Notícias de Bonito MS
Acontece desde domingo (7), em Bonito, o Fórum Nacional do Mercado de Ecoturismo, que reúne turismólogos, universitários, micro e pequenas empresas, ONGs, agências de turismo e empresários de eco-hotéis, eco-pousadas e de hotéis fazenda, para discutir e propor melhorias para um dos setores de maior desenvolvimento dentro do mercado turístico brasileiro, e, em especial, sul-mato-grossense.
"O ecoturismo, ou turismo de natureza, é o principal produto que Mato Grosso do Sul tem a oferecer. As variadas belezas naturais e a exuberância de lugares como Jardim e Bonito tem atraído cada vez mais turistas. O Fórum é o momento de analisar a situação, e planejar a qualidade dos serviços que iremos oferecer", afirma Nilde Brum, diretora-presidente da Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul (Fundtur).
Nilde realizou a abertura oficial do evento no domingo (7) e no dia 8 ministrou palestra sobre as estratégias de ecoturismo que o Estado pretende implantar. "A intenção é fomentar ações de ecoturismo que integrem produtos e serviços de outros Estados, e também dos países vizinhos, como Paraguai, Bolívia e Uruguai, que já tem se mostrado extremamente produtiva", complementa Nilde.
Entre os principais focos das discussões do Fórum, está o desenvolvimento do ecoturismo amparado no tripé da sustentabilidade ecológica, econômica e social. Ontem, foram discutidas as políticas públicas amparadas pelo Ministério do Turismo, que conta com representantes em Bonito.
Ainda serão abordados temas como o mercado japonês, que tem se interessado tanto em usufruir como em investir no ecoturismo sul-mato-grossense. O Fórum Nacional do Mercado de Ecoturismo segue até hoje (10), no Centro de Convenções de Bonito, localizado na Rodovia MS-178. A realização é da Fundtur, Seprotur, Ministério do Turismo e Bonito Convention and Visitors Bureau.
Mais informações no endereço www.forumecoturismo.com.br.
Entre os grandes destaques da atuação do Ministério do Turismo no ano de 2007, o responsável pela pasta, Luiz Barretto, destaca o Prodetur Nacional. De acordo com ele, os estados estão se interessando cada vez mais pelo programa. "Ele não é uma arma só para o Nordeste, mas também está em todo o território", afirmou durante a reunião do Fornatur, que aconteceu em Belém, na Fita 2008.
O ministro ainda adiantou que em 2009 e 2010, o MTur vai arcar com 40% das verbas destinadas pelo programa. O restante, outros 60%, ficarão a cargo do BID. Segundo o diretor do Prodetur Nacional, Edmar Silva, apenas Bahia, São Paulo, Rio Grande do Sul, Acre, Amazonas, Rondônia, Maranhão, Mato Grosso e o Distrito Federal ainda não apresentaram suas cartas-consulta.
Empresários proprietários de barco hotéis que operam no rio Paraguai criam a 1ª Confederação de Barcos Hotéis da região. A proposta foi anunciada oficialmente na semana passada, no encerramento dos trabalhos do projeto "Rede de Cooperação Técnica para a Roteirização Travessia do Pantanal", coordenado pela Fundtur (Fundação de Turismo do Mato Grosso do Sul). Os trabalhos foram realizados entre os dias 3 e 5 de dezembro no auditório do Sebrae Regional Pantanal, em Corumbá (MS).
Para um dos idealizadores da Confederação, o presidente da Asatec (Associação Ambientalista Turística Empresarial de Cáceres), Cairo Bernardino, a iniciativa só pode ser formalizada graças ao projeto coordenado pela Fundtur, que integrou os empresários do setor. Ele também relevou que a entidade, além integrar, deverá defender e fomentar o turismo na região. "O projeto prevê a sustentabilidade do turismo e nos deu a oportunidade de unir o setor em um mesmo objetivo", comentou.
