Notícias de Bonito MS
Bonito, cidade localizada a 247 quilômetros de Campo Grande, conhecida pelas belezas naturais, teve recorde de visitantes na última semana de 2008. Mesmo diante da crise mundial, o número de turistas foi superior ao registrado em outros verões e até mesmo no tradicional FestinBonito (Festival de Inverno de Bonito).
A explicação está na divulgação da cidade, na alta do dólar (que favoreceu o turismo interno) e até mesmo nas enchentes em Santa Catarina. Os turistas que iriam para aquele Estado optaram por outras regiões, inclusive por Bonito.
De acordo com o secretário de turismo do município, Augusto Barbosa Mariano, entre 26 de dezembro e 4 de janeiro havia 17 mil pessoas na cidade todos os dias. "Superou todas as expectativas. A gente esperava 12 mil pessoas".
Segundo Augusto, esta foi a maior quantidade de turistas já registrada na cidade. Hotéis, pousadas, campings e até casas de famílias ficaram lotadas. O comércio também teve lucro. Faltou vaga até nos passeios.
"Vendemos cerca de 40% a mais do que no mesmo período do ano passado", disse Rosemari Guizzo, proprietária da Panificadora Polônia. Para se ter uma dimensão do recorde de visitantes, a empresária conta que tinha que pedir para os clientes saírem para limpar o comércio. "Tinha que pedir para esperar lá fora para poder passar pano".
A padaria dela abre às 5h30 e fecha às 22h. Nestes nove dias de movimento intenso, havia cliente o tempo todo. Rosimari teve que contratar mais seis funcionários para dar conta da demanda. "O problema é que falta mão de obra".
Mesmo com todo o esforço para garantir o melhor para o visitante, houve dificuldade para se comprar pão, cerveja gelada e carne, conforme explicou o secretário de turismo. De acordo com Augusto, foram deixados na cidade R$ 20 milhões.
A funcionária do hotel Paraíso das Águas, Poliana Bessa, diz que todos os apartamentos ficaram ocupados nos nove dias. E segundo ela, ainda está cheio. "O hotel ainda está lotado", diz.
Segundo Augusto Mariano, a maioria dos turistas que deixaram a cidade são de Mato Grosso do Sul, já os que permanecem e que ainda vão nesse período de férias escolares, são de outros Estados e até de outros países.
Ele diz que o recorde de visitantes na cidade é resultado do trabalho realizado pela equipe da secretaria de turismo. "Com os diversos problemas que tivemos, como o caos aéreo, baixa do dólar, modismo dos cruzeiros, dengue e febre amarela, tivemos que trabalhar dobrado. Agora, fomos coroados".
Cerca de 70 índios da etnia kadiuéu invadiram e fecharam o núcleo de apoio da Funai em Bonito (247 km de Campo Grande), após liberarem os funcionários. O grupo, que entrou no prédio no início da noite de terça-feira, diz protestar contra o "estado de abandono" do local e exige a presença da direção regional do órgão.
De acordo com o kadiuéu Hilário da Silva, integrante do conselho tribal, as lideranças das cinco aldeias da etnia já vinham se mostrando insatisfeita com a gestão do chefe do núcleo, o terena Miguel Jordão. A "gota dágua", segundo ele, teria sido a informação de que o planejamento para 2009 ainda não havia sido feito.
"Todos ficaram muito irritados e decidiram expor a situação", disse Silva, por telefone. Segundo ele, os móveis e equipamentos do núcleo serão preservados. "Este é um protesto pacífico. Vamos deixar tudo como está, até mesmo para que a imprensa e a direção da Funai vejam como o local está abandonado", afirmou ele.
Em carta ao administrador da Funai em Campo Grande, Jorge das Neves, os índios reclamam da "falta de interesse dos gestores", que seriam "incapacitados para o cargo". "Vamos manter o núcleo ocupado até que ele venha discutir o problema conosco."
Das Neves, por meio de sua assessoria de imprensa, disse que irá atender ao convite, mas somente na próxima segunda.
O regulamento do concurso realizado pela Fundação New7Wonders, que deverá eleger as Sete Maravilhas Naturais do Planeta, foi alterado e incluiu em sua segunda fase de votação 261 lugares, ao invés dos 77 que tinha anunciado anteriormente. Com a mudança, o Pantanal ainda está na competição.
