Notícias de Bonito MS
A cidade de Bonito realizará nos dias 23, 24 e 25 de novembro (sexta-feira, sábado e domingo) próximos o 6ª Festival da Guavira. A primeira edição aconteceu em 2002, organizada pela própria comunidade - que participa ativamente da festa.
O evento deste ano promete novidades, entre elas um festival municipal de música para eleger os cinco melhores artistas, ou grupos musicais da cidade, e a realização - durante o dia - da 1ª Conferência Municipal de Cultura de Bonito. O objetivo dos debates será a elaboração de um plano municipal de cultura e a viabilização de medidas e ações necessárias para o desenvolvimento das diversas áreas de produção da cultura local.
A guavira é um fruto típico da região Centro-Oeste e nasce de uma planta arbustiva. Colhida uma vez por ano (em novembro) tem sabor adocicado e é também utilizada no preparo de geléias, doces, sucos, sorvetes, licores e cachaça.
O festival - organizado pela Prefeitura Municipal, através da Divisão de Cultura, da Secretaria de Turismo, Indústria e Comércio e do COMTUR, com apoio do Fórum Municipal de Cultura, terá entre outras atrações, locais e estaduais, apresentações musicais, teatro, danças, literatura e culinária regional, com a participação de grupos indígenas, quilombola, de escolas e projetos sociais.
O município de Bonito, ao sudoeste do Estado de Mato Grosso do Sul, possui terras férteis apropriadas para a agricultura de soja, milho e outras culturas. Durante as décadas de 70 e 80, o município bateu vários recordes no plantio dessas variedades, e só reduziu sua área plantada, devido aos planos econômicos do governo, e o inicio da era do eco-turismo que perdura até os dias atuais.
Falando à imprensa local, o engenheiro agrônomo, Egidio Peccini, disse que atualmente existem cerca de 15 mil hectares de área plantada nas variedades de soja verão. Já ouve um período que essas culturas não passavam de 10 mil hectares, e hoje graças à determinação de alguns agricultores, o município de Bonito alcançou esse número. Existem previsões de que a partir do próximo ano, ocorra um aumento significativo de área plantada, considerando o fato de que a região da Grande Dourados, deu lugar ao cultivo da cana de açúcar para a fabricação de álcool.
Embora é de se reconhecer que o município de Bonito, é extremamente sensível no seu meio ambiente, dificultando a exploração de suas terras para a atividade agrícola, mas ao mesmo tempo admitindo essa possibilidade, por já haver muita área desmatada na época do auge da agricultura no município, espera-se que os agricultores da região de Dourados, Rio Brilhante e Maracaju, migrem-se para o município de Bonito, explorando essa área que já serviu para a agricultura, ainda pelo fato de que a tecnologia está bastante avançada, facilitando a implantação de projetos modernos, sem o risco de agredir a natureza.
É do conhecimento de todos que Bonito possui um turismo diferenciado, atraindo visitantes de todos os países do mundo por suas belezas naturais, e isto é invejável por se tratar de privilégio da natureza. Porém há de se admitir que por suas características, os passeios são conhecidos como caros, causando uma certa mistificação aos observadores, que desconhecem os reais motivos do fenômeno. Dessa forma as conseqüências se tornam desfavoráveis para o futuro do município, e por isso a preocupação das autoridades e da classe empresarial da cidade, despertando o interesse em se criar novas perspectivas para o futuro.
A partir da década de 90 o município de Bonito, atingiu um período de grande progresso com a chegada do turismo, onde a agricultura se ausentou deixando um vazio que, ainda não foi ocupado por outra atividade, que pudesse substituí-la gerando renda e emprego para a população. Hoje existe uma inquietação preocupante no comércio local, quanto o futuro da cidade por não haver outra fonte de arrecadação fiscal, e a própria sobrevivência das famílias pela falta de emprego. É necessário que as autoridades se unam em torno da solução, pois pelo contrário chegarão dias que os culpados acusarão uns aos outros. O incentivo à volta da agricultura para o município, é uma questão de sobrevivência, mesmo que a área plantada não alcance os números anteriores, mas que devolva a esperança de melhores dias para a cidade.
