Notícias de Bonito MS
Neste dia 2 de fevereiro é comemorado o Dia Mundial das Áreas Úmidas, instituído em 1971 durante a Convenção de Ramsar, na cidade de Ramsar (Irã), realizada com o objetivo de promover ações nacionais e internacionais para a conservação e o uso sustentável das áreas úmidas e de seus recursos naturais.
O Pantanal é considerado a maior área alagável do planeta, com 138 mil km², espalhados pelos Estados do Mato Grosso do Sul e Mato Grosso e ocupando ainda parte dos territórios da Bolívia e do Paraguai.
Para marcar a data, cientistas da Embrapa Pantanal (Corumbá-MS), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, avaliam os maiores desafios para o sistema.
A pesquisadora Emiko Resende, da área de recursos pesqueiros, diz que o grande desafio é a compreensão da área úmida. "As pessoas acham que brejos, alagados, mangues e pântanos são áreas insalubres que devem ser drenadas e destruídas. Acham que não tem função nenhuma", afirmou.
Mas ela explica que essas áreas são reservatórios de água para a época de seca, além de contarem com grande riqueza e diversidade biológica.
"A Embrapa Pantanal é uma das empresas líderes na compreensão desses ambientes e de sua importância econômica e ambiental. As áreas úmidas têm um modo muito particular de funcionamento, que, à primeira vista, não é fácil de entender", disse a pesquisadora.
Segundo ela, a Embrapa Pantanal, com sua equipe multidisciplinar de pesquisadores, vem contribuindo para o amplo entendimento dos mecanismos de funcionamento desses ambientes para promover seu uso sustentável.
"Por exemplo, a riqueza e abundância de peixes são reguladas pelo pulso de inundação, que é o encher e o secar do Pantanal a cada ano. Cheias grandes proporcionam altas produções de peixes e cheias pequenas, baixas. E a riqueza e abundância de uma infinidade de animais dependem desses peixes, como as aves aquáticas (tuiuiús, cabeças secas, garças, biguás, colhereiros...), as lontrinhas e as ariranhas, que os usam como alimento, e até a onça pintada, que come jacarés, que comem peixes."
PRESSÃO
A pesquisadora Márcia Divina de Oliveira, da área de limnologia da Embrapa Pantanal, lamenta a pressão sofrida pelas áreas úmidas. "O Pantanal é uma das maiores áreas úmidas, tem muitos títulos [Reserva da Biosfera, Patrimônio da Humanidade], mas em termos de conservação está muito ruim. Sofre pressão e impactos principalmente de áreas que circundam a planície, embora dentro da planície o desmatamento também tenha aumentado", diz Márcia.
Para ela, o Pantanal precisa de medidas mais efetivas para sua conservação. "O desmatamento provoca assoreamento dos rios. Basta ver o exemplo do rio Taquari. Não se deve eliminar as matas ciliares. O uso de fertilizantes e agrotóxicos só tem aumentado. É preciso ter ações mais práticas, que dependem de políticas públicas e também de fiscalização", afirmou a pesquisadora.
Segundo Márcia, apesar de todos os efeitos da falta de conservação, o Pantanal ainda tem áreas naturais dentro das planícies muito importantes para a limnologia [ciência que estuda as águas interiores]. "É uma das poucas áreas do mundo que oferece ambientes naturais para a pesquisa. É como se fosse um laboratório para estudos."
Apesar dos 23 anos de pesquisas em limnologia, o entendimento do sistema ainda está no início. "Ainda há lacunas, o ambiente úmido foi pouco estudado. Não tem muita gente estudando, não há os recursos necessários e a escala espacial é grande. Escalas muito pequenas não dão os resultados que precisamos. O acesso é difícil e caro", afirma Márcia.
Ela diz ainda que a infra-estrutura - estações climatológicas e fluviométricas - oferece poucos dados e informações, o que dificulta o trabalho dos cientistas.
A PMA (Polícia Militar Ambiental) deflagrou ontem, as 12h, a Operação Carnaval, que deve reforçar o policiamento nas cidades que receberão maior número de turistas, em razão do carnaval, como: Bonito, Corumbá, Jardim, Porto Murtinho, Coxim, Aquidauana e Miranda que estarão recebendo efetivo da sede em Campo Grande. A operação encerra à meia noite do dia 7.
