sendo uma das ações previstas no Programa Aventura Segura, iniciativa do Ministério do Turismo e Sebrae Nacional que contempla uma ampla estratégia visando a oferta segura e responsável de atividades de Turismo de Aventura em 16 destinos nacionais prioritários. A próxima edição do curso acontece na Secretaria Municipal de Turismo de Bonito (MS) (Rua Coronel Pilad Rebua, 1250 - Centro - Bonito), nos dias 27 a 29 de maio, O curso tem apoio da Prefeitura Municipal de Bonito e da Associação dos Atrativos Turísticos de Bonito e Região - Atratur e é direcionado às empresas de Turismo de Aventura e Ecoturismo que atuam na região de Bonito e Serra da Bodoquena. A entrada é franca e as inscrições podem ser feitas pelo site do Programa Aventura Segura www.aventurasegura.org.br

A Coordenadora de Qualificação da ABETA, Raquel Müller ressalta que o curso é direcionado a todas as empresas de Turismo de Aventura e Ecoturismo que estão participando do processo de Assistência Técnica para a implementação da ABNT NBR 15331. "O curso é mais um etapa para que as empresas implementem e cumpram todos os requisitos da Norma, além de qualificar os empresários a realizarem auditoria interna nas operações de turismo de aventura, possibilitando que eles avaliem os procedimentos adotados a partir do olhar de um auditor", revela.

O curso tem duração de 24 horas/aula, sendo oferecido em três dias, com abordagens teóricas sobre planejamento e técnicas de auditoria, além de uma parte prática, onde os participantes têm a oportunidade de exercitar essas técnicas. "É importante que os operadores tenham conhecimento, ao final do curso, de como planejar, realizar e depois elaborar relatório de auditoria interna do SGS e implementação nas operações de turismo de aventura, cumprindo assim mais um dos requisitos da norma", acrescenta Raquel.

A ABNT NBR 15331 ou Norma Técnica de Sistema de Gestão da Segurança estabelece os requisitos para a implementação do SGS e pode ser usada para certificar operadoras de turismo de aventura, atrativos turísticos organizados, Unidades de Conservação e outras organizações. O sistema possibilita a uma organização criar uma política da segurança e alcançar os seus objetivos e metas, utilizando as técnicas da gestão de riscos e incorporando o processo de melhoria contínua das condições de segurança. Esse sistema permite estabelecer e avaliar a eficácia dos procedimentos, desenvolver uma política e objetivos de segurança, atingir a conformidade em relação a eles e demonstra-la aos clientes.

SERVIÇO

Evento: Curso Sistema de Gestão da Segurança
Local: Secretaria Municipal de Turismo de Bonito
Endereço: Rua Coronel Pilad Rebua, 1250 - Centro
Bonito - MS
Data: 27 a 29 de maio de 2008
Horário: 9 às 18 horas
Entrada franca
Inscrições e informações no site www.aventurasegura.org.br ou pelo telefone 31.3227.1678 / cursospresenciais@abeta.com.br

Critérios de participação

- Poderão participar 02 representantes de cada empresa;

- As vagas são direcionadas as empresas e unidade de conservação que aderiram ao processo de implementação da ABNT NBR 15331;

- Caso as vagas não sejam preenchidas, será analisada a possibilidade de participação de mais membros das empresas.

ABETA
Rua Rio Grande do Norte 1560 sala 401 Savassi - Belo Horizonte - MG CEP 30130-171
Tel. (31) 32615707 / 32271678
info@abeta.com.br

Técnicos do projeto GEF Rio Formoso estiveram em Bonito, nos dias 6 e 7 deste mês, para apresentarem as propostas de atividades a serem realizadas com os produtores rurais das áreas selecionadas para intervenção.

A exposição teve como objetivo principal iniciar um canal de comunicação com os produtores para discutir as possibilidades de parceria. "Iremos atuar levando em consideração, principalmente, as realidades e demandas dos proprietários. Temos como princípio a participação direta e efetiva daqueles que se beneficiarão diretamente com o projeto", disse o coordenador adjunto do projeto, Rodiney Mauro, da Embrapa Gado de Corte.

