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Notícias de Bonito MS

Um grupo de 29 alunos do curso de Guia de Turismo do IFMT Campus Cuiabá - Cel. Octayde Jorge da Silva saiu da sala de aula para o campo. A aula de encerramento do curso foi na região de Poconé, município localizado a 100 km da Capital. Região rica em ouro e história e onde se concentra a maior beleza natural do Estado que é o Pantanal. A viagem foi de dois dias.

Simulando uma viagem com os futuros clientes (os turistas), os alunos foram os próprios guias se revesando em grupo e colocando em prática as técnicas de guiamento que, segundo a professora Angela Carrion, são orientações de boas vindas, itinerário e animação. "Estes são alguns dos procedimentos que devemos adotar com os clientes, pois precisamos nos identificar, falar do percurso, dos aspectos gerais do clima, vegetação e previsão de chegada ao destino", comenta.

O primeiro destino da viagem foi o Sesc Pantanal, um hotel localizado a 145 km de Cuiabá. Este hotel está localizado numa região considerada a maior Reserva Particular do Patrimônio Natural do Brasil. Lá os alunos puderam conhecer estudos desenvolvidos com formigas, borboletas e compostagem. Eles visitaram, também, o Centro de Interpretação Ambiental, um espaço onde a tecnologia trabalha a favor do conhecimento dos biomas por meio de maquetes, painéis interativos, fotos da fauna e flora e vídeos.

A viagem seguiu para a Transpantaneira onde puderam apreciar a beleza natural, a vegetação e conhecer um pouco mais da fauna. O encerramento do primeiro dia foi na Pousada Piuval com festa junina e focagem noturna.

No segundo dia os alunos puderam fazer uma caminhada na trilha chamada Capão do Macaco, que dá acesso a uma torre onde puderam ter uma vista panorâmica da fazenda e conhecer o pantanal no período da seca. Eles também puderam fazer uma cavalgada e passeio de barco sob a Lagoa Piuval.

Para a aluna Flaviane Santos de Brito, as viagens acabam sendo bem proveitosas, pois conhecemos a história, peculiaridades da região, clima, vegetação e fauna. "Tudo isso serve de informações para serem repassadas ao nosso cliente", enfatiza. Para a coordenadora do curso em exercício, Nazareth Campos, as aulas de campos são importantes para a formação e aperfeiçoamento das aulas teóricas. "Essas aulas são tão interessantes que promovem interação e troca de conhecimento entre o grupo enriquecendo-os de informações. O guia tem que estar muito bem informado do local por onde ele percorrera com o turista", afirma.

A Prefeitura Municipal de Bonito publicou decreto (Nº. 085, de 17 de junho de 2010) prorrogando por dois anos a vigência do Concurso Público de Provas e Títulos realizado em 2008, contados de 27 de junho de 2010 até 26 de junho de 2012.

O decreto prorroga ao mesmo tempo a validade do edital C/Nº 01/2008, de 22 de janeiro de 2008, que estabeleceu as regras para o concurso e o edital C/Nº 12/2008, que publicou e homologou o resultado final.

Serviço:

Outras informações podem ser obtidas pelo telefone 3255-1351, no setor de Recursos Humanos, de 07h30 á 13h30.

O Festival de Inverno de Bonito, um dos eventos mais aguardados do Mato Grosso do Sul, causa sempre uma expectativa para todos que acompanham o evento.

Muito se fala sobre as atrações, as exposições, cursos, mas o que gera grande polêmica é os nomes dos artistas que comparecem para animar a Grande Tenda do evento.

A programação oficial do Festival de Inverno de Bonito 2010 está próxima de ser lançada. Maiores informações em breve! Aguardem!!!

Cento e dezesseis. Este é o número de barragens previstas para a bacia hidrográfica do Alto Paraguai, BAP - justamente onde ficam os rios formadores do Pantanal. Segundo dados da ANEEL/EPE, 29 delas já estão em operação: 7 usinas hidrelétricas (UHEs), 16, pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) e 6 centrais geradoras de eletricidade (CGHs). Dez PCHs estão em construção, 29, em processo de licenciamento, 30 em estudos de inventários e 17 em estudos de inventário de rios. Além disso, uma UHE passa por estudo de viabilidade no momento. "A principal característica do Pantanal é o pulso de inundação. Temos que nos perguntar o que será desse ecossistema quando todas essas unidades estiverem em funcionamento", questiona Paulo Teixeira de Sousa Júnior, pesquisador sênior do Centro de Pesquisas do Pantanal.

