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Notícias de Bonito MS

Entre os dias 28 de julho e 1º de agosto, Bonito sediará um dos maiores eventos culturais de Mato Grosso do sul - o Festival de Inverno 2010. A cada edição, personalidades do estado são homenageadas devido à sua contribuição para a sociedade.

A soprano Clarice Maciel Chaves está entre as personalidades que ocuparão lugar de destaque na Galeria dos Homenageados do 11º Festival. Montada na Praça da Liberdade, a galeria é um espaço onde o público pode conhecer mais sobre a vida e obra de pessoas que contribuem com a arte, a cultura, a educação e o desenvolvimento sustentável em Mato Grosso do Sul.

Clarice Maciel iniciou sua formação musical no curso técnico de Canto, Conservatório Lourenço Fernandez, em Montes Claros, Minas Gerais, sua terra natal. Lá foi docente em Técnica Vocal e Impostação e solista do Grande Coral Lourenço Fernandez. É graduada pelo Conservatório Brasileiro de Música (Rio de Janeiro) e possui mestrado em School of Music, pela University Campellsville, Estados Unidos.

Na capital sul-mato-grossense, lecionou canto no Curso de Música da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e foi uma das fundadoras do Centro de Arte Viva que, desde 1989, atua com cursos livres de música, teatro e artes plásticas, realizando com pioneirismo espetáculos de óperas, cursos arrojados, musicais, recitais temáticos, festivais e participação ativa na vida cultural e artística.

Em turnê pela Europa, cantou no Vaticano para o Papa João Paulo II, posteriormente gravando um CD de Coletâneas de Ave Maria. Participou, em 2006, junto com Toninho Porto, do CD Gerações, uma revelação do mapeamento musical de Campo Grande, em projeto do músico Márcio de Camillo. Abriu o 1º Festival de Bonito com o pianista Evandro Higa. Recentemente, pelo projeto Ava Marandu, participou com vários artistas regionais do show "Sonhos Guaranis", na abertura do cantor Milton Nascimento. Na atualidade, realiza recitais com os pianistas Evandro Higa e Nillo Cunha.

Além da Galeria, durante a abertura do 11º Festival Clarice Maciel recebe homenagem por sua trajetória musical. Ao lado dela, a bióloga Neiva Guedes, criadora do Projeto Arara Azul; o artesão do município de Jardim, David Rogério Ojeda, com sua arte em madeira; o professor Gilson Rodolfo Martins, que desenvolveu e coordenou diversos projetos de Arqueologia no Estado e a pedagoga Lori Alice Gressler também terão justo reconhecimento.

Em novembro de 1989, a bióloga e pesquisadora Neiva Maria Robalo Guedes fazia a prática de campo de um curso de Conservação da Natureza, quando encontrou um bando de araras-azuis e soube que estavam ameaçadas de extinção. Desde aquele momento, tomou a decisão de fazer alguma coisa para que a espécie não desaparecesse e que outras pessoas pudessem ver as aves em seu ambiente natural. O acontecimento se transformou em um marco em sua vida: a luta por essa espécie, dando início ao Projeto Arara Azul.

Desde então, Neiva se dedica à conservação dessa ave no Pantanal brasileiro. Prof. Dra. Bióloga da Conservação, pesquisadora e Professora do Programa de Pós Graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional da Universidade Anhanguera-Uniderp, e presidente do Instituto Arara Azul, ela é uma das homenageadas do 11º Festival de Inverno de Bonito, que acontece de 28 de julho a 1º de agosto.

Ao lado de outras quatro personalidades, Neiva Guedes terá espaço destacado na Galeria dos Homenageados, montada na Praça da Liberdade. No espaço, o público poderá conhecer um pouco mais da vida e do trabalho de pessoas que contribuem com a cultura, a educação e o desenvolvimento sustentável em Mato Grosso do Sul.

