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Notícias de Bonito MS

As alterações climáticas e a forma como o turismo lhes pode fazer face e, ao mesmo tempo, tornar-se numa actividade cada vez mais sustentável, são dois dos pontos principais que darão conteúdo ao desenrolar das comemorações oficiais do Dia Mundial do Turismo que decorrerão no Peru, a 27 de Setembro.

Na comunicação já publicada do secretário-geral da OMT, Francesco Frangialli, é afirmado que "as mudanças climáticas constituem um dos maiores desafios que se colocam ao mundo em geral, e ao desenvolvimento sustentável e aos objectivos de desenvolvimento do Milénio das Nações Unidas, em particular".

"Turismo: respondendo ao desafio das mudanças climáticas" foi, assim, o tema escolhido para as comemorações oficiais do Dia Mundial do Turismo, tema actual e premente que o turismo pretende encarar de frente. Como diz Frangialli "podemos e devemos desempenhar um papel activo para fazer frente ao duplo desafio de responder às mudanças climáticas e ao mitigar da pobreza".

Frangialli destaca, nomeadamente, as conclusões de várias conferências nas Nações Unidas "desde Davos a Bali", onde ficou clara a "nossa determinação de aplicar com rigor medidas destinadas a adoptar uma linha de conduta para se conseguiu um turismo de carbono zero", para o que é necessário adoptar "uma série de políticas que fomentem o turismo sustentável e que reflictam uma sensibilidade face às questões ambientais, sócio-económicas e climáticas".

O Turismo, diz o secretário-geral da OMT, está a ser chamado à acção e para isso há que "modificar os hábitos, colocar as energias renováveis na vanguarda da resposta internacional" promovendo o processo da Declaração de Davos. É neste âmbito que a o OMT promove, durante todo este ano, uma campanha que terá como momento mais alto as comemorações do Dia Mundial do Turismo no Peru, e uma reunião mundial realizada ao mais alto nível e que agregará agentes públicos e privados em torno da temática das mudanças climáticas.

"Estou seguro de que todos compartilhamos estas preocupações, mas também estou convencido de que agora é o momento de actuar com eficácia para responder aos desafios que nos são colocados", afirma Francesco Frangialli na sua nota a propósito do próximo Dia Mundial do Turismo.

Uma inédita relação entre o tucano-toco (Ramphastos toco) e a arara-azul (Anodorhynchus hyacinthinus) no Pantanal Mato-Grossense acaba de ser descrita: o equilíbrio entre os dois animais pode ser a chave para a conservação da arara-azul, espécie fortemente ameaçada de extinção no país.

A descoberta foi feita por pesquisadores do Instituto de Biociências (IB) da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Rio Claro (SP), e publicada na revista inglesa Biological Conservation.

Com o objetivo de desvendar parte da ecologia da arara-azul, o trabalho teve como base observações de aves que se alimentam dos frutos do manduvi (Sterculia apetala), árvore que, também ameaçada de extinção na região, é uma das poucas a abrigar ninhos de araras.

A interação observada é inusitada: apesar de diversos pássaros comerem os frutos do manduvi, o único que consegue abri-lo e engolir a semente é o tucano-toco que, além de ser o principal responsável pela dispersão das sementes do manduvi é, por outro lado, o grande predador dos ninhos e dos ovos de araras-azuis.

"O tucano dispersa quase 85% das sementes produzidas pelo manduvi. Observamos 14 espécies de aves comendo manduvi, mas apenas o tucano-toco e o araçari engolem as sementes e as dispersam. Sem o tucano-toco, a regeneração do manduvi seria afetada. Sem o manduvi, a arara-azul não tem onde fazer ninhos, uma vez que 90% deles são feitos nessa espécie de árvore", explicou o coordenador do estudo, Mauro Galetti, professor do Departamento de Ecologia do IB de Rio Claro, à Agência FAPESP.

"Isso que dizer que a arara-azul depende indiretamente dos serviços de dispersão do tucano. Porém, descobrimos que 53% dos ovos das araras azuis são predados por tucanos. Ou seja, a relação é indiretamente benéfica em um ponto mas afeta a população das araras no outro", disse.