A instituição está mobilizada para mostrar ao Ministério do Meio Ambiente a necessidade de uma avaliação integrada do impacto ambiental do funcionamento de todas essas usinas e centrais no Pantanal. Atualmente, a maior preocupação é com o processo de licenciamento das PCHs, que é feito pelos municípios e avalia os efeitos de cada empreendimento isoladamente. "Esse procedimento precisa mudar, pois mudando rio a rio acaba-se mudando o sistema inteiro. Precisamos de estudos mais profundos sobre o impacto conjunto desses empreendimentos. É imprevisível o que pode acontecer com o Pantanal quando as 116 unidades estiverem funcionando", alerta a pesquisadora associada ao Projeto SINERGIA do CPP, Débora Calheiros da Embrapa Pantanal.

Um bom exemplo da necessidade dessa avaliação conjunta é o Rio Jauru, que tem 1 UHE e 5 PCHs funcionando em um trecho de menos de 35 quilômetros. Um relatório da Universidade Federal de Mato Grosso produzido para o Ministério Público Estadual mostra que a migração de peixes foi afetada em diversos pontos, o que pode comprometer sua reprodução e também sua distribuição no Pantanal. Sem as condições ideais para sua sobrevivência, algumas espécies de peixes tendem a diminuir em número ou em tamanho e até a desaparecer, em especial as espécies de peixes migradores.

Nessa região, o Jauru também deixou de ser um rio de águas rápidas. "Há um trecho de 20 quilômetros em que não existe mais rio. Há apenas lagos", conta Pierre Girard, pesquisador sênior do CPP e um dos autores do relatório. O cientista alerta para a falsa impressão de que as PCHs não mudam as características dos rios. "Existe a idéia de que as PCHs não são perigosas, pois só as barragens com comportas podem regular rios. Mas no Rio Jauru, por exemplo, todas as barragens têm reservatórios. São muros de 10 a 15 metros acima do rio. Ou seja, elas podem modificar a ecologia do rio, sim", explica Pierre.

Débora Calheiros lembra que uma das recomendações da ONU, dentro do programa de metas ecossistêmicas do milênio, é que não se use todos os serviços ambientais de um único ecossistema. "A sociedade pantaneira e o Brasil precisa decidir o que quer para o Pantanal. A simples mudança do regime de secas e cheias no bioma já terá resultados preocupantes", adianta. O principal gatilho para a reprodução dos peixes é justamente a elevação do nível do rio com as primeiras chuvas. Mudanças nesse padrão afetam o ciclo reprodutivo. Além disso, a desova se dá na parte alta do rio. Quando o peixe encontra um obstáculo intransponível e para num lago, seus órgãos reprodutivos são reabsorvidos e ele não se reproduz. "Um sinal claro da queda dos estoques pesqueiros no Rio Cuiabá é que aumentou o número de pessoas que tentam pescar no Parque Nacional do Pantanal. Tivemos até que intensificar o trabalho de fiscalização", revela José Augusto Ferraz, chefe da unidade de conservação. Ele lembra que as aves também são prejudicadas com as mudanças no regime de inundação. "Elas dependem do alagamento para formar os ninhais, pois a água funciona com uma proteção para os ninhos", ressalta.

O objetivo dos pesquisadores é encontrar maneiras de adequar a crescente demanda por energia à necessidade de preservação ambiental. Afinal, o Pantanal também atua na purificação e redistribuição da água para o lençol freático. "A discussão sobre a nossa matriz energética tem que começar já. Temos potencial para apenas mais 15 ou 20 anos. E depois? É preciso pensar também se o custo ecológico da construção de tantas PCHs vale a pena. A ciência precisa de tempo para encontrar estas respostas", lembra Paulo Teixeira de Sousa Júnior.

