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Notícias de Bonito MS

Este ano, o Festival de Inverno de Bonito tem duas ótimas atrações culturais para quem gosta de natureza: o espaço "Natureza Viva" e o Ciclo de Palestras Técnicas "Parcerias na Gestão de Projetos Ambientais".

No espaço "Natureza Viva" você vai conhecer a história da Fundação Neotrópica do Brasil - uma organização não governamental que promove e pratica a conservação da natureza. Os desafios, as conquistas e os resultados obtidos em quinze anos de trabalho, vão estar expostos num ambiente acolhedor; uma pequena reprodução da natureza que ajudamos a preservar.

O espaço reserva também, exposições artísticas e fotográficas da natureza de Bonito e do Pantanal, do Fotógrafo Daniel De Granville, além da réplica viva da natureza, montada no local, representando o tema comemorativo dos 15 anos de Neotrópica, Natureza na sua melhor forma: Viva! Não deixe de conhecer.

O Espaço Natureza Viva acontecerá na sede da Neotrópica - rua 2 de outubro, 165, nos dias 31 julho e 01 de agosto das 14h às 18h e no dia 02 de agosto das 10h às 16h.

Já o Ciclo de Palestras Técnicas, será destinado a promover debates sobre o relacionamento entre Estado, Empresa Privada e ONG.

Nesses quinze anos de trabalho, a Fundação Neotrópica do Brasil acredita que a troca de experiências é o melhor caminho para o desenvolvimento de novas idéias e soluções para a prática da conservação ambiental. Serão dois dias de palestras e bate-papo com representantes do Poder Público, como o Ministério do Meio Ambiente, de Empresa, de ONGs ambientais nacionais e internacionais e de especialistas em parcerias público-privadas.

As palestras serão abertas ao público, a entrada é de graça. Uma ótima oportunidade de conhecer mais sobre a viabilidade de projetos ambientais, indispensáveis para o futuro do planeta. Você também pode nos ajudar a preservar a região de Bonito e a natureza de nosso país.

Maria Bethânia faz show hoje (31) no 9º Festival de Inverno de Bonito. A apresentação acontece na Grande Tenda, que fica na rua Cel Pilad Rebuá, às 22h30. Os ingressos serão vendidos no valor de R$ 12,00 e R$ 6,00 (meia-entrada para estudantes). As pulseiras de camarotes localizados nas laterais do palco, sem lugares marcados ou assentos, custam R$ 30,00. As entradas serão vendidas também em Campo Grande, no quiosque do Ingresso Fácil, no Shopping Campo Grande, 1º piso.

Dentro do mar tem rio, e dentro da cultura popular brasileira tem, incansável e talentosamente, Maria Bethânia. Foi assim que no ano em que completou 60 anos de idade, a intérprete, já consagrada diversas vezes, foi sucesso absoluto e reconhecido.

Em 2006, a cantora foi a grande vencedora da 4° Edição do Prêmio TIM de Música, evento que homenageou Jair Rodrigues, realizado no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Faturou três categorias: Melhor Cantora de MPB, Melhor Disco de MPB (Que Falta Você Me Faz / gravadora Biscoito Fino, produzido por Moogie Canazio) e Melhor DVD (Tempo, Tempo, Tempo / Biscoito Fino, dirigido por Bia Lessa).

Em novembro, a baiana iniciou a apresentação do show Dentro do Mar Tem Rio, no qual interpretava as canções dos dois discos. Dividido em dois atos, Bethânia começa o show com Canto de Nanã, do mestre Dorival Caymmi, e segue interpretando compositores clássicos como Tom Jobim (Praias desertas), Edu Lobo e Capinam (O tempo e o Rio), o mano Caetano (Onde eu Nasci Passa um Rio), entre vários outros, além de artistas contemporâneos como Ana Carolina e Jorge Vercilo (Eu que não sei quase nada do mar) e Vanessa da Mata (Sereia de Água Doce). No palco, Maria Bethânia faz o que mais gosta além de cantar, ao falar, com maestria, textos de Sophia de Mello Breyner, Guimarães Rosa, João Cabral de Mello Neto e Fernando Pessoa.

A turnê fez tanto sucesso que se estendeu ao longo de todo o ano de 2007, desaguando sua música em vários Estados do Brasil, além de Portugal, Espanha, Chile e Suíça, onde inaugurou uma nova sala dentro do tradicional Festival de Jazz de Montreux.