São duas regiões definidas para intervenção que se localizam na bacia hidrográfica do rio Mimoso. Elas formam micro bacias hidrográficas que abastecem o rio Formoso e foram escolhidas por serem consideradas críticas em relação a conservação de solo e água. Foram realizados estudos sobre estado de conservação do solo, água, e vegetação entre outros e a partir dos resultados estas áreas foram escolhidas.

Em cada área, a equipe fez o planejamento ideal para propor aos produtores. Neste planejamento foram levadas em consideração as características não apenas geoclimáticas (relevo, solo, clima, e disponibilidade de recursos hídricos), mas também as características socioeconômicas e tipos de culturas já utilizadas pelos proprietários.

Em uma destas áreas, denominada como M1, as proprietárias, Marly e Suely Monteiro, afirmaram estar muito contentes em participar do projeto pela possibilidade de melhorar não apenas a produção como também a conservação dos recursos naturais. "Temos consciência de que para nós, solo, água, assim como plantas e animais são indispensáveis para o bom funcionamento da nossa atividade, a pecuária", disse Marly.

Outras atividades agrícolas serão contempladas pelas ações, como as praticadas no outro limite estipulado pelos estudos. Nele, nomeado de M7, encontram-se, por exemplo, bovinocultura (corte e leite), agricultura, suinocultura, ovinocultura.

Para o produtor de leite Miguel Borges de Lima a participação no projeto será de grande ajuda. "Como trabalho com leite, preciso de um tipo de pasto que me ajude a melhorar a produção. Além disso também quero melhorar as condições das minhas terras", disse.

Entre as atividades propostas aos produtores estão a silvicultura para aqueles que trabalham com bovinocultura, a implantação de SAFs (Sistemas Agroflorestais) e plantio de mudas de espécies nativas - ambos para a recomposição de matas ciliares, conservação de solo e estradas, além de outras.

GEF Rio Formoso - O projeto financiado pelo Banco Mundial é coordenado pela Embrapa Solos e conta com a participação das unidades Gado de Corte (Campo Grande- MS, coordenadora regional), Agropecuária Oeste (Dourados- MS) e Pantanal (Corumbá-MS).

Também estão envolvidos a Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer), Secretaria de Estado de Meio Ambiente das Cidades, do Planejamento, da Ciência e Tecnologia (Semac), Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), Conservação Internacional (CI Brasil) e Fundação Cândido Rondon (gestora financeira).

O Projeto possui ainda outros colaboradores e co-executores importantes como a Prefeitura Municipal de Bonito, através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, o IASB (Instituto das Águas da Serra da Bodoquena) e apoio técnico e institucional do Ibama.

Os Estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e, especialmente, o Pantanal acabam de ganhar novos aliados na defesa da natureza: jornalistas profissionais e comunicadores ambientais do NEM (Núcleo de Ecojornalistas ou Ecomunicadores dos Matos). Criado em 2005 por jornalistas dos dois Matos Grossos (MT e MS), o NEM acaba de lançar um projeto inovador de comunicação socioambiental para a Bacia Hidrográfica do Alto Paraguai (BAP). A idéia é democratizar informações socioambientais que promovam a cidadania ecológica e a melhoria da qualidade de vida das populações do Pantanal.

Com apoio da União Mundial para a Conservação da Natureza da Holanda (IUCN NL) e do Núcleo de Ecojornalistas do Rio Grande do Sul (NEJ-RS), o projeto "Rádio Ecologia: uma ferramenta educacional para promover a qualidade de vida na Bacia do Alto Paraguai" vai disponibilizar 32 programas radiofônicos temáticos para municípios da bacia pantaneira (BAP). O novo serviço de comunicação ambiental é gratuito e voltado para rádios e organizações que utilizam a internet como ferramenta de trabalho e educação ambiental.

