Notícias de Bonito MS
A Feira Internacional e o 1° Salão de Turismo do Mato Grosso do Sul receberam esta semana representantes de 75 operadoras de turismo de 15 países da Europa e América. Desde quinta-feira (18), os visitantes conheceram algumas das belezas do Estado, como o Pantanal, a Serra da Bodoquena e o município de Bonito. Ontem (22), o Sebrae/MS realizou a Rodada Internacional de Negócios Turísticos entre as operadoras internacionais e as locais. O objetivo foi aumentar o volume de negócios realizados entre elas, ampliando o número de turistas estrangeiros que visitam Mato Grosso do Sul.
A rodada envolveu 16 empresas sul-mato-grossenses e 22 de outros países. São, ao todo, 250 reuniões agendadas. Segundo a coordenadoria de turismo do Sebrae/MS, este momento proporciona a inserção de Mato Grosso do Sul nos mercados sul-americanos e europeu, gerando renda e emprego para os pequenos negócios de toda a cadeia produtiva do turismo no Estado.
Produtos turísticos como o ecoturismo, a observação de pássaros, a pesca esportiva, os turismos histórico, rural, de aventura e mergulho foram apresentados e comercializados pelas operadoras do Estado à operadoras do Canadá, Estados Unidos, Holanda, França, Peru, Venezuela, Bolívia e Argentina.
A Rodada Internacional de Negócios Turísticos aconteceu, das 9 às 15 horas no Centro de Exposições Albano Franco, localizado na capital.
Funcionários da Fazenda América (Agropecuária Rio Formoso Ltda), do médico veterinário Luiz Lemos de Souza Brito, foram flagrados obstruindo o fluxo de um braço do Rio Formoso, em Bonito, provocando o secamento de trecho do rio e a morte de peixes e plantas aquáticas. O crime fez o MPE (Ministério Público Estadual) ingressar com uma ação cautelar, que foi aceita pela Justiça, determinando o desboqueio. A obstrução também provocou o secamento da cachoeira que passa pela Fazenda São Geraldo, em que é feito passeio turístico. Bonito é um dos principais destinos de turismo ecológico do País e o Formoso seu principal rio.
Um gestor ambiental da fazenda vizinha notou que o braço do Rio Formoso secou e foi verificar o motivo, quando flagrou que um funcionário da Fazenda América estava construindo um aterro com cascalho, impedindo a passagem de água para o braço do Rio Formoso. Com o bloqueio, a vazão no rio aumentou no local onde a Fazenda América tem uma turbina.
A desobstrução do braço do rio deve ser feita ainda hoje, sob o acompanhamento do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente). O maquinário que será utilizado foi pago por fazendeiros da região, segundo apurou a reportagem do Campo Grande News.
Luiz Lemos de Souza Brito já foi multado pela PMA (Polícia Militar Ambiental) pelo crime ambiental em R$ 150 mil. O fazendeiro é irmão do presidente da Comissão Nacional de Assuntos Fundiários da CNA (Confederação Nacional da Agricultura), Leôncio de Souza Brito Filho.
Na ação cautelar, o Ministério Público pediu que em 30 dias a fazenda apresente um projeto de recuperação de área degradada, visando recuperar os danos antes mencionados, e que deverá ser apresentado à Secretaria Estadual de Meio Ambiente, e executado no prazo que aquele órgão determinar, sob pena de multa diária de R$ 5.000.
O MPE também pede que a fazenda cerque, no prazo de 30 dias, todas as áreas de preservação permanente e de reserva legal da propriedade, com cerca de arame que impeça a presença de animais médios e grandes, sob pena de multa diária de R$ 5.000 e multa por animal encontrado nestas áreas em R$ 100 por cabeça.
Outro lado - Procurado pelo Campo Grande News, Luiz Lemos de Souza Brito preferiu o silêncio. Ele disse que está viajando e que só conversará com a reportagem quando voltar a Campo Grande, onde reside.
A coordenação do Parque da Serra da Bodoquena ainda aguarda a viabilização de máquinas para liberar o braço do Rio Formoso, em Bonito, que foi obstruído por funcionários da Fazenda América, pertencente a Luiz Lemos de Souza Brito. A determinação foi dada pela Justiça, que determinou ainda multas pesadas se a decisão for descumprida.
Ontem, segundo o administrador do Parque, Adílio Valadão, representante do Ibama na região, o que estava se tentando é começar o trabalho de desobstruição do rio manualmente. Segundo ele, funcionários da fazenda São Geraldo, vizinhas à América, conseguiram abrir uma espécie de canal para dar vazão à água, que antes formava uma cachoeira na fazenda, que é usada como atrativo turístico da região.
