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Notícias de Bonito MS

Para tentar manter a economia de Bonito aquecida durante o período de baixa temporada no turismo, o Sindicato Rural do município vai promover a Expobonito (Exposição Agropecuária de Bonito). E a primeira será realizada entre os dias 4 e 9 de agosto.

"A intenção é aproveitar esse evento agropecuário para prolongar o período de alta temporada que antes terminava em julho. Além disso, o grande objetivo é provocar um novo conceito cultural de que o agronegócio pode e está associado à consciência ambiental", defende Denílson Augusto da Silva, presidente do Sindicato.

Para a exposição foram programadas diversas atividades ligadas à produção, tais como: leilões, sendo que seis já estão confirmados; shows com artistas de fama nacional e ainda palestras sobre diversos assuntos e exposições de bovinos das raças nelore, caracu, gir, girolanda e equinos e ovinos.

A Expobonito pretende mostrar a todos que é possível existir harmonia entre pecuária e meio-ambiente, cumprindo a legislação e com boas práticas.

A feira agropecuária será realizada no parque de exposições Leôncio de Souza Brito e conta com apoio da Nelore MS, Famasul, UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), Banco do Brasil entre outros.

Quem comparecer à segunda noite do 10º Festival de Inverno de Bonito poderá apreciar o encontro de talentos musicais da Família Espíndola.

A apresentação da família sul-mato-grossense traz a pluralidade dos ritmos regionais e mostra a abrangência da música do Centro-Oeste brasileiro.

Trata-se de um encontro de gerações, marcado pela originalidade das composições e dos arranjos. Além da voz, de extensão incomum de Tetê, o disco traz a sofisticação de Celito e Sérgio, e os trabalhos de Geraldo, Jerry, Alzira, Humberto, Gilson, Daniel Black e Iara Rennó.

O talento familiar já desponta nas novas gerações e não se restringe apenas na habilidade de interpretar belas canções, mas também na capacidade de compor.

O show "Espíndola Canta" acontece no palco da Praça da Liberdade, na quinta-feira (30), e reúne a afinação de 10 vozes inconfundíveis.

O Trem do Pantanal será palco ontem (11) da tradicional 8ª Festa de São Pedro Pira, que acontece em Piraputanga, e reúne a família e amigos de Sylvio Cesco, ferroviário aposentado idealizador da festa que faleceu em 2003. Neste ano, a festa acontece num dos vagões do trem, reservado para transportar os participantes até Piraputanga. "O vagão estará todo enfeitado com bandeirinhas, todos estarão vestidos a caráter, como nas típicas festas juninas, para cantar e dançar. A idéia surgiu após convênio do governo do Estado que concedeu desconto de 30% para servidores públicos e seus dependentes", conta a servidora pública estadual aposentada Sylvia Cesco, de 64 anos.

Sylvia explica que, em 2002, seu pai fez aniversário às vésperas do Dia de São Pedro (28/06/2002) e decidiu comemorar seus 91 anos com uma festa especial, reunindo a família e amigos em Piraputanga. No ano seguinte, o ferroviário aposentado ajudou a organizar a festa e faleceu em dezembro do mesmo ano. Seus familiares e amigos decidiram continuar realizando a tradicional Festa de São Pedro Pira.

"É uma honra fazer esta festa, homenageando meu pai, aproximando as pessoas e divulgando as belezas de Piraputanga e de nosso Estado", conta Sylvia. Para ela, a volta do Trem do Pantanal é motivo de alegria e mostra a preocupação do governo estadual com as tradições sul-mato-grossenses e com o turismo.

A idéia de fazer a festa no Trem do Pantanal, segundo ela, surgiu após a assinatura do convênio do governo do Estado com a Serra Verde Express, que administra os passeios, e concedeu aos servidores públicos desconto de 30% nas viagens no vagão turístico. Além dos servidores, o benefício pode ser estendido para até três dependentes. Para isso, basta apresentar um comprovante do vínculo empregatício com o governo e documentos que comprovem o parentesco dos dependentes no momento da compra.

"É um grande benefício para os servidores estaduais. Gerou uma boa economia já que há outros quatro funcionários estaduais e que vão com suas famílias", ressalta Sylvia. Um músico foi contratado especialmente para a festa no trem. "Virão pessoas de outras cidades e estados, que vão adorar percorrer o trajeto de Indubrasil até Piraputanga de trem e ainda com uma festa de São Pedro", finaliza.

O Trem do Pantanal sai às 7h30 da Estação de Indubrasil, com chegada prevista para às 11h30 em Piraputanga. No total, o trem irá percorrer 220 quilômetros, partindo de Campo Grande rumo à cidade de Miranda, destino final do trajeto. Os trechos comercializados são: Campo Grande/Aquidauana, Campo Grande/Miranda e Aquidauana/Miranda. O trem opera aos sábados, domingos e feriados prolongados e disponibiliza vagões nas classes econômica, turística e camarote.

