Notícias de Bonito MS
As passagens para o Trem do Pantanal já estão sendo comercializadas no exterior. A informação é do diretor comercial da Serra Verde Express, Adonai de Arruda Filho. Inicialmente, os bilhetes estão sendo vendidos nos Estados Unidos e Canadá e, em breve, chegarão à Europa.
Após a inauguração, ocorrida ontem com a presença dos presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva e do Paraguai, Fernando Lugo, hoje o trem faz sua primeira viagem completa, carregando a bordo jornalistas e agentes de viagem. A lotação máxima, de 280 pessoas, está completa. O trem sai de Campo Grande (estação Indubrasil) e segue até Miranda, passando por outros pontos como Terenos, Aquidauana e Palmeiras.
De acordo com a presidente da Fundação de Turismo do Estado, Nilde Brum, as operadoras podem comprar o passeio pela internet, no site da Serra Verde Express.
Preços Os valores para viajar no trem são os mais diversos. De Campo Grande a Aquidauana, no vagão econômico, custa R$ 32 e de Aquidauana a Miranda, R$ 23. A viagem completa, ou seja, de Campo Grande a Miranda, sai por R$ 39.
Já o vagão turístico, que conta com serviço de bordo, lanche e refrigerante, custa R$ 61 para adultos, de Campo Grande a Aquidauana. Crianças pagam R$ 28,60.
De Aquidauana a Miranda o passeio sai por R$ 39 para os adultos e R$ 19,80 para crianças entre 5 e 12 anos. Já a viagem completa custa R$ 77 para adultos e R$ 37,40 para as crianças.
O vagão executivo é o que tem o preço mais salgado. De Campo Grande a Aquidauana, o passeio custa R$ 93. De Aquidauana a Miranda R$ 51 e o passeio completo R$ 126. Ele conta com comissário bilíngüe, lanches, refrigerante e cerveja.
Crianças até 2 anos não pagam passagem.
A estação de Indubrasil, distrito de Campo Grande, está equipada com duas lojas de artesanato, sala vip, lanchonetes e duas bilheterias.
Pela previsão meteorológica, a sexta-feira (8) teria chuva. Mas até o tempo ajudou a criar o clima perfeito para o lançamento oficial do Trem do Pantanal. A solenidade que aconteceu na Estação do Indubrasil contou com a presença do presidente Luis Inácio Lula da Silva, do governador André Puccinelli, do prefeito Nelson Trad Filho e diversas autoridades.
Com a fala bastante emocionada, o governador André Puccinelli foi emblemático ao expressar o que significa a volta do Trem do Pantanal. "Esse trem é a nossa marca para o Brasil e o mundo de que o Pantanal é aqui. E o presidente Lula pode ver a euforia das pessoas, desde Aquidauana, que esperavam por essa volta. O Trem do Pantanal só é realidade pelo clamor da população", disse André.
Um grande número de pessoas da região e de toda a cidade estava ansioso pela chegada do trem, que aportou na estação pouco depois das 17 horas. Antes disso, o prefeito Nelson Trad Filho afirmou que o trem é a peça no resgate da história e da memória de muita gente.
"O Trem do Pantanal vai incrementar o turismo, essa indústria sem chaminé que movimenta muito a economia e a geração de emprego. Não quero me antecipar à decisão da Fifa [que no dia 31 deste mês irá divulgar a decisão pelas 12 sub-sedes da Copa de 2014], mas estamos mais que prontos para sediar os jogos de 2014", declarou Nelsinho.
Após participar da viagem inaugural do Trem do Pantanal, na sexta-feira (8 de maio), o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, destacou, na estação ferroviária de Campo Grande (MS), que o trem será um divisor de águas na história do Estado. "Daqui a 10 anos as pessoas vão observar o que mudou na história de Mato Grosso do Sul", disse, animado. Assim como esperam os prefeitos dos municípios que estão na rota, Lula acredita que a passagem da composição será definitiva para alavancar o turismo na região.
