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Notícias de Bonito MS

Bonito recebe na tarde desta segunda-feira (24) a visita do governador André Puccinelli, que inaugura obras de educação e de infraestrutura de transporte, e inicia o recapeamento de vias urbanas.

Às 15 horas, será inaugurada a reforma executada no prédio da Escola Estadual Luiz da Costa Falcão, a maior da cidade, na Vila Donária. A unidade escolar atende a mais de 1.280 alunos do ensino fundamental, médio e Educação de Jovens e Adultos. Paralelo a essa entrega, o Estado inicia outra importante obra, dessa vez de infraestrutura, com o recapeamento de mais de 25 mil metros quadrados de vias urbanas. A ordem de serviço será assinada às 16 horas, na rua Pilad Rebuá, esquina com a rua Nossa Senhora Aparecida.

Motivo de comemoração especialmente para o trade turístico, o terminal de passageiros do aeroporto de Bonito é uma realidade há muito esperada. Depois de mais de R$ 18 milhões investidos, o aeródromo terá inaugurada a etapa final do empreendimento, que possui uma área total de 1,8 mil metros quadrados e capacidade para atender 240 mil passageiros ao ano. O evento acontece às 18 horas.

Com uma arquitetura totalmente integrada com a natureza, o terminal de passageiros categoria 3 (TPS 3) é dotado de lojas e restaurante com modernos equipamentos para detecção de metais e esteira para bagagens, além de seção contra incêndio categoria 5, operada pelo Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul. A pista dispõe de dois mil metros de comprimento por 30 metros de largura, balizada para operação noturna e Estação Permissionária de Telecomunicações Aeronáuticas (EPTA), que mantém comunicação com aeronaves em pouso e decolagem.

Desde abril do ano passado, o Aeroporto de Bonito recebe vôos comerciais regulares, que ligam o município à capital do Estado. O trecho é operado pela Trip Linhas Aéreas.

Também em Bonito, o governo do Estado, em parceria com o Ministério do Turismo, assina, às 19 horas, ordem de serviço para pavimentação e melhorias da MS-178. Os serviços de 22,5 km referem-se a mais um lote da intervenção na estrada, considerada de grande importância para o turismo. Na mesma solenidade, será assinada ordem de serviço para obras de pavimentação e drenagem, que vão contemplar dois bairros que concentram hotéis, pousadas e outros locais frequentados por turistas - Vila Donária e Jardim Andréia.

Um dos mais importantes empreendimentos de Campo Grande e Mato Grosso do Sul, a construção do Aquário do Pantanal, contará com 20 tanques, sendo 16 com espécies do Pantanal e 4 com as espécies da biodiversidade do Brasil.

Conforme o arquiteto responsável pela megaestrutura, Ruy Othake, a pessoa "mais apressada" levará 40 minutos para visitar todas as dependências do aquário. "Se o visitante for sem pressa, é capaz que consiga ver tudo em três horas", estimou.

O oceanógrafo responsável pelo projeto, Hugo Gallo Neto, explicou que o Centro de Pesquisas e Reabilitação da Ictiofauna (Cepric) será o primeiro "Word Class Aquarium" do Brasil, ou seja, o primeiro aquário do País que obedece a padrões internacionais. Os 20 tanques serão separados tematicamente, diferenciando espécies e ambientes do Pantanal e Bonito.

Haverá aquários específicos para espécies da Amazônia, do rio Paraná e do litoral brasileiro. Alguns dos aquários temáticos terão piranhas, espécies que vivem nos rios Bonito, Miranda, Piquiri e Paraguai, que é o maior tanque projetado. Ele possuirá 1.500 mil litros de água e será cortado por um túnel acrílico.

Também haverá um tanque de observação, onde as pessoas poderão tocar alguns animais, e tanques voltados para ambientes específicos como manguezais, banhados, plantas ornamentais do Pantanal e da Amazônia, baías e corixos. Dentro do auditório também será construído um aquário, logo atrás do palco.

O projeto também prevê um ambiente totalmente interativo, onde o visitante pode se informar sobre o clima, a água e os ecossistemas do Pantanal. Tudo isso por meio de slides, mapas, maquetes e aparelhos sensoriais, lupas virtuais e microscópios especiais para ver espécies minúsculas.

Os fundos do aquário dão acesso ao córrego do Parque das Nações. Lá também estarão localizadas as instalações para os funcionários do aquário, o necrotério de animais, e a área de quarentena. A idéia, segundo Hugo Gallo Neto, é transformar o aquário em um espaço de pesquisa, em parceria com as universidades, de fomento ao turismo e de incentivo à proteção do meio ambiente, desde a infância.

O governador André Puccinelli destacou o caráter preservacionista que terá o aquário. "Queremos mostrar ao mundo que aqui cuidamos do Pantanal. Aqui, as escolas poderão ter um dia de aprendizado, firmando em nosso Estado a cultura da preservação", destacou.

