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Notícias de Bonito MS

José Luiz Cunha, diretor de Turismo de Lazer e Incentivos da Embratur, confirmou com exclusividade ao Mercado & Eventos que as companhias aéreas Emirates e Tap vão trazer seus diretores para participar de duas edições da Caravana Brasil ainda este ano.

"A Emirates trará 12 gerentes de mercados de países como Japão e Índia, além de nações árabes", disse. Essa Caravana acontecerá a partir do dia 8 de outubro e percorrerá cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, entre outras.

Já em relação à Tap, Cunha informa que a Caravana será no início de novembro. "A Tap vai trazer seus principais gerentes de vendas da Europa para conhecer diversos destinos no Centro-Oeste, dentro da estratégia de descentralização a partir do novo vôo para Brasília", informou.

O diretor da Embratur esclareceu ainda que somente neste ano serão 15 Caravanas, com um total de 230 visitantes estrangeiros, buscando prospectar novos destinos, como Parintins, que recebeu operadores dos Estados Unidos e França.

Segundo ele, outra Caravana que ainda vai acontecer neste ano será operadores japoneses conhecerem destinos ecoturísticos. "Serão visitados lugares como Bonito, Pantanal, Lençóis Maranhenses e Amazônia", disse.

Outra novidade deste programa para o ano que vem será na parceria com a Bito, quando da realização do Destination Brazil Showcase, previsto para o final de maio. "Este ano fizemos uma Caravana muito bem sucedida para 230 operadores de 31 países. Queremos ampliar esses números em 2008 para cerca de 300 operadores e incluir países emergentes como a África do Sul e Austrália, além de aumentar a participação chinesa", concluiu.

Os acordos vigentes direcionados ao turismo e os programas de governo desenvolvidos por Brasil e Espanha foram tema do encontro da Ministra do Turismo, Marta Suplicy, com a secretária-geral de Turismo da Espanha, Amparo Fernandez Gonzáles, na última sexta-feira (14/09), em Madri. A ministra participou de uma programação voltada à atração de investidores estrangeiros para o Brasil, como a abertura do seminário empresarial " Perspectivas da Economia Brasileira: Infra-Estrutura e Biocombustível".

A formação de uma missão técnica brasileira encarregada de estudar a implementação dos entendimentos bilaterais foi o principal resultado desse diálogo. "O Brasil ainda tem muito para ampliar sua participação no turismo mundial. Medidas políticas como essa que estamos adotando colaboram para o desenvolvimento turístico", disse a ministra. A missão técnica será enviada à Espanha ainda este ano para avaliar acordos como o de Cooperação sobre Cessão de Tecnologia Turística, firmado em 2005.

Os compromissos da ministra em Madri começaram com um café com o presidente Lula, empresários espanhóis e patronos da Fundação Cultural Hispano-brasileira. Em seguida, ela participou de seminário, aberto pelo presidente do Brasil e pelo príncipe de Astúrias, dom Felipe de Bourbon e Grécia, onde foi apresentado um panorama da economia Brasileira e do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) com o objetivo de aumentar o interesse dos investidores espanhóis no país.

A agenda ministerial incluiu também encontro com o ministro de Indústria, Turismo e Comércio da Espanha, Juan Closi Matheo; e presença na reunião do presidente Lula e do presidente de Governo da Espanha, José Luiz Zapatero, com empresários da Espanha, no Palácio de Moncloa.

O número de turistas espanhóis cresceu de 155.421 em 2004 para 211.741 em 2006. O Plano Aquarela - Plano de Marketing Internacional prevê um investimento de promoção na Espanha de cerca de US$ 4 milhões em 2007, em ações que englobam ações de imprensa, promoção junto ao mercado (operadores, agentes de viagem, entre outros) e promoção junto ao consumidor.

Com análise do cenário de turismo global, o Refúgio Ecológico Caiman está apresentando sua nova logo, com valorização e destaque para os símbolos principais da região pantaneira, na estilização das figuras do Jacaré e da Arara Azul. Para tal, optou-se por um design que transmitisse claramente o conceito do Refúgio como empreendimento e de forma separada, suas unidades, como plo a Pousada Caiman.

O Refúgio Ecológico Caiman foi o candidato brasileiro no ano passado para o Tourism for Tomorrow Awards 2007, um dos prêmios mais importantes do turismo mundial, dedicado ao reconhecimento de iniciativas de melhores práticas . O Brasil concorreu pela primeira vez com a indicação na categoria Turismo de Conservação e a idéia neste ano é de voltar a candidatar-se com os novos aspectos observados pelo empreendimento.

