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Notícias de Bonito MS

Quando o zoológico está fechado, a criatividade faz a diversão. Na peça Zôo-Ilógico, o cesto de piquenique é a porta do mundo da imaginação e os utensílios de cozinha se tornam dezenas de animais em uma historia que diverte a plateia com a irreverência de um teatro de bonecos. "O bom teatro infantil é aquele que diverte todas as idades", diz Henrique Sitchin, que se apresenta ao lado filho Gabriel.

O Zôo-Ilógico surge da ideia de dois amigos que vão ao Zoológico para fazer um piquenique e encontram os portões fechados. A partir disso é do cesto de lanches de onde saem os divertidos animais que fazem a interação com o público que ri e se diverte ao ver aves de bules e canecas, tartarugas e sapos de tigelas de cozinha, elefante, entre outros bichos.

"Já trabalho há 25 anos com contação de histórias e esta é mais uma forma de fazer teatro de bonecos", observa Henrique. O artista conta que foram cerca de seis meses para fazer a montagem da peça. "Eu ia em lojas, dessas de R$ 1,99, e ficava observando os objetos tentando imaginar em qual animal ele poderia se transformar", explica.

A peça, premiada em todo o País, é como um exercício de imaginação para o público, que olha para os objetos mas vê o animal que ganha vida através das mãos dos artistas.

Para Henrique, se apresentar no Festival de Bonito é poder fazer um intercâmbio sobre a arte cênica. "A gente vem, conhece outros bonequeiros e podemos mostrar este novo tipo de teatro de bonecos com objetos", diz. "Festivais como este servem para a difusão das artes no País e este de Bonito já tradicional, em sua décima primeira edição, estamos felizes em poder participar e estar pela primeira vez em Mato Grosso do Sul", completa.

Marcelo Mansfield fez o público de Bonito desopilar o fígado na primeira apresentação de stand-up comedy da história do Festival de Inverno. Pela primeira vez o gênero do humor que cresce em todo o Brasil tem seu espaço no evento que celebra a natureza e as artes em Mato Grosso do Sul.

De "cara limpa", microfone revezando entre as mãos e o tripé e um texto cômico sobre o próprio cotidiano, Mansfield apresentou seu "Nocaute" para uma plateia que lotou o Ecoespaço na tarde desta sexta-feira (30), abrindo com muito bom humor o fim de semana do Festival de Inverno.

Na apresentação o ator diz que vem quebrar paradigmas do stand-up. Frases de famosos ilustres do humor, literatura e cultura pop se tornam o mote para as piadas do ator. "A comédia stand-up tem uma fórmula: a cada três linhas do texto tem uma piada", explica Marcelo durante um bate-papo aberto após o espetáculo.

Mansfield é fundador do Clube da Comédia em São Paulo. O espetáculo semanal foi o responsável por lançar grandes nomes deste gênero de humor. "No Brasil este tipo de humor surgiu como 'número de cortina'. José Vasconcelos foi o precursor deste segmento por aqui", conta o ator debatendo sobre as raízes de seu estilo.

"Estou muito feliz por estar em Bonito, aliás na minha idade se fica feliz em estar em qualquer lugar", brinca Mansfield. O ator elogia a cidade e diz ter ficado feliz em poder conhecer o Festival de Inverno e dar sua contribuição para a alegria da festa.

"As pessoas acham que o Brasil é grande demais, cheio de distâncias e não é assim, é tudo perto. A piada que eu conto aqui tem o mesmo efeito que tem em outro lugar porque conhecemos as mesmas coisas, como a mesma rede de supermercados, por exemplo", diz, salientando sua fidelidade ao texto original do espetáculo "Nocaute" e que universaliza sua piada em todo o país.

"Procópio Ferreira dizia que o ator deve ser rico, mas rico de atenção aos detalhes cotidianos. O que eu faço é filtrar tudo isso com um olhar cômico", finaliza Mansfield.

A cantora Gal Costa, após seu show em Bonito, na 11ª edição do Festival de Inverno, elogiou a platéia que estava presente em seu show, em sua página do twitter. "O show em Bonito foi mais que demais! Que plateia maravilhosa. Estou emocionada, foi demais! Obrigada, Bonito."