O prefeito Nelsinho Trad destacou o incremento ao turismo que o aquário trará para Campo Grande e o trabalho de conservação das espécies do Pantanal, para que elas não entrem em extinção. "Será uma referência, um cartão postal do Estado, o portal de entrada para o Pantanal", afirmou Trad. Segundo o oceanógrafo Hugo Gallo, o valor do bilhete de entrada ainda não definido, mas terá preços populares. "Pensamos em algo parecido com o valor do cinema, de 10 a 15 reais", finalizou.

O Aquário do Pantanal, como será chamado o Centro de Pesquisa e Reabilitação da Ictiofauna (Cepric), está previsto para entrar em operação em final de 2011. Dispõe de 20 tanques, sendo 16 com espécies do Pantanal e 4 com as espécies da biodiversidade do Brasil. O tanque 6, com 29m2 e 25m3, é um tanque raso, que abrigará exemplares de sucuris, serpentes de porte impressionante, que mais se destacam em lendas e mitos das Américas.

Considerado o maior aquário do Brasil, o Aquário do Pantanal pretende abrigar 263 espécies de peixes, com 7 mil exemplares e 4 milhões e 275 mil litros d'água. Entre as espécies pantaneiras de escama e couro, também fazem parte do aquário espécies da Amazônia, Bacia do Paraná e litoral brasileiro. "A intenção é que façamos, com o Aquário do Pantanal, a divulgação do Pantanal sul-mato-grossense, que corresponde a 65% de todo o bioma pantaneiro", afirmou o governador André Puccinelli.

O oceanógrafo responsável pelo projeto, Hugo Gallo Neto, explicou que o Centro de Pesquisas e Reabilitação da Ictiofauna (Cepric) será o primeiro "Word Class Aquarium" do Brasil, ou seja, o primeiro aquário do País que obedece a padrões internacionais.

Aquário do Pantanal tem os seguintes conceitos: retratar de forma sintética e objetiva toda biodiversidade dos Ambientes Aquáticos do Pantanal; retratar tipos de ambientes ou espécies de grande interesse; possibilitar grande destaque para Educação Ambiental; proporcionar a exposição da Biodiversidade do Pantanal e outros Ambientes Aquáticos do Brasil; promover a interatividade como instrumento educativo e o enriquecimento ambiental através da cenografia.

A Prefeitura Municipal de Bonito vai lançar hoje (21) os sistemas que emitem a Nota Fiscal Eletrônica e o Voucher Digital. O objetivo é modernizar os serviços relacionados ao recolhimento de tributos e às visitações aos atrativos turísticos do município.

A Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) é um documento fiscal de existência digital que substituirá a nota fiscal impressa, possibilitando a emissão e o armazenamento pela internet das operações relacionadas com a circulação de mercadorias e prestação de serviços no município. O modelo já foi adotado pelo governo do Estado.

O Voucher Digital, por sua vez, tem como objetivo proporcionar maior agilidade, economia e controle financeiro pela administração municipal e agências de turismo das visitações aos atrativos turísticos locais. Ele substituirá o voucher impresso, emitido pela Central de ISSQN (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza).

O documento serve também como "bilhete de entrada" a ser entregue pelo turista no atrativo visitado e possibilita o controle do número de visitantes - para que se mantenha dentro do permitido por lei. O lançamento da Nota Fiscal Eletrônica e do Voucher Digital acontecerá às 8 horas, no Hotel Marruá.

O Ministério do Turismo (MTur) premiará as melhores práticas a favor do desenvolvimento do turismo adotadas nos 65 destinos indutores, que englobam todas as capitais brasileiras e municípios com vocação turística. O edital com as regras para a seleção de 26 projetos será lançado no dia 28 de maio, no 5º Salão do Turismo, em São Paulo (SP).

A premiação pretende identificar o grau de desenvolvimento dos 65 Destinos Indutores do Desenvolvimento Turístico Regional. Além disso, a ação quer reconhecer, compartilhar, estimular e difundir as iniciativas regionais para melhorar a qualidade e a competitividade do produto turístico.

Iniciativas de 13 capitais e de 13 não capitais serão premiadas. As melhores práticas devem estar inseridas nas dimensões pesquisas no Estudo de Competitividade realizado pelo MTur, em parceria com o Sebrae e a Fundação Getúlio Vargas, nos destinos priorizados pelo MTur. São elas: Infraestrutura Geral, Acesso, Serviços e Equipamentos Turísticos, Atrativos Turísticos, Marketing, Políticas Públicas, Cooperação Regional, Monitoramento, Economia Local, Capacidade Empresarial, Aspectos Sociais, Aspectos Ambientais e Aspectos Culturais.