A obstrução do rio só foi descoberta quando funcionários da fazenda São Geraldo perceberam que o trecho estava secando e flagraram funcionários da propriedade vizinha fazendo o trabalho de bloqueio da água. O MPE (Ministério Público Estadual) foi acionado e entrou na Justiça contra o fazendeiro.
A fazenda tem parte localizada dentro do Parque da Serra da Bodoquena e o restante no raio de 10 km que é considerado uma borda de proteção da área de preservação e que por isso também tem o manejo controlado, como explicou Adílio Valadão.
Até ínicio de outubro deste ano o número de focos de calor na região do Pantanal era muito alto, devido à prolongada estiagem de mais de 120 dias. Segundo a climatologista Balbina Soriano, pesquisadora da Embrapa Pantanal, começou o período chuvoso na região Centro Oeste e o total de chuva até 19 de outubro na cidade de Corumbá foi de 162 mm (estação meteorológica da Aeronáutica). Na sub-região da Nhecolândia foi de 64,4 mm (estação meteorológica da Fazenda Nhumirim), o que proporcionou grande diminuição no número de focos de calor.
Focos de calor são temperaturas registradas acima de 47º C, com base em dados captados por satélites (INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Levantamento realizado em setembro de 2007 mostrou que o número de focos de calor no Pantanal chegou a 1.110, sendo a sub-região de Miranda a que mais apresentou focos de calor (326).
Os dados são do DPI/INPE, com recorte para o Pantanal feito pelo Laboratório de Sensoriamento Remoto da Embrapa Pantanal (unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA), segundo o analista Luiz Alberto Pellegrin.
No período de 1º a 19 de outubro, com os altos índices pluviométricos ocorridos na região pantaneira, o número de focos de calor caiu consideravelmente, chegando a 100: uma diminuição de 91% do número de focos de calor.
Dicas importantes sobre Bonito e Pantanal, como a melhor época para o turista programar a viagem, o acesso aos passeios e suas observações quanto a preservação da natureza, informações meteorológicas e o que levar na mala. Tudo isso e muito mais será possível saber pelo telefone de qualquer lugar do Brasil, a partir desta segunda-feira, com a entrada em operação do Call Center (Central de Chamadas) da Agência Ar, operadora sul-mato-grossense especializada em ecoturismo com foco nos dois principais destinos turísticos de Mato Grosso do Sul.
"A procura por Bonito e Pantanal é muito grande e para desafogar os nossos agentes de venda decidimos criar o Call Center, com funcionários especializados em ouvir os clientes e dar informações, com sugestões e orientações sobre esses dois destinos", disse a diretora-executiva da Agência Ar, Denise Borges.
O Call Center vai funcionar 24 horas. De qualquer lugar do Brasil ou do exterior, os turistas poderão ligar para a central de atendimento da Agência Ar em Bonito (67 - 3255 4361), Campo Grande (67 - 3226 8066), Miranda (67 - 3242 3820), São Paulo (11 - 3711 3101), Rio de Janeiro (21 - 3521 7233), Belo Horizonte (31 - 3231 4021), Brasília (61 - 3717 1107) e Curitiba (41 - 3941 5119). O sistema irá possibilitar ligação local a partir de qualquer cidade onde o cliente estiver e conexão direta com Bonito e Pantanal sem custos de interurbano.
"Inovação e coragem, esse é o lema da Agência Ar", analisa o diretor-presidente da empresa, Alex Furtado. Na sua avaliação, a marca do bom atendimento está atrelada a todas as novidades da Ar, por entender que o sucesso de uma operadora de turismo depende diretamente da satisfação de seus clientes.
Assim, o Call Center da Agência Ar, além da função de bem informar o turista sobre quando e como ter o melhor aproveitamento de sua viagem por Bonito e Pantanal, também vai funcionar como um instrumento voltado para a preservação da natureza, considerando a ação educativa que irá desenvolver no seu trabalho com os turistas. Isso porque há uma série de recomendações de cuidados que o turista deve ter ao visitar as duas regiões para que não haja danos ao ambiente natural, a começar pela capacidade receptiva limitada de cada passeio, que só pode ser realizado com hora marcada e acompanhamento de guia treinado.
Também no dia 15 deste mês a Agência Ar irá lançar o seu departamento de telemarketing, com o objetivo de promover um apanhado geral de opiniões de seus clientes em todo o país. Segundo Denise Borges, a proposta da operadora de promover o turismo sul-mato-grossense ainda prevê o Cartão Fidelidade Ar que será lançado durante o mês de outubro.
A Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul inaugura no dia 23, às 15h, a Exposição Temporária de Artesanato da Região do Pantanal, na Casa do Artesão de Campo Grande. Serão apresentados trabalhos de artesãos de Anastácio, Aquidauana, Miranda e Corumbá. Entre eles, José Messias de Jesus, Luiz Augusto Ferreira e outros do Grupo de Produção de Abrólio - Resgatando Raiz e da Associação Amor Peixe . Serão exibidas ainda, a cerâmica Terena. A exposição fica até dia 12 de novembro.
Artesãos
José Messias de Jesus é um artesão de Anastácio, numa humilde família do Sul de Minas Gerais. Aos nove anos, perdeu o pai e teve que começar a trabalhar para ajudar no sustento da casa. Nesta época difícil, mudou-se para São Paulo. Lugar onde, depois de trabalhar numa sapataria, passou a fazer o trabalho de artesanato com o couro. "Cada peça que produzo é como se fosse a primeira", disse Messias. Ao mudar-se para Mato Grosso do Sul, começou a trabalhar numa selaria com um amigo. Em quatro meses abriu sua própria selaria, onde trabalha o couro artesanalmente até hoje. Ele é o único artesão que produz artefatos em couro em Anastácio. Seus produtos têm uma demanda tão grande que só ele não consegue supri-la. Atualmente está ministrando uma oficina para repassar sua técnica, formar outros artesãos e possibilitar a continuidade dessa arte .
O Grupo de Produção de Abrólio - Resgatando Raiz, iniciou seu trabalho em maio de 2005, na Casa do Artesão de Aquidauana, convidado pelo vereador Paulo Reis e pelo presidente da Câmara na época. Desenvolvido por Maria Santos Calonga, com recursos restritos, o grupo adquiriu os primeiros materiais para os alunos confeccionarem e comercializarem seus trabalhos. Nestes dois anos, o grupo tem recebido apoio da Secretaria de Ação Social e da FCMS, por meio de oficinas de treinamento para que os alunos possam aperfeiçoar a técnica e o acabamento de seus trabalhos. O núcleo é voltado às pessoas de baixa renda e tem como objetivo ajudá-las a incrementar sua renda.
A cerâmica Terena é produzida, em sua maioria, na região da bacia do Rio Miranda, em especial nas aldeias Cachoeirinha e Argola. Atualmente ela perdeu um pouco da sua característica original, e adquiriu uma nova identidade estética, voltada para a comercialização, sem deixar, contudo, de preservar sua resistência e sua singela beleza. A cerâmica Terena tem um caráter utilitário, o que exige um processo de queima das peças bastante cuidadoso. A qualidade do produto depende em grande parte desta etapa da fabricação. As peças são enfeitadas com delicados desenhos -linhas, pontos, flores, espirais, e outros motivos que as identificam. As técnicas de fabricação são ensinadas pelas mulheres mais velhas às mais jovens. É uma atividade que estimula e reforça os laços de solidariedade familiar.
Luiz Augusto Ferreira, artesão de Corumbá, em 1967, aprendeu a fazer cestas de salsaparrilha com a avó. A técnica foi aprendida com uma índia boliviana, em troca de latas de mantimentos. Uma planta sem utilidade para ninguém, para eles era de grande valia. A salsaparrilha é chamada de "o cipó dos milagres". Ele é cheio de nós e tipicamente pantaneiro, encontrado nas morarias de Corumbá. É colhido duas vezes por mês e produzem dois tipos de cestas: redonda e ovalada.
A Associação Amor Peixe, de Corumbá, foi fundada em 2003. O couro de peixe é utilizado para a produção de bolsas, roupas, brincos, agendas entre outros objetos. Dez mulheres integram a associação, que em sua maioria, são esposas de pescadores, que encontraram na atividade, uma maneira de complementar a renda familiar. A sede da organização fica na Casa do Artesão de Corumbá. Um dos reconhecimentos mais importantes foi a premiação da presidente da "Amor Peixe", Wânia Alecrim, vencedora do Prêmio Sebrae Mulher Empreendedora 2005.
As artesãs da Associação Amor Peixe tem seu trabalho reconhecido tanto em nível nacional quanto internacional. O artesanato em pele de peixe fez sucesso também, na Fashion Rio em junho de 2006, maior evento de moda do país. Na ocasião, foi apresentada a produção de diversas peças artesanais confeccionadas pela Amor Peixe, como roupas, bolsas e carteiras. Atualmente os produtos têm sido apresentados para empresários do exterior.
A Funlec finalza preparativos para abrir inscrições para o "Vestibular de Verão" do Iesf (Instituto de Ensino Superior da Funlec). As provas serão válidas para Campo Grande e Bonito, e serão aplicadas no dia 24 de novembro deste ano.
O Iesf oferece seis cursos: Secretariado Executivo Bilíngüe, Turismo, Educação Física, Pedagogia, Biblioteconomia e Artes Visuais. Outras informações pelo telefone 3901-2929.