Notícias de Bonito MS
Produtores rurais e técnicos alemães estão conhecendo as etapas de criação do jacaré do Pantanal. A comitiva, integrada por 18 pessoas, chegou no domingo, dia 2, ao País, com o objetivo de conhecer produtos diferenciados produzidos pela agricultura e pecuária do Brasil. O jacaré é um deles.
A agenda do grupo começou por Mato Grosso do Sul. Os alemães conheceram a criação nas fazendas conjugadas Cacimba de Pedra-Reino Selvagem, no Pantanal de Miranda, distante 226 quilômetros de Campo Grande.
Na fazenda Reino Selvagem o animal fica pronto em um período de 12 a 15 meses de idade. Já a Cacimba de Pedra atua na atividade de turismo rural, com grupos interessados em conhecer as etapas de produção do jacaré e vivenciar o dia-a-dia da lida rural.
No Estado, os alemães vão conhecer, ainda, a tecnologia de transferência de embriões de bovinos, o sistema de cultivo de arroz irrigado e alguns frigoríficos. Eles seguem depois para Região Norte do Brasil e terminam a visita tecnológica no Nordeste onde vão acompanhar a produção de cachaça. A caravana tem como objetivo o turismo ecológico e não há caráter comercial na visita.
Um grupo de 18 produtores rurais, agrônomos e técnicos em agronegócio da Alemanha iniciaram neste domingo (02.03) uma viagem tecnológica pelo Brasil para conhecer de perto alguns dos mais peculiares produtos desenvolvidos pela agricultura e pecuária brasileiras. O impacto começou já no primeiro dia de visitas quando acompanharam, no Mato Grosso do Sul, as principais etapas de produção em confinamento do jacaré-do-Pantanal precoce, animal que atinge ponto de abate em velocidade três vezes mais rápida que o jacaré desenvolvido em criatório convencional. O cardápio do almoço (com pratos a base de jacaré), a qualidade do couro e a possibilidade de segurar um "alligator" surpreenderam e empolgaram o grupo.
Os alemães chegaram ao Brasil na noite de sábado (01.03) e pernoitaram em São Paulo. Na manhã seguinte embarcaram para Campo Grande/MS de onde partiram para as fazendas conjugadas Cacimba de Pedra-Reino Selvagem, no Pantanal de Miranda - distante 226 km da capital sul-mato-grossense.
A Reino Selvagem é a única propriedade brasileira a produzir este animal que em um período de 12 a 15 meses de idade já atinge o ponto de abate e cujo couro é considerado um dos melhores do mundo para processamento industrial. A Cacimba de Pedra, por sua vez, atua na atividade de turismo rural, com grupos interessados em conhecer as etapas de produção do jacaré e vivenciar o dia-a-dia da lida rural.
Os alemães não pouparam elogios ao almoço, principalmente aos pratos típicos da fazenda, como o "jacaré grelhado ao molho de abacaxi" e o "filé de jacaré grelhado na manteiga ao molho de laranja com pimenta biquinho e banana da terra". Depois puderam conhecer e manusear o couro curtido do animal, ideal para confecções de bolsas, sapatos, roupas, pastas, cintos e peças de decoração.
REPRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO
Em seguida, debaixo de um calor de mais de 35 graus e um sol escaldante, o grupo conheceu as células de desenvolvimento dos animais onde puderam tocar e segurar alguns filhotes sem esquecerem o devido registro fotográfico. No matrizeiro da Reino Selvagem, os alemães encerraram a primeira etapa da visita tecnológica ao Brasil. Lá eles puderam ver, a uma distância inferior a dois metros, os machos e fêmeas reprodutores que chegam a medir de três a quatro metros de comprimento.