Geraldo dos Santos Veríssimo Jr., presidente da Acert (Associação das Empresas Regionais de Turismo de Corumbá), adiantou que a primeira reunião oficial da entidade - ainda sem nomenclatura e estatuto definidos - irá ocorrer no dia 9 de fevereiro de 2009, em Cáceres. Na oportunidade o projeto coordenado pela Fundtur irá realizar a travessia técnica do Pantanal a partir de Mato Grosso, em direção ao Mato Grosso do Sul.
"A formalização oficial será celebrada em Cáceres, mas o passo mais importante já foi dado em Corumbá", comemorou o empresário que responde por uma indústria que gera 4,8 mil empregos direitos e mantém 34 barcos em atividade na região.
Segundo a coordenadora de turismo do Sebrae/MS, Márcia Rocha, a iniciativa, primeira que busca integrar as duas regiões desde 1977 - quando os dois estados foram divididos - é um marco histórico para o turismo no Pantanal. "Sem dúvida nenhuma, esta proposta comprova que o Centro-Oeste está cada vez mais unido", elogia.
O coordenador de Projetos, Fomento e de Eventos da Setur (Secretaria Municipal de Turismo (Corumbá), José Carvalho Júnior, concorda com a coordenadora de Turismo do Sebrae/MS. Ele acredita que o papel estratégico dos gestores públicos e institucionais é justamente fomentar o setor, e permitir a diversificação dos produtos. "Só temos força quando se trabalha junto, e uma das metas da Setur para Corumbá é a diversificação, e isso só ocorre apoiando os empresários em novas alternativas", conclui.
Travessia do Pantanal - Ao término dos trabalhos da "Rede de Cooperação Técnica para a Roteirização Travessia do Pantanal", foram apontados os nomes das instituições que devem compor o Conselho Gestor do projeto - a entidade também só será formalizada em fevereiro do próximo ano, em Cáceres - e realizada uma visita técnica aos principais pontos turísticos de Corumbá.
Dentre os nomes indicados como representantes ao Conselho estão: Acert, Setur, Asatec, Sematur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Turismo de Cáceres), Sebrae/MT , Arpan (Associação dos Receptivos de Pesca Amadora e Preservação do Pantanal - Poconé), ABAV - MS, Gopan - MS, Sectur (Secretaria Municipal de Turismo, Industria e Comercio de Porto Murtinho) , Fundtur, Sedtur (Secretaria de Desenvolvimento do Turismo de Mato Grosso.
Hoje será inaugurada a agência de turismo BWT que comercializará oficialmente as passagens do Trem do Pantanal, o qual fará a viagem inaugural no dia 8 de maio de 2009. Com inauguração da agência, o novo destino turístico do Brasil já começa a ser divulgado no país e no exterior pelo grupo HigiServ, que é dono da BWT. "Essa divulgação garante trem cheio já no primeiro dia de operação do Trem do Pantanal", prevê Adonai Aires de Arruda Filho, diretor comercial da agência.
A BWT, e o grupo a qual pertence, já tem experiência na exploração turística de roteiros ferroviários. De acordo com Arruda, desde 1997 a companhia explora o trecho de Curitiba até Paranaguá, no Paraná. "Já são mais de um milhão de turistas que conheceram a Serra do Mar através da BWT", conta.
Em Mato Grosso do Sul, o grupo será responsável não somente pela venda de passagem, mas também pela operação do trem, que será feita pela empresa Pantanal Express.
A empresa já tem cinco vagões prontos para entrar em operação no trecho, que, inicialmente, será de Campo Grande/Aquidauna/Miranda. Futuramente, o Trem do Pantanal chegará até Corumbá. O preço dá passagem já está definido, começa com R$ 39 e vai até R$ 126, e estará a venda até fevereiro. Moradores da região terão um desconto na tarifa. Mais quatro vagões estão sendo preparados para entrar em operação, o que dará ao Trem uma capacidade de quatrocentos passageiros.
