Notícias de Bonito MS
Estão sendo disponibilizadas vagas para cursos em Chapadão do Sul, Bonito e Ponta Porã.
As inscrições vão até sexta-feira (6), e os interessados deverão se inscrever somente pela internet.
A Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) abriu nesta segunda-feira (2) as inscrições para a movimentação interna de cursos entre os estudantes da instituição, transferências de alunos de outras faculdades e universidade e também para o ingresso de portadores de diplomas de cursos superiores.
Estão sendo disponibilizadas 112 vagas, sendo duas para os cursos de Agronomia e Engenharia Florestal, em Chapadão do Sul; 83 para Turismo e Meio Ambiente, em Bonito; e 14 para Matemática licenciatura e 11 para Sistemas de Informação, em sua unidade em Ponta Porã.
As inscrições vão até sexta-feira (6), e os interessados deverão se inscrever somente pela internet, no endereço: www.copeve.ufms.br, identificando o curso e a unidade setorial. O valor da taxa de inscrição é de R$ 100. O edital completo pode ser encontrado no link: www.copeve.ufms.br/transf2010i/.
Mesmo sendo eliminado da Copa da África do Sul nas quartas de final, o Brasil não deixou de ser um dos gigantes do futebol. Mesmo que não fature o caneco em casa, em 2014, não perderá seu posto de maior campeão de todos os tempos (no máximo pode ser igualado pela Itália). Na Copa do Mundo de 2014, o que estará em jogo para o Brasil é a chance de se tornar grande no turismo internacional.
Com apenas 5 milhões de visitantes estrangeiros, o Brasil tem um terço do turismo internacional da Tailândia e metade do da África do Sul. O que isso afeta a você e a mim? Sem realizar o seu potencial, a indústria do turismo brasileiro não ganha escala suficiente e os preços (já prejudicados pelo câmbio e pelo custo Brasil) permanecem altos. O prejuízo da sociedade é ainda maior, porque o turismo é o melhor empregador (e treinador) de mão de obra local e pouco qualificada; é o tipo de atividade que consegue capilarizar mais rapidamente seus resultados.
E 2014 é uma oportunidade única, porque a festa do futebol vai se realizar não só no país da bola, como no país da festa. É relativamente fácil convencer o mundo de que não dá para perder a oportunidade de estar aqui em algum momento do evento. Aqueles quatro dias impossíveis de reservar no carnaval do Rio de repente se transformarão em 30 dias que podem ser curtidos em qualquer lugar do país.
Discute-se muito o que vai ser dos estádios depois da Copa. Mas o grande legado que 2014 pode dar ao Brasil é finalmente abrir os postos ao turismo internacional. Aqui vão alguns pequenos pitacos.
Desvincular a Copa dos ingressos. A Copa do Brasil precisa ser mais parecida com a da Alemanha, quando a viagem valia mesmo para quem não tinha ingresso, do que com a da África do Sul, que só se materializava para quem conseguisse estar no estádio. A Fifa provavelmente impedirá o uso da palavra e da marca Copa em cidades que não sejam sedes, mas o Brasil precisa ser criativo e estender o "clima de Copa" a todos os lugares turísticos. Isso já ocorre normalmente por aqui, não importa em que canto do planeta o Mundial se realize. Numa Copa em nosso território, será ainda mais natural.
As cidades e os Estados sem-Copa podem - devem - decretar carnaval fora de época. Um carnaval de festas, de eventos, de oportunidades para quem quiser descobrir o Brasil e compartilhar esse momento único com os brasileiros. É bem possível, tendo em vista as dificuldades de infraestrutura e logística das cidades-sede, que os turistas estrangeiros aproveitem mais a Copa fora dos estádios. Pode ser a doce vingança das cidades preteridas.
Encarar como investimento de marketing. Que hoteleiros, companhias aéreas, operadoras e agências de receptivo lembrem-se do Réveillon do Milênio. Devido ao câmbio e aos impostos, o Brasil já é um país caro; exorbitar nos preços não vai levar a lugar nenhum. A Copa de 2014 vai se realizar numa época de baixa e média temporada - estar de casa cheia já vai ser uma novidade para a maioria dos "players". Não é hora de espantar, mas de atrair um público novo, que pode trazer muito mais gente - e, com o tempo, tornar a indústria do turismo menos dependente do turista doméstico e das férias escolares brasileiras.
Oferecer soluções na internet. Se hoje boa parte das viagens já são decididas pela internet, em 2014 não haverá outra maneira de viajar. O turismo brasileiro ainda não sabe se vender na rede - nem mesmo para o viajante brasileiro, que dirá para o estrangeiro. A Copa pode ser um bom catalisador para que as coisas aconteçam. Se o candidato a visitante encontrar fácil na internet pacotes, hotéis, passagens de ônibus e avião - alô, companhias aéreas: que tal unirem esforços para fazer um Air Pass? -, será bem mais fácil concretizar a sua viagem.