A baiana, que fez a plateia vibrar ao som de sucessos consagrados, durante o seu show quinta-feira (29), não elogiou só a plateia, mas também a cidade de Bonito, conhecida internacionalmente por suas belezas naturais. A cantora que chegou um dia antes à sua apresentação no Festival de Bonito também aproveitou para fazer um passeio na cidade. Gal postou em seu twitter foto das piraputangas nas nascentes do rio Formoso.

No show que durou mais de uma hora, Gal resgatou canções como " Eu vim da Bahia", "Garota de Ipanema", "Quem te viu, quem te vê", "Festa do interior", "Chuva de Prata", entre outros sucessos, cantados em sua voz de cristal (assim intitulada pela imprensa brasileira).

O show que a plateia do Festival de Inverno de Bonito conferiu foi o mesmo feito na turnê da artista na Europa e na América Latina. Ao público que prestigia o seu trabalho, Gal avisa que no ano que vem ela grava um álbum de músicas inéditas produzido pelo parceiro Caetano Veloso.

História de sucesso

Em seu histórico, Gal apresenta nada menos do que 36 discos e três DVDs, cujas canções, interpretadas com sua voz aguda, são de compositores de peso como: João Gilberto, Caetano Veloso, Ângela Maria e Dalva de Oliveira. Sua trajetória é dividida em sucessos e movimentos que marcaram época no Brasil. Além de fazer parte da Tropicália cantando o sucesso "Divino Maravilhoso", Gal gravou "Baby", música de autoria de Caetano Veloso que foi feita e dedicada especialmente para ela.

Depois da trajetória de movimento e revoluções na década de 60, Gal passou pela década de 80 como absoluta no rol das estrelas de primeira grandeza da música popular brasileira, chegando a ser considerada por alguns como a maior cantora do Brasil. Com repertório eclético, gravou Jorge Ben Jor, Cole Porter e compositores então iniciantes, como Carlinhos Brown. Com o sucesso na década de 90, Gal continuou se consagrando como uma das cantoras que mais vendem do Brasil.

Gal ficou conhecida por gravar canções de grande sucesso nacional e internacional, dentre eles "Vapor Barato" (Jards Macalé/ Waly Salomão), "Meu Nome é Gal" (Roberto/Erasmo Carlos), "London London" (Caetano Veloso), "Deixa Sangrar" (Caetano), "Folhetim" (Chico Buarque), "Balancê" (J. de Barro/A. Ribeiro), "Índia" (J. Flores/ M. Guerrero), "Festa do Interior" (Moraes Moreira) e "Vaca Profana" (Caetano Veloso).

O espaço urbano é lugar de habitação, trabalho, convivência e também será palco para apresentação do grupo cênico regional Flor & Espinho, durante o 11° Festival de Bonito.

O espetáculo "Sob Controle" será apresentado hoje (31) às 17h. No palco de representações cotidianas, dois palhaços prepararam os materiais de cena ao chegarem ao local. Logo tem início o jogo, em que os atores, sem dizerem uma palavra até o fim do espetáculo, envolvem a platéia em trapalhadas inocentes e ingênuas.

O Festival de Inverno de Bonito é um dos maiores do Centro-Oeste. O encontro reúne, desde dia 28 de julho, visitantes de vários estados do país, em busca de cultura e entretenimento. Durante quatro dias estão sendo realizados shows com artistas nacionais renomados e grupos regionais, apresentações de teatro, dança; mostras de artes plásticas, cinema e vídeo; circo, teatro de rua, fotografia, artesanato e palestras.

O show de Lulu Santos lotou a Grande Tenda do Festival de Inverno de Bonito na noite de sexta-feira (30), registrando o maior público desta 11ª edição até agora. Para quem foi ao espetáculo esperando ouvir aquelas canções tão conhecidas, Lulu não decepcionou. Por uma hora e meia, a plateia cantou e dançou, sem precisar pedir uma ou outra música: tudo o que se queria ouvir, ele tocou.

A apresentação teve o horário de início prorrogado, em função do andamento das atrações na Praça da Liberdade. Assim que acabou o espetáculo do Teatro Mágico, uma massa desceu pelo túnel lúdico em direção à Grande Tenda, onde muita gente já tinha garantido lugar em frente ao palco.

À 00h15, o público de Bonito ouviu os primeiros acordes do "Lulu Santos Acústico II", nome do show atual, onde o artista reassume esse formato acústico. Cada introdução era uma deixa para desencadear o coro de vozes na mesma sintonia.

