Notícias de Bonito MS
Misturando autenticidade e posições polêmicas, o arquiteto holandês, Johan Van Lengen (o "Arquiteto Descalço"), considerado o "papa" mundial da bioconstrução, fez críticas à área urbana de Bonito e não poupou o que ele chama de "arquitetura de escritório" rebatizando-a de "masturbatura". As declarações e posicionamentos aconteceram durante o curso "Bioconstruindo Bonito 2008" ministrado por ele e seu filho, Peter Van Lengen, de 09 a 13 de abril, no Ecoparque La Paloma, em Bonito, no Mato Grosso do Sul.
Mesmo sem culpar, pontualmente, e em nenhum momento a administração pública, Lengen afirmou que a arquitetura da cidade de Bonito está completamente dissociada de sua potencialidade natural, flagrante em seu entorno. "A natureza do município é linda, mas a cidade propriamente dita, precisa de outra atitude; e não por ausência de bons profissionais, pois vi casas e prédios muito bem feitos; o problema é que a cidade não está integrada à natureza; falta esta identidade", comentou.
Considerando que "ainda dá para recuperar Bonito", Lengen, que também é urbanista, fez algumas observações como forma de colaboração para futuras intervenções: "faltam lugares de convívio público; além disso, é visível que a cidade foi construída para quem tem carro e não valoriza o ser humano, o pedestre". O arquiteto não comentou, mas Bonito está passando por uma revitalização em sua principal via urbana, a Rua Pilad Rebuá.
Johan Van Lengen nasceu na Holanda e, nos anos 70, deixou uma ascendente carreira de arquiteto, na Califórnia, EUA, para se dedicar a melhoramentos em habitações populares. Neste sentido trabalhou para várias agências governamentais, sobretudo na América Latina. No Brasil, fundou o Instituto de Tecnologia Intuitiva e Bio-Arquitetura (TIBÁ), em Bom Jardim, interior do Estado do Rio de Janeiro, onde desenvolve técnicas e instrumentos de arquitetura integrados com a natureza.
MASTURBATURA
Durante o curso, em Bonito/MS, o "Arquiteto Descalço" - como é conhecido em função do seu best seller "Manual do Arquiteto Descalço", lançado em 1991 no México - fez também críticas à postura ao que ele chama arquitetura de escritório. "É uma atividade executada totalmente fora da realidade das regiões; trata-se, na verdade, de uma masturbatura; projetam-se caixotes para moradia pública quando a necessidade é outra", disparou.
De acordo com o arquiteto holandês, o Brasil ainda tem condições de construir cidades agradáveis e auto-sustentáveis para se morar. Ele cita como exemplo as ecovilas que são modelos de "assentamentos" humanos sustentáveis. Tudo com o apoio da ONU. "Só como parâmetro, não é possível construir ecovilas em vários países da Europa que estão totalmente estragados; na Holanda, para se ter uma idéia, a água de beber vem toda importada da França", frisou.
No entanto, apesar das condições naturais propícias no Brasil para o erguimento de cidades mais agradáveis, ecovilas e o desenvolvimento da bioconstrução como alternativa para moradias populares, Lengen vê algumas dificuldades: "muitas terras brasileiras estão sendo adquiridas por estrangeiros e faltam escolas para várias profissões básicas, como carpinteiros e bombeiros hidráulicos".
Ao mesmo tempo em que é defensor da adoção de planos diretores para todas as áreas urbanas, o arquiteto holandês faz um alerta: "em várias situações, escritórios estão vendendo planos diretores engessados; é o mesmo pacote para várias cidades; só mudam os nomes".
José Luiz Cunha, diretor de Lazer e Incentivo da Embratur, afirmou que a criação do EBT Novos Mercados pela Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo), foi determinante para atender mercados emergentes, com grande potencial econômico e que podem ser importantes emissores de turistas para o Brasil.
"Devido à relevância destes países no cenário internacional, vamos dar início às ações estratégicas nestes novos mercados para detectar oportunidades e, em um primeiro momento, trabalhar com a divulgação do destino Brasil entre os operadores destes países", afirmou.
Ele acrescentou que a Rússia, por exemplo, tem uma enorme população. Sua classe média é cada vez maior e o país vem despontando com o acréscimo do poder aquisitivo desta fatia da sociedade. O novo EBT criará um banco de informações sobre os mercados de países como Rússia, Dinamarca, Suécia, Noruega, Holanda, Emirados Árabes e Índia.