Fazer a maior festa de todos os tempos. Dominamos totalmente o know-how das grandes celebrações. Fazemos festas incríveis sempre que queremos. A Copa de 2014 vai ser mais uma delas - e pode ser a mais inesquecível de todas. Basta termos em mente que, desta vez, não seremos apenas participantes: seremos anfitriões. E precisamos receber bem a todos - incluindo milhares de argentinos (e uruguaios, paraguaios, chilenos) que deverão invadir o Brasil por terra. O mundo já aprendeu a gostar do Brasil dentro do campo. Chegou a hora de mostrar que fora dele também podemos ser campeões.
O Brasil quer aproveitar a oportunidade de receber a Copa do Mundo em 2014 para potencializar seu setor de turismo e lançará na segunda-feira uma campanha mundial, na qual investirá US$ 30 milhões até o final do ano.
A presidente da Embratur, Jeanine Pires, disse em entrevista à Agência Efe que se trata de uma campanha diferente das realizadas até agora pela entidade, já que seu alcance é mundial, enquanto as anteriores se limitavam aos principais mercados do Brasil.
Espera-se que a nova campanha, cujos primeiros anúncios começarão a ser transmitidos na televisão amanhã, seja vista por 400 milhões de pessoas de cem países nas Américas, na Europa, no Oriente Médio, na África e na Ásia.
Com o lema "O Brasil te chama, celebre a vida aqui", a campanha já conta com um vídeo no YouTube.
A campanha faz parte da estratégia do Governo brasileiro para aumentar o turismo internacional no país, aproveitando o impulso dado não só pela Copa de 2014, mas também pelos Jogos Olímpicos que acontecerão no Rio de Janeiro em 2016.
Os preparativos para receber os dois maiores eventos esportivos mundiais vêm acompanhados de um investimento de US$ 14 bilhões em infraestrutura nas 12 cidades que serão sede da Copa da Fifa em 2014.
A meta do plano de marketing turístico internacional, intitulado Plano Aquarela 2020, é que a entrada de divisas no Brasil procedentes do turismo internacional nesse ano cresça 300% e o número de visitantes estrangeiros se duplique.
O Brasil prevê receber em 2010 mais de cinco milhões de turistas estrangeiros, número que, segundo a previsão da Embratur, chegará a oito milhões em 2014 e a mais de 11 milhões em 2020, com o qual o país subiria cerca de 20 posições no ranking mundial de destinos mais visitados do planeta, no qual ocupa atualmente o 43º lugar.
Jeanine disse que a intenção não é apenas aumentar o fluxo de turistas estrangeiros, mas estimular o aumento de sua permanência e de suas despesas, além de divulgar novos destinos turísticos no país para que o turista volte.
Por isso, a Embratur prevê que, depois de fechar 2010 com uma receita de US$ 5,9 bilhões obtida com turismo, frente aos US$ 5,3 bilhões do ano passado, o resultado se duplique em 2014, até alcançar os US$ 9 bilhões.
No entanto, o objetivo é chegar até os US$ 18 bilhões em 2020, marca com a qual o Brasil se situaria entre os 15 destinos mais importantes do mundo quanto a sua receita obtida com turismo, ranking no qual atualmente está no 41º lugar.
Com todos esses objetivos sobre a mesa, a campanha que será lançada amanhã e que inclui o vídeo intitulado Som do Brasil, produzido por Fernando Meirelles, pretende "emocionar, impactar e motivar" as pessoas a viajarem ao Brasil, seja durante as férias ou para fazer negócios.
A solenidade que marca a abertura oficial da ExpoBonito 2010 acontece nesta segunda-feira, no Espaço Nelore, localizado no Parque de Exposições Leôncio de Souza Brito, que abriga esta que é considerada uma das maiores exposições agropecuárias do Mato Grosso do Sul.
Estarão presentes no evento diversas autoridades e lideranças de classe, entre elas, Denílson Augusto da Silva, presidente do Sindicato Rural de Bonito-MS, promotor da feira, que faz o discurso que abre as festividades. Haverá também apresentações da Banda Municipal Som das Águas e do grupo Pernas de Pau, projeto Arte para todos.
Ainda hoje (02) acontece às 20h, no Sindicato Rural, o Leilão de Gado de Corte promovido pela CB Leilões, e que oferta animais para cria recria e engorda. A segunda edição da ExpoBonito segue até o dia 8 de agosto com julgamentos da raça Nelore, apresentações artísticas, shows sertanejos e leilões.