A partir de amanhã até o dia 29 de fevereiro, a pesca na bacia do Rio Paraguai, estará aberta na modalidade pesque-solte, por isso a PMA já estará em alerta. No Rio Paraná, a pesca permanece fechada até o dia 28 de fevereiro, por isso também estarão sendo reforçadas às fiscalizações nos municípios de Bataguassu e Batayporã, além dos postos fixos das Cachoeiras do rio Anhanduí, em Bataguassu e Rio Verde, em Água Clara e Salto do Pirapó, em Juti. Além disso, os demais 11 postos localizados nas cachoeiras e corredeiras, montados para a operação piracema estarão recebendo reforços durante a operação carnaval.
Segundo a PMA, 90% do efetivo de 380 homens estarão envolvidos na operação, sendo empregados o efetivo das 22 unidades no trabalho de fiscalização. Duas equipes da sede também estarão fazendo fiscalização itinerante, sem área definida, exercendo serviços de barreiras e fiscalização fluvial.
A PMA alerta aos foliões que resolverem praticar a pesca, que respeitem a legislação, não pescando nos locais proibidos e soltando os peixes nos locais onde estará permitido o pesque-solte, que é a bacia do rio Paraguai. O desrespeito à legislação pode levar os infratores a serem presos e encaminhados à Delegacia de Polícia Civil para lavratura da prisão em flagrante, podendo, se condenados, pegar pena de um a três anos de detenção, além de serem multados em um valor que varia de R$ 700,00 a R$ 100 mil, mais de R$ 10,00 por quilo do pescado irregular.
Locais onde a pesca está proibida:
Rio Aquidauana - a montante (acima) da ponte velha na cidade de Aquidauna.
Rio Miranda - a montante (acima) da ponte velha na cidade de Miranda.
Rio Taquari - a montante (acima) da ponte velha na cidade de Coxim.
Acontece hoje, 31, em Aquidauana, Audiência Pública para apresentação do Estudo de Impacto Ambiental da Simasul - Indústria Siderúrgica de Ferro Gusa MS Ltda. - que se encontra em processo de licenciamento ambiental.
A audiência tem como objetivo divulgar informações, recolher opiniões, críticas e sugestões de segmentos da população interessada na implantação de determinados empreendimentos utilizadores de recursos ambientais ou modificadores do meio ambiente com fim de subsidiar a decisão quanto ao seu licenciamento ambiental. Estarão presentes técnicos, consultores e empreendedores, que responderão, também, perguntas da sociedade civil.
A audiência será na Câmara Municipal de Aquidauana, às 19h do dia 31 deste mês.
A família Almeida partiu de Corumbá no dia 25 de dezembro de 2007, com a missão de divulgar o potencial turístico de Mato Grosso do Sul e divulgar a mensagem de amor e paz do projeto "Pacto União" entre os povos. Esta é a 5ª expedição realizada pelos integrantes do projeto.
A equipe é formada pelo engenheiro eletricista Elano Holanda de Almeida (53 anos), sua esposa a advogada Denise Mansano (40 anos), os filhos do casal, Allan Kelvin Mansano de Almeida (10 anos) e Kahena Mansano de Almeida (14 anos), e o sobrinho Maikon de Almeida Varela (24 anos). Nesta nova etapa, os integrantes estão distribuindo cinco mil livros com mensagens de paz pelos lugares por onde estão passando.
O caminhão especialmente adaptado para a aventura funciona como um outdoor ambulante que divulga as belezas do Estado. As duas laterais mostram fotos e ícones que retratam o Pantanal. No toldo lateral do veículo estão as bandeiras de todos os países do mundo. "Por todos os lugares por onde passamos as pessoas ficam encantadas com as belezas pantaneiras", destaca Elano.
A expedição "Corumbá-México-Oiapoque-Corumbá", como foi batizada, já passou pelas principais cidades da Bolívia, Peru, Equador e Colômbia e ainda vai passar pela Venezuela, Panamá, Costa Rica, Nicarágua, Honduras, Suriname, Guiana Francesa e Guiana Inglesa. A Expedição irá percorrer mais de 26 mil quilômetros a bordo de um caminhão F 4000 Território 4X4, equipado com Guincho Work 12,5TN, especialmente adaptado para enfrentar os desafios do percurso nem sempre tão hospitaleiro.
