Notícias de Bonito MS
A Ministra de Turismo, Marta Suplicy, estará em Bonito, a 247 quilômetros de Campo Grande, no dia 15 de janeiro, terça-feira próxima. Ele chega às 11 horas e às 19 horas segue para Cuiabá (MT). Os integrantes do trade do município e região vão aproveitar a oportunidade para apresentar as demandas para o desenvolvimento da atividade, segundo o secretário de Turismo de Bonito, Augusto Barbosa Mariano. O governador André Puccinelli, afirma, estará presente à reunião.
"Ela vai ouvir reivindicações da presidente do Fórum Estadual de Turismo e da Federação de Conventions Bureaux do Estado, além de um representante da Assembléia", afirma o secretário. Os prefeitos da região terão uma reunião de trabalho com a ministra, no Centro de Convenções, onde vão discutir as necessidades da região de Bonito, Serra da Bodoquena e Pantanal.
"A principal necessidade da região é o asfalto ligando Bonito a Bodoquena, a interligação mais próxima do Pantanal", diz. São 75 quilômetros que, segundo o secretário, estão previstos no Prodetur Sul. Além disso, outras demandas são a sinalização turística, produção de material promocional para divulgação e na infra-estrutura obras de drenagem, acrescenta o secretário.
O ano começa com boa notícia para o setor hoteleiro. Foi publicada a Medida Provisória nº 413 (na quinta-feira, dia 3). A MP prevê aceleração na depreciação de bens de consumo. Com isso, os hotéis vão pagar menos Imposto de Renda. A ação resulta do trabalho realizado em conjunto pelos Ministérios do Turismo e Fazenda. A ministra do Turismo, Marta Suplicy, levou ao ministro Guido Mantega (Fazenda), no ano passado, as reivindicações do setor hoteleiro para enfrentamento de problemas decorrentes da desvalorização do dólar diante do real. Foi formalizado, então, um grupo de trabalho que estudou e apresentou ao ministro Mantega propostas para desoneração do setor hoteleiro no Brasil. A primeira medida prática é formalizada pela MP 413. Mais ações deverão ser estabelecidas ainda no primeiro semestre.
A depreciação é um conceito que consta dos balanços das empresas e que conta para o cálculo final do Imposto de Renda do empreendimento, pois interfere na contabilização do lucro. Com a aceleração do tempo de depreciação, como se prevê agora pela MP 413, o lucro das empresas cai, contabilmente, e elas pagam menos IR.
O conhecimento tradicional do homem pantaneiro é transmitido de geração para geração há pelo menos 200 anos. Na fazenda Nhumirim, da Embrapa Pantanal, em Corumbá (MS), os peões se orgulham de produzir boa parte do material que utilizam na lida com animais. E eles estão repassando a técnica aos peões mais novos e às crianças que estudam na escola da fazenda.
Márcio da Silva, que trabalha desde 1979 na Embrapa Pantanal (Corumbá-MS), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, diz que os peões confeccionam laços, rédeas, peiteiras, cabeça de carona (couro usado por baixo do baixeiro), chicotes e outras peças de montaria.
O trabalho artesanal é feito nas horas de folga, principalmente aos domingos, de forma improvisada. Não existe uma oficina própria para a confecção.
"Aprendi com o tempo, com a luta. A gente vai crescendo nisso. Os mais novos estão aprendendo", disse Márcio.
Segundo ele, a matéria-prima vem de vacas abatidas na fazenda. "Antigamente a Embrapa comprava todo esse material. Hoje não. Fazemos tudo aqui. E a qualidade é melhor que a dos materiais comprados na cidade", afirmou.
O funcionário Armindo Ângelo Gonçalves trabalha na Embrapa há 19 anos e também mora na Nhumirim. Ele conta que aprendeu a fazer os artefatos quando tinha 13 anos, "vendo os antigos funcionários de fazenda produzindo".
Armindo diz que gosta de fazer todas as peças. "Trançar laço distrai a cabeça." O peão considera gratificante transmitir esse conhecimento aos mais novos. Além de ensinar filhos e netos, Armindo também repassou a técnica para crianças da fazenda. A escola da Nhumirim tem atualmente 25 alunos no ensino fundamental. Todos moram ali e só deixam a fazenda nas férias escolares.
O chefe-geral da Embrapa Pantanal, José Aníbal Comastri Filho, disse que além da importância de se manter a transmissão do conhecimento tradicional, a atividade dos peões garante uma grande economia para a Unidade.
O supervisor de Campos Experimentais, Marcos Tadeu Araújo, disse que um laço de 12 braças feito na fazenda é usado para laçar touros. "Ele vale uns R$ 400 no mercado. O couro do Pantanal é um dos melhores do mundo", afirmou.
A pesquisadora Alda Campolin, pedagoga que atua na área de agricultura familiar, disse que para as crianças e jovens rurais, a herança profissional tem papel fundamental na sua formação.
"A identidade deles se constrói com base no 'saber profissional', enraizado na tradição familiar. O viver no campo, em estreita integração com a natureza e com a família, permite que crianças e jovens rurais construam um saber que se transforma em saber profissional", afirmou. Isso acontece à medida que as especificidades da vida rural exijam ampliar o uso de recursos disponíveis no seu entorno.
Essa dinâmica é fundamental para garantir a reprodução familiar. As estratégias dessa reprodução variam desde o aproveitamento dos excedentes até a busca de melhores índices de produtividade.
O Plano Plurianual (PPA) prevê investimentos no setor de Turismo para o seu fortalecimento nos próximos 4 anos. O Programa MS Competitivo deve investir R$ 2 bilhões no período 2008-2011. Seu objetivo é atrair novos investimentos e promover o desenvolvimento da infra-estrutura do setor.