O Festival de Inverno de Bonito que terminou neste domingo ofereceu aos espectadores a oportunidade de ver, em um mesmo espaço, a arte popular de mágicos, mamulengos, malabaristas, pernas de pau, e a arte refinada de reconhecidos artistas plásticos nacionais. Na mesma praça onde era possível assistir a teatro sentado no chão, uma galeria estava de portas abertas para receber amantes da arte e pessoas que não têm o hábito de visitar museus ou galerias tradicionais.
Convidados para expor seus trabalhos, os artistas Angella Conte (SP), Flavio Lamenha (PE), Rodrigo Moriz (MG) e Raul Leal (RJ) passaram a semana em Bonito, montando as exposições, conversando com visitantes da mostra, e se deslumbrando com a natureza do município.
"Foi uma semana maravilhosa. E essa idéia da galeria na praça que acontece no festival é uma proposta muito interessante", diz Angella Conte, que já esteve a Bonito a passeio nove anos atrás, e agora voltou com uma exposição que tem muito a ver com o lugar, porque propõe um olhar crítico para a paisagem e os problemas ambientais. A mostra trouxe vídeos e videoinstalação que instigam. Na obra maior, uma sala ganha coloração de luz azulada e reflexos espelhados enquanto se vê e ouve uma queda dágua. Da área principal da galeria, o ruído inconfundível da correnteza atraía os visitantes para esse espaço, separado por uma leve divisão de tecido, provocando uma descoberta surpreendente.
Também não dava para ficar impassível diante da arte bordada do mineiro Rodrigo Mogiz. A técnica de bordar não é tão incomum como possa parecer, segundo o próprio artista, e o diferencial em seu trabalho é o uso de sobreposição de camadas de entretelas para compor a peça. Em cada camada, uma parte do desenho, do bordado, da estória vai se desenhando; juntas, seus botões, linhas, pontos se tornam, ao fim, um único painel, onde o bordado também é a técnica para expressão textual. "É um trabalho que às vezes atrai pela beleza, mas que tem mais coisas por trás, elementos para fazer uma provocação, como discutir as relações pessoais, por exemplo. Existe uma relação poética entre a imagem e o que está escrito", explica Mogiz.
No trabalho de Raul Leal, não é o acréscimo, mas a subtração de elementos que ganha destaque. Com emprego associado de tecnologia e meio artesanal, fotografias servem de base para a construção de pinturas que sintetizam cenas urbanas, dando foco a elementos essenciais. "Na verdade, eu aproveito pouca coisa do elemento fotográfico. A fotografia é só o ponto de partida", explica o artista. Nas obras dessa série, o que ele busca representar o cotidiano da cidade grande, e a figura humana inserida ali. A pacata Bonito não se encaixa nessa proposta, mas nem por isso a cidade passou despercebida ao olhar atento do artista. Leal, como os demais expositores, diz ter gostado muito do cenário natural que Bonito proporciona a qualquer visitante.
Fotografia e tecnologia são instrumentos também do trabalho que o fotógrafo Flavio Lamenha trouxe para a exposição. Nas obras da série "Força de Expansão", ele próprio é visto diante das lentes, como personagem. A manipulação digital une retratos tirados individualmente, criando a ilusão de interação entre o que são, na verdade, vários do mesmo. "Foi interessante que algumas pessoas me viam na sala, olhavam os retratos, me olhavam de novo, em dúvida se era eu mesmo ali", conta, sobre situações que ocorreram durante as visitações na Galeria.
Conversas de fazendeiro foram gravadas com autorização da Justiça. Policiais chegaram a fazenda no Pantanal onde acontecia um safári.
"Eu quero o seguinte: eu quero uma fazenda no Pantanal em que tenha onça e que eu possa caçar. Porque eu quero me aposentar caçando." A declaração foi gravada em uma conversa telefônica, com autorização da Justiça, em Mato Grosso do Sul.
As escutas deram pistas para que os policiais chegassem à fazenda no Pantanal onde estava acontecendo um safári. O flagrante foi na semana passada. Onze homens foram presos.
Um fim inesperado para o paraguaio e os quatro argentinos que esperavam se divertir caçando no Brasil. Eliseu Sicoli e Marco Antônio Melo vendiam o pacote de caça à onça. De preferência a pintada, mais rara. Na falta dela, a parda. As duas na lista de animais em extinção no Brasil.
A agenda dos caçadores estava sempre cheia. Entre os clientes, muitos estrangeiros.
A quadrilha ganhava por animal morto. Para matar uma onça pintada, por exemplo, cada caçador desembolsava cerca de US$ 1500.
Onças com filhotes eram abatidas
O grupo caçava em três estados, no Pantanal em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e no Parque Nacional do Iguaçu, no Paraná. Os caçadores usavam armas caras, novas e potentes.
