imagem do onda

Notícias de Bonito MS

Propostas de ações para recuperação do baixo e médio curso do rio Taquari serão apresentadas no próximo dia 13 de novembro ao Governo do Estado por uma comissão integrada por representantes da Prefeitura de Corumbá, Administração da Hidrovia do Rio Paraguai (Ahipar), Embrapa Pantanal, Sindicato Rural de Corumbá e Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - Campus Pantanal. O encontro será realizado no Sindicato Rural de Corumbá, a partir das 20h.

Segundo o secretário-executivo de Meio Ambiente de Corumbá, Ricardo Eboli, integrante da comissão, estão sendo analisadas as possíveis intervenções, principalmente na calha do rio e mata ciliar do Taquari, além da promoção e manutenção da capacidade produtiva da região.

"São propostas concretas para revitalização do médio e baixo Taquari, garantindo sua navegabilidade, recuperação da mata ciliar e fomento da atividade produtiva e econômica sustentáveis da bacia, desenvolvida pelos moradores da região", afirmou.

As propostas serão apresentadas aos representantes do Governo Estadual para que ele se torne parceiro de Corumbá na elaboração de um projeto definitivo de intervenção na bacia. Também devem participar do encontro o secretário de Meio Ambiente, das Cidades, do Planejamento, da Ciência e da Tecnologia, Carlos Alberto Menezes; superintendente de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Roberto Ricardo Machado Gonçalves, além do superintendente das Cidades, Sérgio Yonamine.

A intenção dos integrantes da comissão é, a partir da adesão do Governo do Estado e também da bancada federal sul-mato-grossense, apresentar o projeto à comissão interministerial criada pelo presidente Lula, que está tratando das questões relacionadas ao Taquari.

A situação tem preocupado o prefeito Ruiter Cunha de Oliveira, que já orientou sua equipe ligada à pasta de Desenvolvimento Sustentável, para, junto com organismos da região, definir estratégias capazes de solucionar o sério problema ambiental, social e econômico causado pelo assoreamento do Taquari.

Para o prefeito, o quadro atual justifica um esforço concentrado, com a participação de toda a sociedade, para minimizar e reverter a atual situação. Ruiter esteve na região na ultima terça-feira (6) e, na viagem de avião, observou atentamente o problema causado pelo assoreamento, que refletiu diretamente na comunidade ribeirinha.

Segundo Ruiter, todos os segmentos de pesquisa, extensão rural e agropecuário; órgãos ambientais das três esferas de governo; proprietários rurais; pescadores, entre outros, devem definir conjuntamente ações imediatas não só de recuperação, mas também de manutenção da bacia hidrográfica do Taquari.

Desde o dia 05, a equipe do GEF Rio Formoso está reunida para avaliar os trabalhos já desenvolvidos pelo Projeto no município de Bonito. Durante o encontro também será traçado o plano de ações a ser executado em 2008.

Na segunda-feira a representante do Banco Mundial, Judith Lisanski se reuniu em Campo Grande com o coordenador geral do GEF Rio Formoso, Heitor Coutinho e com representantes das instituições parceiras do Projeto para fazer um balanço das ações executadas durante o ano de 2007

Desde terça-feira a equipe do GEF Rio Formoso se encontra em Bonito, onde participa da I Reunião Técnica do Projeto intitulado "Rio Formoso: Manejo Integrado da Bacia Hidrográfica e Proteção da Biodiversidade". Durante o encontro que acontece no Hotel Pousada Águas de Bonito, os coordenadores de cada um dos três componentes do Projeto mostram os resultados dos trabalhos que estão sendo desenvolvidos ao longo deste ano.

Hoje, após um debate serão feitos os encaminhamentos visando à elaboração do Plano de Orçamento Anual (POA 2008).

De acordo com o coordenador geral do GEF Rio Formoso, Heitor Coutinho a Reunião Técnica é uma oportunidade de reunir os principais técnicos executores, assim como membros da comunidade direta ou indiretamente afetados pelo Projeto, e nivelar a todos quanto às atividades em desenvolvimento, propiciando debates sobre metodologias empregadas no projeto e apontar correções de rumo porventura necessárias para que as metas sejam atingidas. "As informações coletadas no evento serão de grande importância para o planejamento das ações no próximo ano", comenta Heitor.

