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Notícias de Bonito MS

Conhecido nos setores de arquitetura, construção e habitação como o "arquiteto descalço", o holandês, Johan Van Lengen, estará pela primeira vez em Bonito, no Mato Grosso do Sul no período de 09 a 13 de abril de 2008. Ele, juntamente com seu filho, Peter Van Lengen, serão os instrutores de um curso de bio construção, inédito na cidade, voltado para profissionais e estudantes de arquitetura, turismo, biologia e áreas afins. Com vagas limitadas a apenas 30 inscritos, o curso é prático e abordará técnicas de construções ecológicas, como bambu, teto vivo, banheiro seco e paredes de terra.

Os participantes do "Bioconstruindo Bonito 2008" terão aulas práticas no Eco Parque La Paloma, uma propriedade rural que trabalha com o ecoturismo e investe em processos alternativas de bioconstrução através do aproveitamento dos recursos naturais. Os inscritos residentes em Bonito receberão certificado, alimentação e transporte para o local do curso. Os residentes fora da cidade terão ainda o direto à hospedagem durante os cinco dias.

Johan Van Lengen é natural da Holanda e, nos anos 70, deixou uma ascendente carreira de arquiteto, na Califórnia, EUA, para se dedicar a melhoramentos em habitações populares. Neste sentido trabalhou para várias agências governamentais, sobretudo na América Latina. Em 1991, no México, lançou o "Manual do Arquiteto Descalço" (edição em português com 724 páginas), obra considerada fundamental para a arquitetura moderna e àqueles interessados em técnicas alternativas de construção de habitações populares, e profissionais que trabalham em pequenas comunidades ou mesmo em prefeituras de pequenas cidades.

A obra é uma espécie de "bíblia" para quem trabalha com soluções ecológicas em obras e acabou transformando Van Lengen no "papa da bioconstrução" . O livro reúne diversas técnicas tradicionais de construção com materiais locais incluindo desde o planejamento de uma casa até a adequação ao clima, uso da água e de energias consideradas limpas, como é o caso da solar e eólica.

No Brasil, fundou o Instituto de Tecnologia Intuitiva e Bio-Arquitetura (TIBÁ), em Bom mJardim, interior do Estado do Rio de Janeiro, onde desenvolve técnicas e instrumentos de arquitetura integrada com a natureza. Durante os cinco dias em Bonito, Van Lengen trabalhará a programação do curso em assuntos pontuais como técnicas em bambu, construção com terra, teto vivo, aquecedor solar, banheiro seco (Basón), geobiologia, pau a pique, permacultura e acabamentos naturais (não tóxicos e de reúso).

O curso é uma realização do Ybirá Pe Canopy Tour Brasil em parceria com a Associação Brazil Bonito. O valor das inscrições fica em R$ 420,oo para os residentes em Bonito, R$ 600,00 para os moradores de outras cidades (com direito a hospedagem) e R$ 660,00 para parcelamento em até seis vezes através de cartão de crédito. Mais informações podem ser obtidas pelo web site www.bon.com.br, pelo e-mail mo.mita@hotmail.com com ou pelo fone: (67) 8136 9479.

A mobilização nacional para o planejamento da terceira edição do Salão do Turismo - Roteiros do Brasil foi tema de reunião realizada durante o 8º Encontro dos Interlocutores do Programa de Regionalização, que terminou no dia 27 de fevereiro, em Brasília. Uma equipe do Ministério do Turismo reuniu-se com os representantes estaduais para apresentar as orientações gerais para mobilização e participação no Salão 2008, como, por exemplo, a obrigatoriedade de os roteiros selecionados para a exposição estarem entre os 87 priorizados pelo MTur e contemplarem os destinos indutores de desenvolvimento turístico regional.

Os interlocutores, como são chamados os representantes das 27 Unidades da Federação para o Programa e o Salão do Turismo, são responsáveis por repassar ao seu estado as ações definidas pela Regionalização. Por ser uma estratégia da gestão descentralizada proposta pela Regionalização, o Salão do Turismo também desencadeia um movimento nacional que tem como objetivo o fortalecimento da implantação da Política Nacional de Turismo e a apresentação de novos roteiros. "É fundamental o aval dos secretários e dirigentes estaduais de turismo para que os interlocutores possam contribuir com o planejamento da participação dos estados e do DF no Salão do Turismo", disse o secretário Nacional de Políticas do Turismo, Airton Pereira, na abertura do encontro.