Os recursos serão investidos através da Fundação de Turismo (Fundtur) no desenvolvimento da atividade turística do Estado e em ações como o Programa de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur). A diretora-presidente da Fundação de Turismo, Nilde Brun, adiantou em dezembro, que em 2008 os investimentos devem continuar na promoção nacional e internacional de Mato Grosso do Sul em feiras e road shows na Europa, Canadá e Estados Unidos e na implantação do Planejamento Estratégico 2008/2020, que inclui o plano de marketing e plano de capacitação para cada região. "Queremos ser mais arrojados este ano. Tenho tranqüilidade e esperança que 2008 será melhor", disse Nilde.
O PPA é um planejamento a médio prazo das ações que serão desenvolvidas pelo Executivo e que deve respeitar a lei de diretrizes orçamentárias e de orçamentos anuais, cumprindo-se metas, prazos e estimativas de custos.
O Ministério do Turismo divulgou uma nota alertando o setor para as providências a serem tomadas a fim de evitar ocorrências de febre amarela no país e garantir a segurança sanitária dos turistas nacionais e estrangeiros. Veja abaixo o comunicado:
"O Ministério do Turismo enviará nota a todos os Escritórios Brasileiros de Turismo (EBTs) no exterior reiterando a recomendação de que os viajantes que se destinem a áreas sujeitas à ocorrência de casos de febre amarela sejam vacinados contra a doença, o que deverá ocorrer com dez dias de antecedência à chegada ao destino, conforme recomendação do Ministério da Saúde.
O Ministério do Turismo distribuirá comunicado a todas as entidades que operem a venda de viagens no Brasil e ao Conselho Nacional de Turismo reiterando as recomendações sugeridas pelo Ministério da Saúde.
O Ministério do Turismo vai elaborar, em conjunto com o Ministério da Saúde, folders de esclarecimento para serem distribuídos aos turistas estrangeiros e brasileiros, nos aeroportos, estações rodoviárias e outros locais de acesso de turistas.
O ministério recomenda aos turistas que se destinam às áreas de risco e que não tenham porventura se vacinado, que se vacinem nos postos de saúde ou nos postos da Anvisa instalados nos aeroportos.
Finalmente, o MTur lembra que a maior parte do litoral brasileiro (destino preferencial dos turistas durante o verão) está praticamente livre da febre amarela. Essa faixa, segundo o Ministério da Saúde, vai do litoral do Rio Grande do Sul até o litoral do Piauí, salvo parte do litoral do Espírito Santo e do Sul da Bahia, onde é baixo o risco de ocorrência da enfermidade".
As obras de estruturação do aeroporto de Bonito chegam ao fim do ano com a etapa de infra-estrutura 100% prontas. No total da construção, a parte já executada representa quase 14%.
Pelo cronograma da empresa Dix Empreendimentos, neste terceiro mês de implantação começa a fase da supraestrutura, com execução de 35% em trinta dias e de 65% no mês seguinte.
O trabalho de vedação teve início no mesmo período, com previsão de término em quatro meses. Outros dois itens - instalações elétricas e hidrosanitárias - também estão em andamento, sendo implantados de forma gradativa, e com conclusão prevista na fase final da obra, estimada para meados de 2008.
O cronograma de trabalho prevê dez meses de execução do empreendimento. São ao todo 940 metros quadrados de área construída, que darão condições de operação a vôos regulares, incrementando o potencial turístico da região de Bonito.
Os serviços executados até agora representam 13,86% de toda a primeira fase da obra. No primeiro mês a empresa concluiu os serviços iniciais e a fundação, e fechou novembro com a finalização da infraestrutra.
O novo receptivo está sendo construído em área junto ao alambrado que cerca a pista, próximo à pequena estrutura que atualmente dá acesso para embarque e desembarque.
Todo esse investimento é parte da primeira etapa do investimento total no novo aeroporto de Bonito. No futuro, as instalações chegarão a 1.800 metros quadrados.
No dia 1º de dezembro o governador André Puccinelli fez uma rápida visita ao canteiro de obras, aproveitando viagem à região.
De acordo com o diretor da empresa Dix Empreendimentos Ltda, Frederico Siqueira, a pretensão é estar com as paredes de alvenaria prontas e a primeira laje concretada até o fim deste mês.
O tráfego de veículos está com horário restrito na ponte de madeira sobre o Rio Mimoso, na rodovia MS-345, entroncamento com a BR-419 (km 21), em Bonito. No local, a Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul) realiza obras de reparos técnicos, visando recuperar as condições de passagem.
A conclusão das obras exige que o trânsito fique suspenso entre as 6 horas e as 17 horas. Durante a noite o tráfego fica liberado, preferencialmente para veículos leves. A previsão da Agesul é concluir os reparos até terça-feira (15).
A rodovia MS-345 liga Bonito a Anastácio e é utilizada principalmente por caminhões boiadeiros, veículos de transporte escolar e de turismo e por proprietários rurais da região. A ponte, de 24 metros de exensão, apresentava condições limitadas suporte de carga e problemas de apodrecimento de vigas que poderiam comprometer a segurança.
Inicialmente, o trabalho de reparo foi executado com liberação parcial do trânsito, em períodos alternados ao longo do dia. Nessa fase final, o fluxo precisou ser suspenso o dia todo para que as máquinas e operários concluam a reforma. A unidade regional da Agesul está mantendo informados os usuários habituais do trecho sobre o período de interdição.