Para finalizar a programação, no dia 9 de novembro o Comitê Deliberativo do Projeto se reúne para tratar de várias questões, entre elas a apresentação dos novos integrantes do CDP e a estratégia de formulação do POA para 2008.

Informações sobre o projeto- O GEF Rio Formoso foi iniciado oficialmente em 2005 e atua para a conservação da biodiversidade da Bacia hidrográfica do Rio Formoso, por meio do manejo sustentável do solo e da água.

Com as ações do Projeto serão criadas alternativas sustentáveis para o desenvolvimento das atividades econômicas do município (agropecuária e turismo), com a participação direta da comunidade sem degradar o meio ambiente e visando sempre a sua recuperação.
O Projeto financiado pelo Banco Mundial é coordenado pela Embrapa Solos (Rio de Janeiro) e conta com a participação das unidades Gado de Corte (Campo Grande - MS), Agropecuária Oeste (Dourados - MS) e Pantanal (Corumbá - MS). Também são executoras do projeto a Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer), Secretaria de Estado de Meio Ambiente das Cidades, do Planejamento, da Ciência e Tecnologia (Semac), Conservação Internacional (CI Brasil) e Fundação Cândido Rondon (FCR).

O Projeto possui ainda outros colaboradores e co-executores importantes como a Prefeitura Municipal de Bonito, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, o Instituto das Águas da Serra da Bodoquena (IASB), Instituto de Ensino Superior da Funlec (IESF) e apoio técnico e institucional do Ibama.

A Embratur (Empresa Brasileira de Turismo) aprovou um projeto para a projeção internacional do eco-turismo de Campo Grande, como informou nesta terça-feira (dia 6) o secretário municipal de Campo Grande de Fomento ao Agronegócio, Indústria, Comércio, Turismo, Ciência e Tecnologia, Rodolfo Vaz de Carvalho.

"O projeto foi viabilizado numa parceria com o Estado de Pernambuco, divulgando as praias do Nordeste e o Eco-Turismo do Centro-Oeste, capitaneado por Campo Grande", disse Rodolfo Vaz de Carvalho, destacando que a Embratur deverá investir recursos na ordem de R$ 1,5 milhão no trabalho de divulgação e projeção do eco-turismo campo-grandense.

"O primeiro trabalho deste projeto acontece agora no período de 11 a 15 deste mês durante a WTM, uma feira internacional de turismo que será realizada em Londres, na Inglaterra", disse o secretário municipal.

Três técnicos da Fundação de Turismo (Fundtur) vão promover Mato Grosso do Sul na World Travel Market (WTM) em Londres, Inglaterra, com um módulo dentro do estande da Embratur. Um decreto publicado ontem (6) no Diário Oficial autoriza os servidores a se ausentarem do País.

A participação do Estado visa fomentar e consolidar a venda do destino Mato Grosso do Sul, proporcionar melhores alternativas para a conquista de novos clientes no exterior, bem como estreitar relacionamento com os países presentes. A finalidade é promover e divulgar as riquezas de nosso Estado, como Pantanal, Bonito - Serra da Bodoquena e Campo Grande (roteiros priorizados pelo Ministério do Turismo), incentivando a comercialização de seus produtos turísticos para a promoção do desenvolvimento sustentável. É uma excelente oportunidade de promoção/divulgação institucional e reforço de contatos empresariais entre diversos setores.

A World Travel Market (WTM) acontece de 12 a 15 de novembro e é uma das maiores feiras internacionais de turismo do mundo. A WTM é um evento anual que oferece oportunidade a toda a indústria profissional do turismo mundial de se reunir, estabelecer contatos, negociar e estar por dentro das últimas tendências do turismo.

O prazo de inscrição para o Vestibular 2008 do Iesf (Instituto de Ensino Superior da Funlec) termina no dia 23 de novembro. A ficha deve ser preenchida através da página da Funlec no link do Vestibular 2008. Já as provas serão dia 24 de novembro, das 14h até as 18h30, conforme edital publicado.