A próxima edição do evento, que será realizada em São Paulo, começou a ser planejada em outubro de 2007, quando o MTur iniciou a elaboração do Projeto Básico para a licitação do Salão do Turismo. O edital de concorrência foi publicado em dezembro do ano passado e, no dia 12 de fevereiro, foram abertos os envelopes de habilitação das empresas organizadoras de feiras e eventos que participam da concorrência.

Agora, o MTur aguarda o término do prazo para recursos da fase de habilitação, previsto na lei 8.666/93, para dar continuidade ao processo licitatório, com a abertura dos envelopes de técnica e de preço. "Enquanto corre a licitação, estamos trabalhando para organizar a participação de todas as Unidades da Federação no evento", disse a diretora do MTur e coordenadora Nacional do Salão do Turismo, Tânia Brizolla. A empresa organizadora de feira e eventos que ganhar a concorrência vai atuar nas edições de 2008, 2009 e 2010.

No mês de março, o Sebrae oferece em Bonito, um ciclo de palestras do projeto Nascer Bem, com objetivo de aplicar conhecimentos empresariais para os futuros e atuais empresários.

Segundo Lucielle Lima, uma das responsáveis pelo projeto no Sebrae/MS, a taxa de mortalidade das empresas dá-se em sua maioria, justamente por falta de informação e orientação. E através deste projeto, o Sebrae tem a pretensão de diminuir a mortalidade e, elevar a competitividade e a sustentabilidade dos micro e pequenos empreendimentos.

Ela conta que na 1ª fase, são fornecidas informações e orientações para empreendedores que pretendem iniciar um negócio, sobretudo na elaboração do Plano de Negócio. "Desta forma, ficamos de acordo com a missão do Sebrae/MS, de promover o empreendedorismo e a sustentabilidade com foco nos pequenos negócios de Mato Grosso do Sul", afirma Lucielle.

O ciclo compõe-se de palestras gratuitas sobre empreendedorismo, procedimento de abertura de empresa, práticas na produção de alimentos, viabilidade do empreendimento e ainda, informações sobre linhas de financiamento; auxiliando os futuros empresários a desenvolverem seu potencial empreendedor.

Técnicos do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) estão preocupados com os prejuízos ambientais e econômicos causados pela infestação de mexilhões dourados nos rios do Estado. Sem predadores naturais, o molusco está se proliferando nas bacias do Paraná e do Paraguai, interferindo no ecossistema e causando perdas patrimoniais.

A grande preocupação do Imasul é que a infestação destrua ecossistemas em Mato Grosso do Sul. "Os mexilhões podem acabar com Bonito porque eles competem e acabam com a fauna local. Com isso, podem interferir na água calcária e desequilibrar o ambiente", explicou a gerente de recursos hídricos do Imasul, Francisca Albuquerque.

A indústria turística mundial mostrou hoje ser a favor de uma revolução sem alardes com a qual o setor faça frente à pressão de ser, ao mesmo tempo, causador e vítima do aquecimento global.
Esse ponto de vista foi defendido durante a International Tourism Bourse (ITB, sigla em inglês), feira internacional do setor realizada em Berlim.

Segundo números divulgados pela Organização Mundial do Turismo (OMT) durante a ITB - onde a mudança climática está sendo uma das estrelas dos debates -, o turismo gera 5% das emissões de dióxido de carbono (C02) enviadas para a atmosfera. Se a atividade turística fosse tida como um país, seria o quinto maior poluidor do planeta.

"O turismo, grande gerador de emprego e arma contra a pobreza, precisa tomar medidas contra a mudança climática e a favor do objetivo de sustentabilidade", declarou o vice-secretário-geral da OMT, Taleb Rifai, acrescentando que grande parte do patrimônio turístico pode desaparecer por causa de problemas climáticos.

Vincent Vanderpool-Wallace, secretário-geral da Organização de Turismo do Caribe, foi taxativo sobre o assunto. "Os relatórios científicos mostram que as zonas litorâneas e pequenas ilhas serão os locais mais afetados pela mudança climática. Para o Caribe, controlar esse fenômeno é uma questão de sobrevivência", disse.

