imagem do onda

Notícias de Bonito MS

Mato Grosso estará na ITB Berlim 2010, a feira de turismo da cidade alemã reconhecida como um dos eventos mais importantes do setor no mundo. A feira reúne, desde ontem (10) a 14 de março, profissionais de variados segmentos turísticos para fazerem negócios, apresentarem novos produtos, participarem de seminários e congressos, entre outras atividades.

Referência no setor, a feira alemã é um lugar onde praticamente nenhum país abre mão de participar. O Brasil, através da Embratur, costuma ter participação pesada no evento.

O espaço de divulgação de Mato Grosso do Sul e de outros estados será no estande do Brasil, de 800 mƒU, coordenado pela Embratur, onde dezesseis grandes paineis exibirão as belas imagens dos destinos nacionais. A participação do estado destaca a Rota Pantanal Bonito. "Vendemos também os outros destinos, mas a Rota Pantanal Bonito foi criada para ordenar e organizar os destinos no Estado. Ela é o que 'está na prateleira', o que atrai o interesse das grandes operadoras. Essa rota compreende 12 roteiros", explica o gerente de promoção e divulgação da Fundação de Turismo, Matheus Dauzacker. "É um nome consolidado desde 2006, os estrangeiros conhecem. Então, nós estabelecemos, ordenamos, e as operadoras formam seus pacotes a partir daí".

O público estimado para a edição deste ano é de 178 mil pessoas. Os três primeiros dias de ITB Berlim têm caráter profissional e são voltados exclusivamente para o trade, incluindo jornalistas e operadoras, e os dois últimos possibilitam a visitação de público final. "Para nós a presença de público também é interessante, porque normalmente as pessoas que têm cultura de visitar essas feiras são pessoas que estão programando suas viagens", diz Dauzacker, destacando que há dez anos Mato Grosso do Sul participa desta feira, com presença crescente.

O valor da feira reflete a importância do turista alemão para o Estado. Segundo Mateus Dauzacker, esse é hoje um cliente preferencial no turismo sul-mato-grossense. O movimento de visitantes procedentes do norte da Europa de modo geral é muito bom, mas especialmente a Alemanha é a principal origem dos turistas que vêm ao Pantanal.

Divulgação

Nesse primeiro trimestre do ano, Mato Grosso do Sul já registra participação em eventos turísticos da Itália, Portugal, Espanha e Holanda. Além das ações cooperadas com a Embratur, são feitos trabalhos solos de divulgação específica dos destinos locais. Essas ações ajudam a expandir as oportunidades.

No calendário oficial da Embratur para 2010 há 521 eventos. Neste mês de março, além da Alemanha, acontece uma feira em Gotemburgo, na Suécia.

Aliados a esses, a Fundação de Turismo realiza eventos próprios, onde o público participante recebe exclusivamente informações de Mato Grosso do Sul. Os resultados têm sido muito bons, segundo o gerente Dauzacker. Até julho, serão feitas divulgações em um total de vinte eventos internacionais, entre feiras, roadshows, workshops e outras ações.

Dois eventos como esses serão feitos na Itália, em março e abril, em parceria com a duas companhias aéreas. Em conjunto com a TAM, um roadshow vai percorrer as cidades de Milão, Pádova, Bolonha e Roma, com a divulgação conjunta da Rota Pantanal Bonito e os destinos Foz do Iguaçu (PR) e Florianópolis (SC). Outro show, com a parceria da Trip, e em conjunto com os destinos Minas Gerais e Bahia será promovido em Nápoles.

Ainda no primeiro semestre, a Fundação realiza, pela terceira, vez, a "Semana de Mato Grosso do Sul em Assunção", levando uma caravana de empresários de Bonito para o evento na embaixada brasileira na capital do Paraguai. A vinda de turistas paraguaios para Bonito aumentou bastante e esse público se tornou ainda mais importante para o turismo local, explica o gerente da Fundação de Turismo.