Serão oferecidos seis cursos: secretariado executivo bilíngüe, turismo, educação física, pedagogia, biblioteconomia e artes visuais. Em Bonito serão os cursos de turismo e administração. O vestibular será válido para Campo Grande e Bonito.

Por: Aldalgiza Inês Campolin, Alberto Feiden, Fábio Galvani

A Embrapa Pantanal constrói sua história pautada no desenvolvimento sustentável da Região. A noção de sustentabilidade remete ao conceito de interação entre todos os elementos da natureza. Quando observamos os animais, as florestas, os solos, a água e o ar, percebemos que eles não são elementos isolados, pelo contrário, trabalham juntos para garantir a conservação da vida no planeta.

O ser humano também pertence ao reino animal. No entanto, o que diferencia o homem dos outros animais é sua capacidade de pensar e de intervir na natureza. Quando as ações humanas são incorretas, a natureza toda sofre as conseqüências ocorrendo vendavais, erosão do solo, assoreamento de rios, enchentes, desequilíbrio climático, extinção de animais e plantas, escassez de água potável e aparecimento de doenças.

Isso traz sérios riscos a todas as formas de vida e contribui para o aumento da pobreza e todos os problemas sociais que ela acarreta. A degradação ambiental implica também na degradação das condições de vida de grande parte da população, principalmente das pessoas com menor poder aquisitivo. Portanto, preservar os recursos naturais significa garantir a continuidade da vida e o equilíbrio entre o ar, a água, o solo, a floresta, os animais, incluindo o ser humano.

O ar é indispensável para todas as espécies, mas a poluição por partículas e gases, causada pela emissão de fumaça das indústrias e dos automóveis prejudicam sua qualidade. Na região do Pantanal, a principal fonte de poluição do ar são as queimadas utilizadas após o desmatamento, manejo de pastagens nativas e agricultura. Além de poluir o ar, as queimadas reduzem a quantidade de matéria orgânica do solo, prejudicando sua fertilidade. O desmatamento indiscriminado afeta as características físicas, químicas e microbiológicas dos solos, prejudica a flora e a fauna, pois destrói a floresta e aumenta o aquecimento do planeta. É importante lembrar que a floresta funciona como um filtro para a purificação do ar.

O planeta terra possui 70% de água dos quais, aproximadamente, 97% são água salgada e apenas 3% são água doce. Destes, 2% se encontram nas geleiras. Assim, a quantidade de água doce de fácil acesso para consumo humano está em torno de 0,03% apenas. A água é essencial para a sobrevivência de todos os seres vivos. No entanto, as reservas de água potável no mundo todo estão diminuindo e muitas pessoas já sofrem com a escassez de água. A diminuição de reservas de água está associada ao aumento exagerado do consumo, desperdício e contaminação das águas superficiais e subterrâneas por esgotos domésticos e resíduos tóxicos gerados pelas indústrias e pela agricultura.

O solo é outro elemento da natureza indispensável aos seres vivos, tanto animais como vegetais. No solo se produz alimentação para animais e plantas, além de servir de abrigo para vários animais. Os solos não são iguais. Alguns são solos bons para agricultura, como os solos argilosos, profundos, ricos em matéria orgânica, que armazenam muita água e são menos sujeitos ao desgaste pela chuva (erosão). Outros solos são arenosos, fortemente sujeitos à erosão. Cada tipo de solo tem aptidão diferente, e o uso inadequado causa sua degradação e a recuperação é muito lenta e onerosa. Para manter as qualidades dos solos é necessário evitar as queimadas, a monocultura (cultivo de uma só espécie), o uso excessivo de máquinas para preparo do solo e o uso indiscriminado de agrotóxicos. Estruturas como lixões poluem o solo. Por isso devem ser substituídas por aterros sanitários que impedem a contaminação do solo e do lençol freático pelo chorume. O descuido com o solo causa prejuízos ao ar, à água, aos animais, à flora, à fauna e aos seres humanos.