O projeto

O projeto foi uma das propostas vencedoras do edital Ecosystems Grant Programme (EGP - Programa de Financiamento para Ecossistemas) lançado em 2007 pela IUCN NL. Com duração de 14 meses e apoio financeiro de 53.669 Euros, o NEM vai produzir o programa radiofônico Boca da Mata, que divulgará conteúdos informativos, de educação ambiental, cidadania, utilidade pública e também a primeira radionovela ecológica do Pantanal. Toda semana, rádios da bacia pantaneira receberão os programas e poderão divulgar os conteúdos sem qualquer custo. Internautas e rádios de outras localidades que se cadastrarem no site do NEM (em construção) também poderão fazer o download e utilizar os conteúdos gratuitamente.

"Nossa expectativa é que as demandas por informações ambientais, principalmente de rádios dos municípios do Pantanal no Brasil, Bolívia e Paraguai, sejam atendidas com este novo serviço de comunicação", afirma o coordenador-geral do projeto, Allison Ishy. Segundo um mapeamento realizado pelo Programa Pantanal do Ministério do Meio Ambiente o rádio é o veículo de comunicação com maior alcance na região pantaneira e a maioria das emissoras tem interesse em receber e divulgar informações ecológicas.

Uma das vantagens para as rádios que utilizarem o novo serviço são os conteúdos já finalizados profissionalmente em linguagem radiofônica, além da permissão de reprodução total ou parcial das informações, o que dá maior liberdade aos veículos de comunicação. O programa Boca da Mata também pretende ser um serviço de utilidade pública em educação, saúde, cidadania e meio ambiente voltado para os pantaneiros e população da BAP.

O NEM

O Núcleo de Ecojornalistas ou Ecomunicadores dos Matos, atualmente formado por oito membros dos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, também será estruturado com o Projeto Rádio Ecologia, criando sua personalidade jurídica, estatuto, regimento interno e devendo funcionar como uma Organização Não-Governamental (Ong). O NEM é a primeira organização de jornalistas e comunicadores ambientais criada na região.

Além de promover o intercâmbio, troca de experiências e desenvolver projetos de jornalismo e comunicação socioambiental, o núcleo está convidando artistas, poetas, fotógrafos, ilustradores e chargistas, além de educadores e lideranças que atuam com a comunicação socioambiental nos Estados para serem membros da organização.

Universidades, sindicatos, Ongs, instituições de pesquisa e governamentais também serão convidadas para serem parceiras do núcleo e de suas atividades.

A criação do NEM ocorreu em Santos (SP) durante o I Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental (2005) com apoio do Núcleo de Ecojornalistas do Rio Grande do Sul (NEJ-RS), que também é o proponente do projeto "Rádio Ecologia: uma ferramenta educacional para promover a qualidade de vida na Bacia do Alto Paraguai".

Mais informações

Para se beneficiar com o serviço de comunicação socioambiental as rádios ou internautas poderão solicitar informações pelo e-mail: ecomunicadores@gmail.com.

A Comissão Coordenadora do Zoneamento Ecológico-Econômico de Mato Grosso do Sul e representantes do trade turístico do Estado estiveram reunidos ontem, no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo, no Parque dos Poderes, para troca de informações do ZEE-MS.

Segundo o superintendente das Cidades e coordenador Estadual do ZEE-MS, Sérgio Yonamine, a reunião com representantes do turismo é de suma importância por ser um setor voltado para as potencialidades ecológico-econômicas do Estado. "A reunião será uma troca de informações para saber o que existe de fato, e o que está sendo realizado sobre o Zoneamento", disse coordenador.

As reuniões setoriais têm por objetivo trocar e coletar informações que possam subsidiar a formulação do ZEE-MS, nesta primeira etapa, e de identificar, junto aos respectivos setores, representantes da sociedade civil e do governo para o acompanhamento contínuo dos trabalhos formulados sobre o ZEE.

O trabalho do ZEE-MS visa organizar, de forma vinculada, as decisões dos agentes públicos e privados quanto a planos, programas, projetos e atividades que, direta ou indiretamente, utilizem recursos naturais, assegurando a plena manutenção do capital e dos serviços ambientais dos ecossistemas.

Segundo a Comissão Coordenadora do ZEE-MS, esta primeira aproximação será baseada em dados secundários e na sistematização dos diversos estudos já realizados no Estado de Mato Grosso do Sul.

A presidente da Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul (Fundtur), Nilde Brun, também participa do evento, com empresários e representantes das operadoras de turismo do Estado.