Em maio, mais um importante evento de divulgação acontecerá em Paris, em parceria com uma operadora de turismo francesa que tem filial no Rio de Janeiro. Em julho, durante a Copa do Mundo da Fifa na África do Sul, Mato Grosso do Sul estará no espaço de promoção do Brasil em Joanesburgo.

Outro país onde o investimento em divulgação está valendo a pena é o Japão. A aposta mais forte nesse mercado em 2008 e 2009 teve resultado imediato, segundo Mateus Dauzacker. Outro país onde há previsão de divulgação é a Inglaterra.

Todo esse trabalho deve manter mercados já conquistados e expandir o potencial de visitantes, como já vem acontecendo nos últimos anos. Os números mostram que aumentou a visitação em a Bonito, por exemplo, em 62% entre 2008 e 2009. Há dois anos, o município contabilizou 90 mil turistas; no ano passado, foram 170 mil. "É um crescimento real, que pode ser comprovado pelos vouchers", explica o gerente da Fundação de Turismo, destacando que isso também representa crescimento no destino Pantanal, porque a estimativa é que 80% de quem vai a Bonito passa pela região pantaneira, especialmente em Miranda e Bodoquena.

Estudos da Embrapa apontam para a maior cheia do rio Paraguai desde 2008.

O nível das águas pode atingir 5,29 metros neste mês, um pouco acima da marca de 5,14 metros registrada em 2008.

A projeção é feita com base no Modelad (Modelo Estatístico de Previsão), adotado há dois anos pela Embrapa/Pantanal

É feito monitoramento do rio Paraguai baseado nos dados registrados ao longo de 110 anos na régua de Ladário.

A medição feita no dia 28 de fevereiro marcou 3,13 metros na régua localizada no Comando do 6º Distrito Naval, em Ladário, seguindo as duas previsões anteriores e reforçando a nova projeção. Porém, o modelo trabalha com erro médio de 58 centímetros para mais ou para menos.

Levando em conta essa margem, ainda é possível que a cheia supere os 6 metros, alerta a Emprapa, "considerando-se as chuvas que podem eventualmente ocorrer na região de forma mais intensa ao longo do mês de março", explica em nota à imprensa.

No início do mês de abril, a Embrapa Pantanal divulgará a terceira previsão com menor grau de incerteza na estimativa.

Hoje, será debatido no plenário da Câmara de Bonito o "Programa de Governo Eletrônico Brasileiro", a partir das 14h. A reunião é aberta a todos os interessados.

O evento é uma parceria entre a prefeitura da cidade; o Ministério da Integração Nacional, através da Secretaria de Desenvolvimento do Centro Oeste; Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, por meio da diretoria de governo eletrônico da Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação, do governo do estado.

Bonito será a primeira cidade da região Centro-Oeste a ser beneficiada com o programa. Na primeira etapa, designada Infovia Bonito Digital, a rede incluirá prédios e órgãos da administração pública municipal na área urbana, permitindo sua integração e reduzindo custos administrativos (com serviços de telefonia, por exemplo).

O projeto vai permitir ainda o acesso gratuito à internet pela população a partir de cinco pontos de retransmissão, entre eles a prefeitura, a praça central da cidade e o Balneário Municipal.

O encerramento da reunião está previsto para acontecer às 18h.

Como se refrescar em Bonito e, ao mesmo tempo, avistar cores e espécies só conhecidas por fotografia? Simples: basta dar um mergulho no Rio Baía Bonita, apelidado de aquário natural

Não é exagero dizer que a região de Bonito oferece um cenário arrebatador. Principal fonte de renda da cidade, o turismo é bem explorado pelos locais, sempre com o cuidado de não agredir o ambiente. Logo na chegada à cidade, é fácil perceber a preocupação em atender bem: na avenida central, diferentes agências de turismo disputam a atenção do cliente. E elas são de fato obrigatórias, pois a maioria dos passeios é agendada por meio dessas empresas, que oferecem preços tabelados e distribuem vouchers na véspera do programa selecionado.