Neiva Guedes nasceu em Ponta Porã (MS), em 1962. Graduou-se em Ciências Biológicas pela UFMS, em 1987. Em 1988 foi bolsista do CNPq, trabalhando na Embrapa Gado de Corte, em Campo Grande, onde se iniciou na pesquisa científica. Em 1989 trabalhou no Departamento de Educação Ambiental Secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul onde ajudou a proferir vários cursos para professores de I e II graus e orientou crianças e alunos em seus primeiros contactos com a natureza, guiando-os nas trilhas da Reserva Ecológica do Parque dos Poderes.

Em novembro de 1989 deu início ao Projeto Arara Azul, que visa o estudo da biologia, o manejo e a conservação da arara azul no Pantanal. Graças aos seus esforços, a população de araras azuis triplicou de tamanho no Pantanal (eram 1500 indivíduos em 1987 e hoje passam de 5.000). Neiva estudou a vida das araras azuis em vida livre e passou a manejar o ambiente, testando e produzindo ninhos artificiais, manejando ovos e filhotes, e acima de tudo, conscientizando a população da importância de se manter as araras-azuis livres e voando na natureza. Assim, aves que nas últimas décadas estavam ficando raras se tornaram comuns e abundantes em várias regiões do Pantanal e Estado de Mato Grosso do Sul.

Além da bióloga, os outros homenageados do 11º Festin são o doutor em Arqueologia Gilson Martins; a educadora Lori Alice Gressler; o artesão David Rogério Ojeda; a musicista Clarice Maciel Chaves.

O cantor e compositor Paulo Corrêa de Araújo, mais conhecido por Moska ou Paulinho Moska, se apresenta no palco do 11º Festival de Inverno de Bonito no dia 31 de julho, sábado. O show será no palco Fala Bonito, montado na Praça da Liberdade, com entrada gratuita. O festival é um dos eventos mais importantes da cidade de Bonito (MS) e este ano será entre os dias 28 de julho e 1º de agosto.

Moska, depois de seis anos sem gravar um disco com canções inéditas, lança álbum - Muito e Pouco - pela gravadora Biscoito Fino e estréia nova turnê. No repertório, além das novas canções "Deve ser o amor", "Semicoisas", "Soneto do teu corpo", "Sinto Encanto" e "Muito Pouco" - estas duas últimas já estão entre as mais tocadas das rádios cariocas - sucessos como "A Seta e o Alvo", "Lágrimas de Diamantes", "Pensando em Você" e "Tudo novo de novo" estão no show.

Trajetória

Paulinho Moska começou a tocar violão aos 13 anos com amigos, e se formou teatro e cinema pela CAL (Casa de Artes de Laranjeiras) no Rio de Janeiro. Integrou o grupo vocal Garganta Profunda, que, em seu repertório, cantava de Beatles e Tom Jobim à óperas medievais. Em 1987 formou o grupo Inimigos do Rei, com amigos do Garganta, Luiz Nicolau e Luis Guilherme.

Os primeiros sucessos

Depois de dois anos tocando no circuito carioca, os Inimigos do Rei conseguiram um contrato com a gravadora CBS (atual Sony Music) e emplacaram dois sucessos imediatos: "Uma Barata Chamada Kafka" e "Adelaide". O disco incluía também as canções "Suzy Inflável", "Miss Goodbar", "Crime", "São Business" e "Garotinha do Front", todas de Luiz Guilherme e Paulinho Moska.

Foi com o Inimigos, que Moska passou a viajar e conhecer todo o Brasil. Em 1990, lançou o CD "Amantes da rainha", contendo as faixas "Pacto", "Sexo banal", "Deslizo", "Vício", "Terceiro ato (Kéngueren)" e "Animal", todas de Luiz Guilherme e Paulinho Moska, "Hospício (lar doce lar)" (Luiz Guilherme e Nestor de Hollanda Cavalcanti), "Pesquisa militar" (Luiz Guilherme e Marcelo Crelier), "Carne, Osso e Silicone" (Luiz Guilherme, Luiz Nicolau, Marcelo Marques, Marcus Lyrio, Paulinho Moska, Marcelo Crelier e Lourival Franco), "Coral da Escandinávia" (André Abujamra e Paulinho Moska) e "Eu fui às férias com a tia Magaly" (Luiz Nicolau e Lourival Franco).