A Polícia Militar Ambiental começa a partir da próxima segunda feira, 29 de outubro, com término no domingo, dia 4 de novembro, o Curso de Capacitação em Fiscalização Ambiental. Este curso visa melhorar a qualificação para a fiscalização ambiental dos policiais militares ambientais que vieram de outras unidades da Polícia Militar este ano. Serão 40 policiais que terão, em Campo Grande, aulas teóricas e práticas, de segunda a quinta-feira, sobre: legislação ambiental, como realizar vistorias em áreas degradadas; preservar material apreendido para perícia; fazer cubagem de madeira e carvão; preenchimentos de autos de infração, entre outras atividades.
A partir de sexta-feira (dia 2 de novembro), primeiro dia do feriado prolongado, todos os policiais serão utilizados na operação Dia de Finados, com intensificação do combate à pesca predatória. Em virtude de ser o último fim de semana com pesca aberta, espera-se um número elevado de turistas de outros estados e de Mato Grosso do Sul nos rios. A operação será desenvolvida com o intuito de evitar que as pessoas pratiquem pesca predatória. Será mantido o maior número de policiais nos rios, fiscalizando cotas e medidas dos peixes, utilização de petrechos de pesca, licença de pesca, bem como outras infrações e crimes ambientais. Um ônibus e viaturas farão o transporte dos policiais para as regiões onde os cardumes estiverem. Paralelamente, o restante do efetivo da PMA estará desenvolvendo operações em suas respectivas áreas, dando atenção especial à fiscalização fluvial.
Além da pesca, serão combatidos outros crimes e infrações ambientais, como: desmatamentos, tráfico e caça de animais silvestres, carvoarias e transporte de carvão e madeiras, atividades industriais e tudo que se constituir crime ou infração administrativa.
Cursos preparatórios aos policiais são comuns na Polícia Militar Ambiental. Na semana passada, 40 policiais fizeram curso de Pilotagem de Embarcações, ministrado pela Marinha do Brasil.
O Comando da PMA alerta as pessoas que utilizem os recursos naturais dentro do que permite a legislação, pois as penalidades administrativas e criminais são pesadas. As multas podem chegar a R$ 50 milhões e as penas criminais, a até cinco anos de reclusão.
As pessoas que irão pescar devem retirar a licença de pesca, a qual pode ser obtida no site da Semac (www.sema.ms.gov.br), ou nas agências do Branco do Brasil. A falta da licença é infração administrativa que prevê multa e apreensão dos produtos e materiais utilizados na pesca, bem como barcos e motores. Além disso, a pesca fora da cota permitida (10 kg mais um exemplar, dentro da medida permitida e cinco exemplares de piranha), fora do tamanho mínimo permitido, com petrechos proibidos (redes, tarrafas, fisga, covo, cercado, substâncias tóxicas ou explosivas, e anzóis de galho e bóias pescador amador) e em locais proibidos (200 metros acima ou abaixo de barragens, cachoeiras e corredeiras, escadas de peixes, embocadura de baía) constitui crime ambiental punível com pena de um a três anos de detenção. A pessoa é presa em flagrante, encaminhada à delegacia de Polícia Civil, podendo sair sob fiança. Também terá todo o material e produto de pesca e veículos apreendidos. Além disso, é feito um auto de infração administrativo, que prevê multa de R$ 700,00 a R$ 100 mil reais, mais R$ 10,00 por kg do pescado irregular.
Alguns rios de Mato Grosso do Sul têm pesca proibida e em outros somente é permitida a modalidade peque e solte. Portanto, quem desrespeitar, também comete crime. É proibida a pesca no rio da Prata e Formoso em Bonito; em Miranda, no rio Salobra e no córrego Azul. Pesque e solte: rio Negro, córrego Lageado, próximo à cidade de Rio Negro, até o limite oeste da fazenda Fazendinha, no município de Aquidauana, além de toda extensão dos rios perdido, Abobral e Vermelho.