Propostas de governos estaduais, prefeituras municipais, colegiados, iniciativa privada e terceiro setor poderão participar da I Chamada para a Premiação das Melhores Práticas dos 65 Destinos Indutores do Desenvolvimento Turístico Regional.

A segunda fase do projeto "Fomento ao Turismo no Entorno de Unidades de Conservação" reuniu na última quarta-feira 19/05, em Brasília, representantes do Ministério do Turismo (MTur), Ministério do Meio Ambiente (MMA), Sebrae, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Associação Brasileira das Empresas de Turismo de Aventura (Abeta), empresários e especialistas, para discutir a metodologia implantada.

A ação irá valorizar a cadeia produtiva do turismo em torno de cinco parques nacionais, em todas as regiões do país. Além de guias, condutores e operadores de turismo, os meios de hospedagem, restaurantes, as transportadoras, lojas de produtos orgânicos e artesanais são alvo do projeto.

O objetivo é integrar o parque a todos os setores ligados ao turismo na região, visando o desenvolvimento de ações cooperadas e a valorização da conservação natural da área e competitividade da atividade turística nesses espaços. Além disso, a criação de valores e a identidade local com o parque serão promovidas.

O Brasil tem muitas áreas com potencial para desenvolver unidades desse tipo. O assunto, ainda pouco conhecido por aqui, será debatido no 5° Salão do Turismo.

O Brasil tem um potencial turístico ainda pouco explorado. São as regiões que agregam importância histórica, cultural, paisagística, geológica, arqueológica, paleontológica e científica - definidas pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) como geoparques. O conceito é ainda pouco difundido por aqui. Mas quem quiser conhecer melhor o assunto não pode perder o debate "Desenvolvimento Regional: o papel dos Geoparks", que será realizado em 29 de maio, às 17h, no Núcleo de Conhecimento, durante o 5° Salão do Turismo - Roteiros do Brasil, no Parque Anhembi, em São Paulo (SP). O Brasil tem hoje apenas um geoparque - o do Araripe, no Ceará, que é o primeiro das Américas.

O coordenador regional do Projeto Geoparks, em São Paulo (SP), Antonio Theodorovicz, explica que, para se enquadrar como geoparque, é necessário que a região possua excepcionalidade geológica com importância científica e características únicas. "A Unesco, com a criação dos geoparques, pretende preservar regiões que contam a evolução dos continentes, a herança geológica da Terra. E, ainda, aliar a preservação, necessariamente, ao desenvolvimento social e econômico dessas regiões por meio do Geoturismo", explica.

Os geoparques têm importante papel no desenvolvimento econômico do território, e o turismo é uma alternativa de geração de renda para a comunidade. Com base no tripé conservação, educação e desenvolvimento sustentável, os geoparques estão organizados pela Rede Global de Geoparques (Global Geoparks Network), fundada em 2004, composta por 64 geoparques distribuídos por 19 países.

Na mesa de debates, Theodorovicz representará o Departamento de Gestão Territorial da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), que tem atribuições do Serviço Geológico do Brasil. Por meio do Projeto Geoparks, a instituição busca a identificação, levantamento, descrição, inventário, diagnóstico e divulgação de áreas com potencial para futuros geoparques no território nacional. Participarão também o coordenador o coordenador executivo do Geopark Araripe, José Patrício Pereira Melo, e o geólogo Guy Martini, membro do corpo consultivo da Rede Européia de Geoparks e da Rede Global de Geoparks da Unesco, e perito de avaliação de geoparques aspirantes.

Aspirantes - Segundo Theodorovicz, o Geopark Araripe tem jazidas fossilíferas entre as mais antigas do mundo. O sítio é muito especial e preservado. Além disso, a região possui atributos naturais - como chapadas e cachoeiras, ideais para a prática do turismo - e o monumento de Padre Cícero, em Juazeiro do Norte (CE).

Além de Araripe, a região do Quadrilátero Ferrífero, em Minas Gerais, pleiteia a chancela de geoparque. A região, conhecida pelas jazidas de minério, tem uma topografia incomum, resposta das rochas aos processos deformacionais ocorridos ao longo da evolução geológica.

A região da Bodoquena também busca o enquadramento na categora de geoparque. Na região, contemplada pela beleza paisagística de destinos como o Pantanal e Bonito, encontra-se o fóssil Corumbella, de 580 milhões de anos. Um exemplo da importância da área.

Turismo e compromisso - Para se instituir como geoparque, é necessário que uma região tenha atributos geológicos e paleontológicos extraordinários. A implantação deve contemplar o turismo e desenvolver a economia local e modificar, assim, a realidade sócio-econômica dos habitantes da região.

Os geoparques não estão apenas relacionados à existência de rochas e fósseis. O comprometimento local de participação e envolvimento da comunidade na construção e desenvolvimento são questões vitais para o sucesso do geoparque.