Notícias de Bonito MS
Se depender da disposição dos proprietários rurais e da animação dos turistas europeus, o Projeto Música no Pantanal veio para ficar. Na abertura de sua programação do circuito Miranda, nas fazendas conjugadas Cacimba de Pedra - Reino Selvagem (226 km de Campo Grande), durante a noite da última segunda-feira (18), os hóspedes e funcionários das propriedades dançaram e cantaram ao som de músicas regionais interpretadas pela dupla Tostão & Guarani (com a colaboração de Michel Martins, na sanfona).
Um grupo de 22 turistas alemães, que se hospedou durante três dias no hotel-fazenda, não resistiu ao som de muito chamamé, toada, arrasta-pé, polca e guarânia. O resultado não poderia ser outro: todos caíram na dança até o início da madrugada de terça-feira (19), interagindo também com funcionários (cozinheiras, camareiras, garçons, peões e pessoal administrativo) da pousada e dos projetos de pecuária (criações de bovinos, ovinos, eqüinos e jacarés) das duas fazendas. A festa só não foi mais longe pelos compromissos que os turistas tinham em tomar o café da manhã às 5h30 e embarcar logo em seguida para o Paraná.
Com 25 anos de carreira e ícone da música regional sul-mato-grossense, a dupla Tostão & Guarani rompeu a barreira entre as línguas portuguesa e alemã através de muita animação, simpatia e descontração, além de contar com o apoio da tradução de Valdir Daenecke, o mais antigo (20 anos de atividade) guia turístico do Pantanal em Mato Grosso do Sul - profissional que domina cinco línguas: português, alemão, inglês, italiano e espanhol.
Antes de vir ao Brasil, o grupo de alemães tinha a opção de um roteiro na Amazônia e outro no Pantanal. Optou pelo último e saiu satisfeito. Pelo menos foi o que garantiu o responsável pelo grupo, o alemão Richard Schrade. "Fomos recebidos com muito carinho e atenção aqui na Cacimba de Pedra; a apresentação musical foi muito boa e fez com que a cultura, a espontaneidade e o calor do brasileiro contagiassem a nós, alemães", disse.
Schrade, que reside em uma região próxima a Stuttgart, comemorou seu aniversário hospedado no hotel-fazenda Cacimba de Pedra. "Aqui eu fui recebido com o quarto todo decorado e com bolo feito para a data; foi muito bom", conta.
A Cacimba de Pedra - Reino Selvagem aproveitou a estréia do projeto musical para oferecer aos hóspedes a "Noite Pantaneira". Uma das atrações para os turistas foi a gastronomia. Antes do show, os hóspedes saborearam o seguinte cardápio: carne de jacaré flambada ao molho de laranja acompanhada de legumes e arroz com açafrão e castanhas; pacu recheado assado, costelas de boi, saladas, frango ao molho e sobremesas (doces pantaneiros).
O cantor Tostão era um dos mais empolgados com a programação cultural inédita iniciada nos hotéis-fazenda pantaneiros. "É uma lacuna que ainda existia em nosso turismo rural; com esta iniciativa não tenho dúvidas de que a atividade nas fazendas só vai crescer; ainda existem muitos produtores rurais que têm uma mina de ouro nas mãos, mas ignoram", opina.
O projeto cultural surgiu a partir de uma idéia da proprietária da Cacimba de Pedra, Rosaura Dittmar, e obteve o apoio imediato das fundações estaduais de Cultura (FCMS) e de Turismo (Fundtur). Seu objetivo é integrar as raízes culturais com o desenvolvimento do turismo rural, levando músicos regionais para apresentações noturnas aos turistas hospedados em cada um dos seis hotéis-fazenda da região de Miranda que aderiram à iniciativa.
A abertura do Projeto Música no Pantanal, na Cacimba de Pedra - Reino Selvagem, contou com a participação dos dois proprietários - Rosaura Dittmar e Gerson Bueno Zahdi - e com a presença da secretária de Turismo de Miranda, Cida Prado, e do presidente da Associação Brasileira de Turismo Rural de Mato Grosso do Sul (Abraturr/MS), Alexandre Costa Marques, dentre outras autoridades.
Alguns rios de Mato Grosso do Sul têm pesca de qualquer natureza proibida permanentemente: rio Salobra, entre os municípios de Miranda e Bodoquena (neste rio a navegação é permitida somente com motor de quatro tempos, de potência de até 15 hp); Córrego Azul, no município de Bodoquena; rio da Prata, nos municípios de Bonito e Jardim; rio Formoso, no município de Bonito; rio Nioaque, nos municípios de Nioaque e Anastácio.
Vale ressaltar que são proibidas a caça e pesca em áreas de unidades de conservação e em trechos de 200 metros acima e abaixo de barragens, corredeiras, cachoeiras, escadas de peixes e embocaduras das baías.
