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Notícias de Bonito MS

O governo do Estado de Mato Grosso do Sul, através da Fundação de Turismo de MS (Fundtur), em ação conjunta com o trade turístico e empresários do Estado, estão concentrando esforços para a captação de vôos nacionais e internacionais para o aeroporto de Bonito.

Segundo a diretora-presidente da Fundtur, a intenção é vender Bonito e o Pantanal no mesmo pacote, além de consolidar o município como pólo do turismo empresarial e de eventos no Centro-Oeste.

"Queremos atrair ao Estado não só o turismo de lazer, mas também o turismo de eventos", declarou, lembrando que o Centro de Convenções de Bonito tem toda a infra-estrutura necessária para sediar eventos nacionais e internacionais.

A diretora-presidente lembra que Bonito, mesmo distante 300 quilômetros do aeroporto mais próximo, foi eleita pela 7ª vez consecutiva, pela principal revista especializada em turismo do Brasil, como o melhor destino do eco-turismo no Brasil, à frente do Pantanal, que ocupou o segundo lugar. Este desempenho, somado ao início das operações do aeroporto, traz a possibilidade de venda dos dois destinos no mesmo pacote.

"Esta venda casada tem despertado o interesse das principais operadoras do Brasil e também das companhias aéreas", revelou, lembrando que Bonito está sendo trabalhado no mercado interno e internacional, com esforços de promoção na América do Sul, Europa e Brasil.

Nilde acredita que com a conclusão das obras e efetivação dos vôos, o município e a região, passem a vender todas suas potencialidades. E neste esforço, tanto o governo, como empresários e trade turístico, estão unidos. "Todos tem participado efetivamente neste processo, buscando parcerias e dando sua contribuição para que estes projetos sejam viáveis", conclui.

O IASB - Instituto das Águas da Serra da Bodoquena - Organização não Governamental instalada em Bonito desde 1999, deu inicio ao Projeto Plante Bonito, com as parcerias da Prefeitura Municipal de Bonito (Secretaria Municipal de Meio Ambiente), IBAMA e ATRATUR.

No último dia 29, aconteceu às margens do Córrego Restinga, na área urbana de Bonito, o plantio de 100 mudas de árvores de espécies da região, como: embaúba, aroeira, angico vermelho, amendoim, peroba rosa, ipê, tarumã, canafístola, ingá e chico magro. O Projeto visa melhorar a qualidade ambiental das áreas degradadas (matas ciliares de rios e córregos). Essas ações são importantes para a proteção dos solos, rios, matas e a biodiversidade de Bonito e região, explica o presidente do IASB, Eduardo Coelho.

A escolha dos locais a serem beneficiados prioriza as margens, nascentes de rios e córregos de grande relevância sócio-ambiental, áreas a serem recuperadas em reservas particulares do patrimônio natural (RPPN) e áreas de reserva legal localizadas na região do Parque da Serra da Bodoquena. As mudas plantadas serão monitoradas pelos técnicos do IASB a agentes locais por um período de dois anos, tempo que demora até que as mudas sejam auto-suficientes. As que morrerem serão replantadas. Após este período será realizado um monitoramento periódico por mais três anos.

Alguns objetivos levam o projeto a direcionar a qualidade ambiental das áreas escolhidas, como motivar a sociedade civil para participar dos projetos, incentivar o setor privado a investir em ações ambientais, colaborar no sentido de preservar as águas cristalinas do município e região, e outros. A participação no projeto é livre, podendo participar como parceiros empresas, moradores locais, visitantes, proprietários rurais, etc.

A ação realizada no dia 29 de novembro, localizado à margem direita do Córrego Restinga, de propriedade da família Bigaton, foi patrocinada pela empresa Hotel e Agencia Águas de Bonito, e contou com as presenças de representantes dos parceiros envolvidos no Projeto.

Desde o dia 27, a equipe de Educação Ambiental do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), ligada ao Projeto GEF Rio Formoso, está percorrendo o município de Bonito fazendo um levantamento de projetos, ações e programas de educação ambiental desenvolvidos na cidade. As visitas estão sendo realizadas em instituições públicas, ongs, associações de classe e agências de turismo.