Lula, acompanhado do presidente do Paraguai, Fernando Lugo, do presidente da ALL, Bernardo Hees, e comitiva, percorreu o trecho entre Aquidauana e o distrito de Palmeiras, um percurso de 35 quilômetros. Ele destacou o empenho da ALL na reestruturação da malha viária, revitalização de vagões e locomotivas para colocar o trem de passageiros de volta aos trilhos, após 14 anos da última viagem. "Graças a Deus a ALL resolveu investir no trem", disse. Da mesma forma ressaltou a importância da atuação da empresa Serra Verde, operadora do trem.
O presidente da República garantiu que será o "garoto-propaganda" do Pantanal em todo o mundo e que assim que o trecho for ampliado virá, na condição de turista, para passear acompanhado da primeira dama, Marisa Letícia. O presidente lembrou que o trem é um meio de transporte bastante seguro e enfatizou em especial a estrutura do Trem do Pantanal. Para que o projeto virasse realidade, a ALL firmou parceria com o governo do Estado e a empresa Serra Verde.
A ALL investiu R$ 18 milhões na revitalização da malha ferroviária, troca de dormentes, recuperação de locomotiva e de vagões. O trabalho envolveu 400 colaboradores durante 12 meses. O trajeto inicial da composição é de 220 quilômetros, saindo do distrito de Indubrasil, em Campo Grande, parando na estação de Aquidauana e depois Miranda. A segunda etapa do projeto inclui o município de Corumbá.
Sobre a ALL
Maior empresa de logística da América Latina e maior companhia ferroviária do Brasil, a ALL - América Latina Logística possui uma malha de 21.300 mil quilômetros de extensão, que abrange os estados do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, no Brasil, e nas regiões de Paso de los Libres, Buenos Aires e Mendoza, na Argentina. Opera uma frota de 1.060 locomotivas, 31 mil vagões e 1.000 caminhões, entre próprios e agregados. Conta com unidades localizadas em pontos estratégicos para embarque e desembarque de carga, atuando como operadora logística para clientes dos segmentos agrícola e industrial em operações ferroviárias, rodoviárias dedicadas e intermodais.
ALL no MS
Desde que assumiu a malha ferroviária no Mato Grosso do Sul, em maio de 2006, a ALL, implantou uma série de medidas para melhorar a produtividade e a segurança da operação ferroviária na região. Com investimento acumulado de R$150 milhões, promoveu a revitalização dos 900 quilômetros de ferrovia, com a substituição de trilhos e dormentes, além da instalação de detectores de descarrilamento ao longo da malha e computadores de bordo nas locomotivas, hoje monitoradas via satélite.
O resultado é um crescimento de 51% no volume transportado entre 2007 e 2008, além da redução de 183% no índice de acidentes ferroviários entre 2006 e 2008. A empresa também viabilizou a implantação de projetos especiais nos segmentos agrícola e industrial, junto a clientes como MRC e VCP. Em 2009, a ALL marca definitivamente sua história no Mato Grosso do Sul como a empresa que viabilizou o retorno do Trem do Pantanal, uma parceria com o Governo do Estado e a Serra Verde Express.
Foram vários os contratempos que marcaram a viagem inaugural do Trem do Pantanal. O mais grave, uma pane no sistema de energia deixou quatro vagões sem ar condicionado. Só no vagão em que viajava o presidente Lula e outras autoridades o ar refrigerado foi mantido. Explicação da empresa Serra Verde é de que houve um problema no gerador de energia.
Os contratempos começaram pelo atraso de quase uma hora da chegada do presidente a Aquidauana. Com isso, parte das atividades programadas deixaram de acontecer. A banda marcial que estava a postos, em frente à estação ferroviária, não teve a chance de tocar para o presidente. Também as crianças terenas haviam ensaiado a dança do bate pau para homenagear Lula, mas ele nem as viu. Tão logo chegou à estação, cortou a faixa e embarcou no trem.
Dentro do trem continuaram as queixas. Não se sabe o critério que o Cerimonial usou para definir quem viajaria ao lado do presidente, no primeiro vagão. O senador Delcídio do Amaral (PT) estava lá, já o deputado federal Antonio Carlos Biffi (PT), não teve acesso e reclamou. Com a composição já em movimento, Delcídio conseguiu levar Biffi para o vagão vip.