Dois eventos em um, que unem as tradições da cultura pantaneira com o conhecimento científico. Assim será a "4ª Cavalgada no Pantanal e 1º Simpósio de Pecuária Orgânica", que acontece de 23 a 26 de julho de 2009, na Fazenda Rancharia, no Pantanal da Nhecolândia, em Mato Grosso do Sul.

O objetivo do evento é propiciar aos participantes um passeio inesquecível em total sintonia com a natureza ao longo de quatro dias em pleno Pantanal sul-mato-grossense, com toda a hospitalidade do homem pantaneiro.

Em meio à exuberante fauna e flora da maior planície alagável do mundo, os participantes atravessarão corixos, vazantes, rios e matas nativas deste santuário ecológico. Conhecerão ainda a cultura e a culinária pantaneiras com bailes e cafés da manhã típicos da região.

Ao longo da programação, haverá ainda palestras de pecuária orgânica com grandes pesquisadores do tema, como Dra. Silvia M. de Q. Caleman, da USP; Dr. Antônio Márcio Buainain, da Unicamp; e Dr. André Steffens de Moraes, da Embrapa Pantanal.

Parceria

Nesta edição da tradicional cavalgada, que anteriormente era promovida pela Associação dos Criadores do Cavalo Pantaneiro do MS (ACCP MS), a parceria com a Associação Brasileira de Pecuária Orgânica (ABPO Pantanal Orgânico) vai proporcionar aos participantes momentos de confraternização e conhecimento científico, além da responsabilidade sócio-ambiental.

Ayrton Bacchi Neto, presidente da ACCP MS, explica que a cavalgada surgiu há alguns anos como um congraçamento das famílias pantaneiras: "Antigamente havia muitas festas pantaneiras, mas com o tempo foram se perdendo. Então tivemos a ideia de resgatar essa tradição, que à época tinha a intenção de trazer as pessoas da serra para conhecer a planície pantaneira. Além disso, queremos difundir as qualidades da raça do cavalo pantaneiro".

Para esta quarta edição, a previsão é de cerca de 300 pessoas a cavalo, mais as equipes de apoio, já que quem não tiver costume de andar a cavalo pode fazer o passeio de carro, devidamente apropriado para a região. "Esse número vem se mantendo, pois a logística, a segurança e a estrutura são muito bem planejadas para dar suporte aos participantes. Nossa preocupação é fazer uma cavalgada com segurança, pois temos muitas crianças, idosos, enfim, famílias inteiras participando, incluindo turistas estrangeiros e interagindo com a comunidade local. Será uma grande festa pantaneira!", garante Ayrton.

Para o presidente da Associação Brasileira de Pecuária Orgânica, Leonardo Leite de Barros, os eventos representam uma oportunidade única para o meio urbano ter contato com o modo de vida do homem pantaneiro e conhecer a produção diferenciada da carne orgânica. "Temos no Pantanal uma cultura de dois séculos e meio, são três grandes nações que convivem em harmonia com essa região e o isolamento dessa área criou uma cultura única. A cavalgada é uma oportunidade de interação entre o meio urbano e a cultura pantaneira, pois são famílias inteiras cavalgando lado a lado com estrangeiros e pantaneiros, e essa interação é algo maravilhoso".

Leonardo ressalta ainda a importância do evento em âmbito nacional: "Nós, sul-mato-grossenses, que temos a maior área de pantanal em nosso território, é que temos de levantar a bandeira de orgulho do Pantanal e essa bandeira tem a ver com sustentabilidade. A questão orgânica é uma vocação pantaneira que agrega valor ao produto. Você tem música, natureza, culinária, e a integração homem com cavalo. O cavalo é uma extensão do homem pantaneiro. Quando você leva essas pessoas de outras regiões para o meio do Pantanal, elas começam a entender essa química".

Organização

O evento é uma realização da Associação dos Criadores do Cavalo Pantaneiro do MS (ACCP MS) e Associação Brasileira de Pecuária Orgânica (ABPO Pantanal Orgânico), com patrocínio da Real H, WWF Brasil e Embrapa Pantanal, e apoio da Acrissul, UPPAN, União dos Pantaneiros da Nhecolândia, Sociedade de Defesa do Pantanal (Sodepan), AVRN, Escola de Qualificação Rural da UFMS, Gráfica Pontual e Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, através da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), Semac e Seprotur.

O Mel do Pantanal pode ser o primeiro produto sul-mato-grossense a receber a chamada Indicação Geográfica. O produto que recebe este tipo de certificação tem uma identidade própria que estabelece uma ligação entre suas características e a sua origem. É o caso de produtos famosos pelo Brasil como a cachaça de Paraty, o café do Cerrado Mineiro, o couro do Vale dos Sinos entre outros.

Para dar início à avaliação da região onde é produzido o mel pantaneiro, em mato Grosso do Sul, o consultor, Fernando Schwanke, do Rio Grande do Sul, estará hoje, 10 de julho, em Aquidauana, para conversar com os possíveis parceiros e as associações de produtores que pretendem entrar com o pedido de Indicação Geográfica. O consultor fez visita ontem (9), à tarde, à cidade de Corumbá.

