Notícias de Bonito MS
A coordenação de Saúde Bucal da Secretaria Municipal de Saúde de Bonito vai lançar no próximo dia 13 de outubro a 2ª Gincana de Saúde Bucal, com o objetivo de conscientizar crianças e adolescentes sobre a importância do cuidado com os dentes.
O evento contará com a participação de oito escolas municipais e duas escolas particulares e vai premiar os melhores colocados - de 10 até 15 anos - em um concurso de redação com o tema Educar Para Sorrir. Na faixa de 05 até 09 anos serão premiados os primeiros lugares de um concurso de desenhos.
Como parte da programação será realizada uma palestra para a comunidade no dia 16 de outubro na Câmara Municipal, ministrada pela professora doutora Rosane Giordano de Barros, diretora da Faculdade de Odontologia da UFMS, que abordará o tema Doença da Boca. A gincana será encerrada no dia 23 de outubro.
A 5ª edição da Feira Nacional de Turismo Rural (Feiratur) que deveria começar dia 1º, foi transferida para o fim do ano. A organização do evento comunicou, oficialmente, que a nova data para sua realização acontece no período de 20 a 22 de novembro de 2008. O evento fica confirmado para o Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo, em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Com a alteração, busca-se fugir do período pré-eleições municipais e evita-se, também, uma sobreposição de datas com o 9º Festival de Inverno de Bonito - a Feiratur estava agendada para 01 a 03/08 e o festival para 30/07 a 03/08.
A informação sobre a alteração da data foi feita através da distribuição de um comunicado oficial a parceiros, expositores e entidades representativas da área de turismo e agronegócios. "Em função do período que antecede as eleições municipais deste ano a participação do setor público na feira estava inibida pela própria legislação brasileira", explica o presidente da Associação Brasileira de Turismo Rural do Mato Grosso do Sul (Abraturr/MS), Alexandre Costa Marques. "Além disso, poderíamos comprometer a Feiratur e o Festival de Bonito com a divisão de público em função da coincidência de datas, e isso não seria ideal para ninguém", completa.
A reserva antecipada é fundamental. Os passeios podem ser mais ou menos radicais e mais ou menos familiares, mas, em todos, o turistas estará cercado de fauna e flora, tanto nas grutas do Lago Azul e de São Miguel quanto na praia da Figueira ou nas cavernas.
Considerada a "menina dos olhos" de Mato Grosso do Sul, a serra da Bodoquena, no sul do Estado, guarda belezas naturais encantadoras que atraem 70 mil turistas durante o ano, em busca de diversão e paz. Há 15 anos no caminho dos aficionados, Bonito é o grande responsável pelo fluxo de amantes da natureza.
De Campo Grande, capital sul-mato-grossense, são 330 km para chegar aos municípios de Bonito, Jardim, Miranda, Porto Murtinho e Bodoquena, cidades que servem de apoio às regiões do Pantanal e do Nabileque e que são o portal de acesso às fronteiras do Brasil com o Paraguai e a Bolívia.
Três horas e meia de viagem de carro conduzem o visitante de Campo Grande a Bonito, que, em uma primeira impressão, parece ser apenas um pequeno e pacato município. No centro da cidade, a sensação é de um lugar cheio de vida, mas de pouco contato humano, havendo apenas bonitenses (moradores da região). Isso porque os visitantes do local certamente estão ocupados com a enorme diversidade de atrativos naturais para todas as idades.
A riqueza da fauna e a beleza da vegetação, de diversos tipos e tamanhos, podem ser vistas por toda parte. Muitas espécies são raras e estão em extinção. A preservação do local é uma conquista da organização e da preocupação dos próprios moradores, que fazem do município um dos maiores pólos turísticos do país, atraindo pessoas do mundo inteiro.