Foi no disco "Pensar é Fazer Música" que Paulinho Moska teve uma impulsão mercadológica, devido à música "O Último Dia", tema de abertura da mininovela "O Fim do Mundo", e "Um pouco de amor", trilha da novela Cara & Coroa.

Por Noéli Nobre e Luiz Cláudio Canuto - Especialistas que participaram do seminário sobre o Ano Internacional da Biodiversidade declararam que o Brasil tem a obrigação de liderar as negociações na 10ª Conferência das Partes da Convenção da Diversidade Biológica (COP-10), que ocorrerá em outubro em Nagoya (Japão). No evento realizado na terça-feira, 13 de julho, pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, os participantes concluíram que o País, por ter uma das maiores biodiversidades do mundo, reúne as condições necessárias para comandar o debate, evitando que os países em desenvolvimento sejam subjugados por países ricos.

"O Brasil encerra 9,5% das espécies de plantas e animais conhecidas no mundo. Existem aqui entre 170 mil e 210 mil espécies conhecidas", disse o coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista, deputado Sarney Filho (PV-MA).

O diretor de Conservação da Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente, Bráulio de Souza Dias, reforçou que os países ricos em biodiversidade têm de estar à frente da discussão. "É cômodo para um país europeu negociar uma meta para sustar toda a perda de biodiversidade até 2020. Se não alcançarmos o objetivo, a culpa não será de um país europeu, mas de um latino-americano ou africano."

Desafios - Apesar da capacidade de liderar, os especialistas enfatizaram que o Brasil tem muitos desafios. Dos seis biomas existentes no País, Amazônia, Mata Atlântica, Cerrado, Caatinga, Pampa e Pantanal, apenas a Amazônia exibe uma proporção aceitável de áreas protegidas. Os debatedores apontaram problemas na implantação e na governança dessas áreas. Segundo eles, o Brasil também carece de coordenação entre os dados coletados sobre a biodiversidade e o País ainda não ultrapassou o debate que gera a dicotomia entre conservação e desenvolvimento, como mostra a atual polêmica na criação do novo Código Florestal, aprovado em comissão especial na Câmara.

Na opinião de Bráulio Dias, para ser mais ambicioso, o Brasil tem de ter uma demonstração clara de compromissos de implementação, com aporte de recursos financeiros, engajamento de setores etc. "Não adianta assumir compromissos internacionais para reduzir a perda de biodiversidade se, aqui, pressionados pelo setor agrícola, estamos reduzindo os instrumentos de proteção ambiental", assinalou em referência à criação do novo Código Florestal. Para o diretor, o Brasil sinalizará negativamente se aprovar de fato mudanças no código.

O deputado Sarney Filho lembrou que o Brasil já conta com uma legislação importante de proteção ambiental, que inclui o Código Florestal. No entanto, o parlamentar considera um retrocesso as mudanças nessa lei, que, segundo ele, flexibilizam regras de proteção.

Plano estratégico - A pauta da COP-10 inclui, entre outros temas, a aprovação do regime internacional de acesso a recursos genéticos e repartição de seus benefícios e também um plano estratégico para o período 2011-2020. O plano prevê metas de conservação, de uso sustentável, de proteção a conhecimentos tradicionais, de engajamento do setor privado e de transferência de tecnologia. Mas, conforme explicou Bráulio Dias, o plano ainda não conta com apoio total do governo brasileiro.

Segundo informou o diretor, diversos países querem fixar uma meta "ambiciosa" de redução da perda da biodiversidade, mas sem se comprometer financeiramente a ajudar as nações em desenvolvimento. Por esse motivo, ainda não há consenso sobre os valores para a conservação pretendida. "Qual a meta quantitativa que se deve almejar para 2020? Estamos para decidir entre 15% e 20% de áreas protegidas no mundo inteiro. A meta atual, para até este ano, era conseguir pelo menos 10% e não conseguimos. Por isso, a gente questiona a fixação. Se queremos ser mais ambiciosos, temos de ter um compromisso, o que significa aporte de recurso financeiro", afirmou o diretor.