Sem água
Outra marca triste desta viagem inaugural ficou por conta do bifê contratado para o serviço de bordo. O vagão em que viajavam os jornalistas estava no meio da composição, entre o vagão VIP e o restaurante. Os garçons passavam pelos repórteres com os petiscos e bebidas destinados às autoridades, e aos jornalistas sequer água foi servida. Nem com os protestos dos representantes da empresa Serra Verde os garçons reconsideraram.
A viagem também demorou muito mais do que os 90 minutos previstos. O trem partiu às 10h55 de Aquidauana e só chegou às 13h20 ao distrito de Palmeiras. Ou seja, duas horas e 25 minutos. No desembarque, mais confusão, empurra-empurra e o extremismo dos seguranças da Presidência.
Lula decidiu quebrar o protocolo e cumprimentar os moradores do pequeno distrito de Palmeiras, que pela primeira vez na história estavam recebendo um presidente. Descontrolados, os seguranças tentaram impedir que os jornalistas se aproximassem do presidente. Empurrões, gente caindo e alguns até com pequenos ferimentos.
Por fim Lula embarcou no helicóptero e voou de volta à Base Aérea de Campo Grande, onde chegou já perto das 14h, almoçou rapidamente e rumou para a estação do Indubrasil. Ali acontece a cerimônia oficial de lançamento do trem do Pantanal e a entrevista coletiva com o presidente
A viagem
Antes da partida do Trem, o presidente descerrou a faixa inaugural e, sentado na cadeira do maquinista, acionou a busina do veículo. Momento em que esteve acompanhado do presidente do Paraguai Fernando Lugo, do governador André Puccinelli (PMDB) e do presidente da ALL, Bernardo Hess.
Acompanharam o presidente da República grande comitiva de autoridades, entre elas três ministros, os senadores Delcídio do Amaral (PT) e Valter Pereira (PMDB), o prefeito da Capital Nelsinho Trad, o presidente da Assembléia, deputado Jerson Domingos os deputados federais Geraldo Resende (PMDB) e Waldemir Moka (PMDB) e o prefeito de Aquidauana, Fauzi Suleiman.
Alessandra Carvalho
A população acompanhou a saída do trem. Dos dois lados dos trilhos, havia pessoas tirando fotografias com máquinas digitais e pelo telefone celular.
O presidente Luis Inácio Lula da Silva disse há pouco, durante discurso no distrito de Indubrasil, em Campo Grande, que se a FIFA confirmar a Capital sul-mato-grossense como uma das 12 sedes da Copa do Mundo de 2014 será possível fazer uma revolução no setor do turismo brasileiro a partir do Pantanal.
Lula, que está desde o início da manhã em Mato Grosso do Sul para a inauguração da volta do Trem do Pantanal no trecho entre Campo Grande e Miranda, disse textualmente o seguinte: "Se a Copa vier para Campo Grande, vamos começar a mudar o turismo no Brasil a partir do Pantanal".
Campo Grande concorre com outras 16 capitais brasileiras. O anúncio oficial da FIFA com as 12 cidades eleitas será feito no dia 31 de maio, um domingo, às 13 horas (horário sul-mato-grossense), em Pardise Island, nas Bahamas.
Proprietários rurais recompôem áreas de Reserva Legal e APP com a ajuda de empresas interessadas em neutralizar carbono e contribuir com a conservação dos recursos naturais de Bonito/MS e região.
De um lado, paira sobre a cabeça do produtor rural a espada da lei ambiental, que o obriga a preservar ou recompor com árvores nativas no mínimo 20% de sua propriedade (Reserva Legal) - no caso do Sudeste, Sul, Centro-Oeste e Nordeste , sem levar em consideração a existência de cursos dágua dentro da propriedade. De outro lado, há produtores que mal têm dinheiro para investir nas lavouras anuais e na pecuária, o que se dirá no plantio de árvores.
De acordo com o biólogo Otávio Morais, da empresa Brasil Diverso, especializada em recomposição de florestas, "uma recomposição de floresta com espécies nativas, seguindo à risca toda a legislação, chega a R$ 15 por muda, por dois anos, com 1.667 mudas por hectare". Ou seja, durante dois anos, que é o tempo que se espera que a muda nativa já possa crescer por conta própria, o produtor gastaria no mínimo R$ 12.500 por hectare/ano (dados retirados do site http://www.sma.org.br .
