Notícias de Bonito MS
Desde o dia 10 de março, a Viação Cruzeiro do Sul está oferecendo a comunidade e visitantes o serviço de microônibus direto de Bonito a Campo Grande, com saídas diárias às 05h30min de Bonito e retorno de Campo Grande às 15h30 min, de segunda a sábado. O preço da passagem ida e volta é de R$ 45,00 (quarenta e cinco reais) e somente ida custa R$ 30,00 (trinta reais), podendo a passagem de volta ser marcada para outro dia. Mas para isso é necessário que a data de retorno seja definida no ato da compra para o preenchimento da passagem e antes da viagem de volta a poltrona deverá ser marcada com antecedência, via telefone. Ao todo são 25 lugares e o passageiro conta com os seguintes roteiros de embarque e desembarque em Campo Grande:
Saída da Garagem Viação Cruzeiro do Sul (15h30);
Passando Av. Costa e Silva até Hospital Universitário, contorna e sai na Rui Barbosa, indo até a Santa Casa;
Volta pela Ruas 13 de maio, Maracaju, Av. Ernesto Geisel, passando pela Rodoviário (Rua Barão do Rio Branco);
Seguindo pela Rua Brilhante, Av. Marechal Deodoro em direção a BR para Bonito com parada somente no perímetro urbano em Bonito.
Já em Bonito, o microônibus pega o passageiro nos pontos solicitados.
Um levantamento feito pela Folha junto ao Cecav (Centro de Estudo, Proteção e Manejo de Cavernas), órgão do Ministério do Meio Ambiente, revela que apenas dez cavernas em todo o país possuem plano de manejo aprovado.
Três dessas grutas ficam em Bonito (MS): Lagoa Azul, Abismo Anhumas e São Miguel. No Paraná, as cavernas Bacaetava e Lancinha já concluíram os estudos. No Amazonas, há outras duas: Maroaga e Batismo.
Goiás, Santa Catarina e Bahia têm uma gruta cada um com plano de manejo --respectivamente, a caverna dos Ecos, a Botuverá e a Poço Encantado. No país, o Cecav avalia que existam entre 100 e 120 cavernas exploradas turisticamente.
Alexandre Fortuna, chefe-substituto do Cecav, diz que o plano de manejo é um instrumento para ordenar a visitação, proteger o turista e evitar grande impacto ao ambiente.
Segundo ele, várias cavernas são exploradas turisticamente desde os anos 1960, porém nunca houve uma regulamentação ambiental. "Desde a fundação do Cecav, há 11 anos, tentamos mudar essa situação. Cobramos desde 2002 estudos dos três parques de São Paulo."
De acordo com Fortuna, as cavernas têm um ecossistema muito peculiar e, se ocorrem acidentes, é difícil prestar socorro. "É preciso analisar, por exemplo, as aranhas, escorpiões e fungos patológicos que podem existir nesses locais."
No núcleo Santana do Petar, por exemplo, não há sequer telefone --é preciso percorrer cinco quilômetros, até o Bairro da Serra, para usar o aparelho. Funcionários do parque, entretanto, têm radiocomunicador.
Medidas de correção
Além de exigir o plano de manejo, o Ibama fez solicitações específicas, emergenciais, para algumas grutas. No caso da caverna do Diabo, no parque Jacupiranga, quer a desativação imediata da iluminação no local, feita com lâmpadas incandescentes, que aquecem demais e provocam alterações no ambiente.
Já em relação à caverna de Santana, a mais visitada do Petar (foram 25 mil visitantes no ano passado), o instituto exige que seja elaborado um mapa de riscos para o visitante, que avise sobre abismos, teto baixo, piso escorregadio etc.
A equipe do projeto GEF Rio Formoso iniciou nesta quarta-feira (19) os trabalhos em mais uma área. A propriedade localiza-se a doze quilômetros de Bonito e pertence ao produtor Candido Flores.
O espaço a ser utilizado pelo projeto possui cerca de oito hectares, utilizados para o consórcio de cultura de mandioca, abacaxi, frutas rasteiras (abóbora e melancia, por exemplo) e árvores. Esta técnica é conhecida com arborização de pastagens e lavouras (sistemas agrosilvipastoril).
