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Notícias de Bonito MS

Foi aprovado pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) o curso de mestrado em produção animal da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) em Aquidauana, que deve realizar o processo seletivo no segundo semestre deste ano.

De acordo com a professora Aya Sasa, coordenadora do projeto que solicitou a aprovação, as aulas devem começar em 2011. Serão 15 vagas, com linhas de pesquisa em Produção de Ruminantes no Cerrado-Pantanal e Produção de Monogástricos e Organismos Aquáticos no Cerrado-Pantanal.

"É o único mestrado em zootecnia no país com enfoque no bioma Cerrado e Pantanal", disse Aya. O curso terá um corpo docente com 12 doutores da UEMS, Udesc (Universidade do Estado de Santa Catarina), UEM (Universidade Estadual de Maringá), Embrapa Pantanal e Embrapa Agropecuária Oeste.

Um deles, o pesquisador Urbano Gomes Pinto de Abreu, da Embrapa Pantanal (Corumbá-MS), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, lembrou que este será o curso de mestrado mais "pantaneiro", devido à localização geográfica de Aquidauana. O Estado já tinha um curso de mestrado em produção animal em Campo Grande, pela UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul).

"Aquidauana está dentro do Pantanal e fica mais perto de Corumbá", afirmou Urbano. Segundo ele, a Embrapa Pantanal já tem parcerias com a UEMS envolvendo alunos de graduação. "Com este mestrado, alunos da pós poderão desenvolver pesquisas junto à Embrapa", explicou.

A operadora catarinense Focus, especializada em turismo rodoviário, está convidando agentes de viagens para um famtour pelo Pantanal matogrossense, com passagem pela cidade de Bonito. A viagem acontece em 1º de maio, com retorno previsto para o dia 7. A empresa informa que os ônibus sairão de dois Estados: Santa Catarina (Florianópolis, Balneário Camboriú, Itajaí e Joinville) e Paraná (Curitiba, Ponta Grossa, Guarapuava, Cascavel e Toledo). O passeio inclui transporte, hospedagem, alimentação, ingressos para atrações, seguro viagem e serviço de dois guias especializados nos destinos.

Os interessados em participar devem enviar um e-mail para santiago@focusviagens.com.br e solicitar mais informações. Vale ressaltar que o roteiro exige um investimento do agente para pagamento de alguns fornecedores envolvidos na iniciativa. A Focus garante que não há lucro com projeto.

A presidente da Embratur, Jeanine Pires, aproveitou sua visita a Vancouver como participante do programa de observadores do Comitê Olímpico Internacional nos Jogos Olímpicos de Inverno 2010, para uma série de reuniões, uma delas com o vice-presidente de Marketing da Canadian Tourism Commission (CTC) Andrew Clark.

O objetivo do encontro foi conhecer a experiência do Canadá na promoção do turismo antes e durante a realização dos Jogos Olímpicos e trocar experiências sobre ações de marketing de destinos realizadas pelos dois países.

Outro ponto em análise foi a necessidade de novas ligações aéreas entre os dois países para incrementar o fluxo de turistas entre Canadá e Brasil. Atualmente, esse trecho conta com sete voos semanais, totalizando 2.443 assentos.

A presidente da Embratur convidou oficialmente a organização canadense para uma visita ao Brasil onde será ampliado o debate sobre os principais temas de interesse dos dois países em relação à promoção turística internacional.

A primeira reunião do Conselho Gestor do Geopark Bodoquena-Pantanal aconteceu neste dia 1º de março. O conselho foi criado com o decreto de criação do Geopark, assinado no dia 22 de dezembro de 2009 pelo governador André Puccinelli.

O conselho gestor do Geopark Bodoquena-Pantanal, responsável por diagnosticar, promover e divulgar ações necessárias para o desenvolvimento sustentável da região, é formado por representantes do governo estadual (Imasul, Fundtur e Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul); Iphan; Departamento Nacional de Produção Mineral; Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais - Serviço Geológico do Brasil; Comando Militar do Oeste; e as prefeituras dos 13 municípios envolvidos. A reunião aconteceu no escritório do Iphan, às 14 horas.

Segundo a presidente da Fundação de Turismo, Nilde Brun, o conselho traçou metas para este ano. "Em sua primeira reunião, o Conselho Gestor do Parque definirá ações para 2010, entre elas a oficialização do geoparque junto à Unesco e elegeu a presidência do Conselho", afirmou Nilde.

Para definir as áreas e os roteiros que comporiam o geoparque, o governo do Estado, por meio das Fundações de Turismo, Cultura e o Imasul, em parceria com Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan/MS) e as prefeituras, realizaram desde 2008, oficinas e seminários.

Nesses encontros foram discutidas estratégias de preservação e desenvolvimento com base em ações educativas e roteiros turísticos focados no patrimônio geológico, paleontológico, arqueológico e histórico da região da Serra da Bodoquena e Corumbá. Participaram também dos estudos as universidades federais de Brasília (UnB), São Paulo (USP) e Mato Grosso do Sul (UFMS).

O Geoparque Bodoquena - Pantanal possui diversos aspectos característicos de um geoparque nos moldes da Unesco, como a presença de fósseis de preguiças-gigante, tigres-dente-de-sabre e mastodontes. Além destes, fósseis dos primeiros seres vivos surgidos no planeta - há mais de 560 milhões de anos -, sendo um deles a corumbella, em homenagem a Corumbá, onde o fóssil foi descoberto. O local também abriga diversos sítios arqueológicos e históricos relevantes que contam a história da mineração em Corumbá e a Retirada da Laguna e também um rico patrimônio cultural traduzido pelo modo de vida pantaneiro, pelas artes gráficas e cerâmicas terena e kadiwéu, entre outros.