Apesar da mudança, no site da campanha não consta nenhum aviso sobre o assunto, e seus representantes no Estado também não foram informados. Os organizadores do Comitê Vote Pantanal MS souberam das novas normas somente ontem, data em que seria divulgado o resultado da primeira fase.
De acordo com as novas regras do concurso, todas as regiões naturais que estão nas fronteiras entre países passam para a segunda fase de votação. Foi escolhido também um representante de cada país participante.
Fernando de Noronha foi eleita a maravilha oficial do Brasil na disputa. O País conta ainda com quatro localidades transfronteiriças que passaram para a segunda fase: Rio Amazonas, Monte Roraima, Foz do Iguaçu e Pantanal.
A representante do Comitê Vote Pantanal MS, Fernanda Prado Santana, afirma que a inclusão do Pantanal na segunda fase foi uma surpresa, pois de acordo com o resultado divulgado anteriormente pela Fundação New7Wonders ele não havia sido classificado.
"Para a nossa surpresa não foram os 77 que entraram, mas 261", afirma ela.
Por conta da classificação os trabalhos do Comitê em busca de votos deverão ser retomados. "Agora, mais do que nunca, é que o Pantanal precisa do voto popular", afirma.
A segunda fase da votação pela internet vai até sete de julho. Após essa data, especialistas do concurso deverão avaliar os lugares mais votados e escolher 21 favoritos, que serão submetidos novamente a votação popular pela internet.
O resultado final deverá ser divulgado apenas em 2011 e não em 2010, como estava previsto no regulamento anterior.
O governo do Estado e a prefeitura de Aquidauana deram na manhã de terça-feira (6) o primeiro passo para transformar a estação ferroviária da cidade em um dos cartões postais do novo Trem do Pantanal, que apresentará o Pantanal a turistas de todo o mundo já a partir de maio deste ano.
O trabalho de transformação da ferroviária começou com a retirada dos antigos vagões abandonados do pátio da esplanada da Estação. Esquecidos no local há mais de vinte anos, os vagões abrigavam sujeira e focos de mosquitos. Sua retirada é o símbolo da chegada de um novo tempo para os moradores.
"Andei muito nesses trens. Coisa de uns 30 anos atrás. Mas eles parados ai estragam até as boas lembranças. Os tempos mudaram. É bom ver que a estação mudará para melhor", afirma Joana Lima, moradora que acompanhou o início do processo de remoção dos vagões.
De acordo com o secretário de Obras e Transporte, Edson Giroto, os processos de reforma de todas as estações envolvidas no trecho inicial do Trem do Pantanal já estão encaminhados, assim como a maior parte dos 25 vagões e máquinas, que já estão na Capital em processo de preparação mecânica.
"A determinação do governo é fazer o Trem funcionar inicialmente entre as estações de Campo Grande (Indubrasil), Terenos, Taunay, Piraputanga, Aquidauana e Miranda. Mais adiante ele alcançará o Pantanal de Corumbá", afirmou.
A reativação do trem como atração turística é um projeto de parceria de prefeituras, do Estado e da União. "Somente com a parceria poderíamos viabilizar a reestruturação da Estação. Agora começaremos o processo de capacitação profissional, de articulação da indústria do turismo e de melhoria da infra-estrutura da orla ferroviária. Essa motivação será vital para o turismo de Aquidauana", explicou o prefeito Fauzi Suleiman.
"Após um bom tempo de contingência financeira, esta é a hora de colocar em prática este projeto que transforma e profissionaliza ainda mais o turismo de Mato Grosso do Sul", finalizou o secretário de Governo, Osmar Jerônymo.
Um grupo de cerca de 200 índios "fechou" na manhã da última quarta-feira a Funai (Fundação Nacional do Índio) de Bonito, cidade que fica a 247 quilômetros de Campo Grande.
Conforme a Funai, os indígenas não concordam com a administração do Núcleo feita por Miguel Jordão, índio terena, há cerca de três meses no cargo.
O grupo obrigou Miguel a "fechar" o prédio e a entregar a chave. O prédio só deve reabrir na segunda-feira (12), quando o chefe da Funai, em Campo Grande, Jorge Antônio das Neves, irá até Bonito.