A instrução técnica ao grupo - produção, melhoramento genético e mercado - ficou a cargo do médico veterinário e proprietário da Reino Selvagem, Gerson Bueno Zahdi. Os alemães fizeram uma série de perguntas interessados em saber sobre volume de produção, retorno econômico, viabilidade do negócio, conversão alimentar e reações de ambientalistas. Zahdi explicou que, por ser uma produção sustentável e que não afeta a população de jacarés selvagens (nascidos e que vivem na natureza, sem interferência do homem) o sistema não sofre qualquer restrição, além de ser autorizado pelo IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais).
"Isso tudo aqui é diferente para eles; o grupo gostou muito", comentou Mitie Sumida, responsável pelo atendimento da empresa campo-grandense que transportou os alemães ao Pantanal.
PELO BRASIL
No Mato Grosso do Sul os alemães ainda vão conhecer a tecnologia de transferência de embriões de bovinos, o sistema de cultivo de arroz irrigado e alguns frigoríficos. Depois seguem para a Região Norte do Brasil e terminam a visita tecnológica no Nordeste onde vão acompanhar a produção de cachaça.
De acordo com os organizadores da caravana alemã, a visita ao Brasil é estritamente de turismo tecnológico, ou seja, todos estão interessados em conhecer, fazer observações e registros sobre as especificidades de cada sistema produtivo. "Não há, nesta viagem, qualquer objetivo comercial ou de transferência de tecnologia, o que poderia eventualmente acontecer em outra ocasião", garantiu Sumida.
No último dia 2, ciclistas de todas as idades participaram do Passeio Ciclístico "Quem pedala Busca Saúde", em comemoração ao Dia Nacional do Turismo.
O evento aconteceu simultaneamente em vários municípios de Mato Grosso do Sul.
Bonito (MS), que não ficou de fora, teve um roteiro pelas ruas da cidade, tendo como ponto de partida e chegada a belíssima Praça da Liberdade, além da ilustre participação, em suas bicicletas, do Secretário de Turismo Augusto Barbosa Mariano e do Prefeito José Arthur Soares de Figueiredo, acompanhado de sua filha mais nova, Lara Figueiredo.
Várias pessoas foram premiadas, com o sorteio de 3 bicicletas e 20 kits, com boné e camiseta. A Prefeitura de Bonito garantiu também mais 7 bicicletas para o ciclista com a bicicleta mais enfeitada, a maior bicicleta, a menor bicicleta, o maior número de ciclistas em uma única bicicleta, o ciclista mais idoso, o ciclista mais novo e o ciclista com a bicicleta mais inusitada.
A Secretaria de Turismo, Indústria e Comércio e a Fundação de Cultura e Esporte de Bonito fizeram a organização do evento no município, contando com o apoio da Guarda Municipal, Polícia Militar e Secretaria de Saúde.
A população bonitense, assim como o Prefeito José Arthur Soares de Figueiredo apreciou muito o passeio ciclístico e, certamente haverá a organização de eventos semelhantes.
Na última quinta-feira (28/02), foi realizada a Conferência Regional do Meio Ambiente, em Rio Verde de Mato Grosso (MS), que contou com a participação dos municípios de Alcinopólis, Camapuã, Coxim, Figueirão, Pedro Gomes, Rio Verde de MT, São Gabriel do Oeste e Sonora.
Organizada pelas prefeituras, Secretarias de Meio Ambiente e outras entidades da sociedade civil organizada destes municípios, a Conferência teve como objetivo promover discussões relacionadas a questões ambientais das cidades e de toda a região.
Segundo a assessora técnica da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), Janaína Pickler, que representou Federação no evento, durante o encontro foram eleitos os delegados municipais que terão direito a voto e, ao mesmo tempo, poderão ser votados na Conferência Estadual do Meio Ambiente que acontecerá nos dia 13 e 14 de março de 2008, em Campo Grande (MS). "Durante a Conferência Estadual, dentre todos os representantes dos municípios serão eleitos os 30 delegados representarão o estado de Mato Grosso do Sul na III Conferência Nacional de Meio Ambiente, a ser realizada em Brasília, em maio de 2008", explicou a assessora técnica.