Como as opções são numerosas e o fluxo de turistas é grande (principalmente em julho, janeiro, dezembro e nos feriados prolongados), a dica é planejar os passeios com antecedência e intercalar atividades radicais com momentos contemplativos. Assim, sobra fôlego para todas as aventuras - se bem que as belas paisagens sempre darão conta de tirá-lo em um instante.

As grutas ao redor de Bonito são um indício da riqueza geológica da região. Uma das mais visitadas, a do Lago Azul, já foi cenário de novelas e encanta pela intensa cor azulada do lago - na verdade, uma ilusão de óptica. O percurso não é cansativo. Em poucos minutos, percorre-se uma trilha na mata e, numa descida de pouco mais de 100 metros, já é possível avistar o lago, descoberto nos anos 1920 por um índio terena.

Em dias ensolarados, a vista é ainda mais deslumbrante. Mas nem adianta insistir para dar um mergulho: não é permitido sequer tocar o lago. O motivo é uma espécie rara de camarão albino e cego. Descoberto no interior da gruta, ele pode se extinguir, tamanha a fragilidade do ecossistema do qual faz parte. No fundo do lago, ainda foram identificados fósseis de uma preguiça gigante e de um tigre de dente de sabre. A gruta não só chama atenção pelo azul intenso como também pelas formações geológicas no teto e no piso do lugar.

O passeio dura pouco mais de uma hora e é restrito. Os grupos são de 15 turistas no máximo. Para chegar até a Fazenda Jaraguá, é preciso percorrer 20 quilômetros de estrada de chão (a partir do fim da rua principal da cidade, a Coronel Pilad Rebuá). Logo ao lado, a gruta São Miguel é uma boa pedida para aqueles que gostam de cavernas. A dica é estender o passeio e atrasar um pouco o almoço. Pode-se visitar as duas grutas pela manhã e deixar a tarde livre para fazer uma flutuação.

Preste atenção

A região da Serra da Bodoquena foi presenteada por um subsolo de rocha calcária. O mineral garante a limpidez da água - o calcário contribui para a deposição de partículas no fundo dos rios, permitindo uma visão privilegiada da fauna e flora subaquática. A água tem essa peculiaridade não só em Bonito, mas nos municípios de Jardim, Bodoquena e Porto Murtinho.

A Pegada Ecológica - metodologia criada para calcular os rastros que nós seres humanos deixamos no planeta em razão dos nossos hábitos de vida e consumo - será desenvolvida pela primeira vez em uma cidade brasileira. A parceria entre o WWF-Brasil e a Prefeitura Municipal de Campo Grande para desenvolver a metodologia da Pegada Ecológica para a cidade foi anunciada nesta terça-feira (9 de março), às 14h, na sede do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do MS (CREA).

Atualmente, o cálculo da Pegada Ecológica no Brasil é feito de maneira individual. No entanto, como as pessoas vivem agrupadas em cidades, os hábitos individuais têm reflexos na cidade como um todo, assim como o consumo coletivo se reflete na pegada individual. Por esta razão, o WWF-Brasil decidiu realizar esse trabalho em uma cidade, experiência que já vem sendo testada em outros países.

O trabalho tem por objetivo calcular a pegada ecológica de Campo Grande no que se refere a geração e destino de resíduos, transporte, alimentação, habitação, entre outras áreas e desenvolver com os parceiros ações que ajudem a diminuir os impactos dessas atividades e contribuam para melhorar o desempenho ambiental do município, reduzindo a pegada ecológica.

Para a Secretária-Geral do WWF-Brasil, os resultados desse trabalho conjunto vão trazer benefícios não só para a população de Campo Grande, mas também para outras regiões do país. "Nossa intenção é ter a metodologia desenvolvida para Campo Grande como um modelo que possa ser aplicado a outras cidades brasileiras", destaca.

Os itens que irão compor a base do estudo e as ações para reduzir a pegada serão discutidos com os parceiros locais - prefeitura, instituições de ensino e pesquisa, empresas, ONGs, entre outras, e elaborado um plano de trabalho a ser desenvolvido durante o ano todo.