Quase todos os lugares abertos para visitação são de propriedade particular e estão dentro de fazendas. Algumas desenvolvem apenas as atividades turística e de preservação natural. Outras procuram harmonizar a pecuária com o ecoturismo. A fragilidade ambiental da região motivou o controle do número de visitantes.
Em Bonito existem mais de 40 atrativos turísticos. Nos passeios de cachoeiras, o número de visitantes por guia varia entre 12 a 15 pessoas, com intervalo de 30 minutos para a saída de cada grupo. Nos de flutuação, o número diminui, variando entre oito a dez pessoas por guia, também com intervalo de 30 minutos entre cada grupo. Segundo Jussara Coinete Veron, presidente do Bonito Convention & Visitors Bureau, inaugurado nesta semana, cada passeio recebe de 150 a 350 visitantes por dia.
"Os mais sensíveis são as cavernas e as flutuações em nascentes." A limitação tem um motivo: "Bonito é um modelo e tem um projeto inovador de ecoturismo. Existem critérios de mínimo impacto, de sustentabilidade dos passeios", explica José Zuquim, da operadora Ambiental, uma das pioneiras no destino sul-mato-grossense.
Assim, quando o turista chega a Bonito, deve obrigatoriamente passar por uma agência local para agendar seus passeios, pegar os respectivos "vouchers" e seguir para o atrativo acompanhado de um guia de turismo. A reserva antecipada é fundamental.
Os passeios podem ser mais ou menos radicais e mais ou menos familiares, mas, em todos, o turistas estará cercado de fauna e flora, tanto nas grutas do Lago Azul e de São Miguel quanto na praia da Figueira ou nas cavernas.
Entrar em um buraco ou em uma caverna pode parecer claustrofóbico, mas, de fato, é deslumbrante. As cavernas e grutas dessa região são obras de arte da natureza. Numa delas, estalactites brilham. São mil reflexos coloridos espelhando-se no lago.
Comece pela gruta do Lago Azul. Após percorrer uma trilha, onde avistam-se espeleotemas --formações minerais nas cavernas--, visualiza-se o lago de águas muito azuis e com mais de 80 m de profundidade. Pela beleza e fragilidade, a área da gruta foi transformada em monumento natural, garantindo sua preservação. Depois, siga para a gruta de São Miguel, sem água, mas encantadora, a 16 km do centro.
Apesar de ser conhecido como um lugar de esportes radicais e de ecoturismo, Bonito tem opções para agradar a famílias. A praia da Figueira, a 14 km do centro, é um exemplo. Há pouco mais de um ano, o mirante foi erguido em torno de uma figueira centenária. Depois do almoço, é o lugar predileto de preguiçosos. As águas cristalinas ficam cercada de piraputangas e de curimbas.
O Caravana Brasil Internacional, projeto do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), realizará entre a próxima segunda-feira (06/10), até dezembro, cinco ações trazendo cerca de 200 profissionais estrangeiros de turismo para conhecer destinos brasileiros. A primeira edição apresentará São Luis e os Lençóis Maranhenses (MA) para operadores vindos da França.
Entre os dias 7 e 14 de outubro, acontece a Caravana Grand Voyage - Crescendo Brazil, que trará ao país 22 agentes de viagem da Europa (incluindo países do Leste Europeu) para visitar Salvador e Costa do Sauípe (BA), a cidade do Rio de Janeiro (RJ) e Foz do Iguaçu (PR).
Para o 30º Encontro da Associação Brasileira das Operadoras de Turismo - Braztoa, que acontece nos dias 6 e 7 de novembro, serão 60 operadores internacionais. Na ocasião, em São Paulo, participarão de um encontro de negócios com operadores brasileiros especializados em receptivo internacional. Antes, visitarão Natal e Praia da Pipa (RN), Salvador e Praia do Forte (BA), Foz do Iguaçu (PR), Manaus (AM), Brasília e Pirenópolis (GO), Rio de Janeiro e Paraty (RJ), Estrada Real (MG), Florianópolis (SC) e Bonito (MS), além da cidade de São Paulo.
