terça, 29 de julho de 2008
Aquidauana News
A pesca, lazer que antes atraia somente os homens, vem conquistando o restante da família, graças ao conforto e segurança oferecido pelo segmento. Isto está se tornando uma rotina em Corumbá, banhada pelo Rio Paraguai, maior município da região do Pantanal sul-mato-grossense, localizado na divisa com a Bolívia, e que há cada ano, atrai um número maior de turistas, em busca de momentos agradáveis e troféus inesquecíveis.
É o caso das famílias Carvalho e Sena que resolveram fazer a experiência. "Antes os homens vinham sozinhos, dessa vez nos organizamos e conseguimos trazer toda a família, inclusive às crianças e os adolescentes", explicou a professora, Maria Elvira Mendes Carvalho.
O ponto de partida foi Campo Belo, Minas Gerais. A família passou por Ibiá, Uberaba; a cada parada era um parente ou amigo que se integrava ao grupo, até chegar a Corumbá. Já na estrada, a família viu jacaré, tuiuiú, o que aumentou ainda mais a expectativa em relação à pescaria no Pantanal.
"Meu marido é um freqüentador assíduo do Pantanal. Já veio pescar aqui 26 vezes. A primeira foi antes da gente se casar. Ele tinha 22 anos. Mesmo depois de ter vindo tantas vezes, ele continua apaixonado por esse lugar, agora eu entendo o porquê disso tudo", disse Vânia Cruz Carvalho.
O empresário Amintas Mendes Carvalho relembra as pescarias, que em sua opinião, era uma verdadeira aventura. Nesses 26 anos, acompanhou a evolução do turismo de pesca no Pantanal, e em Corumbá. "As primeiras vezes que eu vim acampávamos na beira do rio, enfrentávamos os mosquitos; era tudo muito primitivo. Enfim, não tínhamos nenhum tipo de conforto. Hoje a cidade oferece toda a estrutura de pesca necessária, não fica nada a desejar", destaca.
A pesca em família é destacada pelo secretário executivo de Turismo, Carlos Porto. Na opinião dele, a "tendência" se deve a segurança e conforto oferecido pelo segmento de pesca. "Além das belezas naturais, segurança e conforto são os principais marketings para o turismo. Corumbá está preparada na sua infra-estrutura e na qualidade dos serviços", explicou.
Brincando de pescar
Longe de casa e da correria do dia-a-dia, crianças e adolescentes, acompanhados de seus pais, encontram no Pantanal tranqüilidade, e aprendem uma nova rotina. Após quatro dias pescando no Rio Paraguai, a estudante Gabriela Gianasi de 12 anos, diz não ter sentido falta de nada do seu cotidiano e fala empolgada da pescaria. "Pesquei Pacu, Cachara, Barbado; nem vi o tempo passar. Não senti falta da internet, de nada", disse a estudante.
Mesmo não sendo uma apreciadora da pesca, Ana Luisa Gianasi, de 13 anos, já pensa em uma próxima viagem. Não fala sobre pescado, mas dos bichos que viu na viagem. "Vimos até onça, bem de pertinho", diz empolgada. "Foi muito legal, a paisagem, a família reunida, o entardecer dentro do rio. Quero fazer outras viagens assim" salientou.
Segundo o comerciante Flávio Paiva, a viagem serviu para fortalecer os laços familiares. "Decidimos pescar em família e a experiência foi muito boa, até porque eu também nunca tinha pescado. É muito legal ter tempo para você, para sua família, conviver com as diferenças. Já viajei bastante pelo Brasil, mas essa viagem foi inexplicável", diz o comerciante.