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Notícias de Bonito MS

Em breve cerimônia realizada na manhã de ontem (30), segunda-feira, em frente à Câmara Municipal, o prefeito de Bonito José Arthur Soares Figueiredo - com a presença de vereadores e secretários municipais - lançou as obras de reforma das pontes sobre os córregos Formoso e Formosinho, na via de acesso ao Balneário Municipal.

As obras serão realizadas com recursos da própria prefeitura ao custo de R$ 78.231,10 para a ponte do Formosinho e de R$ 82.396,70 para a ponte do Formoso, as duas com 18metros de extensão.

De acordo com José Arthur foram também licitadas juntamente com as obras das pontes mencionadas – que terão início imediato - as reformas da ponte sobre o córrego Restinga, no trecho da Rua Monte Castelo, ao preço de R$ 62.300,38 e a do córrego Taquaral, na estrada municipal que leva á Gruta do Lago Azul, que custará R$ 86.268,55.

A reforma da ponte do córrego Restinga, no bairro Monte Castelo, será iniciada logo após a conclusão das duas primeiras – cujo prazo é de 120 dias. Após a reforma da ponte do córrego Restinga será reformada a do córrego Taquaral. No total a prefeitura investirá R$ 309.196,73 na reforma das quatro pontes.

O ato de lançamento das obras foi iniciado com um minuto de silêncio pelo falecimento, no sábado passado, do ex-vereador Janes Monteiro Leite, que ocupou uma cadeira no Legislativo Municipal de 1949 á 1952.

Durante o ato de assinatura o prefeito José Arthur afirmou que sua administração não pôde mais esperar para iniciar as obras, na medida em que o acesso ao balneário vem sendo realizado - há meses - de maneira improvisada através de uma propriedade vizinha.

“O ideal seria se as pontes fossem de concreto”, afirmou, lembrando que o custo passaria a ser em torno de R$ 360.000,00 cada. “Protocolamos o projeto para as pontes de concreto junto ao Governo Federal no ano passado, mas o empenho dos recursos não aconteceu”, lamentou.

O prefeito lembrou ainda ser indispensável que as obras aconteçam no período de estiagem. “Tivemos em 2011 uma temporada de chuvas acima do normal”, relatou, afirmando que nesse período foram priorizadas apenas as obras emergenciais, como a manutenção das estradas vicinais para garantir o tráfego e o transporte escolar e em cabeceiras de pontes, valetas e grotas.

“Precisamos fazer as coisas na hora certa. Realizar obras permanentes durante a temporada de chuvas é jogar dinheiro fora - e o valor orçado é para uma obra só”, concluiu.

A Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Famasul) realiza hoje (31.05) uma coletiva de imprensa para falar sobre o novo Código Florestal. A coletiva será concedida pelo presidente da entidade, Eduardo Riedel, e vai enfocar aspectos como:

- Anistia das autuações por dano ambiental.

- A preservação do Pantanal.

- Como ficam os produtores rurais de MS a partir do texto aprovado na Câmara Federal.

- O apoio dos parlamentares da bancada sul-mato-grossense e a perspectiva para o trâmite no Senado.


A coletiva será concedida às 14h, na sede da Famasul, na rua Marcino dos Santos, 401.

Serviço:

Coletiva de imprensa sobre o Código Florestal

Quando: terça-feira, 31.05.2011.

Horário: 14h

Onde: Famasul - rua Marcino dos Santos, 401.

O lutador de Jiu-Jitsu de Bonito, Adley Lobato, o Gugú, embarcou no dia 22 deste mês para Miami, nos Estados Unidos, onde treina com o mestre Roberto Abreu Filho (Cyborg), da academia Fight Sporst South Beach, para o campeonato mundial que acontecerá de 1º á 5 de junho no Ginásio Long Beach, na Califórnia.

O atleta já morou em Miami em 2009 onde treinou durante seis meses sob a orientação de Cyborg, regressando no início do ano passado com 15 medalhas (quatorze primeiros lugares) e três troféus, obtidos em 10 campeonatos que disputou na Flórida, em cidades como Boca Ratton, Orlando e Miami.

Já no Brasil Gugu disputou diversas competições nacionais em 2010 com excelentes resultados. Com lesões no joelho e na virilha desde agosto do o lutador passou nove meses sem treinar, voltando a participar de disputas oficiais em 2011. No dia 21 deste mês ele disputou o Campeonato Brasileiro no Ginásio Ibirapuera, em São Paulo, onde venceu 5 lutas, perdendo a 6ª por 4x3.

