Notícias de Bonito MS
O teatro é destaque na programação do 9° Festival de Inverno de Bonito. A peça "Uma lenda Terena" vai ser apresentada no palco Fala Bonito, na Praça da Liberdade, no dia 31 de julho, às 18h. O espetáculo "Amor Sacro e Profano" acontece no EcoEspaço, na rua Senador Felinto Muller, s/n°, no dia 2 de agosto, também às 18h.
O espetáculo "Uma lenda Terena", da Trupe Teatral Brazil Bonito, conta a história do amor proibido entre um estrangeiro português (Cauti) e uma índia (Caçai), que está prometida do cacique da tribo. Entre efeitos de luz, sombra, corpo e fogo, a peça fala sobre a importância do amor verdadeiro e da crença Terena. Destaca ainda porquê as águas de Bonito são tão puras e cristalinas.
A peça "Amor Sacro e Profano", com direção Bianca Machado, é um monólogo que traça um paralelo da vida da artista plástica sul-mato-grossense Lydia Baís (1900-1983), através de duas personagens: a própria Lydia, representada em sua mocidade, e Maria Teresa Trindade, a narradora, que já velha e esquizofrênica, rememora o passado da artista com ironia e humor cativantes. Baseado na biografia "Lydia Baís", publicada pela própria artista sob peseudônimo, relata as peripécias dessa mulher que desafiou a família patriarcal e provinciana para estudar pintura no Rio de Janeiro.
Sistemas Agroflorestais na recuperação de matas ciliares e geração de renda. Este foi o tema do Dia de Campo que o Instituto das Águas da Serra da Bodoquena, em parceria com o Projeto GEF Rio Formoso, a AGRAER e a Estância Mimosa Ecoturismo, realizou no dia 28 de julho (segunda-feira) no município de Bonito. Este evento faz parte das atividades previstas no projeto Sistemas Agroflorestais (SAF), executado pelo IASB com o patrocínio do Programa PDA Mata Atlântica, do Ministério do Meio Ambiente.
O dia de campo envolveu visitas a um quintal agroflorestal urbano e à unidade demonstrativa do projeto SAF, localizada na Fazenda Estância Mimosa, para verificação do sistema de plantio e relatos sobre experiências e vantagens do Sistema Agroflorestal. Os participantes, além da visita, assistiram a palestras sobre Implantação de SAF, Segurança Alimentar e Geração de Renda e no final dos trabalhos, fizeram o passeio turístico da Estância Mimosa.
Ao todo, 11 pessoas, entre elas moradoras do Assentamento Guaicurus, do Assentamento Santa Lúcia e pequenos produtores da microbacia do rio Mimoso puderam ter contato com uma forma promissora de produção de alimentos, conhecer o sistema silvipastoril e ter acesso a informações sobre produção de adubos através do reaproveitamento de matérias-prima.
Ao longo das atividades, todos se mostraram satisfeitos com os conhecimentos adquiridos, demonstrando grande motivação em implantar o sistema agroflorestal, em busca de uma melhoria da qualidade de vida e de geração de renda, a partir da diversificação da produção dos alimentos.
Esta iniciativa também propiciou aos participantes uma experiência única ao conhecer um atrativo turístico da região, uma vez que a grande maioria não tinha tido acesso a nenhum passeio da cidade. Assim, puderam ver de perto a estrutura da Mimosa e percorrer a trilha na mata ciliar do rio Mimoso, ficando maravilhados com as cachoeiras visitadas.