Segundo ele, essa relação entre o tucano (predador-dispersor) e a arara-azul (presa) não havia sido apontada na literatura científica. "Praticamente nada se conhece sobre interações animais-plantas no Pantanal, ecossistema que merece mais atenção da comunidade científica e dos órgãos de fomento de todo o país", afirmou.


Quatro anos de observações

Os pesquisadores observaram, de 2002 a 2005, na Fazenda Rio Negro - propriedade da Conservação Internacional localizada na cidade de Pantanal da Nhecolândia (MS) -, 12 árvores de manduvi durante o período de maturação dos frutos. Foram realizadas 89 sessões de observação, com duração que variou entre uma e cinco horas cada, em um total de 255 horas de análises do comportamento dos animais.

"Observamos o manduvi escondido na vegetação a uma distância de aproximadamente 50 metros, para não assustar os animais. Anotamos dados como quais aves ou mamíferos visitaram a planta, quais comeram os frutos, quais predaram as sementes e qual a quantidade de sementes engolidas", contou Galetti. O total de frutos sobre as árvores foi registrado no início de cada sessão de observação.

O pesquisador atualmente desenvolve estágio na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, com apoio do programa Novas Fronteiras da FAPESP - estuda o impacto da perda de fauna na diversidade de plantas em florestas tropicais.

Segundo Galetti, o principal ganho da pesquisa feita pela Unesp, que poderá contribuir para programas de preservação da arara-azul, é a indicação de que uma mesma espécie, o tucano-toco, afeta indiretamente outra (manduvi) com da dispersão de sementes e, ao mesmo tempo, uma terceira, com a predação de seus ovos.

"Para conservar as araras precisamos de manduvis, mas só haverá manduvis se tivermos tucanos suficientes para dispersar suas sementes. Por outro lado, um aumento populacional excessivo de tucanos afetaria as populações de araras. Mas se os tucanos forem caçados ou capturados pelo mercado ilegal de animais, por exemplo, as araras azuis, no futuro, terão menos manduvis para fazer seus ninhos. É um balanço delicado da natureza", explicou.

Ainda que 53% dos ovos das araras sejam predados por tucanos, a segunda não é o principal problema de conservação da primeira. "O maior é a rápida destruição dos ecossistemas do Pantanal. Nosso estudo aponta que, seja qual for o plano de conservação da arara-azul, será necessário antes avaliar a população dos tucanos. Prevenir a predação dos ovos pelos tucanos é praticamente impossível", destacou.

De acordo com o cientista, a melhor forma de proteger a arara-azul é impedir o desmatamento e a conversão das florestas no Pantanal em pastos ou atividades agrícolas.

"Estimativas sugerem a existência de cerca de 5 mil araras-azuis no Brasil, a maioria no Pantanal. O manduvi ocorre apenas nas florestas semidecíduas e matas ciliares, que formam menos de 6% da área do Pantanal. As populações de araras-azuis, por sua vez, são controladas pela abundância de manduvis. E quem promove a dispersão do manduvi é o tucano", afirmou Galetti.

"Dados recentes da Conservação Internacional mostram que a destruição da vegetação do Pantanal é altíssima, cerca de 2,5% ao ano, e que em 2030 todo o bioma estará descaracterizado, afetando importantes serviços ambientais ao bem estar humano. Hoje só se fala da conservação da Amazônia, mas o Pantanal está bem mais ameaçado, uma vez que lá existem pouquíssimas reservas", apontou.

Também participaram do trabalho desenvolvido na Unesp, que contou com apoio da FAPESP na modalidade Auxílio a Pesquisa, Marco Aurélio Pizo, da Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Neiva Maria Guedes, da Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal, e Camila Donatti, da Universidade de Stanford.

O artigo Conservation puzzle: Endangered hyacinth macaw depends on its nest predator for reproduction, de Mauro Galetti e outros, publicado no volume 141, edição 3 da Biological Conservation, pode ser lido por assinantes da revista em www.sciencedirect.com/science/journal/00063207.

O projeto de Lei 2108/07, que exige dos parques nacionais o estabelecimento das atividades que podem ser realizadas pelos visitantes, foi aprovado no dia 26/06 pela Comissão de Turismo e Desporto da Câmara dos Deputados.

O projeto, de autoria do deputado Valtenir Pereira (PSB-MT), tem como objetivo fazer com que as visitas aos parques não pertubem o ambiente ou as finalidades do local.