As passagens poderão ser comercializadas por qualquer agência. "Mas a BWT vai oferecer roteiro integrados. Por exemplo: o turista pode ir até Miranda e de lá seguir para bonito, ou ir mais adiante até Corumbá por outro meio", adianta Arruda.
O diretor explica ainda que, no trajeto até Miranda, o turista poderá conhecer muito da história de Mato Grosso do Sul e até mesmo da ferrovia. "Além disso, os passageiros passaram por lugares de beleza magnífica como os morros em Piraputanga, e ainda observar vários tipos de pássaros e o próprio Pantanal", conta.
Social - A BWT inicia, também amanhã, um treinamento para o pessoal que vai trabalhar no Trem do Pantanal. "Esperamos que um bom fluxo de turistas estrangeiros, para isso, todo o pessoal envolvido no roteiro tem de estar bem treinado. Nós sabemos disso porque, dos turistas que visitaram a Serra do Mar com a gente, 18% são de fora do país", disse lembrando que 100% da mão de obra será local.
O lançamento da BWT será na sede da agência, que fica na Rua Jeribá 485, Chácara Cachoeira. Estão previstas as presenças do governador do Estado, André Puccinelli, da secretária de Desenvolvimento Agrário, da Produção da Indústria do Comércio e do Turismo, Tereza Cristina, entre outras autoridades.
Trafegar na Estrada-Parque tornou-se mais seguro o ano todo, graças a manutenção do leito natural e das pontes de madeira mantida pela Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos). O grande problema da via era o longo período sem recuperação dos trechos destruídos pela chuva e atoleiros.
Mesmo com as chuvas que caíram nas últimas semanas e o intenso movimento de caminhões transportando gado comercializado nos leilões que ocorrem na região da Nhecolândia, a estrada encontra-se em excelentes condições. O mesmo ocorre com as pontes. Apenas uma, no km 34 da MS-184, está em reforma.
O diretor-executivo da Agesul em Corumbá, arquiteto Luiz Mário Anache, informou que por ordem do governador André Puccinelli está sendo mantido um acampamento com maquinários no entorno da estrada para atender os trechos críticos na MS-184, onde existe concentração de areia. Quando chove, surgem atoleiros.
"Estamos dando atenção especial nesse período de piracema, quando cessa a pesca e os turistas procuram mais a Estrada-Parque para contemplar suas belezas naturais", disse Anache. Segundo ele, o outro trecho da unidade de conservação, servido pela MS-228, é menos problemático porque a pista está encascalhada.
A ação do Governo do Estado animou o trade turístico, que sempre reclamou do abandono da estrada. O proprietário do Parque Hotel Passo do Lontra, João Venturini, destacou que o apoio da Agesul fortalece a atividade e dá maior credibilidade ao destino, onde a questão do acesso era um dos entraves para atrair o turista.
"Hoje não temos apenas restauração do acesso, mas sua manutenção, o que é uma garantia para quem compra um pacote e para o empreendedor", disse Venturini, uma das lideranças da região e pioneiro em ecoturismo no Pantanal. "Hoje contamos com respaldo do Estado e também da Prefeitura de Corumbá", ressaltou.
Apesar de registrar um crescimento anual estimado em 20% no mundo e 10% no Brasil, o segmento do ecoturismo no país ainda tem uma participação e uma valorização inexpressiva. A conclusão é de Nilde Brun, presidente da Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul.
Ao participar da solenidade oficial de abertura do Fórum Nacional do Mercado de Ecoturismo, no dia 07/12 em Bonito (MS), a dirigente destacou o potencial deste segmento e fez um apelo para que sejam fortalecidas ações de marketing e de comercialização junto aos grandes distribuidores no sentido de consolidar programas nestes destinos.
"No entanto, a participação do Brasil no mercado do ecoturismo ainda é inexpressiva, considerando que o país já possui muitos produtos, além de ter potencial para desenvolver vários segmentos do turismo na natureza e ecoturismo".