É preciso levar em conta também as próprias características da Bacia, que é sedimentar. "Isso significa que os rios liberam muitos sedimentos. Quando chegam nos lagos, esses sedimentos param. Isso diminui a vida útil da barragem", diz Pierre Girard.

Além de recomendar o estudo conjunto, o CPP acredita que é necessário preservar pelo menos algumas sub-bacias do Pantanal sem nenhum tipo de barramento, para que possa ser feita uma avaliação comparativa. É uma demanda urgente, no quadro atual, essa medida seria possível apenas em Mato Grosso do Sul. Em Mato Grosso, já há usinas previstas ou em funcionamento em todos os rios. "Nós estamos pleiteando desde 2008 que a EPE, Empresa Brasileira de Pesquisa Energética, coloque a avaliação ambiental integrada (AAI) de todos os empreendimentos previstos na Bacia do Alto Paraguai como prioridade. Mas temos que lembrar que este é um instrumento do setor energético. É preciso que os órgãos ambientais também se envolvam ativamente. Se o objetivo de todos é a busca do desenvolvimento sustentável não podemos chegar a ele sem um estudo completo, que considere a Bacia do Alto Paraguai como um todo", finaliza Débora Calheiros.

O Globo Rural apresenta uma série de reportagens mostrando agricultores que apostaram no turismo rural. Nesta semana, a viagem é pelo Pantanal de Mato Grosso do Sul, onde a fauna nativa é o principal atrativo para os visitantes.

A 230 quilômetros de Campo Grande, em Miranda, fica a fazenda São Francisco, na região chamada portal do Pantanal. A estrada é de fácil acesso e quem chega tem uma recepção festiva. São os periquitos da cabeça preta, pássaro conhecido como príncipe negro.

A fazenda de quase 15 mil hectares produz arroz irrigado e tem criação de gado de corte. Parte da área é destinado ao turismo rural.

No começo do passeio, apreensão. Pegadas frescas são sinais de que uma onça esteve pelo caminho. É uma das 15 que vivem por perto. Para diminuir os ataques ao gado, o produtor estudou o comportamento dos felinos, mudou o manejo e introduziu 100 búfalos na criação.

"Quando um dos animais do rebanho é atacado por um felino, os búfalos têm um comportamento defensivo. Eles partem para cima do felino e enxotam esse felino", explicou o criador Roberto Coelho

O seu Roberto decidiu abrir as porteiras para os visitantes há 12 anos. Hoje, a atividade já compõe 30% da renda. Uma diária com todos os passeios custa R$ 350. O dinheiro chega com turistas como estes do nordeste que vão logo fazer a pesca da piranha.

"Na Bahia, no sertão, a gente vê isto e fica deslumbrado", disse o funcionário público Hélio de Oliveira.

Na hora de seguir viagem, o jacaré aparece para se despedir. O pessoal aproveita para oferecer um petisco.

Mas boa mesmo devia estar a refeição do maguari e do martim pescador verde. Só na fazenda já foram catalogadas mais de 300 espécies de aves pantaneiras.

As ariranhas rapidamente dão uma espiadinha. Da chalana para as caminhonetes no safári fotográfico. A guia, filha do dono da propriedade, se formou em turismo e orienta o grupo. Os turistas se encantam com os cervos do Pantanal, o tamanduá e as capivaras.

A busca pelos animais continua a noite. Silêncio total para não espantar os bichos. O lobo guará, ameaçado de extinção, passeia pela estrada. Pára, dá uma olhada, mas nem se incomoda.

Amanhece e o grupo viaja mais 30 quilômetros e chega à Fazenda Cacimba de Pedra, em Aquidauana. A primeira atração fica por conta do cateto e dos pássaros. Eles vão se alimentar pela manhã. O tucano quer espaço, papagaios, gralha pantaneira, galo da campina e pica-pau.

O criador Gerson Zahdi recebe aves que estavam em recuperação no Centro de Reabilitação de Animais Silvestres, autorizado pelo Ibama.