O coordenador do Programa Pantanal para Sempre do WWF-Brasil, Michael Becker, ressalta que a pegada ecológica pode ser usada como uma ferramenta de gestão para a cidade. "Nosso objetivo é ampliar as boas experiências que já vêm sendo desenvolvidas e propor ações para melhorar o que não estiver bom", diz Becker.

O que é Pegada Ecológica

A pegada ecológica de um país, cidade ou pessoa corresponde ao tamanho das áreas produtivas de terra e mar necessárias para produzir e sustentar determinado estilo de vida. É uma forma de traduzir, em hectares, a extensão de território que uma pessoa ou toda uma sociedade "utiliza", em média, para sustentar suas formas de alimentação, moradia, locomoção, lazer, consumo entre outros.

A Pegada Ecológica não é uma medida exata e sim uma estimativa. Para calcular as pegadas foi preciso estudar os vários tipos de territórios produtivos (agrícola, pastagens, oceanos, florestas, áreas construídas) e as diversas formas de consumo (alimentação, habitação, energia, bens e serviços, transporte e outros). As tecnologias usadas, os tamanhos das populações e outros dados, também entraram na conta.

Cada tipo de consumo é convertido, por meio de tabelas específicas, em uma área medida em hectares. Além disso, é preciso incluir as áreas usadas para receber os detritos e resíduos gerados e reservar uma quantidade de terra e água para a própria natureza, ou seja, para os animais, as plantas e os ecossistemas onde vivem, garantindo a manutenção da biodiversidade.

Doze tanques foram instalados no meio do Rio Paraguai. Embrapa quer produzir peixes sem ameaçar a natureza.

No Centro-Oeste do Brasil, a população de peixes do Pantanal está crescendo. É o resultado do sucesso da criação em cativeiro, mas de uma forma diferente.

Com uma canoa, Américo de Souza cuida dos peixes. No Pantanal, ele é conhecido por "doutor". São 50 anos como pescador e, perto de se aposentar, está reaprendendo a pescar.

"Geralmente viajamos por três, quatro dias para pegar 500 quilos de peixe. Desse novo jeito, criamos como fazendeiros. Quando chegar o comprador é só vender. Nunca foi tão fácil como agora", diz Souza.

Distante 50 quilômetros de Bonito, o passeio do Rio da Prata é um dos mais procurados pelos turistas em busca de belas imagens subaquáticas. A estrada que leva até a sede da fazenda onde se faz o tour é asfaltada e bem sinalizada. Ainda na sede da propriedade, o turista recebe instruções sobre a flutuação no rio e a trilha na mata, de pelo menos 30 minutos.

Esse percurso é feito com todo o vestuário necessário para o passeio nas águas: macacão e botas de neoprene, snorkel e máscara de mergulho, além de colete para aqueles que desejarem. O fato é que usar toda essa roupa por uma longa trilha - ainda que sob mata fechada - cria um certo incômodo. O calor é intenso e não há alternativa para chegar de outra forma ao lugar do início do passeio. Durante o percurso, o guia ainda faz pequenas pausas para dar explicações sobre uma ou outra árvore típica do cerrado. As informações, ainda que interessantes, logo se tornam secundárias diante da combinação calor-mosquito-sede que acompanha o turista durante o trajeto. Quando o grupo finalmente chega à área de flutuação, a vontade é mais de se refrescar do que de ver a diversidade de espécies de peixes do Rio da Prata.

Mas a bela paisagem submersa logo supera a sensação incômoda. Depois de uma rápida aula do guia, é possível identificar espécies como curimbatás, piraputangas, dourados e pintados, entre outros. A visibilidade das águas parece infinita. Durante o trajeto, de pouco menos de duas horas, não é necessário fazer muito esforço: a correnteza é suficiente para levar o visitante. A intenção, aliás, é que os movimentos sejam suaves, para não agitar os sedimentos do fundo do rio e turvar a vista. Não vale a pena diminuir as chances de ver um cardume deslizando pelo rio.