Janaína informa também que os participantes da Conferência Regional se dividiram em três grupos que discutiram os temas: Desenvolvimento Sustentável, Recursos Hídricos e Mudanças Climáticas.
As conferências regionais são ocasiões adequadas para que os representantes de cada cidade exponham suas preocupações, dividam responsabilidades e apresentem reivindicações e sugestões que aprimorem a política ambiental do município, do estado e conseqüentemente, do país como um todo.
Eles poderão inclusive apresentar as reivindicações dos municípios durante a plenária nacional", acrescentou a assessora técnica da Famasul.
Ela informou ainda que o município de Bonito (MS) realizou o mesmo evento, de forma independente, mas com os mesmos objetivos e nos mesmos moldes da conferência regional. Como era de se esperar, vários aspectos relacionados à sustentabilidade da atividade turística foram o centro das discussões na Conferência do Meio Ambiente de Bonito.
Durante o curso de educação ambiental (EA) oferecido pelo Projeto GEF Rio Formoso e Imasul (Instituto de Meio Ambiente de MS), na semana passada em Bonito, os participantes produziram programas de rádio com a temática do curso.
As atividades começaram na segunda-feira (25) e na quarta-feira (27) os alunos entraram nos estúdios da radio FM Lago Azul e divididos em três grupos experimentaram, a maioria pela primeira vez, a produção e locução de um programa radiofônico.
"Ficamos um pouco nervosos, pois nunca tínhamos feito nada parecido. Mas a experiência e o conhecimento de mais uma ferramenta para trabalhar com a educação ambiental foi muito proveitosa", disse o estudante de administração rural Gilberto Pires.
Para a ministrante do curso, Simone Mamede, as produções foram muito boas. "Apesar da inexperiência de quase todos nesta atividade, fiquei muito surpresa com a capacidade de produção, entrevista e locução dos alunos. Reconheço em alguns um grande potencial", disse.
Além da produção do programa os alunos receberam informações sobre educação ambiental com relação a conceitos básicos e produção de projetos na área.
GEF Rio Formoso - O projeto financiado pelo Banco Mundial é coordenado pela Embrapa Solos e conta com a participação das unidades Gado de Corte (Campo Grande- MS, coordenadora regional), Agropecuária Oeste (Dourados- MS) e Pantanal (Corumbá-MS).
Também estão envolvidos a Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer), Secretaria de Estado de Meio Ambiente das Cidades, do Planejamento, da Ciência e Tecnologia (Semac), Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), Conservação Internacional (CI Brasil) e Fundação Cândido Rondon (gestora financeira).
O Projeto possui ainda outros colaboradores e co-executores importantes como a Prefeitura Municipal de Bonito pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, o IASB (Instituto das Águas da Serra da Bodoquena) e apoio técnico e institucional do Ibama.
Para evitar irregularidades, os interessados em pescar nos rios de Mato Grosso do Sul devem adquirir a licença ambiental de pesca. A autorização é individual, tem validade trimestral ou anual, é obrigatória para pesca embarcada ou desembarcada (em barrancos dos rios) e pode ser adquirida nas agências do Banco do Brasil, ou pelo site www.imasul.ms.gov.br/lic_pesca.php.
Após a pescaria, o turista deve passar em um posto da Polícia Militar Ambiental (PMA) para preenchimento da guia de controle, que comprova a origem e permite o transporte do pescado em Mato Grosso do Sul e em outros estados. "A licença e a guia de controle permitirão à PMA avaliar o controle da pesca e dos recursos naturais em todo o Estado, além de informar sobre o comportamento e os destinos dos turistas", garante o tenente Darci Caetano dos Santos.