“Meu bom desempenho se deve em grande parte ao apoio que recebo dos meus pais, meus principais incentivadores e de órgãos e empresas de Bonito”, afirma Gugu.

Integrante da Jorginho Fitness, academia de Bonito, Adley conta com o apoio da Radio Bonito FM, do COMTUR (Conselho Municipal de Turismo), da FUNCEB (Fundação de Cultura e Esportes de Bonito), da Câmara Municipal, do empresário e ex-prefeito Nercy Soares, Laboratório Santa Bárbara, Marcelo Bertone, Lindo Balta e Leo, da empresa Polpa Mel.

Começa no dia 16 de junho, em Foz do Iguaçu, o I Workshop Internacional de Certificação para o Turismo, promovido pelo Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP). Um dos objetivos é propiciar que os participantes conheçam e debatam as experiências e práticas em qualificação e certificação do turismo internacional e compará-las com experiências nacionais. A ação é voltada para órgãos oficiais de turismo, empresários e profissionais do setor turístico, entidades de classe das diversas ocupações do turismo, organismos de certificação e instituições de ensino.

No dia 17 de junho às 9h acontece um debate sobre a certificação no Turismo de Aventura. Um dos convidados para compor a mesa é o coordenador geral da ABETA, Gustavo Timo. Entre os nomes confirmados estão: Damaris Chaves, da Rainforest Alliance (Costa Rica); Alfredo Carlos Orphão Lobo, do INMETRO; e Antonio Carlos Barros de Oliveira, da ABNT. Como moderador, o professor doutor da USP, Ricardo Uvinha.

Às 14h é a vez dos associados ABETA falarem dos casos de sucesso de certificação no Turismo de Aventura. Três empresários participam: Márcio Miranda, da Ninho do Corvo; Otto Hassler, da Ativa Rafting; Simone Gonçalves, da Marumby Montanhismo. Quem modera é a professora da UFPR, Laura Rinaldi.

Serviço

I Workshop Internacional de Certificação para o Turismo
Data: 16 a 18 de junho de 2011
Horário: 8:30 às 18h
Local: Rafain Palace Hotel & Convention Center
Endereço: Av. Olímpio Rafagnin, 2357, P. Imperatriz - Foz do Iguaçu/PR
Informações: (41) 3264-2246

Assim como as águas vão e vêm todos os anos, os ribeirinhos se acostumam e aprendem a conviver com as surpresas do dia a dia e gostam.

Um tesouro no coração do Brasil, o pantanal é tão grande que, nele, caberiam pelo menos dois países: Portugal e Bélgica. São 144 mil quilômetros quadrados. O pantanal brasileiro é dez vezes maior que o pantanal argentino. Do lado de cá, a biodiversidade também é grandiosa: o mapa da mina fica bem na divisa dos estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.

Na região, foram identificadas 95 espécies de mamíferos, 665 espécies de aves, 162 de répteis, 40 espécies de anfíbios e ainda tem uma variedade de peixes maior do que em todos os rios da Europa juntos.

Mas por que os bichos do pantanal argentino são parecidos com os do pantanal brasileiro? O que um tem a ver com o outro? A explicação é dos pesquisadores que consideram o pantanal do Brasil um corredor biogeográfico entre a Bacia do Prata, onde fica Esteros, e a Bacia Amazônica. As espécies se adaptaram por ser uma área alagada, mas as semelhanças acabam aí. Em Esteros, na Argentina, as lagoas são de água de chuva, porque não tem rio por lá. Já o pantanal brasileiro é formado pela água dos rios que nascem no cerrado.

Esse ano, choveu demais nas nascentes e na planície, e os rios Negro e Aquidauana transbordaram ao mesmo tempo, provocando o fenômeno do encontro das águas.

Em março, a repórter Cláudia Gaigher esteve na região, quando até os pantaneiros mais antigos foram surpreendidos pela cheia nas regiões mais altas. A equipe só conseguiu sobrevoar a região do pantanal, porque todas as pistas estavam alagadas. Os animais foram parar na pista. A água subiu muito rápido e não deu tempo de retirar toda a boiada. Chegar até o rebanho ilhado foi uma aventura.

Cláudia acompanhou a luta de peões e fazendeiros para retirar os animais dos pastos cheios d'água. “A gente tem como se salvar, mas o gado não”, disse o peão José Aparecido.