Neste mesmo ano, Bethânia repete a dose de 2006 e leva novamente o Prêmio Tim de Música, dessa vez como Melhor Cantora de MPB e Melhor Disco (Mar de Sophia / Biscoito Fino). Outros dois prêmios podem ser associados ao nome dela: Melhor Projeto Visual (Gringo Cardia, por Pirata) e Melhor Canção (Beira-Mar, de Roberto Mendes e Capinam).

O ano de 2008 começa e, já em fevereiro, lança com a cantora cubana Omara Portuondo, ex-integrante do lendário grupo Buena Vista Social Club, o CD Omara Portuondo e Maria Bethânia (Biscoito Fino), com edição especial que agrega um DVD documentário dos bastidores das gravações. Jaime Alem e Swami Jr., maestros respectivamente de Bethânia e Omara, assinam a produção musical.

Na seqüência, vem a turnê: juntas, Omara e Bethânia estréiam em março no Rio de Janeiro, depois seguem para São Paulo, Belo Horizonte, Maceió, Olinda, Distrito Federal, Aracaju, Salvador, Curitiba, Porto Alegre e, em junho, Chile e Argentina.

O mês é fechado com chave de ouro: Maria Bethânia é escolhida Melhor Cantora pelo Prêmio Shell de Música 2008. A conquista agrega à carreira brilhante outro pioneirismo, a de ser a primeira intérprete a faturar o prêmio. Até 2007, a premiação só agraciava compositores.

O teatro é destaque na programação do 9° Festival de Inverno de Bonito. A peça "Uma lenda Terena" vai ser apresentada no palco Fala Bonito, na Praça da Liberdade, hoje (31) às 18 horas.

O espetáculo "Uma lenda Terena", da Trupe Teatral Brazil Bonito, conta a história do amor proibido entre um estrangeiro português (Cauti) e uma índia (Caçai), que está prometida ao cacique da tribo. Entre efeitos de luz, sombra, corpo e fogo, a peça fala sobre a importância do amor verdadeiro e da crença Terena. Destaca ainda porque as águas de Bonito são tão puras e cristalinas.

A peça "Amor Sacro e Profano", com direção de Bianca Machado, é um monólogo que traça um paralelo da vida da artista plástica sul-mato-grossense Lydia Baís (1900-1983), através de duas personagens: a própria Lydia, representada em sua mocidade, e Maria Teresa Trindade, a narradora, que já velha e esquizofrênica, rememora o passado da artista com ironia e humor cativantes. Baseado na biografia "Lydia Baís", publicada pela própria artista sob pseudônimo, relata as peripécias dessa mulher que desafiou a família patriarcal e provinciana para estudar pintura no Rio de Janeiro.

Bonito (MS) - A abertura do evento foi um sucesso. Cerca de sete mil pessoas acompanharam o show do violeiro Almir Sater na Grande Tenda do 9º Festival de Inverno de Bonito. Além do Show de Sater, outras três mil pessoas participaram dos shows do Duo Carlos Alfeu e Marcos Assunção, dos homenageados Délio e Delinha, e do artista plástico que transforma lixo reciclável em instrumentos musicais, Décio Rocha.

Música à parte, o festival inaugurou simultaneamente seis exposições: Mostra e venda de artesanato sul-mato-grossense, no Pavilhão das Artes; Jardim Gramacho, Caminhos do Papelão e O lixo e o lúdico, no EcoEspaço do Projeto Reciclando Cultura; De natureza contemporânea, na Galeria do Festival; e a Galeria exclusiva para os artistas de Bonito na Galeria de Artes de Bonito.

As exposições ficam abertas de hoje (31) até sábado (2/8), das 10 às 22 horas; no domingo a programação vai até as 20 horas.

Programação para hoje

Além das exposições, o festival traz ainda o ciclo de palestras técnicas da Fundação Neotrópica do Brasil, dentro do Reciclando Cultura. Os ministrantes de entidades como o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, Ministério do Meio Ambiente, MMX Metálicos Corumbá LTDA, Conservação Internacional do Brasil e a Fundación Avina vão abordar temas como a visão dos setores público, privado e não governamental no gerenciamento de projetos ambientais. As palestras começam a partir das 8 horas no EcoEspaço. Já na praça, a partir das 16 horas, acontecerão apresentações de circo, mágica, grafite e dança.