Ministério da Integração

De acordo com Yonamine, no próximo dia 14, às 14 horas, no Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), no Parque dos Poderes, haverá uma reunião com representantes do governo do Estado e do Ministério da Integração Nacional para tratar de assuntos sobre o Projeto Observatório da Sustentabilidade do Pantanal; Plano Estratégico de Desenvolvimento do Centro-Oeste e a idéia do observatório; apresentação do estudo sobre o Observatório da Sustentabilidade do Pantanal, dentre outros assuntos.

Há 2 meses a superintendência do Ibama em Mato Grosso do Sul deu inicio a Operação Rastro Negro Pantanal, que conseguiu desarticular um grupo que comercializava carvão vegetal, resultado de desmatamento irregular.

O grupo agia em Aquidauana, fraudava o sistema de gestão do DOF (Documento de Origem Florestal) e assim conseguia abastecer siderúrgicas do Estado. A ação gerou 13 multas e R$ 4,7 milhões em punição contra fornecedores e os compradores.

O esquema foi descoberto após processo iniciado em 2006, com a criação do DOF. Desde então os fiscais do Ibama deixaram de priorizar fiscalizações em loco e passaram a intensificar o trabalho de inteligência, com base em dados do sistema sobre movimentação de cargas, compra e venda de carvão.

Auditorias, feitas nas próprias siderúrgicas, também são parte do trabalho que a partir de agora entra na fase de repressão. Para a próxima semana, são esperadas autuações de outras dez carvoarias que atuam de forma irregular no Estado. Além de multas, todos serão proibidos de continua na atividade.

O Ibama checou todas as licenças de carvoarias, relacionou os principais consumidores, monitora o mercado há dois anos e agora conseguiu traçar o real universo desses crimes ambientais.

A operação em Mato Grosso do Sul envolve quatro divisões do Ibama, durante as investigações foi constatado que grandes siderúrgicas continuam comprando carvão irregular e também foram descobertas a existência de carvoarias em nome de laranjas e oficialmente funcionando em endereços fantasmas.

Quase metade do carvão que transita no Brasil, sai de MS, cerca de 44% da produção nacional. Esse total é o que passa pelo sistema DOF, mas os interessados em faturamento extra, as custas de desmatamentos não permitidos, usam artifícios na rotina da atividade.

Uma das estratégias, a mais conhecida segundo o Ibama, é informar no Documento uma quantidade de carvão e na verdade transportar mais. Um transporte formiguinha que, conforme estimativa, chega a 600 metros cúbicos de carvão ilegal ao dia, e representa 30 campos de futebol de mata nativa devastados sem qualquer controle no Estado.

Outros dado que assusta é o número de carvoarias clandestinas em funcionamento. Todas as semanas a Polícia Militar Ambiental divulga fechamentos e apreensões. Não há como quantificar, mas a experiência faz o Ibama acreditar que o mesmo número de empresas registradas, cerca de 500, também funciona na clandestinidade.

As auditorias, confronto de dados e levantamentos no sistema DOF, foram a saída para regular o mercado diante da falta de fiscais no órgão, mas a segunda estratégia para tentar reverter o problema é a busca de parceria com as cinco maiores siderúrgicas em Mato Grosso do Sul, que só funcionam movidas a carvão vegetal nativo.

Metade do carvão produzido aqui vai para Minas Gerais, mas a ajuda do mercado interno é considerada fundamental para regular. Além de também multar quem compra, o Ibama apela para a conscientização dos empresários.

Devastação - As principais regiões afetadas ambientalmente com o comércio ilegal, segundo apontam as investigações do Ibama, é o Pantanal, a Serra da Bodoquena e a Bacia do Alto Taquari.

Mato Grosso do Sul produziu no ano passado cerca de 4,4 milhões de metros cúbicos de carvão. O impacto dessa atividade de extração de lenha e posterior produção de carvão é de uma área de mais de duzentos mil hectares anuais.

As ações de combate prosseguem com auditorias ambientais e fiscalizações em propriedades rurais, carvoarias, escritórios de compra e venda de carvão e indústrias siderúrgicas, e a participação da Policia Federal.