Fazendo parte das programações das festividades dos 59 anos de emancipação de Bonito, a Prefeitura Municipal, através da Secretaria de Ação Social em parceria com o Projeto Na Luz de Bonito, promoveu no dia seis de outubro na Praça da Liberdade, a homenagem às famílias Pioneiras da cidade. A solenidade havia sido transferida da noite de 1º. de outubro, devido à chuva ocorrida na data.
Na oportunidade, o Projeto "valorização das famílias pioneiras de Bonito", em parceria com a Prefeitura Municipal, através da Secretaria de Ação Social, pode cumprir a programação anual, realizando o IIIº. Encontro desde sua criação. O prefeito José Arthur efetuou a abertura da solenidade, onde os adolescentes dos Programas Sociais da Prefeitura, por intermédio do Projeto Arte para Todos, fez a encenação com a bandeira de São Pedro, e o Coral realizou belíssimas interpretações musicais, abrilhantando a importante e festiva data.
As homenagens do IIIº. Encontro das Famílias Pioneiras de Bonito, foram dadas às seguintes personalidades: Isaltina Menezes Farias, Nadir Ancel Alves, Clementina Casanova de Andrade, Theodorico de Góes Falcão, Frederico Muller, Jurimá Ferreira de Jesus, Marcondes Assis, Teodora Odete Soares de Figueiredo e Osterno Prado. O senhor Adão de Lima, fez uma homenagem pública à sua família, declamando uma emocionante poesia.
Erondina Mancoelho Peralta, que é uma das organizadoras do Projeto, leu uma mensagem relatando as finalidades do mesmo, onde dizia que a sua criação deu-se com o objetivo de valorizar os primeiros fundadores de Bonito. Considerando por ser justa a ação de reconhecer a bravura dessas pessoas, num período da história onde as dificuldades eram enormes, mas graças à essas famílias, hoje a cidade de Bonito desfruta de um nome famoso, não só pelas inúmeras belezas naturais deixadas pelo Criador, mas também pelo heroísmo dos primeiros bonitenses. Pensando assim, nasceu o Projeto a Valorização das Famílias Pioneiras de Bonito. Finalizando, o relatório, disse que essas famílias são as pedras preciosas de Bonito. Erondina Peralta, aproveitou para agradecer a Prefeitura Municipal, que através da Secretaria de Ação Social, liderada pela primeira dama, Izabel de Figueiredo, tornou-se na grande responsável pelo evento deste ano, onde desde o Cerimonial, o pessoal de apoio e toda a estrutura foi disponibilizada.
O prefeito José Arthur disse que nessa data se sentia muito feliz, em poder compartilhar da alegria dos homenageados, e agradeceu a organização formada por Patrícia Gresler, Edméia Pinheiro, Fátima Prado, Ilda Lima e Erondina Peralta, pois foi graças à iniciativa dessas valorosas mulheres, que nasceu o Projeto que visa valorizar as famílias pioneiras da nossa querida Bonito. Este ano nós decidimos incluir as homenagens na programação do aniversário da cidade, pois trata-se de uma ação merecedora dos nossos aplausos. As pessoas hoje homenageadas, são apenas algumas das centenas que são merecedoras dos nossos reconhecimentos, pois entendemos que essas homenagens não levam o verdadeiro significado da honradez que elas representam para nós. Mas pelo menos nós pudemos transmitir um pouco dos nossos sentimentos de gratidão à essas famílias, assinalou.
A comunidade de Bonito, distante 247 quilômetros de Campo Grande, promove entre os dias 23 e 25 de novembro a 6ª edição do Festival da Guavira.
Durante o evento devem acontecer apresentações musicais e a 1ª Conferência Municipal de Cultura de Bonito. Nos dias do festival serão apresentados, ainda, espetáculos de teatro, dança e literatura. A culinária regional também será destaque.
O fazendeiro Luiz Lemos de Souza Brito, dono da Fazenda América e denunciado à Justiça por ter fechado com cascalho um braço do Rio Formoso, o principal de Bonito, firmou um termo de ajustamento de conduta com o promotor de Justiça Luciano Loubet para reparar e compensar o dano ambiental.