Os Escritórios Brasileiros de Turismo (EBT´s), presentes atualmente em nove países - atuam, entre outras coisas, como agentes facilitadores de negócios e na inserção de destinos e regiões brasileiras nos catálogos das operadoras de turismo estrangeiras. Os escritórios, ligados à Embratur, seguem as recomendações do Plano Aquarela - Marketing Turístico Internacional, estudo que orienta a promoção turística do Brasil em cada país, considerando suas características e peculiaridades.
Enzo Avezum, que ocupava o cargo de executivo do EBT nos Estados Unidos (Costa Oeste), assumirá o EBT Novos Mercados, com sede em Brasília (DF). Em seu lugar, entra Vilma Varga da Silva que já atuou em companhias como a Virgin Airlines e Varig.
Estudo realizado pelo professor universitário e fiscal ambiental do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) Paulino Medina Júnior revela que as belezas naturais de Bonito (247 km de Campo Grande) podem ser ameaçadas pelas atividades de turismo realizadas no rio Formoso, se não houver um monitoramento eficiente do impacto delas.
Todos os anos, Bonito recebe milhares de turistas e o Rio Formoso é o principal da região, com lagos, cachoeiras e grutas. Segundo o professor, os ecossistemas naturais de Bonito são muito sensíveis. "A demanda turística na região é grande e crescente, o que nem sempre vem acompanhada da devida gestão ambiental. Além disso, os impactos gerados não são tão evidentes como aqueles provocados pela poluição urbana, por exemplo. Assim, tem-se a falsa impressão de que não existem impactos", afirmou, conforme o Contas Abertas.
Na avaliação do estudioso, deve ser feito um maior monitoramento das atividades turísticas na região. Ele analisou 16 empreendimentos localizados ao longo do rio Formoso que oferecem atividades como passeios de bote, arvorismo, trilhas, mergulho, flutuação, banhos no rio, bóiacross. Ele coletou os dados em fevereiro de 2006, na alta temporada, mas a pesquisa de doutorado de Medina foi apresentada na Escola de Engenharia de São Carlos da USP (Universidade de São Paulo) em dezembro de 2007.
Segundo ele, a maioria dos empreendimentos está operando sem se adequar às licenças ambientais. Em cada trecho do rio onde havia atividade turística, o biólogo recolheu material e analisou as características físicas e químicas da água, os sedimentos do fundo do rio, os organizamos que também vivem nas profundezas e os tufos (pedras porosas produzidas por sedimento ou incrustação, proveniente de matérias acumuladas pela água).
Medina Junior constatou que as atividades em que o visitante apresenta maior contato com o fundo do rio e com os tufos calcários são as que causam maior dano ao ambiente.
O Ministério do Turismo, em parceria com a Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, está lançando uma iniciativa inédita, que possibilita a qualquer interessado o acesso gratuito a todas as normas técnicas de turismo publicadas pela ABNT.
Ao todo, são 57 normas disponíveis, aplicáveis tanto a pessoas físicas quanto jurídicas e que versam sobre os mais variados temas: atendimento em bares e restaurantes, prestação de serviços relacionados a turismo de aventura, transportes, dentre vários outros.
Se você é profissional de qualquer área relacionada ao turismo ou é empresário, acesse as normas gratuitamente e tenha a chance de melhorar a qualidade dos seus serviços e obter competitividade para seus negócios.
Acesse todas as normas no site www.abntnet.com.br/mtur.
No último dia 4, cerca de 120 participantes do Programa Conviver de Bonito, passaram o dia no Balneário Municipal. Com muito entusiasmo homens e mulheres desfrutaram de um dia de lazer e integração em meio à natureza.
A tranqüilidade e beleza do balneário foram cenárias de muita diversão e bate papo. Sendo preparado, com carinho, pela Gestora Municipal de Ação Social, Izabel Aivi de Figueiredo, o dia foi repleto alegria, oportunizam a pessoa idosa momentos inesquecíveis, onde o brilho no olhar e o sorriso no rosto, demonstravam que a soma dos anos vividos não apagaram a esperança de viver melhora a cada dia.
O Prefeito Municipal José Arthur Soares de Figueiredo com compromisso de constante melhora nessas vidas tão especiais, busca através da Secretaria Municipal de Ação Social suprir as necessidades da pessoa idosa, uma verdadeira inclusão social.
"É uma grande satisfação trabalhar com a pessoa idosa, pois aprendemos muitas coisas com eles e ao mesmo tempo fornecemos aos atendidos, bem como a suas famílias, mecanismos específicos, que os possibilitam viver com dignidade, construindo, assim, uma sociedade mais justa e igualitária", declara Izabel.
O constante investimento no social, faz da atual administração municipal, um modelo, onde progresso e cidadania caminham lado a lado.