Artes Cênicas

Duas peças teatrais do festival começam simultaneamente às 18 horas. Na praça da Liberdade, a Trupe Teatral Brazil Bonito vai apresentar a peça "A lenda terena", uma apresentação de teatro que mostra através de teatro de bonecos de sombra, teatro de corpo em sombra, expressão corporal, malabarismo e pirofagia (malabarismo de fogo), uma lenda terena de nossa região, que conta a história do amor proibido entre um estrangeiro português (Cauti) e uma índia (Caçai), que está prometida ao cacique da tribo. Entre vários efeitos de luz, sombra, corpo e fogo, explica a importância do amor verdadeiro e da crença Terena; e o porquê de as águas de Bonito serem tão puras e cristalinas.

"No gosto doce e amargo das coisas de que somos feitos" será apresentada no EcoEspaço como a proposta de levar ao público uma criação autoral baseada na pesquisa e no fluxo de linguagem da escritora Clarice Lispector. Com direção de Nill Amaral, a peça é fruto de uma intensa pesquisa em torno da obra de Lispector, transposta para a linguagem dramática do teatro. Com poucos objetos em cena, o público é conduzido a uma atmosfera introspectiva própria da autora, acentuada por meio da música, iluminação e atuação precisa dos atores.

Cinema

O CineBonito recebe seis exibições a partir das 19 horas, sendo uma animação (O Mapiguari), uma reportagem (É lixo?) e quatro documentários (Huni Meka - Os cantos do Cipó, Quando a Maré Encher, Árvore Sagrada e Gangarras do Bandeira). A entrada é franca.

Para encerrar o dia: música. Os artistas sul-mato-grossenses Cezar e Rodrigo, Thiago Perez e banda, Rodrigo Teixeira e Mandioca Loca tocam, a partir das 19 horas, na praça da Liberdade. Maria Bethânia canta na Grande tenda a partir das 22h30. Os shows da praça são gratuitos; já para ver Bethânia, os ingressos custam R$ 12,00 (inteira) e R$ 6,00 (meia).

No 9º Festival de Inverno de Bonito, realizado pela Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS), que acontece de 30 de julho a 3 de agosto, o público vai poder apreciar, no projeto CineBonito, obras audiovisuais que têm como tema as questões socioambientais. As exibições irão acontecer ao ar livre, às 19h, na rua Senador Filinto Müller s/nº, onde serão apresentados curtas e longa-metragens. Acompanhe os filmes que serão exibidos:

O Mapiguari

(2007/3min13s - Animação)

Parceria: Mostra Nacional de Vídeo Ambiental de Vila Velha (Monvia)

Direção: Cão Cruz Alves

Sinopse: O Suposto protetor da Amazônia

Árvore Sagrada

(2006/24min30s - Documentário)

Parceria: Mostra Nacional de Vídeo Ambiental de Vila Velha (Monvia)

Direção: Cléa Lúcia

Sinopse: Árvore Sagrada mostra que o umbuzero, espécie frutífera da caatinga, assume a imagem mítica de uma árvore sagrada, pois desempenha papel fundamental à sobrevivência das comunidades.

É Lixo?

(2007/7min30s - Reportagem)

Parceria: Mostra Nacional de Vídeo Ambiental de Vila Velha (Monvia)

Direção: Ariel Barroso da Fonseca

Sinopse: Uma provocação do olhar. Qual a diferença entre o lixo que inspira a arte e gera renda, e o entulho que entope o bueiro?

Huni Meka - Os Cantos do Cipó

(2006/25min - Documentário)

Parceria: Mostra Nacional de Vídeo Ambiental de Vila Velha (Monvia)

Direção: Tadeu Siã e Josia Maná Kaxinawá

Sinopse: Uma conversa sobre o cipó (aiauasca), "miração" e cantos. Durante a gravação de um CD com os mais velhos de uma tribo indígena.

Quando a Maré Encher

(2005/30min - Documentário)

Parceria: Fundação Joaquim Nabuco - PE

Direção: Oscar Malta

Produção: Massangana Multimídia Produções

Sinopse: Registra o cotidiano social dos pescadores urbanos do Recife, mostrando a criatividade necessária de quem depende da relação com o mar, dos pescadores que navegam à procura do seu sustento, dos que sabem ter a paciência para, a cada manhã, ter seu dia definido pela maré. O vídeo também mostra ainda a outra margem do rio, o outro lado da história, rios que não pulsam mais como antes.