A boa notícia é que o produtor rural tem, atualmente, a possibilidade de recompor áreas com espécies nativas sem gastar praticamente nada. Trata-se do Programa Plante Bonito, desenvolvido pelo Instituto das Águas da Serra da Bodoquena - IASB. O Plante Bonito é uma programa pioneiro de recuperação das matas nativas da Serra da Bodoquena, onde as mudas utilizadas são patrocinadas por empresas de diversos ramos, como também pessoas físicas e escolas.
Funciona assim: Para participar do Plante Bonito basta o produtor rural preencher um Formulário de Cadastramento da Propriedade (disponível no escritório do IASB). Caso sua área seja selecionada, será assinado um Contrato de Doação de Mudas para reflorestamento, onde o produtor interessado se compromete a colaborar com o plantio e a zelar pelas mudas. O IASB irá realizar o plantio e por um período de 2 anos fará o monitoramento das mudas e a sua reposição, caso haja a morte de alguma.
As mudas não possuem nenhum custo para o produtor rural. No entanto, destacamos que o Plante Bonito fornece apenas as mudas das árvores nativas e o plantio das mesmas, sendo a manutenção (c0roamento, irrigação, limpeza, dentre outros) por conta do proprietário. Reforçando, o monitoramento, a orientação técnica, as mudas e o plantio são por conta do IASB através do patrocíno dos empresários participantes do programa.
O Programa Plante Bonito foi lançado em novembro de 2007 com o plantio de 80 mudas às margens do córrego Restinga, em Bonito/MS. Atualmente conta com o apoio de 14 empresários, 02 escolas e 02 associações que possibilitaram até o momento o plantio de 1.600 mudas em 07 propriedades rurais distintas, localizadas em 02 municípios, Bonito e Jardim. Além disso, como as mudas são plantadas em períodos chuvosos, o IASB acumula por enquanto um saldo de 200 mudas para serem plantadas na próxima estação.
Como pode ser visto, com o apoio empresarial está sendo possível reflorestar áreas desmatadas, principalmente matas ciliares, buscando a conservação dos recursos hídricos e a manutenção de todas as formas de vida que dele dependem. Para as empresas participantes do Programa, além do reconhecimento pela atitude louvável de conservação dos recursos naturais, ela também recebe diversos outros benefícios que só vem a fortalecer o apoio dispensado.
Aos empresários, veja quem já aderiu ao Plante Bonito e siga este exemplo:
Pousada Águas de Bonito
Agência Águas de Bonito
Lima Limão Conveniência
Local Marketing e Comunicação
Escola Maria Imaculada (SP)
Escola Graded School (SP)
Wetiga Hotel
Agência Ar
Visanet - Filial Campo Grande/MS
REPAMS
Japacanin Ecoturismo
ABETA
Buraco das Araras
Projeto Jibóia
Balneário do Sol
Bonito Aventura
Supermercado Santos
Hotel Bonsai
O presidente Lula, ao menos no discurso, disse ter ficado encantado com a viagem que fez hoje no Trem do Pantanal, desativado havia 14 anos, e que isso deve deixar o "pessoal da Fifa" numa encruzilhada na hora de escolher a sub-sede da Copa do Mundo de Futebol em 2014. Campo Grande é uma das candidatas a sediar o maior evento esportivo do mundo.
Durante o discurso do governador André Puccinelli (PMDB), ele pediu a Lula que "vestisse" a camisa do Estado como um meio de apoiar a Capital na disputa pela sub-sede.
Lula concordou com Puccinelli e vestiu a camiseta por cima da camisa preta que usava. Na roupa estampa-se a frase: "O Pantanal é nosso, a Copa é nossa". Cuiabá, capital de Mato Grosso, é a concorrente direta de Campo Grande.
Lula disse que sua força política não influi na decisão da Fifa: "É difícil o pai de 27 filhos [estados brasileiros] apontar um como o melhor, mas vamos aguardar a escolha e daí nos mobilizar pelos projetos urbanos".
Logo adiante Lula afirmou: "se Campo Grande for a cidade escolhida como a sub-sede os jogos da Copa correm o risco de perder a preferência para o Pantanal, que é um espetáculo".
A Fifa ia anunciar o nome das sub-sedes em março, mas adiou a data para 31 deste maio.