Em outros rios é permitida somente a modalidade pesque e solte, a saber: rio Negro, córrego Lageado, próximo à cidade de Rio Negro, até o limite oeste da fazenda Fazendinha, no município de Aquidauana, além de toda extensão dos rios Perdido, Abobral e Vermelho.
Licença ambiental
Os pescadores amadores (turistas) que se interessam em pescar nos rios do Estado não devem esquecer de tirar a licença de pesca.
A autorização ambiental é individual, tem validade trimestral ou anual, é obrigatória para pesca embarcada ou desembarcada (em barrancos dos rios) e pode ser adquirida nas agências do Banco do Brasil, apresentando o CPF e RG, ou pelo site www.semac.ms.gov.br.
Os pescadores devem obedecer à cota de pescado permitida no Estado, conforme a seguir: piraputanga, 30 cm; curimbatá e piavuçu, 38 cm; pacu, 45 cm; dourado, 65 cm; barbado, 60 cm; pintado, 85 cm, cachara, 80 cm; jaú, 95 cm. A cota permitida por pescador licenciado é de 10 quilos, mais um exemplar de qualquer espécie e cinco exemplares de piranha.
É proibida a utilização de rede, tarrafa, espinhel, cercado, covo, pari, fisga, gancho; garatéia pelo processo de lambada e substâncias explosivas ou tóxicas; equipamento sonoro, elétrico ou luminoso; anzol de galho.
Após a pescaria, o turista deve passar em um posto da Polícia Militar Ambiental (PMA) para preenchimento da guia de controle, que comprova a origem e permite o transporte do pescado em Mato Grosso do Sul e em outros Estados. "A licença e a guia de controle permitirão à PMA avaliar o controle da pesca e dos recursos naturais em todo o Estado, além de informar sobre o comportamento e os destinos dos turistas", garante o tenente Darci Caetano dos Santos.
Informações
A pesca ilegal constitui crime ambiental punível com pena de um a três anos de detenção. A pessoa é presa em flagrante, encaminhada à delegacia de Polícia Civil, podendo sair sob fiança. Também terá todo o material, produto de pesca e veículos apreendidos. Além disso, é feito um auto de infração administrativo, que prevê multa de R$ 700,00 a R$ 100 mil reais, mais R$ 10,00 por kg do pescado irregular.
Três Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN) foram criadas no começo de agosto no Mato Grosso do Sul para proteger 14.280 mil hectares de ecossistemas e de espécies nativas. Agora o estado tem 37 RPPNs que protegem, no total, 128.199 mil hectares, sendo o segundo estado brasileiro em quantidade de áreas protegidas por terras privadas, ficando atrás do Mato Grosso, que possui de 170.980 mil hectares de reservas. A criação das RPPNs é fundamental para a conservação da biodiversidade, ainda mais em um estado como o Mato Grosso do Sul, onde 90% das terras pertencem a proprietários privados, explica Laércio Machado de Sousa, presidente da Associação dos Proprietários de RPPN do estado, a REPAMS.
Heitor Miraglia Herrera, pesquisador do Instituto Oswaldo Cruz e proprietário da recém-criada RPPN Alegria, com 1.128 hectares, localizada em Corumbá (MS), considera que as reservas privadas têm papel fundamental na manutenção da biodiversidade da região. "É visível a velocidade com que o homem vem modificando o ambiente natural. Por isso, decidi manter em minha propriedade uma área destinada para a conservação", diz Herrera. A RPPN Alegria foi criada com recursos do primeiro Edital do Programa de Incentivo às RPPNs do Pantanal, lançado no ano de 2005 e que no início deste mês, a proposta de criação dessa RPPN foi aprovada pelo órgão ambiental do estado. Desenvolvido pela ONG Conservação Internacional (CI-Brasil) em parceria com a REPAMS, o programa, que este ano lançou seu terceiro edital, visa auxiliar proprietários rurais da bacia do Alto Paraguai na criação e na implementação de reservas particulares em suas propriedades.
O gerente do programa Cerrado-Pantanal da CI-Brasil, Sandro Menezes Silva, afirma que não é apenas a biodiversidade que ganha com as RPPNs, mas também o proprietário. "O reconhecimento da RPPN Alegria representa mais uma importante etapa na consolidação das reservas privadas no Mato Grosso do Sul uma vez que demonstra que a conservação da biodiversidade e a produção podem caminhar juntas para a proteção do Pantanal. As RPPNs são um bom exemplo de serviços ambientais que proprietários rurais podem prestar à sociedade", afirma Menezes.
