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Notícias de Bonito MS

O desconhecido, na maioria dos casos, provoca receio e medo. Mas para outros, o não-conhecimento aguça a curiosidade em conhecer, descobrir e participar daquilo que não é comum. A programação de cinema do 10º Festival de Inverno de Bonito (FestIn Bonito) reserva um encontro com o inédito no documentário "Histórias do Rio Negro".

Dirigido por Luciano Cury, e tendo o médico Dráuzio Varella como interlocutor, o filme de 86 minutos discorre sobre a população ribeirinha que reside próximo a um dos símbolos amazônicos: o Rio Negro. Mais que as belezas naturais, "Histórias do Rio Negro" traz a vida de quem vive e sobrevive do Rio Negro.

Além da realidade, o filme exibe a crença da população, em casos como a aparição do curupira, do mapinguari (uma espécie de Pé Grande dos trópicos), de botos que se transformam em gente, além das aventuras vividas por garimpeiros, piaçabeiros e seringueiros. Em certo ponto, é difícil distinguir o que é fato do que é imaginação.

Ao todo, foram rodados 1.100 quilômetros pelo rio, de São Gabriel da Cachoeira até Manaus, capital amazonense. Durante 20 dias de viagem a bordo do barco "Escola da Natureza", o diretor Luciano Cury conduziu as entrevistas de Dráuzio Varella, conhecedor desse modelo de abordagem provado em obras como "Estação Carandiru" e "Por um fio".

"Histórias do Rio Negro" será exibido no dia 30 de julho, às 18h45, no EcoCine, um espaço de cinema ao ar livre localizado na Rua Senador Felinto Muller. Mais informações e a programação completa do 10º FestIn Bonito em www.festivaldebonito.com.br

A Embrapa Pantanal (Corumbá-MS), recebeu na sexta-feira (17) o geneticista de plantas americano Ken Vogel, supervisor de pesquisas em genética do serviço de pesquisas em agricultura dos Estados Unidos (ARS), ligado ao departamento norte-americano de agricultura (USDA).

O pesquisador fez palestra sobre o aumento do potencial de biomassa em forrageiras por meio do melhoramento genético e mostrou a alta produtividade e o potencial para bioenergia da gramínea nativa da América do Norte conhecida como switchgrass (Panicum virgatum). Lá a espécie é cultivada amplamente da região central até a costa leste, sem necessidade de irrigação, o que lhe confere grande viabilidade econômica.

Na manhã de sábado (11), acompanhados do pesquisador Ivan Bergier, Vogel e Miranda visitaram de barco áreas do rio Paraguai onde a Embrapa Pantanal realiza pesquisas, além de locais com ocorrência de camalotes, plantas aquáticas cujo potencial bioenergético está sendo pesquisado em parceria da Embrapa Pantanal e Agroenergia, Labex USA e Unicamp.

Com 42 anos de carreira, o Grupo Aacaba - Canta-Dores do Pantanal será um dos homenageados na 10ª edição do Festival de Inverno de Bonito, que será realizado de 29 de julho a 2 de agosto.

O grupo receberá a homenagem no primeiro dia do evento, na Praça da Liberdade.

O Acaba surgiu no cenário da música regional em 1967 reunindo profissionais liberais e universitários.

As canções são resultados de pesquisa das culturas de diferentes nações indígenas, primitivos habitantes de nossa terra, sem a pretensão de realizar um mapeamento socioantropológico completo e definitivo, mas com o objetivo de pôr em debate a defesa de nossas autênticas raízes.

Algumas canções foram criadas em vista de atrocidades perpetradas contra as nações indígenas e o desrespeito às minorias e à gente pantaneira. Outros temas provêm do uso irracional das terras pantaneiras.

O Acaba lançou primeiro o disco, homônimo, no fim da década de 1970. Em 1980 participou do disco "A música regional do Brasil", no ano de 82 foi uma das atrações do "Prata da Casa".