A proposta ainda será analisada pelas comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

A Fundação Cultura de Mato Grosso do Sul divulga na terça-feira, com publicação no diário oficial, as atrações locais do 9º Festival de Inverno de Bonito. Na semana passada, comissão julgadora analisou as propostas e selecionou 5 propostas da área musical, 2 espetáculos de teatro/circo e 2 espetáculos de dança.

Na parte musical, a seleção contou com a participação de jornalistas, músicos e representantes da Fundação de Cultura. Perto de 10 inscritos foram desclassificados por não apresentarem toda a documentação exigida. O edital estava aberto também para artistas e produtores culturais de outros Estados. Os shows com artistas regionais acontecerão na praça central de Bonito. Na parte nacional, a programação contará com a presença da cantora Maria Bethânia, Ana Carolina, Zé Ramalho e Almir Sater. O festival acontece de 30 de julho a 3 agosto.

Muitos têm dito que Bonito é um centro do ecoturismo. O que importa é quem vai para este paraíso ecológico não volta o mesmo. Ao sudoeste de Campo Grande (MS) encontramos uma cidade chamada Bonito. Pequena, mas com uma infra-estrutura incomum para a região. Muitas pousadas e hotéis, dos mais simples aos mais sofisticados. Uma variedade de restaurantes e cardápios.

Os atrativos naturais são organizados por empresas, de forma que se faça ecoturismo consciente. O que importa é a conservação ambiental e participação. O ecoturista não é apenas um observador, mas alguém que interage com o ecossistema. Quem caminha nas matas. Quem nada com os peixes e, nesse aspecto, o que se pode fazer nos bonitos rios de Bonito é ver o peixe do ponto de vista do peixe. Com o uso de equipamentos simples, desfruta-se o máximo de Bonito.

Bonito tem um povo simpático, sempre atento para servir. O jeito simples das pessoas se funde com o profissionalismo. Falar de consciência ecológica é algo natural em Bonito. Guias especializados; acessórios, como roupa de neoprene, máscaras e outras coisas, é o que se encontra nesta maravilha chamada Bonito.

Bonito não é apenas um centro do ecoturismo. Ecoturismo é a essência de Bonito.

A Embratur divulga o turismo brasileiro no Rock in Rio Madri, evento que aconteceu no final de semana (27 e 28/06) e nos próximos dias 04 a 6/07 na capital espanhola. Uma Roda gigante com projeção de destinos turísticos será o destaque do evento. Diariamente, a empresa vai convidar quatro mil pessoas para uma volta em uma das cabines do brinquedo.

Esta é apenas uma das ações de promoção previstas para o período do evento, que inclui ainda a campanha "Brasil, eu vou", com sorteio de viagens, distribuição de brindes na área vip, apresentações culturais e ações de relacionamento com o mercado turístico espanhol e com a imprensa local.

Paralelamente aos shows, estão programadas ainda ações de publicidade e marketing, como colocação de sinalizadores na Cidade do Rock; banner no site oficial do evento e exibições diárias de imagens do Brasil nas telas do Palco Mundo e nos telões da área vip e do estande do Brasil.

Com o objetivo de incrementar o fluxo turístico internacional para os destinos de Bonito e Pantanal, a Secretaria de Turismo do Estado do Mato Grosso do Sul realizará roadshows promocionais por Portugal, Estados Unidos, Japão, China e Paraguai. A informação é do gerente de Promoção e Divulgação da Setur-MS, Matheus Dauzacker Neto. "A partir de julho, damos continuidade a esse projeto que iniciamos em Londres, Munique, Milão e Barcelona. Temos que dar uma atenção especial, afinal 75% dos visitantes que recebemos são estrangeiros", afirmou Neto.

O gerente acrescentou que a participação da secretaria no Festival Internacional de Foz é fundamental para estreitar os relacionamentos e promover ainda mais o roteiro integrado Foz-Bonito-Pantanal. "Já levamos muitas operadoras nacionais e estrangeiras para conhecer esse passeio e os resultados são bastante positivos", ressaltou. Somente o destino Bonito recebe 80 mil turistas por ano, de um total de 600 mil que também visitam Pantanal.