Segundo Albertina Maria de Oliveira, proprietária da RPPN Duas Pedras, de 152 hectares, localizada em Bandeirantes (MS), a criação de uma RPPN mostra como é possível aliar preservação e desenvolvimento. "Acredito que minha atitude pode ajudar a manter amostras de plantas e de animais para meus netos e, conseqüentemente, para o futuro da humanidade", diz Oliveira.
Sousa, presidente da REPAMS, afirma que a disposição dos proprietários rurais em contribuir para a proteção da biodiversidade pode ser incentivada e orientada por associações como a REPAMS, que oferecem tanto apoio financeiro como técnico para a criação de reservas privadas. Em cinco anos de atividades, a REPAMS ajudou a criar 20 RPPNs no Mato Grosso do Sul por meio de apoio financeiro e técnico. "A criação de RPPNs não apenas contribui para a conservação da biodiversidade local, mas também possibilita ganhos em qualidade ambiental nas próprias fazendas", diz Sousa.
Iniciativa privada e conservação - Uma das três reservas privadas criadas neste mês é a RPPN Engenheiro Eliezer Batista, que pertence ao Grupo MMX. A reserva, localizada em Corumbá (MS), protege 13 mil hectares e foi criada com apoio técnico da ONG Instituto Homem Pantaneiro (IHP). Ângelo Rabelo, do IHP, explica que a ONG propôs a criação de uma área natural ao Grupo MMX com o objetivo de mostrar à empresa como ela poderia colaborar de maneira espontânea em ações de conservação, o que, conseqüentemente, contribuiria para sua credibilidade."Esperamos que outros empreendedores apóiem causas relevantes para sociedade, como é o caso da proteção de ambientes de grande diversidade ecológica e que agora estão protegidos de forma perpétua pela RPPN EEB", salienta Rabelo. Eike Batista, empresário e proprietário do Grupo MMX afirma que quer tornar a reserva um modelo para a participação da iniciativa privada no esforço de conservação do Pantanal. "Acredito que as empresas podem ir além de suas obrigações legais contribuindo com o ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade de maneira decisiva para a concretização de uma política nacional de proteção da natureza", conclui.
Os roteiros turísticos de Mato Grosso do Sul são destaque no site http://turismo.ig.com.br. A matéria divulga a Rota Ecoturismo - do Pantanal ao Iguaçu, Rota Pantanal - Bonito, Rota Travessia do Pantanal e o Corredor Turístico Bioceânico.
Outra notícia é que o Guia Quatro Rodas escolheu três passeios turísticos de Mato Grosso do Sul para concorrer com outras 23 atrações de todo o Brasil à "melhor atração do País". A Gruta do Lago Azul, a flutuação no rio Sucuri, ambos em Bonito, e a flutuação no rio da Prata, em Jardim, representam o turismo sul-mato-grossense. O vencedor do concurso será escolhido pelos internautas. Acesse o endereço: http://viajeaqui.abril.com.br/g4r/ para na sua atração preferida.
Um jogador de futebol de Bonito vai integrar as categorias de base do Goiás Esporte Clube, time da primeira divisão do esporte no Brasil. O sul-mato-grossense de Bonito, Eduardo Raphael, de 15 anos, foi vendido neste mês, após ser escolhido por olheiros da equipe goiana.
O atleta, segundo volante, mais conhecido como Edu, atuava no Clube Atlético Santo Antônio, de Bonito, onde era treinado pelo técnico Pastoril, que também já jogou pelo Goiás.
Outros dois jogadores, o atacante Kadiuel, e o volante Timóteo, foram selecionados para integrarem a categoria sub-13 do time goiano, e o atacante Marquinhos, de 18 anos, foi negociado ao Anápolis Futebol Clube e já deve atuar no Campeonato Goianao de Futebol Sub-20, que começa no dia 23 de agosto. Todos são atletas de Bonito.
Inaugurado há três meses, o novo passeio do Recanto Ecológico Rio da Prata revela as surpresas e belezas das águas do Rio da Prata em Jardim-MS.
Para os turistas que passarem pela cidade de Bonito e Jardim, no estado de Mato Grosso do Sul, o atrativo turístico Recanto Ecológico Rio da Prata agora oferece a opção do passeio de mergulho com cilindro, feito com instrutores capacitados e em turmas de no máximo duas pessoas, por instrutor.
O novo passeio é fruto de uma parceria entre a operadora de mergulho de Bonito-MS Caiman Escuba Dive e o Recanto Ecológico Rio da Prata. Ao contrário de muitos passeios nesta modalidade, para mergulhar no Rio da Prata não é necessário ter curso, qualquer pessoa acima de 10 anos de idade, sendo experiente ou não na área de mergulho, pode fazer o passeio, que é guiado por um profissional certificado internacionalmente.