O local foi escolhido pelas condições geográficas e estado de degradação que possui. "Temos aqui uma pequena inclinação topográfica e condições propícias para o aparecimento de grandes erosões, que já estava em início de processo", explicou o responsável técnico do GEF em Bonito Airton Garcez.
Para o início do plantio e contenção da água de chuva, a equipe marcou curvas de nível onde já foram construídos os terraços para esta finalidade. Neles serão plantadas em linha, as mudas de Cumbaru.
Durante dois anos as culturas formarão a paisagem local, quando então serão substituídas por pastagem. As árvores e o feijão guandu permanecerão. A espécie arbórea escolhida possui fruto que serve de alimentação bovina, suas castanhas podem ser exploradas economicamente e depois de adulto sua madeira tem alto valor de mercado, além de ser leguminosa, fixando o nitrogênio no solo.
Este processo é cíclico e pode ser estendido para toda a propriedade. Após alguns anos de utilização pecuária é possível e até recomendado, que no lote seja reutilizada a agricultura. Enquanto se faz a agricultura em uma demarcação usa-se outra para pastagem.
O proprietário afirmou que aceitou o convite de participar devido à preocupação ambiental que possui e o efeito do manejo nesta área. "Poderei associar conservação ambiental com fonte de renda. Com o manejo minha área também terá a produtividade aumentada e mais valorizada", disse Flores.
GEF Rio Formoso - O projeto financiado pelo Banco Mundial é coordenado pela Embrapa Solos e conta com a participação das unidades Gado de Corte (Campo Grande- MS, coordenadora regional), Agropecuária Oeste (Dourados- MS) e Pantanal (Corumbá-MS).
Também estão envolvidos a Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer), Secretaria de Estado de Meio Ambiente das Cidades, do Planejamento, da Ciência e Tecnologia (Semac), Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), Conservação Internacional (CI Brasil) e Fundação Cândido Rondon (gestora financeira).
O Projeto possui ainda outros colaboradores e co-executores importantes como a Prefeitura Municipal de Bonito, através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, o IASB (Instituto das Águas da Serra da Bodoquena) e apoio técnico e institucional do Ibama.
Bruno Ribeiro Costa
DRT/MS - 306
Com o final do período da Piracema, os turistas podem voltar a realizar um dos atrativos mais procurados do Estado, a pesca esportiva.
Para a diretora-presidente da Fundação de Turismo (Fundtur), Nilde Brun, a pesca passou a ser uma opção de turismo para o Estado, deixou de ser o principal motivo da vinda de turistas. "A pesca é forte como marca do destino, mas nas promoções que realizamos e os contatos que temos com o público e com os empresários de fora o ecoturismo (Bonito/Pantanal) tem superado na procura", diz.
Informações obtidas pela Fundação de Turismo mostram que em Porto Murtinho, por exemplo, a pesca esportiva é o maior segmento do turismo, formado por entidades e grupos organizados como barcos-hotéis, colônias de pescadores profissionais, sindicato de piloteiros e aquaviários, hotéis e pousadas, restaurantes, bares e similares. Mesmo com a redução do fluxo, o período de piracema serve para a maioria dos empresários planejarem reformas e manutenção dos equipamentos turísticos.
A recomendação da Fundtur para a época de baixa temporada é buscar outras oportunidades e transformá-las em atrativos para o visitante. "A piracema, por exemplo, é pouco ou quase nada explorada e é uma explosão fantástica de natureza. Realizar ou captar eventos e trabalhar nichos de mercado, como por exemplo, a melhor idade, são outras alternativas importantes pra driblar a sazonalidade. A nossa política é diminuir a sazonalidade, por isso precisamos e vamos trabalhar todos os segmentos de forma igualitária", explica Nilde.
Expectativas
Em Porto Murtinho, a expectativa é boa para este ano, devido ao trabalho de divulgação e marketing para alcançar outros nichos de mercado. Os empresários no setor de meios de hospedagem já registram um aumento de 15% no número de reservas para o primeiro semestre em relação aos dois anos anteriores. Eles ainda têm boas expectativas de movimento turístico nas épocas de feriados, eventos e festas regionais.