Localizado na região de Miranda, pantanal sul-matogrossense, na premiação passada foi um dos 12 finalistas selecionados - entre cerca de 130 candidatos de mais de 40 países.

A ministra do Turismo, Marta Suplicy, esteve em Tóquio, no Japão, para cumprir uma agenda oficial com o objetivo de captar investidores e turistas japoneses para o turismo brasileiro. Durante o seminário "Atração de Investimento do Japão para o Setor de Turismo no Brasil", realizado no dia 12/09, Marta Suplicy apresentou para um grupo de empresários do turismo o desempenho brasileiro nesse setor. "O Brasil recebeu, em 2006, 74,6 mil turistas japoneses. Mesmo sendo países tão distantes, temos condições de aumentar o fluxo e o interesse dos japoneses pelo Brasil", disse a ministra, referindo-se à avaliação do Ministério do Turismo/Embratur que indica que os destinos brasileiros têm potencial para atrair 925 mil turistas japoneses por ano.

Os acordos do MTur com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para implementação de Programas Regionais de Desenvolvimento do Turismo, que só no caso do Nordeste, já em execução, somam US$ 400 milhões, foram destacados pela ministra. O diretor-executivo do Banco Japonês para Cooperação Internacional (JBIC), Hiroshi Saito, declarou, durante o seminário, que o governo brasileiro está se dedicando de forma ativa à atração de investimentos do Japão para o turismo no Brasil.

Marta Suplicy disse ainda que a candidatura do Brasil para a copa de 2014 também está atraindo muitos investidores europeus. Segundo ela, isso é muito bom para o país, que já tem boa parte dos equipamentos esportivos necessários para realização do evento. "Precisamos investir apenas na infra-estrutura necessária para atender esse público". A promoção do Brasil no Japão também foi tema do seminário e a ministra elogiou o apoio da Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA) na instalação do Escritório de Promoção Turística do Mercosul no Japão (JPMO). "Esse espaço tem sido fundamental para promoção da imagem do Brasil e para o aumento do interesse dos turistas japoneses pelos atrativos brasileiros".

O Centenário da Imigração Japonesa no Brasil, que será comemorado em 2008, foi tema do encontro da ministra com o príncipe-herdeiro do Japão, S.A.I. Naruhito. "Acredito que o evento pode ser um forte apelo para o turista japonês conhecer o Brasil", disse ela, reiterando o convite feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva à família real. O príncipe disse que a viagem de um representante do Império Japonês está sendo avaliada e contou que já esteve no Brasil. "Conheci cidades com forte influência da cultura japonesa, como São Paulo e Maringá (PR)".

O presidente do Comitê Executivo da Associação para Comemoração do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil, Osamu Matsuo, ressaltou, no fim da tarde, em encontro da ministra com empresários japoneses que comercializam pacotes para o Brasil, que a comunidade japonesa está totalmente integrada à sociedade brasileira. "É a maior comunidade nikkei do mundo construída em 100 anos. É um novo Japão e, hoje, os descendentes de japoneses já ocupam lugar de destaque até na política brasileira. É um sinal de que o Brasil é como uma mãe generosa e acolhedora", disse.

Uma das mais recentes estratégias da Embratur junto aos mercados internacionais começa a ganhar maior fôlego: trata-se do curso de e-learning para formação de agentes especialistas em Brasil. A ação teve início no ano passado, quando 720 agentes foram formados nas línguas português e espanhol, de países como Portugal, Espanha, Argentina, Chile e Colômbia, além dos Estados Unidos, voltados para o segmento hispânico.

O diretor de Turismo de Lazer e Incentivos da Embratur, José Luiz Cunha, informa que neste ano foram inscritos 2.300 agentes de diversos países, nos idiomas português e espanhol e também em inglês, francês, alemão e italiano. "Quase toda a América do Sul foi contemplada e a maior procura foi de agentes da Argentina e Peru", explica.

Cunha esclarece que neste mês será feito o treinamento para 70 agentes do Japão e para 2008 estão previstos treinamentos em novos mercados da Europa e Ásia, inclusive com a possibilidade de se chegar a países árabes.

México e Canadá serão os próximos países a receber os Comitês do Descubra Brasil. Segundo José Luiz Cunha, diretor de Turismo de Lazer e Incentivos da Embratur, essa ação está em expansão e visa capacitar o país ainda mais junto aos operadores internacionais.

Atualmente existem nove comitês, todos na América do Sul. No mês de outubro serão realizadas viagens para o México e Canadá a fim de fechar acordos com operadores e companhias aéreas daqueles destinos, além das embaixadas brasileiras. A previsão é de que os comitês estejam instalados até dezembro.