A Indicação Geográfica é o reconhecimento da procedência de um produto com características que o diferenciam dos demais, como a forma de elaboração, os ingredientes e outras qualidades que garantem a exclusividade. Quem concede esta certificação é o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), e o pedido é feito pelo grupo que produz com o produto.

"Para receber essa identificação de procedência, é necessário fazer um levantamento histórico da produção, fazer as adequações operacionais necessárias, delimitar a área onde ela acontece, regular um caderno de normas com as características do produto além de criar uma identidade visual para ele", conta Schwanke.

Uma vez recebida a indicação, o mel do Pantanal terá vantagens como um maior valor agregado, que o diferencie dos demais, a preservação das particularidades do produto e maior investimento na área de produção. "Esse pode ser o primeiro produto de Mato Grosso do Sul a ser reconhecido geograficamente, posteriormente outras indicações poderão vir", avalia Marcus Rodrigo de Faria, gerente de agronegócio do Sebrae/MS, que atua no setor apícola há cinco anos.

Na região pantaneira são em torno de 250 a 300 produtores de mel. Serão avaliados os municípios de Anastácio, Aquidauana, Miranda, Ladário, Corumbá, Porto Murtinho, Caracol. Bela Vista, Jardim, Guia Lopes da Laguna, Nioaque, Bonito e Bodoquena. Segundo o consultor de apicultura Gustavo Bijos, as avaliações serão feitas e daqui a três meses serão definidos exatamente quem são e onde estão os apicultores que podem receber o selo.

Indicações Geográficas já concedidas

No Brasil são seis as indicações geográficas já concedidas. São os vinhos do Vale dos Vinhedos (RS), a cachaça de Paraty (RJ), o café do Cerrado Mineiro (MG), a carne bovina do Pampa Gaúcho (RS), o couro do Vale dos Sinos (RS) e as uvas e mangas produzidas no Vale do São Francisco (BA).

Essa certificação torna os produtos mais atraentes e confiáveis para os consumidores, abrindo inclusive, portas para o mercado internacional. "Os grupos que obtém a indicação devem zelar pela gestão e preservação do título, que garante ao grupo produtor processar juridicamente quem comercializar produtos de falsa indicação geográfica", diz Marcus.

A produtora rural Tereza Ferreira Correa, de Bonito, foi multada em R$ 85 mil pela Polícia Militar Ambiental por promover desmatamento.

Ela é dona da fazenda Teresópolis, onde devastou 17 hectares de mata nativa sem autorização do órgão ambiental.

Além da multa pesada, ela vai responder por crime ambiental e, se condenada, poderá ficar até um ano presa.

Foi lançado na manhã de terça-feira (7), a 10º edição do Festival de Inverno de Bonito que será realizado entre os dias 29 de julho e 2 de agosto. O evento trará grandes nomes da música nacional como Elba Ramalho no dia 29, Vanessa da Mata dia 30, Seu Jorge no dia 31 e Caetano Veloso e banda no dia 1º.

Para esta 10º edição a estrutura do festival terá algumas novidades e espaços ecológicos para cantores, músicos, artistas plásticos, atores e público compartilharem da arte, cultura e das belezas de locais.

O governo do Estado com patrocínio do Banco do Brasil, Prefeitura Municipal de Bonito, Petrobras, Sebrae (Serviço Nacional de Apoio à Micro e Pequenas Empresas) e Cruzeiro do Sul investiram cerca de R$ 1,3 milhão na estrutura e na contratação dos shows, que terão ainda a participação da Família Espíndola e do Grupo Acaba e apresentações de música regional, dança, artes plásticas e cinema.

Para o presidente da FCMS (Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul), Américo Calheiros o evento é uma atividade de integração da Cultura e do Turismo e que a população local já se integrou ao festival por meio da participação dos shows, palestras e amostras culturais.

O Prefeito de Bonito, José Artur Soares (PMDB) destacou que houve o aumento de voos de Campo Grande para Bonito, o que dá mais comodidade para os turistas de fora do Estado. "Os voos têm aumentado a procura dos turistas por Bonito e agora, na época do festival, o número de reservas tem crescido, principalmente de turistas de outros Estados." afirmou o prefeito de Bonito. Soares também agradeceu o apoio do governo do Estado com a divulgação do festival na 4º Salão de Turismo de São Paulo. Segundo o prefeito as visitas na cidade tiveram aumento de quase 100% nos últimos cinco meses, em comparação ao mesmo período o ano passado, o que representa um total de 130 mil visitas de janeiro a maio de 2009.

O último a falar, o governador André Puccinelli (PMDB) finalizou a cerimônia de abertura agradecendo aos parceiros e patrocinadores, e ressaltou que cultura e o turismo ajudam a diversificar a matriz econômica de Mato Grosso do Sul. "Estamos incrementando na economia do Estado o setor turístico, com suas modalidades, entre elas o turismo de eventos, o turismo cultural e o ecoturismo".

Nas nove edições do festival, foram 1.700 apresentações culturais para um público de 400 mil pessoas. Nesta edição, o evento homenageia o fotógrafo Roberto Higa, o poeta Thiago de Melo e o grupo Acaba, referência nas canções que falam - e defendem - o Pantanal.