Este trabalho tem a finalidade de orientar ações, detectar atividades sustentáveis de educação ambiental, listar especialistas e pessoas que atuem na área, além de identificar quais são as instituições proponentes e seus campos de atuação.

De acordo com a arte educadora ambiental, Auristela Santos, antes de se construir uma ação de educação ambiental é necessário fazer um trabalho de abordagem junto com a comunidade, levando em conta os conhecimentos e a opinião de cada pessoa. "Quando você tem um pré-diagnóstico a ação tem menos risco de erro", comenta Auristela.

Durante a visita a equipe percebeu que em Bonito existem diversas ações de educação ambiental, porém nem todas estão inseridas dentro de um programa. Os resultados do levantamento dentre outras informações obtidas na etapa de diagnóstico serão publicados em uma revista que será distribuída no município.

Informações sobre o projeto- O GEF Rio Formoso foi iniciado oficialmente em 2005 e atua para a conservação da biodiversidade da Bacia hidrográfica do Rio Formoso, por meio do manejo sustentável do solo e da água.

Com as ações do Projeto serão criadas alternativas sustentáveis para o desenvolvimento das atividades econômicas do município (agropecuária e turismo), com a participação direta da comunidade sem degradar o meio ambiente e visando sempre a sua recuperação.

O Projeto financiado pelo Banco Mundial é coordenado pela Embrapa Solos (Rio de Janeiro) e conta com a participação das unidades Gado de Corte (Campo Grande - MS), Agropecuária Oeste (Dourados - MS) e Pantanal (Corumbá - MS). Também são executoras do projeto a Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer), Secretaria de Estado de Meio Ambiente das Cidades, do Planejamento, da Ciência e Tecnologia (Semac), Conservação Internacional (CI Brasil) e Fundação Cândido Rondon (FCR).

O Projeto possui ainda outros colaboradores e co-executores importantes como a Prefeitura Municipal de Bonito, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, o Instituto das Águas da Serra da Bodoquena (IASB), Instituto de Ensino Superior da Funlec (IESF) e apoio técnico e institucional do Ibama.

Operação realizada esta semana pelo Ibama, Polícia Federal, Ministério Público do Trabalho e DRT (Delegacia Regional do Trabalho) constatou que um temor antecipado pelos ambientalistas há mais de um ano se concretizou: a instalação de carvoarias em pleno Pantanal e, mais grave ainda, em uma área indígena, a reserva Cadiuéu, para fornecer material à MMX, empresa do ramo siderúrgico inaugurada este ano em Corumbá.

Quarenta fornos foram encontrados no local, na fazenda Nabileque, cujo propripetário disputa na Justiça a posse da área, demarcada como indígena, conforme o Campo Grande News apurou. Também foram aprendidas 12 motosserras e constatado o desmatamento de 900 hectares, ainda de acordo com a apuração. Haveria uma autorização para a atividade, em âmbito estadual, que para o Ibama não tem validade, pois em terra indígena não pode haver este tipo de manejo.

As equipes responsáveis pela operação, denominada Ouro Negro, aplicaram multa ao dono da área e também ao responsável pela carvoaria, além de apreender o material encontrado. O flagrante mais recente foi feito anteontem, embora o trabalho de investigação tenha começado em 2006, após denúncias dos índios que vivem na região de que estavia havendo a retirada de vegetação.

Localizada próximo à entrada da Serrada da Bodoquena, a área em desmatamento fica num trecho cuja preservação é considerada de extrema importância, por se tratar de um fragmento florestal de transição, com espécies da Mata Atlância, do Cerrado e do Pantanal.

Acordo descumprido - Além das irregularidades ambientais flagradas, a existência da carvoaria também indica que a MMX pode estar descumprindo o acordo firmado com o MPE (Ministério Público Estadual) no ano passado, segundo o qual a unidade de Corumbá não usaria carvão proveniente de novos desmatamentos, tampouco da vegetação pantaneira e de municípios que ficam na região da Serra da Bodoquena.