Em novembro, entre os dias 12 e 19, é a vez da Caravana Brasil no Festival de Turismo de Gramado, quando 20 agentes e operadores da América Latina estarão no Rio Grande do Sul participando de uma rodada de negócios durante o festival. Além de Gramado, os profissionais vão conhecer Porto Alegre, Canela, Nova Petrópolis, Caxias do Sul, Bento Gonçalves, Carlos Barbosa e Garibaldi. E entre 25 novembro e 4 de dezembro, 100 agentes da operadora alemã Top Meiers´s Weltreisen visitarão Natal (RN), Salvador (BA) e a cidade do Rio de Janeiro.
Há duas semanas o Centro de Reabilitação de Animais Silvestres de Campo Grande vive dias agitados. Uma das salas foi transformada em berçário de centenas de filhotes de papagaios, vítimas do tráfico de animais silvestres, recapturados pela Polícia e que agora vivem uma luta diária pela sobrevivência.
A primeira leva de filhotes chegou dia 19. Foram apreendidos 392, mas 39 deles já chegaram sem vida ao Cras, lembra o coordenador Vinícius Andrade Lopes. Nos dias seguintes, apesar do zelo dispensado pelos funcionários de centro, outros filhotes não resistiram. Restaram 326 pequenos papagaios, de diferentes idades, alguns haviam acabado de nascer quando caíram nas mãos dos traficantes, outros já começavam a desenvolver plumagem.
Hoje chegaram outros 219 filhotes. Era para ser 220, mas um morreu no caminho. Esses filhotes foram capturados em Ivinhema e recapturados em São Paulo. Como estavam muito enfraquecidos, passaram alguns dias em recuperação na cidade de Presidente Prudente antes de serem trazidos ao Cras.
O homem que levava os filhotes, Adelino Galindo da Silva, de 43 anos, foi multado, autuado e liberado. Se condenado, pode pegar se seis meses a um ano de detenção. Longe dos ninhos e dos cuidados dos pais, os pássaros lutam desesperadamente para viver. Alguns não conseguem.
Por dia, os agora 545 filhotes de papagaio consomem sete quilos de papa, uma ração especial desenvolvida para a espécie. O governo do Estado adquire o alimento; no mercado cada pacote de seis quilos custa R$ 200.
Alessandra Carvalho
Eles ocupam uma sala do Cras, transformada em berçário. São no máximo 12 aves em cada caixa, sistema especial de aquecimento e muita paciência para alimentá-los. Os 15 funcionários do Cras estão engajados na luta para dar vida aos pássaros, diz Vinícius Lopes.
Será assim por pelo menos três meses, quando as aves já desenvolvem plumagem e passam a se alimentar sozinhas. Depois vem outra etapa importante: aprender a voar. Nessa idade eles já estarão em viveiros cercados. Só quando dominarem a técnica é que poderão retornar à natureza.
Foi publicado no Diário Oficial de ontem (2), a oficialização do Festival de Inverno de Bonito, feita pelo governador André Puccinelli por meio da lei n° 3.568 de 1° de outubro de 2008. O evento foi incluído no Calendário Oficial de Eventos do Estado e será realizado entre os meses de julho e agosto de cada ano.
O Festival de Inverno de Bonito, tem anualmente em sua programação exposições de artes plásticas, dança, teatro, feira de artesanato, filmes, documentários, oficinas, malabares, cursos e apresentações musicais de artistas de renome nacional e regional. Além da tradição de unir cultura, arte, responsabilidade social e preservação ambiental.
Neste ano, em sua 9ª edição, cerca de 50 mil pessoas participaram do Festival de Inverno de Bonito, conforme previsto pelos realizadores do evento, o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul em parceria com a prefeitura de Bonito.