Gangarras do Bandeira

(2004/21min - Documentário)

Parceria: Fundação Joaquim Nabuco - PE

Direção: Lulla Clemente e Cátia Oliveira

Produção: Massangana Multimídia Produções

Sinopse: Uma comunidade de galegos, em Santa Cruz do Capibaribe agreste pernambucano, cujos indivíduos são chamados, pejorativamente, de gangarras, sofrem discriminação na região por serem, em sua maioria, pobres, analfabetos e loiros dos olhos claros. É a inversão do preconceito do apartheid e traz uma nova abordagem da questão do preconceito racial, resgatando a história de uma comunidade que, ao longo dos anos vem perdendo sua identidade e busca fugir da discriminação.

A Gente Luta mas Come Fruta

(2006/40min - Documentário)

Parceria: ONG Vídeo nas Aldeias

Direção: Bebito Piyãko Ashaninka e Isaac Piyãko Ashaninka.

Produção: Vídeo nas Aldeias

Sinopse: mostra o manejo agroflorestal realizado pelos índios Ashaninka na sua comunidade no rio Amônia, no Acre. Eles mostram como estão trabalhando para recuperar os recursos da terra, muito explorada pelos brancos.

Cheiro de PequiEQUI

(Imbé Gikegü, BRA/2006/36 min - Documentário)

Parceria: ONG Vídeo nas Aldeias

Direção: Takumã Kuikuro, Marica Kuikuro

Produção: Vídeo nas Aldeias

Sinopse: Ligando o passado ao presente, os realizadores Kuikuro contam uma história de perigo e prazeres, de sexo e traição, onde homens e mulheres, beija-flores e jacarés constroem um mundo comum.

O Dia em que a Lua Menstruou

(Nguné Elü, BRA/2004/28 min - Documentário)

Parceria: ONG Vídeo nas Aldeias

Direção: Takumã Kuikuro, Marica Kuikuro

Produção:Vídeo nas Aldeias

Sinopse: Durante uma oficina de vídeo na aldeia Kuikuro, no alto Xingu, ocorre um eclipse. De repente, tudo muda. Os animais se transformam. O sangue pinga do céu como chuva. É preciso cantar e dançar.

Carvoeiros

(1999/70min - Documentário)

Parceria: Zazen Produções

Direção: Nigel Noble

Produção: Zazen Produções

Sinopse: Documentário que nos coloca em contato com a vida dos trabalhadores de carvão vegetal, acompanhando o processo de carvoejar no cotidiano de famílias do interior de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Pará. Filmado sem roteiro prévio, no estilo "cinema verdade" que caracteriza a obra do diretor, traz depoimentos dos carvoeiros, que narram suas próprias histórias.

Pirinop - Meu Primeiro Contato

(2007/83min - Documentário)

Parceria: ONG Vídeo nas Aldeias

Direção: Mari Corrêa e Karané Ikpeng

Produção: Vídeo nas Aldeias

Sinopse: Em 1964, os índios Ikpeng têm o seu primeiro contato com o homem branco numa região próxima ao rio Xingu, em Mato Grosso. Ameaçados por invasões de garimpeiros, eles são transferidos para o Parque Indígena do Xingu, onde ainda vivem.

Rodrigo Teixeira & Mandioca Loca, grupo que tem na polca-rock uma de suas principais vertentes musicais, é um dos shows programados para a 9ª edição do Festival de Inverno de Bonito, realizado pela Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS), que iniciou ontem (30) e vai até 3 de agosto em Bonito/MS. A apresentação vai acontece hoje (31), às 20h30, no palco Fala Bonito que fica na Praça da Liberdade.

Rodrigo Teixeira começou percorrer as trilhas da música tocando com Carlos Colman e logo já havia acompanhado boa parte dos artistas de MS, como Maria Cláudia & Marcos Mendes, Paulo Simões, Geraldo Roca, Zeca do Trombone, Caio Ignácio, Zédu e Jerry Espíndola .

Nos sete anos que morou em São Paulo (entre 1988 e 1997) participou da banda Fenícios apresentando-se nas principais casa noturnas da cidade (Aeroanta, Café Columbia, Garage Rock e Victoria Pub). Nesta época também integrou o Power-Trio Via Crucis liderado pelo falecido Alex Batata. Em 1998, com recursos próprios, gravou o CD Sabone, no Rio de Janeiro, onde morava na época. Em 2004 já de volta ao Matão lançou Polca-Rock idealizado no final dos anos 80.