A flora, conjunto de espécies vegetais de uma determinada região, é também essencial para a manutenção da vida, servindo de alimento e abrigo para seres humanos e animais. São as florestas que absorvem o gás carbônico e liberam o oxigênio, indispensáveis à vida na terra. Da flora vem a matéria-prima para lenha, remédios, tintas, vernizes, madeira para móveis, casas, navios, instrumentos musicais, celulose para fabricação de papel e de embalagens, entre outros benefícios. A mata ciliar, que cresce nas margens dos rios, forma uma barreira de árvores para impedir que materiais como adubos, agrotóxicos e lixo contaminem a água dos rios.

A fauna é o conjunto de animais de uma região, que ajudam na formação de florestas a partir da polinização e da dispersão de sementes. A extinção de algumas espécies provoca desequilíbrio, como por exemplo, o desaparecimento de espécies que causam ou evitam aumento na população de insetos. Algumas ações podem contribuir para a preservação da fauna como denunciar tráfico e maus tratos de animais, não comprar animais silvestres, cumprir a lei que proíbe a caça e a pesca sem autorização.

A integração do ser humano com a natureza é tão importante quanto a integração dos seres humanos entre si. Quando entendemos que somos parte e não proprietários da natureza, iniciamos a caminhada rumo a um mundo mais justo e sustentável.

Aldalgiza Ines Campolin (alda@cpap.embrapa.br) é Pedagoga, Mestre em Educação. Alberto Feiden (feiden@cpap.embrapa.br) é Engenheiro Agrônomo, Dr. em Ciência do Solo. Fábio Galvani (fgalvani@cpap.embrapa.br) é Químico Dr. em Ciências e Engenharia de Materiais, são pesquisadores da Embrapa Pantanal.

Com o início da proibição da pesca por conta da piracema, muitos empresários de turismo, têm que parar seus barcos para manutenção ou então mudam de turismo de pesca para turismo contemplativo ou ecológico. Ernesto Vieira Neto, guia de turismo de uma empresa de passeios de barcos diários, afirma que nessa época do ano são oferecidos pacotes ecológicos para os turistas.

"Com a chegada da Piracema, nós mudamos a nossa maneira de trabalho começamos com um City-tour pela cidade, onde procuro mostrar e contar um pouco da história local, para que eles saiam daqui conhecendo o município. Depois eles fazem um passeio de barco onde contemplam as belezas que o Pantanal lhes oferece. Realizamos também um passeio terrestre pela estrada parque e terminamos com uma visita a cidade vizinha para compras", afirmou ao Corumbá On Line Ernesto que tenta fazer um diferencial para atrair os turistas durante a piracema.

Segundo Lincoln Kobaiassi, que cuida da parte de pesca da mesma empresa, diz que o fluxo de turistas é maior durante a época de junho á agosto, já em novembro e dezembro, há uma queda, devido à época do Natal onde as pessoas procuram estar com suas famílias.

Já para o empresário Geraldo dos Santos Veríssimo Junior, que é proprietário de uma empresa de barcos hotéis há 20 anos, diz que nessa época realiza o conserto dos barcos. "Como temos que estar fazendo sempre uma revisão nos barcos, aproveito a época da Piracema para fazer todas as reformas que são necessárias. Sendo que de dois em dois anos tenho que fazer a vistoria a seco, o que me toma mais tempo, pois o barco tem que ser retirado da água para ganhar pintura nova e para serem checados todos os itens que a Anvisa e a Marinha pede".

Quando perguntado sobre o movimento de turistas na alta temporada, Geraldo disse que o movimento desse ano foi bom, poderia ter sido melhor, mas as queimadas desse ano atrapalharam um pouco, "temos uma boa estrutura na parte dos barcos, mas de que adianta se os turistas que vieram esse ano, vão levar uma imagem feia do pantanal, pois lá pra cima as queimadas acabaram com boa parte da vegetação".

"O Pantanal é único e tem que ser usado de forma consciente, só que isso não vem acontecendo, porque com a chegada dessas ONGs e da criação de parques ecológicos, os barcos são obrigados a ficarem todos reunidos em um espaço muito pequeno, tornando essa área mais propícia à degradação", disse ao Corumbá On Line Geraldo, ao falar das áreas de preservação ambiental.

O defeso começou ontem e vai até o dia 29 de fevereiro, já a modalidade pesque e solte será permitida entre os dias 01 de janeiro a 29 de fevereiro.