"Quando chega a estação da reprodução bandos, no caso dos pássaros passam e dão sinais de vocalização de que é época de reprodução. Então, a grande maioria esmagadora já acompanha esses bandos e vão para a selva, vão para a floresta", explicou seu Gerson.

Na fazenda, seu Gerson cria gado de corte e também jacarés em cativeiro. Vinte e cinco por cento do faturamento é obtido com a venda da carne e do couro de jacaré. Nos berçários, ainda com 20 dias, difícil quem resista a pegar o filhote.

"É muito emocionante. Eu, como bióloga, estou adorando", disse a bióloga Manoela dos Reis.

Caminhando ou a cavalo, os turistas vão para outro ponto da propriedade. No lago, os turistas têm a oportunidade de ver os jacarés no ambiente natural. Há 100 fêmeas e 30 machos que estão em fase de preparação para a reprodução que começa no final de agosto. Os turistas aproveitam para alimentar os animais com carne bovina.

Cada visitante paga R$ 229 por uma diária. A procura está crescendo e 25% do faturamento da fazenda já é com o turismo. No pacote tem o almoço. A esposa de seu Gerson, a dona Rosaura, foi quem ajudou no preparo da comida. E, claro, não poderia faltar a carne de jacaré criado no cativeiro da fazenda.

Para alegrar o almoço, o peão, seu Jorge, deixa o trabalho de lado, pega a sanfona e faz o que mais gosta: tocar o instrumento.

A cantora revelação do ano de 2009, Maria Gadú, pode ser uma das atrações do 11° Festival de Inverno de Bonito, que acontece de 28 de julho a 1° de agosto na cidade localizada a 257 quilômetros de Campo Grande.

No site oficial da cantora, a data do dia 31 de julho está reservada para a cidade de Bonito. Maria Gadú ficou conhecida com a música "Shimbalaiê", tema da novela Viver a Vida, e "A História de Lily Braun", da trilha da minissérie Cinquentinha, ambas da Rede Globo.

Tradicionalmente, o show de sábado do festival de inverno é o que atrai maior público, com possibilidade do artista se apresentar no domingo, em Campo Grande, dentro do projeto MS Canta Brasil.

A relação de atrações deve ser divulgada mais próxima das datas do festival. No ano passado, Vanessa da Mata, Elba Ramalho, Seu Jorge e Caetano Veloso foram as grandes atrações do Festival de Inverno.

O deputado federal Waldemir Moka (PMDB) defendeu ontem (29), durante reunião da Comissão Especial que analisa o Código Florestal Brasileiro, que as normas de preservação e exploração econômica do Pantanal sejam discutidas e aprovadas pelas Assembleias Legislativas de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.

De acordo com Moka, essa possibilidade está prevista no relatório do deputado Aldo Rebelo (PcdoB-SP). "As discussões sobre biomas específicos devem ser feitas por aqueles que vivem o dia a dia dos problemas, que conhecem as peculiaridades da região", defendeu.

O sul-mato-grossense disse que o parecer de Aldo Rebelo é isento e atende aos dois segmentos envolvidos nas discussões - agricultor e ambientalista. "É um relatório feito por um homem que não tem qualquer ligação com ambientalistas ou produtores rurais. O deputado Aldo é imparcial e fez um excelente relatório", destacou.

Moka lembrou que o Pantanal é um dos biomas mais bem preservados do mundo por causa da harmonia entre o pantaneiro, a fauna e a flora da região. "Ninguém tem mais interesse em preservar o Pantanal do que o homem que ali vive. É uma maldade dizer que esses povos estão querendo destruir a região", observou.

O deputado disse que é possível conciliar os interesses de preservação e de exploração das áreas, sem posicionamentos radicais de ambos os lados. "Ninguém está defendendo a derrubada de uma árvore sequer. Não queremos isso. Queremos apenas que possamos continuar produzindo e, ao mesmo tempo, manter intacto o meio ambiente", afirmou.

"Sou médico e professor. Nunca tive um hectare de terra sequer. Defendo a agropecuária porque é a base de sustentação da nossa economia. Mas também quero preservar cada hectare das nossas principais riquezas, o Pantanal e o Cerrado. E isso é possível com diálogo franco e respeitoso".