"Esse aqui é o revólver calibre 38, para você ter uma noção do tamanho das munições. São munições de altíssima potência", afirma o agente federal Paulo André Norte. Ele conta que essa arma é capaz de derrubar qualquer animal.
As onças eram abatidas sem perdão. Mesmo que tivesse filhotes, como mostram algumas fotos. Todas guardadas como registros cruéis.
"Não existe explicação para um prazer mórbido deste de abater o animal por abater. Eles tiravam centenas de fotos e na maioria das vezes tiravam o couro para guardar como troféu", diz o delegado da Polícia Federal, Alexandre do Nascimento.
Em uma das ligações, o cliente aponta defeitos no couro curtido. O negociador pede calma, garante que vai substituir e explica como. "Na verdade é o seguinte, tem duas fêmeas, uma que morreu, e a outra que está viva. Eu pensei até em dar um jeito dela morrer no meio do transporte", diz um caçador.
Cães de caça
No terreno onde estão os cães que foram apreendidos com os caçadores, perguntamos a Gilberto Costa, chefe do Ibama-MS, de que raça são estes animais: "Estes cães são da raça foxhound americano, que é empregada justamente para fazer este tipo de caça".
Os cães eram treinados por Marco Antônio, preso na operação. Ele é filho de um personagem-chave nessa história: um certo "Tonho da Onça", hoje procurado pela polícia. Era apresentado pelo filho como funcionário do Ibama. O que seria uma garantia de que os clientes poderiam caçar sem ser importunados pelas autoridades.
Suspeito se diziam ambientalista
Mas Tonho da Onça nunca trabalhou para o Ibama. Para o público em geral, ele costumava se apresentar como um ex-caçador que mudou de lado. Dizia ajudar ambientalistas a capturar onças e colocar um equipamento capaz de dar a localização exata do animal, como na reportagem, gravada há 14 anos.
Um ano depois da reportagem, a onça protegida foi morta por caçadores. O colar emite sinais de rádio que são recebidos e armazenados nos computadores dos ambientalistas. A polícia não acredita que Tonho tivesse acesso a estas informações. Mesmo assim, no ano passado, três onças com o equipamento foram mortas por caçadores.
"Eu diria que o personagem saiu do quadrinho e veio para a realidade. Esse é o verdadeiro amigo da onça", diz o chefe do Ibama-MS.
Pela gravidade dos crimes, os onze presos não têm data para sair da cadeia. As buscas por Tonho da Onça continuam. "Ele está escondido no Pantanal, região em que ele mais atuava, e estamos à procura dele", afirma um policial.
Mesmo com as prisões, os ambientalistas acham que ainda não é o fim das caçadas.
"A questão do Pantanal, existe uma tradição de caça de onças. A gente tem esperança que antes que acabe o bicho a gente consiga mudar alguns padrões tradicionais", diz o coordenador executivo da ONG pró-carnívoros, Ricardo Bulhosa.
Lançada ontem na Capital, iniciativa oferecerá cursos gratuitos de inglês e espanhol pela internet
Garçons, taxistas e outros profissionais ligados ao turismo que terão contato direto com os visitantes estrangeiros na Copa de 2014 poderão ter acesso a aulas gratuitas de inglês e espanhol. O projeto Olá, Turista!, uma parceria do Ministério do Turismo e Fundação Roberto Marinho, foi lançado ontem em Porto Alegre para derrubar a barreira do idioma.
Os cursos serão online, através do site www.olaturista.org.br, e contemplam as peculiaridades de cada profissão e as diferenças regionais brasileiras. Ontem, o portal estava fora do ar devido ao grande número de acessos, e o programa informou que colocaria no ar, em breve, uma página para viabilizar as inscrições.
A estimativa é que, no Estado, sejam qualificadas até seis mil pessoas, calcula o secretário estadual do Turismo, Heitor Goulart. No total, o programa conta com 80 mil vagas espalhadas pelos 12 Estados que devem ser subsedes do mundial. A ideia é que entidades ligadas a turismo, hotelaria e gastronomia incentivem os seus associados a participarem do projeto.
- Foi uma metodologia testada na preparação da China para a Olimpíada - conta a coordenadora do Núcleo de Produção da área de Teleducação da Fundação Roberto Marinho, Adriane Gazzola.
Segundo Kátia Terezinha Silva, diretora substituta do Departamento de Qualificação e Certificação do Ministério do Turismo, a iniciativa deixará um legado de boa imagem para o Brasil que trará benefícios a longo prazo:
- O evento acontece em um mês, e a nossa preocupação é potencializar isso para além da Copa.
A iniciativa integra o projeto Bem Receber Copa, que pretende qualificar 306 mil profissionais do turismo até 2013.