Para 2008 Cunha admite a possibilidade de criação de novos comitês, especialmente em países da Europa não atendidos pelos EBT´s.

O número de focos de calor no Pantanal já chega a 963, no período de junho a 14 de setembro. Os dados são do DPI/Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, com recorte feito pelo Laboratório de Sensoriamento Remoto da Embrapa Pantanal. A sub-região com mais focos de calor é a Nabileque (275), seguida da Paiaguás (202), de acordo com o analista Luiz Alberto Pellegrin, do laboratório.

A climatologista Balbina Maria Araújo Soriano, pesquisadora da Embrapa Pantanal (unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - Mapa), explica que os focos de calor não representam, necessariamente, queimadas.

Os focos de calor são temperaturas registradas acima de 47º C, com base em dados captados por satélites (INPE).

As queimadas são uma antiga prática de manejo que utiliza o fogo de forma controlada para viabilizar a agricultura ou renovar as pastagens. O incêndio é o fogo sem controle que incide sobre qualquer forma de vegetação, podendo ser provocado por diversos fatores.

As queimadas também têm afetado o clima, porque o gás carbônico contido na fumaça proveniente desse incêndio sobe para a atmosfera e se junta a outros gases, aumentando o efeito estufa.

Esses gases formam uma espécie de cobertor cada dia mais espesso, que torna o planeta cada dia mais quente e não permite a saída de radiação solar.

O efeito estufa é um fenômeno natural para manter o planeta aquecido. Se não houvesse o efeito estufa, a temperatura média da Terra seria de -18º em vez dos + 15º. O problema, segundo Balbina, é que, ao lançar muitos gases de efeito estufa (GEEs) na atmosfera, o planeta se torna quente demais, podendo acarretar graves conseqüências.

Os dados sobre focos de calor referem-se ao Pantanal e incluem vários municípios. Em Corumbá, o DPI/INPE registrou, de junho a 14 de setembro, 407 focos de calor. É o município de Mato Grosso do Sul com maior número de focos, seguido por Porto Murtinho e Aquidauana (153 cada), e Miranda (117).

Balbina disse ainda que Mato Grosso do Sul aparece como o sexto Estado do Brasil em número de focos de calor, somando 1.148 unidades até a última sexta-feira. O campeão deste ranking é Mato Grosso, com 9.930 focos, interferindo nas condições atmosféricas de Corumbá. "A fumaça das queimadas que ocorrem em Mato Grosso são transportadas por correntes de ar que chegam a Mato Grosso do Sul, atingindo a região de Corumbá. Elas se juntam com as condições locais, aumentando a concentração de fumaça, causando problemas à população corumbaense", explicou a climatologista.

Chuvas
A Embrapa Pantanal monitora regularmente os parâmetros meteorológicos (chuvas e umidade relativa do ar, etc), coletados na Estação Climatológica de Corumbá, localizada em Corumbá e pertencente ao Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), e na Estação Climatológica de Nhumirim, instalada na fazenda Nhumirim, da Embrapa Pantanal, localizada na sub-região da Nhecolândia. Esta estação mantém convênio com o Inmet.

A pesquisadora acompanha os índices pluviométricos em Corumbá e no Pantanal (fazenda Nhumirim). De acordo com ela, no período de junho a 14 de setembro choveu na cidade apenas 19,2 mm, índice equivalente a 13% da média histórica para este período, que é de 140 mm.

Também de junho a 14 de setembro choveu na Nhumirim 12,2 mm, ou 11% da média histórica para o período, que é de 111 mm.

"O baixo valor de chuva registrado em julho não alterou o quadro de estiagem na região", afirmou Balbina.

Segundo previsão climática do Inmet e CPTEC (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos), no trimestre que vai de setembro a novembro as chuvas deverão ficar abaixo da média histórica, com grande variabilidade espacial.

Umidade

Segundo Balbina, o ar continua muito seco sobre a cidade de Corumbá, devido à influência de uma massa de ar seco atuando sobre a região Centro-Oeste, que inibe a formação de nuvens de chuva.

Os índices mais baixos de umidade relativa do ar em setembro, no período do meio-dia às 16 horas, variam de 13% a 20%, considerados estado de alerta.

Como conseqüência, a cidade tem vivido, nos últimos dias, alguns transtornos, como cancelamento de vôos por falta de visibilidade, já que uma névoa cobre o município. Doenças respiratórias e emagrecimento do gado são outros efeitos da estiagem, que é prevista para este período.