O Mato Grosso do Sul vai triplicar, em pouco mais de um ano, o volume de produção de jacarés-do-Pantanal (Caiman crocodilus yacare) e, com isso, disponibilizar o couro, em escala, para indústrias e processadores nacionais e internacionais. O destino da pele é a sua transformação em bolsas, casacos, vestidos, maletas, sapatos e blusas. Além do valor natural da pele de jacaré no mercado mundial, a produção do MS terá forte plus agregado por ser originária do único criatório de jacarés precoces do Brasil - animais são abatidos com idade entre 12 e 15 meses. Isso quer dizer que tanto o couro quanto a carne possuem qualidade superior aos produtos originários das demais criações de jacaré-do-Pantanal.
Única fazenda autorizada e em produção de jacarés no Mato Grosso do Sul, a Reino Selvagem - localizada há 226 km de Campo Grande/MS, no Pantanal de Miranda - contava até dezembro de 2007 com um rebanho de 12 mil cabeças de jacaré em cultivo e abate perto de seis mil cabeças/ano. A produção anual de seis mil peles - ou 500 unidades/mês - ainda não é suficiente para atender demanda em escala. Já em processo de aumento do rebanho, a fazenda que atingir em maio de 2009, o abate anual de até 18 mil animais, elevando seu rebanho médio para 26 mil cabeças. Sua meta, no entanto, é ainda mais audaciosa: quer abater 60 mil animais/ano até 2012.
De acordo com o produtor Gerson Zahdi, proprietário da Reino Selvagem, o preço do couro chamado "verde" (sem curtimento, apenas curado) varia de R$ 3,00 a R$ 5,00 por centímetro linear medido a partir da parte mais larga da barriga. Após curtimento, o valor sobe para aproximadamente R$ 10,00. Uma pele inteira tem valor médio pago ao produtor variável entre R$ 400,00 e R$ 500,00. Atingindo 18 mil peles/ano, a fazenda terá uma produção em 2009 estimada em até R$ 9 milhões (valor bruto, sem custo de produção) apenas em couro, sem contabilizar a remuneração pela carne.
A expectativa de mercado é considerada boa, principalmente a partir da decisão dos Estados Unidos em retirarem o jacaré-do-Pantanal da lista de animais considerados em extinção. Com isso, abriu-se o mercado norte-americano para as peles do jacaré pantaneiro, além de influenciar outros mercados a fazerem o mesmo.
DESEMPENHO
O criatório da Reino Selvagem foi implantado entre os anos de 1995 e 1996. No início, levava de dois a três anos para produzir um animal com três quilos/vivo. Com um ano de idade, um jacaré dificilmente passava de 1,5 quilo. Com o passar dos anos, a produtividade de carne e a precocidade passaram a ser o diferencial de seu rebanho. "Agora pelo menos 33% do meu rebanho leva apenas 12 meses para atingir seis quilos/animal/vivo e é abatido com esta idade", garantiu Zahdi. Tudo, segundo ele, graças a um manejo alternado com melhoramento genético e ausência de fator de crescimento hormonal.
Gerson Zahdi faz a comparação da precocidade de seu rebanho com os criatórios existentes no estado vizinho do Mato Grosso (*). De acordo com ele, no MT, a idade média para o abate é de 2,5 anos ou 30 meses. O cultivo na Reino Selkvagem é feito em células climatizadas e onde os animais não sofrem incidência da luz solar. Este é um segredo para a qualidade do couro do jacaré produzido na sua propriedade. "A luz do sol promove a síntese da vitamina 'd' no animal, aumentando a calcificação da pele; esta calcificação gera um couro de segunda ou de terceira classes", explica.
Além da produção de jacarés, a Fazenda Reino Selvagem conta com um rebanho bovino (duas mil cabeças) e criações de equinos e ovinos. Juntamente com a vizinha Fazenda Cacimba de Pedra - considerada uma propriedade co-irmã, voltada quase exclusivamente para o turismo - mantém o Núcleo de Cultura Rural (para o acompanhamento técnico, educativo ou turístico da lida com os animais). A Cacimba de Pedra possui uma pousada com receptivo voltado sobretudo para turistas europeus, asiáticos e norte-americanos.