O projeto
O Projeto "Sistemas Agroflorestais como alternativa de recuperação de matas ciliares e geração de renda em pequenas propriedades no rio Mimoso, Bonito/MS" trata da utilização dos sistemas agroflorestais como forma alternativa de recuperação de matas ciliares, visando à diminuição da pressão sobre os remanescentes de florestas nativas e a diversificação das fontes de renda para os produtores rurais. Esta proposta foi elaborada devido à precária situação que se encontram alguns rios e córregos da região, em especial o rio Mimoso e, pela falta de recursos financeiros que alguns proprietários se encontram, principalmente os pequenos, para investir na recuperação dessas áreas através do modelo convencional e oneroso mais utilizado, que é o plantio de mudas. Aliado a isso, também surgiu a necessidade de disseminar uma atividade potencialmente geradora de renda para evitar o desmatamento de novas áreas para plantio.
Trata-se de um projeto demonstrativo que trabalhará com 01 unidade piloto localizada na porção média do rio Mimoso (rio que vem sofrendo diferentes graus de perturbação), procurando disseminar uma técnica de recuperação eficiente ecologicamente e de baixo custo. O estímulo para a implantação deste sistema em demais propriedades será através de cursos e dias de campo, além de visitas técnicas que visarão mobilizar e selecionar os produtores interessados em aderir ao projeto, recuperando mais áreas de matas ciliares, aumentar a produtividade das propriedades, diminuindo a pressão sobre as matas ciliares.
Espera-se que seja abrangido mais de 50% de proprietários da região e cerca de 20 feirantes através dos cursos e, com um resultado positivo, onde os sistemas agroflorestais se mostrem viáveis e mais baratos, as demais 125 propriedades da micro-bacia do rio Mimoso possam acreditar no projeto, aderindo ao modelo de recuperação, implantando-o e, se tornando um multiplicador das práticas conservacionistas incentivadas pelo projeto.
O projeto está sendo executado em parceria com a AGRAER, IBAMA, Projeto GEF Rio Formoso, Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Sindicato Rural de Bonito e Estância Mimosa Ecoturismo.
Faltando apenas um dia para a abertura oficial do 9º Festival de Inverno de Bonito - que acontece entre os dias 30 de julho a 3 de agosto - praticamente todos os 4,3 mil leitos de hotéis e pousadas do municípios já estão reservados ou ocupados para os próximos dias.
O movimento turístico, de acordo com agentes locais, já superou o do Festival do ano passado. A expectativa é a de que a lotação total continue mesmo após o 9º Festival de Inverno, em função da divulgação prévia das atrações e do sol, que promete esquentar o clima e o faturamento do setor nas próximas semanas, apesar da baixa temporada.
"No ano passado só conseguimos lotação máxima após o início do Festival. Este ano esgotamos as vagas da pousada com duas semanas de antecedência. Este, sem dúvida, será o Festival de Inverno mais movimentado para o turismo local", afirmou Leonardo Moraes, que trabalha em uma pousada que também administra passeios nos rios de Bonito.
De acordo com dados da Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul, a permanência média de cada turista durante o Festival de Inverno é de 3 dias, gerando assim uma circulação de mais de 50 mil pessoas durante os cinco dias de evento. "A movimentação é significativa para um período de baixa temporada. A expectativa é que o movimento seja maior que o de 2007", garante a diretora da Fundação, Nilde Brum.
Para o secretário municipal de Turismo, Indústria e Comércio de Bonito, Augusto Mariano, o Festival injetará na economia local - principalmente no setor turístico - mais de R$ 5 milhões, gerando cerca de 300 empregos diretos e 500 indiretos durante os cinco dias de festa.
A presidente da Embratur, Jeanine Pires, confirmou que com a definição do orçamento da união para o setor do Turismo, o programa de promoção e comercialização internacional da Embratur contará com recursos da ordem de R$ 135 milhões.
Segundo ela, a prioridade será destinada aos 12 países que constam no Plano Aquarela: Argentina, Chile, EUA, Espanha, França, Portugal, Itália, Inglaterra, Alemanha, além dos países que há escritórios EBT. Jeanine também confirmou a realização de ações na Casa Brasil em Pequim durante as Olímpiadas.