É nessas horas de extrema dificuldade que vem à tona a solidariedade do homem pantaneiro. Quando tem uma comitiva retirando gado e ela passa pelas fazendas, os funcionários acabam ajudando o trabalho dos peões. Uma boiada vai para uma fazenda próxima que ainda não está totalmente ilhada. O fazendeiro emprestou o pasto para que os animais não morram.

“O mais arriscado nesta época é você tomar cuidado para não morrer um peão, ter o apoio da canoa e separa a tropa que é boa na água. Então, os capazes já separamos melhores que são melhores na água, que nadam melhor. E o peão pantaneiro já tem essa habilidade”, aponta o fazendeiro César Queiroz.

No meio dos alagados, Cláudia entendeu o espírito de quem vive no mundo das águas. Parece sofrido, mas a coragem do homem pantaneiro aumenta a cada animal que é salvo. É uma aventura emocionante, mas viver nessa imensidão onde a água pode amanhecer na porta de casa não é fácil.

A repórter Cláudia Gaigher vai até a casa do artesão Vitalino Soares Brito e de Irani Maria de Jesus. E descobre que o casal pesca na porta de casa: “Estamos pegando sardinha, juju, bagre preto, tudo isso”, diz a dona de casa.

Vitalino é pantaneiro, e Irani é mineira. Eles estão casados há mais de 60 anos. Se para ela a cheia assusta, para ele é sinal de fartura. “É bom, porque aumenta o peixe, fica mais fácil. você vê: aqui na porta já estou pegando peixe”, diz o artesão.

Jaqueline tem 5 anos. É a netinha caçula e adora pescar. Pantaneiro já nasce sabendo aproveitar os mimos da natureza e nem precisa esperar muito. Em pouco tempo, ela já consegue vários peixes.

Assim como as águas vão e vêm todos os anos, os ribeirinhos se acostumam e aprendem a conviver com as surpresas do dia a dia e gostam. Vitalino leva a vida na flauta - ou melhor, na viola que ele mesmo faz.

Símbolo do pantanal, o tuiuiú não perde a pose, nem se incomoda com a rodovia que passa embaixo do ninho. É tempo de renovação. Apesar de ser preservado, a vigilância no pantanal tem de permanecer. Nós encontramos couro de jacaré e o que sobrou da espinha dorsal do animal. "Tem pessoas matando jacaré para tirar cauda para comer. Pode ser restaurante, barco de turismo", revela o pesquisador Walfrido Tomas, da Embrapa. Há quase 20 anos, ele estuda os bichos pantaneiros.

Globo Repórter: Mas não tinha acabado essa caça ao jacaré?
Walfrido Tomas, pesquisador da Embrapa: Então, era couro. A demanda era outra coisa. Naquela época, tirava só o colete e jogava o resto todo fora. Agora, não. Você mata o animal, joga todo o resto fora e fica só com a cauda que é a melhor carne dele. Essa é uma preocupação que já começa a existir.
Globo Repórter: Mas não existe uma superpopulação de jacaré?
Walfrido Tomas, pesquisador da Embrapa: Superpopulação na natureza é uma coisa que não existe.
Globo Repórter: Tem quantos jacarés? Vocês têm uma estimativa da Embrapa.
Pesquisador: Nos levantamentos que a gente fez até o início dos anos 2000, está na casa dos milhões. Nossa estimativa mínima de jacarés adultos era de 3 milhões ou 3,5 milhões. A população é abundante, mas não é superpopulação.

Tem mais de seis milhões de cabeças de boi. O pantanal serve como um berçário. Da região, saem muitos bezerros que vão ser engordados em outras fazendas longe da planície. A principal atividade econômica no pantanal é a pecuária, mas para criar gado o pantaneiro teve de se adaptar e entender o sobe-desce das águas.

Depois da bravura do resgate, vem a recompensa. Voltamos à região do Rio Negro. Há menos de dois meses, o pantanal estava completamente alagado. Agora, as fazendas não estão mais inundadas. A água baixou, e aos poucos a vida volta à rotina.

Reencontramos o fazendeiro César Queiroz em uma das 15 fazendas que ele administra no pantanal. Agora, já podemos andar, não precisamos de barco. “Se você olhar para cima, pegou água na copa da castanheira lá em cima. Só ficou a copa das árvores”, diz. “Todas enchentes no pantanal são importantes. Todo ano, tem que encher o pantanal, porque senão ele acaba. O pantanal precisa dessa adubação natural”.

O fazendeiro explica que, conforme as águas vão baixando, o capim chamado de mimoso vai brotando. “É um dos capins que mais engorda o gado o pantanal. Essas são as áreas que agradecem a enchente”, destaca.