(*) Mato Grosso do Sul e Mato Grosso são as únicas regiões do mundo onde podem ser autorizadas criações de jacarés-do-Pantanal
O Instituto das Águas da Serra da Bodoquena em parceria com o Senar/MS e Sindicato Rural de Bonito, através do Projeto Matas Ciliares patrocinado pela Petrobras, através do Programa Petrobras Ambiental realizará nos dias 12 a 16 de fevereiro de 2008, o curso de Manejo Básico de Colméias. Ao todo serão 10 vagas direcionadas aos moradores do Rio Mimoso e pessoas da comunidade em geral.
O objetivo do curso é conhecer o sistema de produção das abelhas (mel, cera, pólen) e aplicar as técnicas mais adequadas no manejo de colméias, participando efetivamente de atividades teórico-práticas.
As inscrições encerram-se no dia 14 de fevereiro.
Operação coordenada pela Fundação Estadual de Turismo de Mato Grosso do Sul, em parceria com outros órgãos de defesa do consumidor e da segurança pública estadual, resultou na remoção de 23 turistas estrangeiros de um acampamento instalado em uma propriedade rural na Estrada Parque. A ação foi realizada após denúncia à Fundtur, de que o estabelecimento não funcionava em concordância com as normas para atividade turística - incluindo precariedade nas condições de higiene disponíveis para os turistas.
A ação teve início na última quinta-feira (24 de janeiro), conforme explicou a presidente da fundação, Nilde Brun. Segundo ela, após o encaminhamento de denúncia sobre a operação desses locais, o governo realizou uma "geral" na Estrada Parque, constatando as irregularidades. "Eram turistas de várias partes do mundo, que adquirem pacotes pela internet e, quando chegam ao local, encontram um produto completamente diferente do que esperavam", explicou Nilde Brun.
Dentre os problemas constatados, a presidente da Fundtur enumerou a ausência de água tratada, ausência de local adequado para os turistas dormirem - o grupo usava um galpão de madeira coberto com palha, aberto e exposto a insetos e outros animais - alimentação precária e mesmo falta de um local adequado para banhos, "que eram feitos em lagoas e corixos".
A diretora da fundação ressaltou que tais empreendimentos não são legalizados. Nas operações realizadas na Estrada Parque, que ocorrem há aproximadamente um ano, já foram flagrados estabelecimentos que, depois de lacrados, voltaram a operar irregularmente, constatando reincidência. "Há inclusive casos de pousada, mas essas, depois de acionadas, providenciaram melhorias. Em geral, os problemas são relacionados a acampamentos", sustentou.
Imagem - A preocupação maior da Fundtur, conforme sua presidente, está no impacto negativo que o funcionamento desses estabelecimentos pode causar ao turismo estadual. "Precisamos cuidar da nossa imagem. Já foi feito um esforço de mídia e promoção no mercado internacional, e a realização de atividades indevidas prejudicam essas ações. O empresário precisa entender que, quanto melhor o turista for atendido, mais gente virá para o Estado", adiantou.
Nilde Brun informou que, diariamente, entre 200 e 250 turistas estrangeiros circulam pelas pousadas e estabelecimentos da Estrada Parque. Por isso, zelar pela boa prestação de serviço é vital para o desenvolvimento do setor. "Cada turista que é bem atendido divulga a atividade para outros dez. Mas quando o serviço é mal feito, essa propaganda negativa é feita com até 30 pessoas. Precisamos, então, evitar que o nosso Estado seja mal visto lá fora", explicou.
A presidente se disse, ainda, surpresa com o fato de serem encontrados empreendimentos irregulares, após todo o trabalho de capacitação feito pela fundação. "Fizemos treinamentos com a criação do monitor ambiental, que atua no setor turístico na Estrada Parque. Isso foi feito se pensando no melhor. Eles serão empregados por quem realmente acredita no turismo e não fazem propaganda enganosa", sublinhou. Outros quatro estabelecimentos da região já estariam na mira da Fundtur, por oferecerem serviços precários e de forma clandestina.
A fiscalização realizada pela Fundtur contou com o apoio da Delegacia Estadual de Proteção ao Consumidor, Delegacia de Proteção ao Turista, Polícia Rodoviária Federal e Polícia Militar Ambiental. "Essa parceria é necessária porque a fundação não tem poder de polícia, mas pode receber as denúncias e realizar a fiscalização", complementou a presidente. Denúncias sobre a atividade turística irregular podem ser realizadas através dos telefones 0800-647-6050 e (67) 3318-6061, nos quais também é possível se obter informações sobre empreendimentos em atividade.