A infra-estrutura do 9° Festival de Inverno de Bonito já está toda montada. Cerca de 50 pessoas estão trabalhando em ritmo intenso para arrumar os últimos detalhes do festival. "Os ajustes finais estão sendo feitos até amanhã, para quarta-feira tudo sair perfeito no lançamento desta edição", afirmou o diretor-presidente da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS), Américo Calheiros.
Uma infra-estrutura moderna para atender aos visitantes que buscam - no 9º Festival de Inverno de Bonito, informação, cultura e entretenimento - é oferecida pelo governo do Estado na edição 2008. De 30 de julho a 3 de agosto, os turistas poderão desfrutar - na Grande Tenda, espaço dos principais shows do festival, de uma gigantesca estrutura de tenda no modelo TFS com capacidade para 8 mil pessoas. Nesta área, ficarão também bares, banheiros, camarins, área social, camarotes e arquibancadas. Nesta edição, os shows de Almir Sater, no dia da abertura do Festival, e do projeto Planeta Música MS, no dia do encerramento, terão entrada franca.
A novidade para 2008 é o projeto cenográfico de JC Serroni, um dos mais premiados cenógrafos brasileiros - o Túnel Lúdico. Ele tem como principal objetivo interligar as duas principais áreas do Festival de Inverno de Bonito 2008. Instalado na rua Pilad Rebuá, o túnel terá duas extensões de aproximadamente 15 metros em cada esquina - Praça da Liberdade e Grande Tenda - interligadas por elementos cenográficos. A proposta é a utilização de recursos audiovisuais como telas de TV ou monitor LCD para divulgação de projetos ambientais desenvolvidos em Bonito, assim como a programação do festival e seus homenageados.
O Pavilhão das Artes terá uma aérea total de 380 m², em estrutura montada sob tendas piramidais. Dentro do pavilhão, o público poderá encontrar exposição e venda de artesanato, mostras de arte, livraria, café e estandes institucionais do Fórum Estadual de Cultura, Prefeitura de Bonito, Sebrae e a exposição das artistas campo-grandenses Zilca Gonçalves Nunes e Roselin Bonifácio. Haverá também a Galeria de Arte de Bonito, exclusiva para os artistas do município, na qual acontecerá uma mostra que reúne estilos diversos com temas relacionados ao meio ambiente e natureza.
Com curadoria de Rafael Maldonado, a mostra "De Natureza Contemporânea" reúne trabalhos de cinco artistas brasileiros contemporâneos que investigam novas possibilidades de discurso nas linguagens de pintura, vídeo, fotografia e objeto-instalação. Os trabalhos apresentam diferentes relações entre o homem e o ambiente que o cerca, seja no registro de cenas onde a paisagem aparece de forma poética ou mesmo de maneira denunciativa. Questões bastante abordadas pela produção artística contemporânea, que se posiciona como um potente mecanismo de reflexão e questionamento. Participam dessa exposição os artistas Bruno Vieira (Recife), Douglas Colombelli (Campo Grande), James Kudo (São Paulo), Gustavo Duarte (Rio de Janeiro) e Tiago Giora (Porto Alegre).
O Pantanal, uma das maiores planícies de sedimentação do mundo, rico em fauna e flora e que tem 65% de seu território em Mato Grosso do Sul, está concorrendo com outros lugares do planeta para se consolidar como uma das sete novas maravilhas naturais do mundo.
Para a diretora-presidente da Fundação de Turismo (Fundtur), Nilde Brun, é extremamente importante ter o Pantanal na lista de votação, porque confere uma visibilidade para o mundo inteiro. "É um ganho muito grande; se o Pantanal chegar em primeiro, é melhor ainda. Agregado a isso, precisamos mostrar a estrutura dentro dessa maravilha: aproveitar as feiras, congressos e mostrar a qualidade de nossos hotéis, pousadas, gastronomia e transporte", disse.