Em parte do pantanal, a enchente está indo embora, mas o pantanal não enche todo ao mesmo tempo. Por isso, os animais se adaptaram. Cada espécie escolhe a melhor época para se reproduzir. Agora é a época da reprodução do cervo do pantanal, justamente para quando os filhotes nascerem ter muito pasto, porque a água já secou. Eles andam sumidos. Estão na temporada de acasalamento e fogem para os campos secos.

Globo Repórter: E como está a população de cervo no pantanal? É uma espécie que continua ameaçada de extinção?
Walfrido Tomas, pesquisador da Embrapa: Ela está na lista de ameaçados em vários estados do Brasil, mas a população do pantanal está por volta de 40 mil indivíduos. E essa população tem estado estável. Isso indica que uma população protegida. Praticamente, não existe caça no pantanal, os fazendeiros protegem e não deixam nem peão caçar.

Globo Repórter: Hoje como você se sente quando vê esse pantanal preservado?
César Queiroz, fazendeiro: Como gerente de fazendas e pantaneiro, eu fico cada dia mais feliz, porque eu vejo que o pantanal é o lugar do mundo que está sendo essa beleza que dá para gerar emprego, dá para gerar imposto e dá para se preservar. É um lugar que está dando lucro para o governo, está dando lucro para o dono e está sendo preservado.

Em entrevista na última sexta-feira (27) por telefone ao jornal on-line Campo Grande News o prefeito municipal José Arthur mostrou-se preocupado com a indefinição que cerca a continuidade do funcionamento do campus da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) em Bonito, especificamente quanto á possibilidade de que sejam implantados apenas cursos á distância.

O prefeito afirmou que pretende discutir a questão com a reitora da UFMS, professora Célia Maria da Silva Oliveira.

“Nós tínhamos agenda com a reitora há mais ou menos duas semanas, mas ela precisou desmarcar. Estamos preocupados e tentando remarcar. Nós defendemos que sejam abertos aqui novos cursos, não só a distância como parece que está sendo cogitado, mas também cursos integrais, diferentes dos que estão sendo ofertados hoje. Tenho certeza que haverá demanda, não só de Bonito, mas de todos os municípios da região”, considera.

Na avaliação do prefeito, a baixa demanda pelos atuais cursos (Administração e Turismo e Meio Ambiente) se deve ao que José Arthur chamou de “saturação pela oferta anterior”, já que eram também nessas áreas (Administração Rural e Turismo) os cursos que a Iesf (Instituição de Ensino Superior da Funlec) mantinha em Bonito até 2007.

A UFMS suspendeu a oferta de vagas para os dois cursos a partir deste ano, alegando baixa demanda, apesar de o curso de Administração não ter registrado sobra de vagas no último ingresso de alunos novos, no inverno de 2010.

Atualmente cada um dos cursos tem duas turmas em andamento, num total de 143 alunos. O prédio novo, construído por meio do Reuni (Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais), foi inaugurado em novembro passado.

Com a colaboração do biólogo José Sabino, o texto "Biólogos revelam tesouros na terra das águas claras", relata a pesquisa realizada no local. Veja abaixo alguns trechos:

"Em meio a essa vasta natureza, novas relações ecológicas entre peixes foram amplamente registradas em fotografias e vídeos subaquáticos. Peixes que seguem outras espécies durante a alimentação e se beneficiam dessa relação são muito comuns nos sistemas aquáticos investigados...Peixes que limpam parasitas também mostram como esses ambientes abrigam complexas relações ecológicas...".

Sabino ressalta também a preocupação com a preservação do ambiente aquático dos rios de Bonito e região, após o município abrir, definitivamente, as portas para o turismo."Sem o conhecimento básico de ecologia aquática, havia o risco de os rios serem usados acima de sua capacidade, foi necessário gerar conhecimento científico sólido ao mesmo tempo em que os ambientes eram explorados pela crescente atividade turística".

"Ao longo dos anos, tem sido possível mostrar que, pelo menos o rio Olho D`Água, essa equação é muito bem resolvida. Não se trata de merchandising dizer que, sob a batuta genuinamente apaixonada e responsável do empresário Eduardo Coelho, uma ajustada orquestra de funcionários exibe uma verdadeira sinfonia de gestão ambiental. Em tempos de sons dolorosos emanados do Pantanal, a RPPN Fazenda Cabeceira do Prata é um exemplo a ser seguido pelos fazendeiros de Mato Grosso do Sul. Lá, ninguém desafina!".