O Plano de Desenvolvimento Regional de Mato Grosso do Sul terá como base o Zoneamento Ecológico-Econômico, de acordo com informação do assessor da Secretaria de Estado de Governo, Paulo César Rodrigues dos Reis. Ele, que também vem acompanhando as reuniões setoriais do Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) do Governo, diz que o trabalho uma das prioridades do governador André Puccinelli.
Paulo Reis, que participou de várias reuniões, entre elas do ZEE-MS do setor sucroalcooleiro e do Pantanal (na Fazenda Caiman), no mês de março deste ano, afirma que, com as discussões do zoneamento,levarão Mato Grosso do Sul a demonstrar a quem quiser investir aqui, a forma de como, onde e o que investir em cada uma das regiões do Estado.
"Acho que a importância maior é essa. E acima de tudo, o outro lado positivo o desenvolvimento vai ocorrer de forma em que as pessoas agridam o meio ambiente. Isto tem de ser levado em consideração uma vez que Mato Grosso do Sul que tem as suas peculiaridades como é o caso do Pantanal - que está na Bacia do Alto Paraguai e na Bacia do Alto Paraná, com influência em nossa região", explica Paulo Reis.
Segundo ele, o governador André Puccinelli prioriza as questões do ZEE, que está sob coordenação da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, das Cidades, do Planejamento, da Ciência e Tecnologia (Semac). Informa que depois do cronograma de execução do projeto, o governo vai poder ter o resultado no Planejamento Estratégico de Mato Grosso do Sul.
"Junto com isso vai enfocada a questão do desenvolvimento regional, bem como o planejamento da divisão do Estado, a princípio, em nove regiões. E, em cada uma dessas regiões, poder desenvolver suas potencialidades e a organização em conjunto com os municípios, através dos seus Planos Diretores", disse Paulo Reis.
Explica que a fase final será o planejamento dos municípios. Ou seja, "a forma como o município vai organizar-se dando demonstração clara de organização e de uma metodologia e planejamento. Uma legislação não vai confrontar com a outra da base, dando segurança ao empresário que aqui vier investir, bem como aos moradores de cada uma dessas localidades. O planejamento influirá, inclusive nas linhas de crédito dos bancos, que vão ficar mais fáceis porque vai ter um foco melhor das potencialidades de cada uma das regiões, e aquilo que pode ser aplicado de forma a gerar resultado", conclui o assessor.
A FCMS (Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul) e a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) lançam, na quinta-feira (17), o filme "A Poeira - Uma história do pantanal". O curta é produzido e dirigido pelo escritor corumbaense Augusto Cesar Proença e pelo cineasta e professor universitário Hélio Godoy. O lançamento acontece no auditório do Marco (Museu de Arte Contemporânea de Mato Grosso do Sul), a partir das 19h30. Na ocasião, haverá o debate "Visões poéticas do Pantanal", com os realizadores.
"Espero que o filme emocione e agrade, tornando-se mais um digno representante da cultura cinematográfica regional", disse Hélio Godoy à assessoria de imprensa da FCMS. Em agosto de 2007, Godoy permaneceu uma semana no Pantanal com uma equipe de 14 pessoas, filmando o curta-metragem. O projeto cinematográfico foi selecionado pelo Minc (Ministério da Cultura) para representar o modo de vida pantaneiro no edital de seleção de filmes infanto-juvenis do programa Curta-Criança III, da TVE Brasil.
Em 2004, quando Proença filmava em Corumbá o documentário "Projeto Corumbá", apresentou a idéia do filme a Godoy. O professor sugeriu o envio do projeto para o Minc, aprovado em dezembro de 2006. Logo em seguida, iniciaram produção do filme.
Desde a preparação do roteiro até a conclusão do filme, foram 18 meses. Agora o filme será apresentado ao público em exibições especiais, festivais, escolas e museus. O Programa Curta-Criança III selecionou 20 projetos em todo o Brasil, e "A Poeira" é o único representante da cultura pantaneira nesta edição. Em breve, o filme poderá ser visto na TVE Brasil.
O filme foi idealizado por Augusto Cesar Proença, escritor corumbaense, que - a partir de um conto premiado de sua autoria - decidiu escrever o roteiro cinematográfico. O conto intitulado "Nessa poeira não vem mais seu pai" descreve a história de um menino que perde o pai vaqueiro em um acidente de cavalo, mas as lembranças do pai e da paisagem pantaneira ficam para sempre guardadas, inspirando coragem e bravura.
O Museu de Arte Contemporânea fica na rua Antônio Maria Coelho, 6000 - Parque das Nações Indígenas. Informações pelo fone (67) 3326-7449 (segunda a sexta das 12h às 18h) ou pelo site www.marcovirtual.com.br.