Várias participações aconteceram em diversos trabalhos, em 1997 estiveram num trabalho que mostrou um mapeamento musical do Estado, o "Mato Grosso do Som". Para comemorar três décadas de carreira, lançaram em 1998 o disco "Grupo ACABA -30 anos de música cultura e pesquisa".

Em 2002 produziram o "Pantanal, Coração da América". Produziram também a coletânea Música Folclórica de Mato Grosso do Sul 1, 2 e 3 entre 2002 e 2003.

A Operação Xaraés iniciada no dia 17 será finalizada na próxima terça-feira, dia 21. O objetivo da ação que envolve Marinha do Brasil, junto com a Policia Federal, o Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis) a Abin (Agencia Brasileira de Inteligência), é de intensificar o patrulhamento e as inspeções navais na área de jurisdição do 6º Distrito Naval. Na verdade essa operação é marcar ação de presença nos rios de jurisdição brasileira, principalmente ocupar vazio demográfico no imenso Pantanal.

A operação é efetuada em cinco regiões dos rios Paraguai e Cuiabá - Corumbá-Ladário, Ladário-Porto Murtinho, Corumbá-Lagoa Gaiva, Cáceres e Cuiabá. Reforça a segurança e faz cumprir as leis brasileiras na região da fronteira oeste do País. Na Operação Xaraés, o 6º Distrito Naval utiliza os sete navios da Flotilha Mato Grosso - o Parnaíba, o Paraguassu, o Piraím, o Pirajá e o Poti; oito embarcações de casco semi-rigido, além de dias aeronaves IH-6B do Esquadrão de Helicóptero HU-4.

A operação conta ainda com a participação da Capitania Fluvial do Pantanal, das Agências Fluviais de Cuiabá, Cáceres e Porto Murtinho e também abrange o vizinho Estado de Mato Grosso. Até o dia 21, eles vão percorrer as regiões de Corumbá, Ladário e Porto Murtinho para fazer cumprir as leis brasileiras na região de fronteira com o Paraguai e a Bolívia.

A Fundação Neotrópica do Brasil em parceira com a Fundação Citi, vem desenvolvendo um projeto intitulado Consciência Ecológica Através do Ecoturismo - Guia ECOnsciente. O projeto se trata de um curso de capacitação, e é dirigido aos guias de turismo e monitores de atrativos turísticos da região da Serra da Bodoquena. Tem com objetivo Capacitar guias e monitores de turismo nas áreas de conhecimento da ecologia, biologia da conservação, legislação ambiental, e enriquecer os seus conhecimentos sobre a fauna e a flora local, para que sensibilizem os turistas para a conservação da natureza. Acreditamos que os conhecimentos adquiridos neste curso vão além do conhecimento técnico sobre turismo que já têm, preparando-se para atuar como educadores e multiplicadores da conservação da natureza e de boas práticas para manter espécies e habitats naturais. O curso terá duração de 92 horas/aula e contará com 2 módulos com aulas teóricas e práticas, será realizado 4 vezes por semana com 2 turmas de 25 alunos cada. O inicio do curso esta previsto para inicio de Agosto de 2009, e contará com uma equipe especializada de ministrantes.

Outro filho de dona Canô e Seu Zezinho será atração do Festival de Inverno de Bonito. A nona edição do evento contou com a participação de Maria Bethânia, este ano a décima edição terá Caetano Veloso. O músico baiano será a última grande atração da Grande Tenda, o show de Caetano acontece no sábado (1º).

Acompanhado pela bandaCê, Caetano Veloso apresenta ao público de Bonito o show do disco "zii e zie", produzido, de acordo com o artista, com letras que olham para mais longe. Atém-se majoritariamente ao Rio, mas aí vai a lugares variados: da favela ao Leblon, da Lapa à praia; de Chico Alvez a Los Hermanos; de anônimos típicos a celebridades atípicas, como Kassin, a combinações inusitadas de personalidades cariocas, como Guinga e Pedro Sá. As canções vão ainda mais além: Guantánamo, grutas do Afeganistão, Washington. Voltam os nomes próprios e o tom de comentário dos signos dos tempos que sempre fizeram presença no repertório do cantor.