Construir sem agredir os ecossistemas naturalmente produtivos utilizando-se de material natural da região. Esta é a principal das propostas do curso Bioconstruindo Bonito 2008, que acontece de 09 a 13 de abril, em Bonito, Mato Grosso do Sul. Com vagas limitadas para 30 pessoas, o curso pretende ser desenvolvido boa parte através de atividades práticas. Uma delas será a aplicação de técnicas de arquitetura em terra, um processo milenar que é aplicável facilmente em várias regiões do mundo.
Para ministrar o curso, - voltado para profissionais e estudantes de arquitetura, turismo, urbanismo, biologia, e áreas afins - foi convidado o holandês, Johan Van Lengen, que estará pela primeira vez em Bonito, juntamente com seu filho, Peter Van Lengen. Johan é conhecido mundialmente como o "arquiteto descalço" por ter escrito, na primeira metade dos anos 90 o best seller "Manual do Arquiteto Descalço", uma espécie de bíblia da arquitetura natural e alternativa.
A arquitetura em terra - um dos tópicos do curso - tem registros de aplicação de mais de 2.500 anos. Além da durabilidade da técnica, o uso da terra crua na construção proporciona economia de energia e emissão de CO2 quase nula, uma vez que não ocorre o processo de queima da matéria prima. Outro ponto importante é o fato de que a terra é o material de construção mais abundante na natureza, o único que conseguiria atender toda a demanda da construção civil mundial de maneira sustentável.
Esta técnica, segundo os organizadores do curso, Possibilita uma diminuição considerável do uso do cimento, um material importante, mas que deve ser empregado de maneira racional por consumir grandes quantidades de energia na sua fabricação além de emitir grandes quantidades de CO2 e outros poluentes e por se tratar de um material não renovável.
Dentre as vantagens de uma construção com terra, estão: a capacidade térmica (conserva o calor no inverno e mantém o ambiente fresco no verão), acústica, regulação da umidade do ambiente, a reutilização e a não geração de entulhos. Com tudo isso, ela contribui para a redução da produção de resíduos sólidos (lixo) uma vez que a construção civil, de acordo com levantamentos recentes, é responsável por 50% de todo o lixo gerado no planeta.
Revestimentos e pinturas convencionais selam e vedam os poros da parede fazendo com que a mesma perca suas propriedades térmicas. Nesta técnica de construção a ser desenvolvida no curso, os revestimentos e tintas naturais são feitos com a própria terra empregada na construção, além da utilização de pigmentos não-tóxicos.
O curso é uma realização do Ybirá Pe Canopy Tour Brasil em parceria com a Associação Brazil Bonito. O valor das inscrições fica em R$ 420,00 para os residentes em Bonito, R$ 600,00 para os moradores de outras cidades (com direito a hospedagem) e R$ 660,00 para parcelamento em até seis vezes através de cartão de crédito. Mais informações podem ser obtidas pelo web site www.bon.com.br/bio/ pelo e-mail mo.mita@hotmail.com ou pelo fone: (67) 8136 9479.
A Secretaria de Desenvolvimento do Centro-Oeste, do Ministério da Integração Nacional, e o Cointa (Consórcio Intermunicipal da Bacia Hidrográfica do Rio Taquari), no Mato Grosso do Sul, vão realizar juntos estudos para a elaboração de projetos de desenvolvimento para a região. A parceria foi definida durante reunião realizada na sede da SCO, em Brasília, com participação de dirigentes do consórcio, prefeitos, diretores e coordenadores da SCO.
Os estudos serão efetivados até a primeira quinzena de abril e os projetos deverão estar prontos até o mês de julho deste ano, para posterior elaboração e assinatura dos convênios. Serão contemplados principalmente os setores de infra-estrutura e recuperação de áreas degradadas. Os recursos de aproximadamente R$ 11 milhões, serão provenientes de emendas de bancada do deputado federal Antônio Carlos Biffi (PT-MS).
O diretor de Desenvolvimento Regional da SCO, Christian Schneider, que coordenou a reunião, explicou que os projetos devem estar em consonância com o Plano Estratégico de Desenvolvimento do Centro-Oeste, além de serem abrangentes, contemplando várias obras em uma mesma rubrica. Para os representantes do Cointa a carência de investimentos nos nove municípios da região é basicamente em rodovias, pontes e máquinas rodoviárias para manutenção das estradas.