Conforme o Campo Grande News apurou a atividade ilegal foi confirmada por perícia da Polícia Federal. O resultado da fiscalização foi comunicado ao MPE e também ao MPF (Ministério Público Federal), que havia movido ação na justiça federal em que manifestava preocupação com a origem do carvão vegetal que seria usado pela MMX.

No processo, o MPF tentou derrubar o licenciamento ambiental conseguido na esfera estadual pela MMX para a operação da unidade em Corumbá, que por enquanto produz ferro-gusa, e planeja produzir aço no futuro. O pedido foi negado e o caso hoje tramita no STF (Supremo Tribunal Federal).

Apesar de não estar fechado, o orçamento do Ministério do Turismo para 2008 será recorde. Segundo Airton Pereira, secretário nacional de Políticas de Turismo os números das emendar parlamentares individuais e de bancada já garantem recursos superiores a R$1,5 bilhão para o setor.

"Apenas em emendas parlamentares individuais já temos assegurado R$700 milhões, enquanto o valor das emendas de bancada já chegou a R$6 bilhões mas deve sofrer reduções. De qualquer maneira vamos superar a marca de R$1,5 bilhão para o nosso setor, o que é muito bom, pois traduz um reconhecimento do congresso em relação a importância do nosso segmento".

O mexilhão dourado, uma espécie exótica do molusco que acredita-se que chegou ao Brasil e ao Pantanal por navios vindos da Ásia, está se expandindo em rios da região. Foi constatada a presença na baia Uberaba, conectada ao rio Paraguai, e no rio Cuiabá, próximo à foz no rio Paraguai. Já havia sido identificada a presença antes nos rios Apa e Miranda.

"A baía Uberaba apresenta maior densidade com uma população instalada e relevante. A foz do rio Cuiabá, próximo ao Parque Nacional do Pantanal, por sua vez, tem uma densidade mais baixa, com uma população em início de colonização", explica Márcia Divina de Oliveira, pesquisadora do Programa para Controle do Mexilhão Dourado, da Embrapa Pantanal.

A pesquisadora acredita que os dados comprovam que a presença do molusco é permanente no Rio Paraguai. O mexilhão causa danos nas embarcações, uma vez que se fixa nos cascos, e também nas telas de tanques-redes usados na piscicultura, além do prejuízo ambiental. Márcia explica que há ameaça à integridade do ecossistema aquático da região, por ocupar espaço e ainda colonizar as conchas de espécies nativas da região, interferindo na biodiversidade aquática. Ele interfere ainda em comunidades de peixes e algas.

Há quem defenda uso de tintas antiincrustantes nas embarcações como forma de impedir a dispersão do molusco. A pesquisadora da Embrapara defende a adoção de medidas preventivas de quem se vale da navegação. "É preciso que as pessoas envolvidas com as atividades de navegação local, realizadas pelo turismo de pesca, pesca profissional, comércio entre as populações ribeirinhas e transporte de gado se conscientizem da importância de adotar as estratégias de contenção".

A queda do dólar, o caos aéreo e ainda a quebra da Varig são os três motivos que fazem de 2007 o pior ano da história do turismo receptivo do Brasil, segundo Roberto Dultra, presidente da Associação Brasileiro de Turismo Receptivo (Bito).

Para o dirigente, o tripé é responsável principal pelo cancelamento de diversos grupos que já tinham agendados visitas ao Brasil. "Tivemos um ano terrível. 2007 começou prometendo e vai acabar devendo", disse.

Dultra enxerga uma saída no fim do túnel e prevê um 2008 bem diferente deste ano atual, ainda mais com a volta da Varig no cenário internacional e com o dólar caminhando para se tornar estável:

"A Varig voltando a voar é uma excelente notícia. Em relação ao dólar esperamos encontrar um caminho e com o caos aéreo o governo, depois de duas quedas, está se empenhando para melhorar a atual situação", disse Dultra.