Durante a abertura do evento, o governador André Pucinelli anunciou a data da 10ª edição do Festival, que será realizado de 29 de julho a 2 de agosto de 2009.
Quanto vale um bioma? A pergunta pode parecer maluca, mas, se o bioma em questão for o Pantanal, ela já pode ser respondida: US$ 112 bilhões por ano, no mínimo. Várias ordens de grandeza mais que o máximo de US$ 414 milhões anuais que a devastação do local gera.
O cálculo foi feito por um pesquisador da Embrapa Pantanal, em Corumbá, e põe pela primeira vez em perspectiva o valor dos serviços ambientais prestados pela maior planície alagável fluvial do mundo, comparados com aquilo que é gerado pela pecuária, a mais rentável atividade econômica praticada na região.
Segundo o oceanógrafo e economista gaúcho André Steffens Moraes, "perdido no Pantanal desde 1989", um hectare preservado do bioma que detém a maior concentração de fauna das Américas vale entre US$ 8.100 e US$ 17.500 por ano. A conta é detalhada em sua tese de doutorado, recém-defendida na Universidade Federal de Pernambuco e disponível para download (www.cpap.embrapa.br/teses).
Nela, Moraes inclui valores potenciais de coisas como madeira, produtos florestais não-madeireiros e ecoturismo. Mas também de coisas que não estão e nem podem ser colocadas facilmente no mercado, como o valor da polinização feita por aves e insetos, o controle de erosão e, principalmente, a oferta e regulação de água -produtos e serviços que são perdidos quando a vegetação tomba. "Eu analisei quanto a sociedade perde quando se desmata", disse o pesquisador.
Estilo Zé Leôncio
Com terras que ficam alagadas até 8 meses por ano, impróprias para a agricultura e abundantes em gramíneas, o Pantanal parece combinar com a pecuária, única atividade -além do turismo- rentável ali. Hoje há 5,3 milhões de cabeças no bioma, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A pecuária também parece combinar com o Pantanal: como o capim faz parte do ecossistema, não é preciso recorrer ao desmatamento para criar gado. Há no bioma uma coexistência pacífica única no Brasil entre gado e fauna, que acaba tornando os fazendeiros da região conservacionistas, no melhor estilo Zé Leôncio (o fazendeiro consciencioso da novela "Pantanal", interpretado pelo ator Cláudio Marzo).
No jargão dos economistas, esse pecuaristas são considerados "satisficers" (saciadores) e não "maximizers" (maximizadores). Segundo Moraes, o gado é de certa forma bom para a fauna: com carne de sobra, a pressão de caça diminui.
Desmate na cordilheira
O problema é que viver como Zé Leôncio não é para quem está interessado em grandes lucros: "A pecuária é extensiva, então a rentabilidade é baixa", afirmou Moraes à Folha. Para ser exato, cada hectare de boi em pasto nativo rende US$ 12,5 ao ano para os produtores.
E é claro que pouca gente quer ser Zé Leôncio hoje em dia. A partir dos anos 1970, um aumento na demanda por carne associado a uma inundação no rio Taquari que diminuiu a área de pasto natural fez os fazendeiros começarem a derrubar as matas nas chamadas cordilheiras, as áreas de floresta que ficam secas o ano todo.
Sem a dor-de-cabeça de precisar tirar o gado todo ano quando o pasto alaga --que reduz o peso dos animais--, quem cria gado nas cordilheiras ganha mais dinheiro: US$ 28 por hectare ao ano.
Isso obviamente teve impacto direto sobre o bioma. Até 1991, apenas 545 mil hectares de mata nativa pantaneira haviam tombado. Em 2000 já era 1,2 milhão de hectares, ou 30% da área do Pantanal.
"O pecuarista não tem alternativa produtiva. O mercado o pressiona para desmatar e pôr pasto", diz Moraes. "Quando ele faz isso, as ONGs e a sociedade criticam, mas eu como pecuarista faria a mesma coisa."