Caetano Veloso é natural da cidade baiana Santo Amaro da Purificação, nasceu em 7 de agosto de 1942. Durante a infância recebeu grande influencia da arte, na música foi mais influenciado por músicas com apelo regional e por cantores da época, como o "rei do baião" Luiz Gonzaga. No Rio de Janeiro, em 1956 frequentava o auditório da Rádio Nacional, onde se apresentavam os maiores ídolos da música brasileira da época. No início da década de 60 foi para Salvador, onde aprendeu a tocar violão e começou a se apresentar em casas noturnas e bares.

O talento de Caetano foi apresentado ao País durante os grande festivais de música da década de 60 e logo se firmou como um dos maiores nomes da MPB com sua identidade de incansável inventor de arte, buscando o intangível e o inatingível, retirando sons, gestos e palavras do mais árido território. Revolucionário em sua poesia produz fraseados sonoros que movem a alma fazendo vibrar. Caetano nos toca sutilmente com a arte de parâmetros próprios, renovando a linguagem artística, musicando poesias concretas, poetizando sons de timbres desconexos e criando a estética musical.

Sua discografia aponta mais de 80 trabalhos lançados, o primeiro foi "Domingo" em 1967, com Gal Costa. Um álbum com seu nome viria no ano seguinte. Em 1969 lançou "Tropicália", que mostra ao País a identidade do trabalho produzido pelo artista. De lá para cá, Caetano lança outras dezenas de discos, sempre com espírito inovador e autêntico.

Um grande evento cultural mais do que aproximar a sociedade das variadas manifestações artísticas - como música, dança, teatro, artes plásticas e cinema - é um motor que impulsiona a economia e oferece opções de lazer e entretenimento.

A partir do dia 29 de julho, a cidade Bonito, a 250 quilômetros de Campo Grande, irá sediar a 10ª edição do Festival de Inverno de Bonito, um evento já consagrado no calendário nacional dos grandes festivais. E além de proporcionar shows com nomes como Caetano Veloso e Vanessa da Mata, o evento aquece o turismo e a geração de renda do município.

Quem confirma é o secretário de Turismo, Indústria e Comércio de Bonito, Augusto Barbosa Mariano. "A expectativa é receber 50 mil turistas de fora em Bonito, além da população local. Nas últimas edições, temos percebido que o público vem essencialmente para o Festival, e acaba aproveitando nossas belezas naturais", comenta.

Segundo Augusto, a décima edição já gera ansiedade e atenção por conta da programação. "Imagine assistir um show de Caetano Veloso, Elba Ramalho, a preços populares. É algo muito próximo e fácil para quem mora em Bonito, no Mato Grosso do Sul e no Brasil". O secretário adianta que se espera arrecadar mais de R$ 6 milhões em receita durante os cinco dias do Festival.

Estrutura hoteleira

Para quem ainda não procurou lugar para se hospedar em Bonito, é melhor correr. Augusto adianta que 98% dos 5 mil leitos já estão reservados para o período de 29 de julho a 02 de agosto. "Já é grande a procura por casas de aluguel, quitinetes e áreas de camping. Todo mundo quer vir para o Festival", afirma o secretário de Turismo.

Augusto acrescenta que a administração municipal já se reuniu com a Associação Brasileira de Bares e Restaurante (Abrasel) e com a rede hoteleira para atender com qualidade o público do Festival, sobretudo após os shows da Praça da Liberdade e Grande Tenda. "O atendimento será estendido até altas horas, para que todos possam se alimentar e se divertir mesmo depois que a programação do dia terminar", confirma.

A abertura do 10º Festival de Inverno de Bonito acontece na quarta-feira (29), com o show da cantora Elba Ramalho. Na quinta-feira (30), se apresenta Vanessa da Mata; na sexta (31), é a vez de Seu Jorge e no sábado (1º), quem sobre ao palco é Caetano Veloso.