A votação está sendo feita pela internet, no endereço www.new7wonders.com, até o dia 31 de dezembro de 2008. Até essa data, serão escolhidas 21 maravilhas naturais em janeiro de 2009, que continuarão na disputa pelos votos dos internautas. Os sete vencedores serão divulgados em 2010. Atualmente, o Pantanal está em 71º no ranking. O Pantanal foi reconhecido pela Unesco, em 2000, como Reserva da Biosfera, por ser uma das mais exuberantes e diversificadas reservas naturais do planeta.
A pesca, lazer que antes atraia somente os homens, vem conquistando o restante da família, graças ao conforto e segurança oferecido pelo segmento. Isto está se tornando uma rotina em Corumbá, banhada pelo Rio Paraguai, maior município da região do Pantanal sul-mato-grossense, localizado na divisa com a Bolívia, e que há cada ano, atrai um número maior de turistas, em busca de momentos agradáveis e troféus inesquecíveis.
É o caso das famílias Carvalho e Sena que resolveram fazer a experiência. "Antes os homens vinham sozinhos, dessa vez nos organizamos e conseguimos trazer toda a família, inclusive às crianças e os adolescentes", explicou a professora, Maria Elvira Mendes Carvalho.
O ponto de partida foi Campo Belo, Minas Gerais. A família passou por Ibiá, Uberaba; a cada parada era um parente ou amigo que se integrava ao grupo, até chegar a Corumbá. Já na estrada, a família viu jacaré, tuiuiú, o que aumentou ainda mais a expectativa em relação à pescaria no Pantanal.
"Meu marido é um freqüentador assíduo do Pantanal. Já veio pescar aqui 26 vezes. A primeira foi antes da gente se casar. Ele tinha 22 anos. Mesmo depois de ter vindo tantas vezes, ele continua apaixonado por esse lugar, agora eu entendo o porquê disso tudo", disse Vânia Cruz Carvalho.
O empresário Amintas Mendes Carvalho relembra as pescarias, que em sua opinião, era uma verdadeira aventura. Nesses 26 anos, acompanhou a evolução do turismo de pesca no Pantanal, e em Corumbá. "As primeiras vezes que eu vim acampávamos na beira do rio, enfrentávamos os mosquitos; era tudo muito primitivo. Enfim, não tínhamos nenhum tipo de conforto. Hoje a cidade oferece toda a estrutura de pesca necessária, não fica nada a desejar", destaca.
A pesca em família é destacada pelo secretário executivo de Turismo, Carlos Porto. Na opinião dele, a "tendência" se deve a segurança e conforto oferecido pelo segmento de pesca. "Além das belezas naturais, segurança e conforto são os principais marketings para o turismo. Corumbá está preparada na sua infra-estrutura e na qualidade dos serviços", explicou.
Brincando de pescar
Longe de casa e da correria do dia-a-dia, crianças e adolescentes, acompanhados de seus pais, encontram no Pantanal tranqüilidade, e aprendem uma nova rotina. Após quatro dias pescando no Rio Paraguai, a estudante Gabriela Gianasi de 12 anos, diz não ter sentido falta de nada do seu cotidiano e fala empolgada da pescaria. "Pesquei Pacu, Cachara, Barbado; nem vi o tempo passar. Não senti falta da internet, de nada", disse a estudante.
Mesmo não sendo uma apreciadora da pesca, Ana Luisa Gianasi, de 13 anos, já pensa em uma próxima viagem. Não fala sobre pescado, mas dos bichos que viu na viagem. "Vimos até onça, bem de pertinho", diz empolgada. "Foi muito legal, a paisagem, a família reunida, o entardecer dentro do rio. Quero fazer outras viagens assim" salientou.
Segundo o comerciante Flávio Paiva, a viagem serviu para fortalecer os laços familiares. "Decidimos pescar em família e a experiência foi muito boa, até porque eu também nunca tinha pescado. É muito legal ter tempo para você, para sua família, conviver com as diferenças. Já viajei bastante pelo Brasil, mas essa viagem foi inexplicável", diz o comerciante.