Para Rifai, é justamente por essa razão que "o turismo, que é parte do problema da mudança climática, deve ser também parte da solução".

Um total de 75% das emissões provocadas pelo turismo vem do transporte de passageiros e, dentro dessa cifra, 40% têm origem apenas na aviação.

Segundo dados da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata), a aviação mundial é responsável por entre 2% e 3,5% das emissões de CO2 mundiais, uma contribuição que, de acordo com a entidade, pode crescer até 5% ou 6% em 2050.

O especialista em aviação Luc Citrinot afirmou que o setor aéreo faz o possível para reduzir suas emissões e destacou a importância de medidas como acrescentar extensões de asa às aeronaves, o que reduz o consumo de querosene e, conseqüentemente, as emissões de CO2.

Entretanto, segundo a OMT, as novas tecnologias não serão suficientes para ajudar no combate à mudança climática.

A explosão do tráfego aéreo mundial está muito próxima à incorporação massiva ao circuito de viagens de países como China, Rússia e Índia, o que se soma à contínua tendência de alta dos Estados Unidos, Japão e União Européia.

Não há como ignorar o trocadilho: Bonito é realmente muito bonito. A natureza foi ímpar em suas atribuições, e os privilegiados são os turistas, que a cada ano descobrem, no Mato Grosso do Sul, a 278 quilômetros da capital do E stado - Campo Grande - esse paraíso.
As atrações vão da simples contemplação - que em Bonito ganha um novo sentido - à mais pura adrenalina, especialmente concebida para os adeptos dos esportes radicais.

Bonito fica na Serra da Bodoquena - que abriga a maior extensão de florestas preservadas do Mato Grosso do Sul - e possui o maior aquário natural de água doce do Brasil.

As opções de diversão e aventura são inúmeras: trekking, banhos de cachoeiras, grutas de águas cristalinas, como a belíssima Gruta do Lago Azul, flutuação nas correntezas de rios como Sucuri, da Prata e Formoso, rafting, mergulho autônomo (com cilindros de oxigênio), trilhas de bike, rapel, parapente, ultra-leve.

O santuário ecológico ainda preserva uma admirável diversidade de espécies animais e vegetais. O mais impressionante é observar a riqueza que habita o fundo de rios e lagoas. A visibilidade das águas da região, garantida pela alta concentração de calcário, que funciona como agente purificador, permite que o turista desfrute desse privilégio.

O sucesso do turismo em Bonito está intimamente ligado à preservação da natureza. Qualquer passeio nesse santuário é acompanhado por um guia local registrado.

Nesse contexto, foram criados o Parque Ecoturístico da Bodoquena e o Projeto Vivo. O primeiro é uma iniciativa da ONG Instituto Peabiru de Ecoturismo e inclui passeios em canoas canadenses, mountain bikes, cavalos e trekking. Já o segundo, promove trekking, rafting no Formoso, passeios a cavalo e atividades especiais para crianças utilizando papel reciclado e reciclagem de lixo. Ambos são empreendimentos de lazer associados à educação ambiental e procuram mostrar como é possível aliar conservação da natureza, ecoturismo e geração de empregos.

Produtores rurais e técnicos alemães estão conhecendo as etapas de criação do jacaré do Pantanal. A comitiva, integrada por 18 pessoas, chegou no domingo, dia 2, ao País, com o objetivo de conhecer produtos diferenciados produzidos pela agricultura e pecuária do Brasil. O jacaré é um deles.

A agenda do grupo começou por Mato Grosso do Sul. Os alemães conheceram a criação nas fazendas conjugadas Cacimba de Pedra-Reino Selvagem, no Pantanal de Miranda, distante 226 quilômetros de Campo Grande.

Na fazenda Reino Selvagem o animal fica pronto em um período de 12 a 15 meses de idade. Já a Cacimba de Pedra atua na atividade de turismo rural, com grupos interessados em conhecer as etapas de produção do jacaré e vivenciar o dia-a-dia da lida rural.

No Estado, os alemães vão conhecer, ainda, a tecnologia de transferência de embriões de bovinos, o sistema de cultivo de arroz irrigado e alguns frigoríficos. Eles seguem depois para Região Norte do Brasil e terminam a visita tecnológica no Nordeste onde vão acompanhar a produção de cachaça. A caravana tem como objetivo o turismo ecológico e não há caráter comercial na visita.