Geoparques

A elevação à categoria de Geopark, uma chancela oficial da Unesco, é uma ferramenta de preservação para áreas dotadas de importantes testemunhos geológicos e paleontológicos da evolução da Terra, e também objetiva fomentar a educação, inclusão social, divulgação científica e o turismo. Desde a criação do Global Networks of National Geoparks, em 2004, a Unesco já chancelou 57 geoparques ao redor do mundo, sendo apenas um nas três Américas - o Geoparque do Araripe, no Ceará, em 2006.

Para Nilde Brun, o Geopark é de extrema importância para o turismo e o meio ambiente. "Ele vem fortalecer a imagem do Estado no mercado internacional e na Rede Mundial de Geoparques, promovendo o desenvolvimento da região. Ganha o turismo diferenciado, ganha a infraestrutura dos municípios e ganha o Estado" afirmou Nilde.

O geoparque favorece a elaboração de modelos alternativos de gestão territorial, não impondo regras fixas. Na verdade, ele pressupõe critérios de gestão e desenvolvimento de atividades econômicas menos restritivas. Além da visibilidade internacional proporcionada pela chancela, a implementação do selo "Unesco Geopark" favorece a possibilidades de financiamentos internacionais estimulados por uma chancela deste porte - a região do Araripe, por exemplo, já recebeu cerca de US$ 65 milhões de empréstimo do Banco Mundial para realizar ações de infraestrutura e apoio ao setor produtivo da região, entre outros projetos.

O Centro de Reabilitação de Animais Silvestres - CRAS - realizou uma nova soltura de animais no atrativo turístico de Jardim (MS) , o Recanto Ecológico Rio da Prata.
Foram libertados 10 animais entre jaguatiricas, quati, gambas.

O Pantanal de Mato Grosso está passando por uma temporada de chuvas bem acima do normal. A região deve registrar a maior enchente em 15 anos. Muitas fazendas estão ilhadas.

É época de mudança no Pantanal. Nesta fazenda, a água subiu de repente e deixou o gado ilhado. A enchente cobriu a cerca e boa parte das áreas de pastagem. Os peões tiveram de agir rapidamente para salvar os animais.

Só aqui são 400 cabeças de gados e os bezerros tiveram dificuldade para passar.O gado é transferido para uma parte mais alta da propriedade, onde ainda há alimentação. Só assim o gado não perde peso. Distante três quilômetros do rio, a fazenda está cercada pela água.

Os fazendeiros deixam o gado em terra firme, mas continuam monitorando o nível da água. Se o rio voltar a encher, uma nova operação de transferência dos animais pode ser deflagrada e o rebanho deve continuar aqui por mais 60 dias, até que a água volte a baixar.

Após quatro meses de vigência chega ao fim na segunda-feira o período de Defeso ou Piracema, quando a pesca amadora e profissional é proibida nos córregos, rios, lagos e lagoas em Mato Grosso.

A proibição da pesca foi a barreira encontrada para a preservação das espécies cuja desova coincide com a Piracema. Esse mecanismo de proteção ambiental é adotado há longo tempo e foi bem assimilado pela comunidade pesqueira mato-grossense e pelo turismo de pesca, que é intenso nas demais épocas do ano.

Ainda não há comprovação científica sobre os efeitos benéficos da proibição temporária da pesca sobre a fauna aquática mato-grossense, mas estudos localizados e a experiência ribeirinha atestam que a Piracema impediu a drástica redução de espécies de peixe e permitiu o repovoamento de alguns rios onde a presença de alguns peixes nobres era praticamente zero.

Ao longo da Piracema a fiscalização ambiental é intensifica nos rios e regiões ribeirinhas. Em todos os anos os balanços da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) relativos à Piracema revelam grande quantidade de redes, tarrafas, barcos, motores de popa e outros apetrechos de pesca apreendidos, bem como de pescado irregular, além de apresentar o montante das multas aplicadas, que normalmente superam a casa de um milhão de reais. Esse desempenho na vigilância dos rios e proteção dos peixes tem o reconhecimento popular e trata-se de operação que deve ser mantida em nome da lógica ambiental.

Não se pode desconsiderar o bom desempenho da fiscalização ambiental liderada pela Sema, e com ativa participação do Juizado Volante Ambiental (Juvam), Polícia Militar Ambiental, Ibama, Incra, Secretaria de Fazenda (Sefaz), Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal, prefeituras, organizações não governamentais e outras instituições. Porém, para que o resultado seja ainda melhor é imprescindível monitorar os aeroportos e as pistas sem homologação no interior, que durante a Piracema transformam-se em porta de entrada de pescadores clandestinos e saída para o pescado em larga escala para os grandes centros.

Voos abarrotados de peixes decolam de pistas nas imediações de rios piscosos e do Pantanal fazendo a chamada ponte aérea até locais entre aspas mais seguros, onde a mercadoria segue de carro para grandes centros consumidores no eixo Rio-São Paulo.

A Piracema deu sobreviva aos peixes livrando-os da pesca rudimentar, mas não conseguiu impedir que os rios continuem sob permanente violação por parte dos grandes esquemas criminosos do segmento pesqueiro fluvial, que se abastecem em Mato Grosso, onde a fiscalização terrestre é eficiente, mas praticamente inexiste no setor aéreo. Que essa realidade ganhe a pauta do planejamento do próximo período de defeso.

"A fiscalização terrestre é eficiente, mas praticamente inexiste no setor aéreo"