Não seria nem certo dizer que o show lembra velhos sucessos, ou que resgata canções consagradas do passado, porque quase tudo do que o artista canta não consegue ficar antigo.

São tantas músicas inevitáveis, que no show Lulu premiou o público hora com a execução integral de seus sucessos como "Um pro outro", A Cura", "Apenas mais uma de amor", hora embalou seqüências que emendavam canções como em "Toda forma de amor", "Um certo alguém" e "O último romântico". Em outra junção, se sucederam na mesma balada "Sereia", "De repente Califórnia" e "Como uma onda".

No show em que tudo o que o cantor começava no palco ecoava do início ao fim nas vozes do público, Lulu Santos falou pouco, deixando a interação por conta da sincronia das inesquecíveis letras e melodias. "É muito fácil e prazeroso fazer isso hoje pra vocês", disse, em uma das breves pausas.

Mas deu tempo também de declarar admiração pela cidade. "Bonito devia se chamar Lindo! Prazer em conhecer, espero que seja a primeira [vez] de muitas", garantiu.

O reencontro já tem data marcada, não em Bonito, mas em Campo Grande, onde Lulu Santos faz show domingo no MS Canta Brasil, no Parque das Nações Indígenas.

O cantor e compositor Paulo Moska apresenta, no 11º Festival de Inverno de Bonito, músicas de seu novo projeto "Muito Pouco". São dois discos ("Muito"e "Pouco") com nove canções cada um.

O disco "Muito" começa com uma vibrante canção sessentista chamada "Devagar, divagar ou de vagar?" (E se ainda não cheguei / é porque gosto de parar / em cada esquina / devagar / pelo caminho que me leva / até você me encontrar) e termina com outra chamada "Antes de Começar". O "Mito" começa devagar e termina antes de começar. Poesia?

Em "Muito Pouco" há participações especiais como Chico Cesar, Cezinha Silveira, Zelia Duncan e Maria Gadú.

Depois de 13 anos e seis discos como contratado de uma gravadora multinacional, Paulinho Moska se tornou um artista independente em 2004, quando seu disco "Tudo Novo de Novo" foi lançado pelo seu próprio selo, o Casulo.

Desde 2004 Moska não lança um disco de estúdio. Em 2007 o DVD "Mais Novo de Novo" trouxe, além do show ao vivo, uma espécie de filme/documentário/ficção que contava um pouco sobre o processo criativo das canções inspiradas nos tais autorretratos nos banheiros.

O show de Paulinho Moska será dia 31 de julho, sábado, às 20h, no palco Fala Bonito, montado na Praça da Liberdade. A entrada é franca.

Da singela e tradicional mágica ao grande ilusionismo. A 11ª edição do Festival de Inverno de Bonito traz este ano ao público os tradicionais e encantadores números de mágica do "prata da casa" Tabajara Duarte da Silva. A apresentação do mágico será hoje(31), às 10 horas, no Palco das Águas.

Com aproximadamente 40 anos de carreira do mundo da mágica, "o Mágico Tabajara", como é conhecido, trabalha há 25 anos no cenário cultural sul-mato-grossense. Oriundo de família circense, Tabajara cresceu entre as apresentações de circo, começando por trapezista, domador, até chegar aos tradicionais números de mágica.

Ao longo de sua carreira, Tabajara já trabalhou ao lado de grandes nomes da televisão brasileira. "Além do Sílvio Santos, trabalhei há uns 15 anos atrás como o mágico do programa show da Xuxa". Hoje, aos 71 anos de idade, Tabajara explica que a mágica não tem idade, e se torna encantadora por mais simples que seja.

Para a apresentação no 11º FestinBonito, Tabajara leva ao público números de mágica que envolvem equilíbrio, bola zumbi, balão que se transforma em pomba, entre outras mágicas tradicionais. "São truques que fazem do nada, tudo, e de tudo, o nada. É muito bom participar de eventos culturais como esses. É a 2ª vez que participo", salienta Tabajara.

Para os apreciadores de todos os tipos de mágica, que estarão prestigiando o Festival de Bonito, a apresentação de Tabajara acontece hoje (31), às 10 horas, no Palco das Águas, na Praça de Liberdade, que fica localizada na rua Cel Pilad Rebuá.