Para João Moreira, presidente da Confederação Brasileira de Convention & Visitors Bureaux (CBC&VB), e coordenador da Câmara Temática de Promoção e Apoio à Comercialização (CTPAC) do Ministério do Turismo os dados de uma pesquisa sobre o perfil do mercado consumidor internacional mostram que o Brasil precisa superar vários desafios para aumentar o número de turistas internacionais para o país, inclusive no que diz respeito à infra-estrutura aéreo-portuária.
Ele destacou que o município de Bonito, que é uma referência em turismo ecológico, com a viabilização do acesso aéreo e a infra-estrutura de eventos que possui, tem todas as condições de sediar eventos de porte mundial na área.
O presidente da Associação Brasileira das Empresas de Turismo de Aventura (Abeta), Jean-Claude Razel, destacou que o ecoturismo deixou de ser uma atividade demandada exclusivamente por aficcionados por natureza ou viajantes aventureiros. "Atualmente o ecoturismo tem demanda globalizada e atrai tanto o turista de lazer, quanto o mercado corporativo e o público de eventos". Ele destacou ainda que o Brasil tem excelentes destinos e que hoje, 17 municípios brasileiros estão em processo de certificação, com o projeto Aventura Segura, desenvolvido pela Abeta.
o Aventura Segura é um programa que visa a segurança, a normalização e certificação de empreendimentos do segmento. A iniciativa pretende refletir numa maior promoção e comercialização dos destinos de aventura e natureza do Brasil.
Presença - Importantes lideranças do turismo prestigiaram a cerimônia de abertura do Fórum. Além de João Moreira, Jean-Claude Razel e Nilde Brun, a solenidade contou com a presença de Jurema Monteiro, coordenadora geral de apoio à comercialização do Ministério de Turismo; Mário Beni, membro da Organização Mundial do Turismo (OMT), e coordenador de pós-graduação em Turismo da Eca/USP; Augusto Mariano, Secretário de Turismo de Bonito-MS; e Israel Waligora, representando a Braztoa.
O evento teve a participação de empresários do setor, entre eles: Patrick Mullher, de Fernado de Noronha (PE); Daniel Spinelli, do Paraná e de empresários locais como Eduardo Coelho, do Recanto Ecológico Rio da Prata e Marcos Dias, do Abismo Anhumas.
O Fórum tem o apoio do Ministério do Turismo numa promoção da Fundação de Turismo do Mato Grosso do Sul, em parceria com o Bonito Convention & Visitors Bureau e de diversas entidades como o Sebrae, Senac-MS, Prefeitura Municipal de Bonito, Conselho Municipal de Turismo de Bonito, Associação dos Atrativos Turísticos de Bonito e Região (Atratur), Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (Abeta).
O governador André Puccinelli afirmou ontem que nunca irá permitir a instalação de usinas de álcool e açúcar nem no Pantanal Sul-Mato-Grossense e nem na planície pantaneira.
Ele ressaltou ainda que o governo não permite sequer confinamento de gado no Pantanal. Lá apenas pode ser criado gado solto.
A possibilidade de instalação de usinas na Bacia do Alto do Rio Paraguai, na região do Pantanal, gerou polêmica em 2005. Na época, o Governo Zeca tentou mudar a legislação para permitir a implantação de usinas na região.
Os ambientalistas fizeram diversas manifestações e o projeto ganhou repercussão nacional, após o ambientalista Francisco Anselmo Barros, o Francelmo, atear fogo no próprio corpo, durante manifestação em Campo Grande, em defesa do Pantanal. A proposta foi rejeitada pela maioria dos deputados.
Zoneamento - Puccinelli afirmou ainda que o projeto do macrozoneamento sócio-econômico-ambiental, que foi feito por 52 entidades, entre elas universidade e Embrapa, será enviado no próximo ano para a Assembléia Legislativa. O diagnóstico levou 18 meses para ser feito.
O zoneamento permitirá saber os potenciais de investimento e produção de todo o Estado, sem que haja agressão ao meio ambiente.