Por lei, o pescador amador (aquele que não tem a pesca como meio de sobrevivência, ou seja, o turista) pode capturar e transportar no máximo 10 quilos de peixe, além de um exemplar de qualquer peso, o qual deverá atender aos tamanhos mínimos estabelecidos para captura de cada espécie, e mais cinco piranhas. Além disso, é preciso ficar atento às medidas mínimas dos peixes, evitando transtornos: piraputanga, 30cm; curimbatá e piavuçu, 38 cm; pacu, 45 cm; dourado e barbado, 60 cm; pintado e cachara, 80 cm; jaú, 95 cm.
Pesquisas
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente, das Cidades, do Planejamento, da Ciência e da Tecnologia (Semac) e o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) anualmente fazem estudos técnicos-científicos percorrendo os principais rios do Estado e realizando capturas para identificar a época em que ocorrerá a reprodução dos peixes, uma vez que isto depende de condições ambientais favoráveis como: quantidade de chuvas, nível da água, fotoperíodo e temperatura.
Durante a Piracema, o poder público estabelece medidas restritivas para a proteção da estação reprodutiva dos peixes, como por exemplo, o fechamento da pesca. A estação normalmente ocorre de outubro a fevereiro.
Porém este ano os órgãos ambientais decidiram pela extensão do prazo, levando em consideração um relatório técnico do Instituto de Meio Ambiente do Mato Grosso do Sul (Imasul) indicando que as espécies de couro, especificamente o pintado e a cachara, ainda estão com tamanho inferior.
Além disso, houve ainda um atraso no ciclo da subida das águas em 2008, conforme dados da Agência Nacional das Águas (ANA) e da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPMR).
Determinação
Publicada no Diário Oficial do Estado do dia 27 de fevereiro deste ano, a resolução Semac/MS número 3 determina a prorrogação da proibição da pesca até 15 de março nas seguintes regiões de Mato Grosso do Sul:
a) Bacia do Rio Taquari, da ponte velha da cidade de Coxim até a nascente;
b) Bacia do Rio Miranda, da ponte velha da cidade de Miranda, localizada na rodovia de acesso ao município de Bodoquena (rodovia do Calcário), até a nascente do rio;
c) Bacia do Rio Aquidauana, da ponte velha que liga as cidades de Aquidauana e Anastácio, até a nascente.
Informações
A pesca ilegal é crime ambiental e o infrator está sujeito às penas previstas por lei como multa, apreensão do material e até prisão, dependendo da infração cometida. Para sanar dúvidas, a Semac disponibilizou um telefone de atendimento à população: 67 3318 5615 (Gerência de Recursos Pesqueiros e Fauna). Para receber denúncias, a Polícia Militar Ambiental disponibiliza um telefone de atendimento: 67 3314 4920.
Em comemoração do Dia Nacional do Turismo, diversos ciclistas pedalam neste domingo pela Estrada Parque Pantanal, em Corumbá, a 426 quilômetros de Campo Grande. O objetivo da aventura é divulgar a data comemorativa e a importância da preservação da fauna e flora do Pantanal.
"Pedalando na Estrada Parque Pantanal - Uma Aventura Ecológica" teve início às 7 horas no Buraco das Piranhas, com percurso de 47 Km até a Curva do Leque, onde haverá uma parada para o almoço.
A pedalada recomeça na Fazenda Bandalta (próximo ao Lampião Aceso) e termina no Porto Geral localizado na Rua Manoel Cavassa.
A Estrada Parque Pantanal tem 120 quilômetros de estrada de terra, corta 74 pontes de madeira e liga a cidade de Corumbá ao entroncamento da BR-262, no Buraco das Piranhas.
As rodovias de terra MS-184 e MS-228 que formam a principal via de ligação entre o Pantanal da Nhecolândia e Corumbá.
A rodovia é decretada Área Especial de Interesse Turístico. Ao longo da estrada distribuem-se sete fazendas para ecoturismo com cerca de 300 leitos, além de espaço para camping, com acampamento para mochileiros.