Ele se comprometeu em doar, no prazo de 100 dias, 400 hectares de sua propriedade para a União incorporar ao Parque da Serra da Bodoquena como compensação pelo que fez no Formoso. O fazendeiro ainda vai criar uma RPPN (Reserva Particular de Proteção Natural) de 650 hectares.
O TAC tem uma série de obrigações para o proprietário rural. Com a assinatura do termo, ele consegue o trancamento da ação civil pelo Ministério Público, mas não se livra de ação penal pelo crime ambiental. O fazendeiro ainda foi multado pela PMA (Polícia Militar Ambiental), punição que também não pode ser extinta com o acordo.
Entre as obrigações firmadas estão a criação de área de reserva legal, o cercamento das margens do rio, plantio de mudas em área sem vegetação, restrição de atividades perto da área do Formoso, sendo permitidos ecoturismo, apicultura e pecuária (porém os animais não podem ter acesso às margens do curso d'água).
O proprietário rural ainda deverá retirar açudes que mantém para decantação para pocilga, o que deve ocorrer em seis meses, assim como a retirada de uma estrada ao longo do canal de captação de água do Formoso.
Se Brito descumprir o que foi pactuado, ele terá multa de mil Uferms, além de pagar multa diária de 10 Uferms por dia de atraso no cumprimento das obrigações.
A obstrução de um braço do rio foi descoberta porque uma cachoeira que passa em outra fazenda secou e ainda houve morte de peixes. Equipes vinham retirando o cascalho do Formoso de forma manual, porém uma máquina passou a ser utilizada e nos próximos dias o braço do rio já estar desobstruído.
Uma pesquisa que avalia a influência do pulso de inundação do rio Paraguai sobre a riqueza, diversidade e abundância dos peixes que vivem na Baía do Tuiuiú fez nos dias 16, 17 e 18 de outubro sua 15ª e última coleta de material. O trabalho começou em abril de 2005 e vem sendo realizado no Pantanal sul-mato-grossense pela pesquisadora Emiko Resende, da Embrapa Pantanal, e no Pantanal do Mato Grosso pela professora Carolina Joana da Silva, da Unemat (Universidade Estadual do Mato Grosso).
Emiko Resende coletou peixes, água e plantas aquáticas de ambientes inundáveis na baía, que é um braço do rio Paraguai. Ela quer descobrir como o pulso de inundação influencia na reprodução e na alimentação dos peixes. "Vamos avaliar, por exemplo, qual a função dos camalotes nessas áreas", afirmou a pesquisadora.
Camalote é vegetação aquática que se desenvolve nos ambientes alagados dessas áreas inundáveis.
O projeto é financiado pelo CPP (Centro de Pesquisa do Pantanal) e MCT (Ministério da Ciência e Tecnologia) e os resultados devem ser entregues até agosto de 2008. As coletas foram feitas a cada dois meses em seis pontos da baía. A pesquisadora utiliza diferentes técnicas de coleta de material.
Para pegar peixes no leito do rio ela usou rede de espera e tarrafas pequena e grande. Peixes menores foram coletados com o uso de uma tela passada sob os camalotes. Todas as espécies capturadas serão contadas e avaliadas, mesmo as que medem menos de 1 cm.
Amostras de água dos seis pontos de estudo foram armazenadas em recipientes e levadas ao laboratório da Embrapa Pantanal (unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA). Emiko também mediu a temperatura, a transparência, o pH, a condutividade e o oxigênio da água. O trabalho foi acompanhado pelos funcionários Sidnei José Benício e Waldomiro de Lima e Silva (da Sema, cedido à Embrapa Pantanal).
Camalotes foram coletados em todos os pontos para a avaliação da presença de microorganismos em suas raízes. Desse modo, a pesquisa vai revelar como funciona a cadeia alimentar nesses ambientes. Os estômagos dos peixes estão sendo avaliados para mostrar detalhes de sua alimentação.
Emiko Resende disse suspeitar que a frente da cheia influi na reprodução dos peixes, principalmente de espécies não migradoras, como a piranha. No Pantanal norte a reprodução acontece no início do ano, quando o rio está cheio. No Pantanal sul, os peixes se reproduzem entre abril e maio, quando o nível do rio sobe.