O presidente do Cointa e prefeito de Coxim, Moacir Kohl, lembrou que a região do Rio Taquari está entre as mais pobres do Mato Grosso do Sul, necessitando de apoio e investimentos capazes de promover o desenvolvimento econômico e a redução das graves desigualdades que ainda persistem.
Além de Coxim integram também o Cointa os municípios de Sonora, Pedro Gomes, Alcinópolis, Figueirão, Camapuã, São Gabriel do Oeste, Rio Verde e Bandeirantes. Os nove municípios ocupam em conjunto uma área de 45 mil km² no Norte do Mato Grosso do Sul (cabeceiras do Pantanal) e possuem uma população de aproximadamente 130 mil habitantes.
Pesquisa concluída este mês, pela Embrapa Pantanal, Corumbá (MS), unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), revela que a maioria dos méis silvestres produzidos na fazenda Nhumirim, no Pantanal da Nhecolândia, no período de 2006 a 2007, apresentaram padrões de qualidade compatíveis com as normas estabelecidas pela legislação em vigor.
O coordenador do projeto e pesquisador da Embrapa Pantanal, Vanderlei dos Reis, explica que esses dados são relevantes, pois foram obtidos através de análises químicas e sensoriais, que reforçam a excelente qualidade do mel silvestre obtido na região. Ele ressalta que a produção apícola na fazenda Nhumirim foi realizada em caráter experimental e que a Embrapa Pantanal não comercializa mel, atuando com ênfase nas pesquisas e na transferência de tecnologia sobre apicultura.
Reis disse que o principal destaque dos parâmetros analisados diz respeito ao baixo teor de umidade encontrado em todas as amostras e explica que esse dado revela o adequado tempo de validade dos produtos obtidos, já que o baixo teor de umidade propicia condição desfavorável ao crescimento de microrganismos que o deteriorariam.
Outro resultado positivo, salientado pelo estudioso, foi o baixo teor de hidroximetilfurfural (HMF), uma substância formada naturalmente, durante o processo de armazenamento do produto, em função da desidratação da frutose do mel, e que pode alterar o valor nutricional desse produto apícola. "Esse dado indica que o transporte e o armazenamento do mel foram conduzidos de forma adequada em relação às condições climáticas da região, que de forma geral, são muito quentes e que poderiam afetar na qualidade do mesmo. Além disso, vale informar que em méis adulterados o HMF apresenta teor elevado, em função da adição de xarope de milho ou beterrada", explica Reis.
O pesquisador destaca ainda que o teor de minerais encontrado nas amostras analisadas confirma que a produção foi realizada numa área geograficamente "limpa", ou seja, isenta de contaminação por metais pesados. "O conteúdo de minerais gera dados inéditos, que poderão auxiliar na classificação do mel do Pantanal, a partir da correlação da composição dos metais com a origem geográfica. Cabe ainda destacar que a predominância de cores claras nas amostras, aliada ao resultado positivo de aprovação dos participantes das análises sensoriais, em relação ao sabor e impressão geral dos méis pesquisados são favoráveis, e podem resultar num produto de alta aceitação nos mercados nacional e internacional", afirma Reis.
Através desses resultados, a equipe de pesquisadores concluiu que a produção do mel da Embrapa Pantanal, na fazenda Nhumirim, é conduzida de forma adequada, tanto no que diz respeito ao manejo apícola quanto em relação às boas práticas de fabricação. "Sendo assim, esperamos que os conhecimentos validados neste trabalho possam contribuir com novas diretrizes para a expansão da apicultura com qualidade no Pantanal, fornecendo subsídios para a consolidação da cadeia produtiva apícola regional e o desenvolvimento de um produto de alto valor agregado, através de futuras ações como, por exemplo, a certificação de origem geográfica do mel obtido no Pantanal", salientou Reis.
Reis agradece a todos os colegas da Embrapa Pantanal que gentilmente participaram da análise sensorial dos méis e acrescenta que essa pesquisa foi financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), através do Programa de Recursos Humanos para Atividades Estratégicas em Apoio à Inovação Tecnológica (RHAE - Inovação - Processo nº 555365/2005-0).