Para o instrutor de mergulho e guia do passeio Rudimar Guerini, que trabalha há 10 anos com turismo e 8 com mergulho, e também é um dos proprietários da operadora Caiman Escuba Dive, muitas pessoas possuem pouca informação sobre mergulho e acreditam que nem todo mundo pode fazer: "Existe um trabalho para mudar essa idéia, este é o ponto chave que estamos desenvolvendo. A maioria pensa que tem que ter curso pra mergulhar". Ele revela que a operadora, com apoio da equipe do Rio da Prata, está fazendo um trabalho para informar melhor sobre a modalidade. São três etapas que envolvem visitas às agências e operadoras de turismo locais esclarecendo sobre o novo passeio, visita técnica ao passeio e fornecimento de materiais e mini consultorias para dar continuidade às informações.
O instrutor comenta que o passeio ainda é recente e tem apenas o mês de julho de 2008 como referência no número de procura pelos turistas, mas acrescenta: "A melhor época de mergulho no Prata é esta que estamos passando, quando as chuvas diminuem e o rio fica mais cristalino". O trabalho de divulgação e informação que vem sendo feito garante o aumento da visitação para as próximas temporadas: "Com certeza aumentará a procura, e penso em até dobrar o número comparado a julho deste ano", completa Rudimar.
O passeio tem duração de 40 minutos aproximadamente. O percurso é de 600 metros com profundidades de até 7 metros. A visibilidade atinge de 10 a 25 metros e a temperatura da água varia de 20 a 25 graus Celsius.
Mais informações através do site: www.submundodive.com.br/mergulho.
Já estão em Mato Grosso do Sul dois espanhóis e um italiano, sorteados em maio para conhecer o turismo do Estado. O sorteio foi realizado entre os agentes e operadores convidados para participar do Road Show realizado pela Fundação de Turismo, na Europa. Quatro cidades fizeram parte do roteiro do evento (Munique, Milão, Barcelona e Lisboa), que teve o intuito de promover e divulgar o destino Mato Grosso do Sul para agentes de viagem e operadoras de turismo européias.
Os espanhóis Ramon Domingues Garcia e Teresa Cuesta Brunet, de Barcelona, e o italiano Mirko Verunanini, de Milão, começaram o Fam Trip coordenado pelo Gopan - Grupo de Operadoras de Turismo do Mato Grosso do Sul, no dia 15 de agosto. Eles desembarcaram em Campo Grande pela manhã, conheceram a sede da Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul e seguiram para a Fazenda San Francisco, com uma pausa para o almoço no Pioneiro, um restaurante com comida típica regional. Já na fazenda, o roteiro incluiu passeio de chalana, jantar e focagem noturna. O pernoite foi na Pousada Águas do Pantanal, em Miranda.
No sábado (16) pela manhã os europeus visitaram a Fazenda Xaraés. O acesso à Pousada foi feito pela BR 262 e pela Estrada Parque Pantanal, uma estrada protegida por causa da beleza e riqueza natural que possui. Durante o percurso eles puderam avistar muitas aves, jacarés, capivaras e até mesmo cervos. Após o almoço na fazenda, passearam a cavalo pelos campos e brejos do Pantanal do Abobral e à noite assistiram a slide show sobre o Pantanal.
No dia seguinte continuaram a viagem pela Estrada Parque passando por um dos trechos mais belos, com destino a Corumbá, cidade histórica onde eles puderam contemplar o belo casario do porto e fortes da época da guerra do Paraguai. O passeio pela cidade teve como ponto alto o almoço no Restaurante Ceará, uma casa regional que oferece as mais variadas formas de peixe de água doce. À tarde, os visitantes puderam desfrutar de um passeio de Chalana pelo Rio Paraguai. A noite foi livre, com pernoite no Hotel Nacional.
Nesta segunda-feira (18), o Fam Trip segue para a cidade de Bonito, com almoço na Estância Mimosa. No atrativo, que fica no meio do caminho do Pantanal a Bonito, os europeus participam de uma trilha ecológica em meio a cachoeiras. No final do dia seguem viagem até Bonito, onde jantam e pernoitam no Hotel Águas de Bonito. Hoje (19) pela manhã o passeio é a flutuação na nascente do Rio Sucuri, um dos rios mais belos de Bonito, onde os visitantes têm a oportunidade de mergulhar entre os diversos peixes da região. Após o almoço na fazenda, eles fazem o passeio de bote e no final do dia retornam ao hotel, com a noite livre.
No último dia do Fam Trip (20/08) os profissionais do turismo fazem o passeio de contemplação na Gruta do Lago Azul, onde a beleza encantadora do local fecha com "chave de ouro" a visita aos atrativos de Mato Grosso do Sul. Após o passeio eles voltam a Campo Grande e embarcam à tarde para a Europa.