Participou da coletânia Novidade Nativa produzida por Geraldo Roca, com duas músicas. No disco Gerações, gravou ao lado de Alzira Espídola a música Colisão. Em dezembro de 2006, lançou o primeiro produto em comemoração aos 20 anos de carreira: o videoclipe Mixórdia.

Mandioca Loca

Esta história poderia se chamar amizade e começou há mais de 20 anos. Rodrigo Teixeira era um garoto de 15 anos quando conheceu a banda Olho de Gato. Nesta banda estava Fernando Bola na bateria e mais tarde Rodrigo acabou virando vocalista do Olho de Gato em 88 e 89. Quando partiu para carreira solo, em 90, Fernando Bola continuou tocando com Rodrigo. A vida levou cada um para um lado e em 2004, com o retorno de Rodrigo a Campo Grande, o conceito de que ele seria o Mandioca Loca foi ganhando força. Quando Rodrigo Teixeira recebeu o convite para se apresentar no Festival Gira Palermo, em Assunção, em novembro de 2004, o cantor e a banda acabaram sendo chamados pelo público do Festival como os "Mandioca Loca". De pronto o nome foi assumido pelo grupo e nascia em terras paraguaias o quarteto mais explosivo da música de Mato Grosso do Sul.

A formação original reuniu Rodrigo nos vocais, Fernando Bola na bateria, Anderson Rocha na guitarra e Pedro Ortale no baixo, que acabou sendo substituído por Alex Mesquita depois que o baixista foi morar em Brasília. O mais novo passageiro da "Nave Mandioqueira" é o tecladista Alex Cavalheri.

Maria Bethânia é a grande atração da noite de hoje no 9º Festival de Inverno de Bonito, em show marcado para as 22h30 na Grande Tenda.

Vai ser a segunda vez que a cantora vem a Mato Grosso do Sul. A primeira foi em Campo Grande, em um show há muitos anos. "Tudo ligado a essa terra tem viço e tem a ver com esse Brasil que às vezes as pessoas parecem não querer ver. Então logo que recebi o convite para o Festival de Bonito, me deu um desejo de vir e eu aceitei. Minha vida é muito guiada por esses desejos, que me levam para lugares inusitados e encantadores", contou Bethânia, que saindo de Bonito vai à Teresina, no Piauí. "Lá, espero ver de perto as pinturas rupestres. Aqui, em Bonito, algumas coisas me fascinam, como a gruta do Lago Azul, a beleza das nascentes na areia... Espero arranjar um tempo de ver isso enquanto estou por aqui".

Se as belezas de Bonito chamaram a atenção da cantora, também a música regional a encantou na voz e letras de Almir Sater. "Tenho imensa admiração por ele, que é um grande compositor e uma pessoa maravilhosa. Depois que recebi dele a canção "Tocando em Frente", perdemos bastante contato, mas vez ou outra sinto uma saudade grande de tê-lo por perto".

Para o show desta noite, Bethânia promete cantar outra composição que toca de Sater, "Planície de Prata", em homenagem a Mato Grosso do Sul. O show trará um repertório de suas musicas mais conhecidas. "São musicas que eu sinto que foram escolhidas pelo público, em um show recital, tradicional, com meus pensamentos sobre batalhas, desejos, o amor - sejam as dores do amor ou o amor bem realizado", divaga.
Este ano, Bethânia lançou com a cantora cubana Omara Portuondo, ex-integrante do lendário grupo Buena Vista Social Clube, o CD Omara Portuondo e Maria Bethânia (Biscoito Fino), com edição especial que agrega um dvd documentário dos bastidores das gravações. A turnê passou por inúmeras cidades brasileiras, alem do Chile e da Argentina.

"Foi uma turnê muito grande e terminei exaurida, passamos por muitas cidades do Brasil. Então agora estou só fazendo shows esporádicos em lugares que me atraem, como é o caso de Bonito". Para esse semestre, Bethânia também vai lançar discos de outros cantores e compositores pelo seu selo Quitanda, como os discos de seu sobrinho Jota Veloso.

Atualmente a cantora esta trabalhando em repertório para um futuro disco de inéditas feitas para sua voz, para ser gravado no final deste ano ou no começo do seguinte, e para o qual já procurou Caetano Veloso, Chico Buarque, Chico César, Vanessa da Mata e Arnaldo Antunes, entre outros compositores.