Segundo Jorge, os indígenas queriam a presença dele ainda hoje em Bonito, mas como tem compromissos agendados em Três Lagoas, a reunião ficou para a semana que vem.
Graças à desvalorização do real em relação ao dólar, os brasileiros estão viajando menos para o exterior e o mercado interno deve ter um aquecimento de 20% neste período de férias, em relação ao verão de 2008. A estimativa é do ministro do Turismo, Luiz Barretto.
"O verão vai ter um crescimento de 20% no mercado interno. Já teve um pico no reveillón e temos uma grande oportunidade de manter esse pico em janeiro e fevereiro. Aproveitando esse momento, queremos trabalhar os aeroportos brasileiros com painéis com os principais destinos turísticos brasileiros e com outras ações", disse.
Na tarde de ontem, ele se encontrou com o presidente da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), Cleonilson Nicácio Silva, quando trataram de convênio para usar os espaços publicitários dos aeroportos para divulgar os principais destinos turísticos do país. Segundo ele, a ação tem por objetivo o aquecimento do mercado interno, o chamado turismo doméstico.
Além de diagnosticar o aquecimento do turismo doméstico como reflexo da crise econômica internacional e da desvalorização do real, Barretto disse que acredita que este também é um reflexo do aumento de renda de parte dos brasileiros.
"O custo para viajar para fora ficou mais alto. Você tem uma desvalorização do real em torno de 30% e um conjunto de brasileiros desistiu de viajar para fora e está viajando aqui dentro. É também resultado do aumento da renda do brasileiro. Nos últimos anos, 20 milhões de brasileiros entraram no mercado de consumo e passaram a consumir viagens", afirma.
O ministro disse, ainda, que a busca por destinos mais próximos é comum em situações de crise, mas admitiu que o turismo do país não está imune a impactos negativos da crise. Ao mesmo tempo, atribui o crescimento do mercado interno, também, a uma melhora no atendimento ao turista brasileiro.
"O turismo do Brasil melhorou. Você tem mais destinos brasileiros com capacidade para receber o turista brasileiro. É uma oportunidade que a crise nos gera. Evidentemente nós precisamos ter cautela. Passado o verão, temos que estudar com carinho os reflexos. Não estou dizendo que estamos imunes. Mas que, no curto prazo, temos oportunidade de crescimento, e o reveillón confirmou isso", avalia.
Em relação aos atrasos de vôos que ocorreram no fim do ano, Barretto disse não acreditar que tenham prejudicado o turismo, já que, para ele, os problemas foram "pontuais, de uma companhia aérea", e o cidadão saberia identificar isso.
A chuva tradicional do mês de janeiro está sendo um grande auxílio para a retomada das atividades do Projeto GEF Rio Formoso agora em 2009. A época das chuvas é essencial para que as mudas já plantadas fiquem mais firmes e o solo ofereça mais condições de plantio.
Segundo o coordenador técnico local e Engenheiro Agrônomo da Agraer, Airton Garcez. \"A retomada dos trabalhos no plantio de mudas para recomposição das matas ciliares está sendo melhor aproveitada, pois a tão esperada chuva foi essencial para manter as mudas já plantadas vivas e vai permitir a implantação dos sistemas agrossilvipastoris nas áreas de microbacias críticas como São Sebastião, onde estamos em intenso trabalho\", explica Garcez.
GEF Rio Formoso
O projeto financiado pelo Banco Mundial é coordenado pela Embrapa Solos e conta com a participação da Embrapa Gado de Corte (Campo Grande-MS, coordenadora regional), Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados-MS) e Embrapa Pantanal (Corumbá-MS). Também estão envolvidos a Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer), Secretaria de Estado de Meio Ambiente, das Cidades, do Planejamento, da Ciência e Tecnologia (Semac), Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), Conservação Internacional (CI Brasil) e Fundação Cândido Rondon (gestora financeira).
O Projeto possui ainda outros colaboradores e co-executores importantes, como a Prefeitura Municipal de Bonito pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, o IASB (Instituto das Águas da Serra da Bodoquena) e apoio técnico e institucional do Ibama.