Na opinião do superintendente de Conservação da organização ambiental WWF-Brasil, Cláudio Maretti, o Brasil agiu bem ao não aprovar desde agora o plano estratégico. A atitude, disse, é corajosa e provoca a negociação para conseguir resultados necessários.

A Galeria dos Homenageados do 11º Festival de Inverno de Bonito abre as portas para o artesão David Rogério Ojeda. A homenagem é um reconhecimento ao trabalho do artista, em que se destaca o uso de madeira, de couro e osso bovinos como matéria-prima.

O jardinense David Rogério, de 36 anos, começou a carreira aos doze anos, entalhando em sobras de madeira nas construções do pai. "Comecei desenhando e entalhando com faca personagens de desenho animado, e logo depois já estava trabalhando com desenhos de cavalos e animais da fauna pantaneira", conta. Nos dez anos em que viveu no Rio Grande do Sul, o artista conquistou clientela, tanto no Estado gaúcho, como nos países vizinhos do Uruguai e Argentina.

Sempre apaixonado pela beleza do Pantanal sul-mato-grossense, ele voltou à terra natal e foi convidado para um curso de técnicas para o aproveitamento de osso bovino, em uma iniciativa parceira entre o Sebrae e a Prefeitura de Jardim. "Eu vi nesse curso a solução para agregar valor às minhas peças de madeira. Eu acreditei e deu certo", relembra Ojeda.

Não desperdiçando nenhuma oportunidade, o artesão começou a participar de feiras e eventos por todo Mato Grosso do Sul e em outros Estados. Na necessidade de ampliar a produção para atender a demanda de pedidos, fundou, em 2006, a associação AMO Bio Design, hoje com uma gama de produtos confeccionados em madeira, couro e osso bovino, todos com um design diferenciado, sempre focados na qualidade e com um apelo bem regional.

A AMO Bio Design conquistou clientes como grandes corporações financeiras, empresas de vários segmentos, instituições como o Exército e organizações do setor produtivo, além de lojas de artesanato no Brasil e exterior.

Gestores de museus do Estado vão se reunir nos dias 30 e 31 deste mês, durante o Festival de Inverno de Bonito, para o I Encontro do Sistema Estadual de Museus de Mato Grosso do Sul.

O encontro terá a participação de dois representantes do Instituto Brasileiro de Museus e tem como objetivo discutir a criação da Rede de Museus do Estado e promover a interaçãoentre as instituições, centros de documentação, memória e profissionais ligados à área de patrimônio cultural.

De acordo com a gerente do Patrimônio Histórico da Fundação de Cultura do Estado (FCMS), Neuza Arashiro, o governo estadual tem priorizado a capacitação dos profissionais da área e durante o evento será possível a troca de conhecimento entre os participantes, além da elaboração de diretrizes para a preservação, pesquisa e divulgação dos bens histórico-culturais existentes.

Em Mato Grosso do Sul existem cerca de 24 museus na Capital e em municípios do interior, entre eles Corumbá, Aquidauana, São Gabriel do Oeste, Bela Vista, Antônio João e Ponta Porã. Os espaços de preservação da memória são mantidos pelos municípios, empresas e instituições educacionais.

O gênero "stand up comedy" é uma das novidades do 11º Festival de Inverno de Bonito, com o espetáculo Nocaute, apresentado pelo ator Marcelo Mansfield, no dia 30 de julho, no Eco Espaço.

O ator é apontado como um dos principais nomes do stand up brasileiro, tendo começado sua carreira nos Estados Unidos e conquistado plateias com o bem sucedido Terça Insana.

Em seu primeiro solo de stand-up, Mansfield acerta um golpe no nariz da sociedade, com observações do cotidiano das pessoas.

Com supervisão do humorista Rafinha Bastos, Nocaute traz para o palco apenas um ator, um microfone e um banquinho. Mansfield promete vários "rounds" de piadas. E uma luta em que o riso será o grande vencedor.