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Notícias de Bonito MS

A Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul promove de 28 de julho a 1º de agosto a 11ª edição do Festival de Inverno de Bonito. Animam os shows: Paula Fernandes (28), Gal Costa (29), Lulu Santos (30) e Maria Gadu (31). Sendo que todas as atrações do Festival de Inverno terão entrada gratuita.

Considerado o maior festival da região Centro Oeste, serão investidos cerca de R$ 1,5 milhão no evento, que deverá movimentar nos cinco dias, valor três vezes maior. O dinheiro aplicado para a realização do festival é em sua maioria da iniciativa privada.

O presidente da Fundação de Cultura, Américo Calheiros, ressalta que o evento é realizado há quatro anos ao custo de R$ 1,5 milhão, pago pela iniciativa privada. "Quando precisa, o governo complementa", explica.

Conhecimento, informação, criatividade e animação fotográfica também estão presentes no Ecoespaço da 11ª edição do Festival de Inverno de Bonito. O espaço que mescla projeções de filmes, apresentações teatrais, entre outros eventos culturais, vai sediar a oficina de técnicas de animação denominada Stop Motion.

A oficina de audiovisual Stop Motion (movimento parado) é uma técnica de animação que utiliza recursos como máquinas de filmar, fotográfica ou de computador, para dar a impressão de movimento constante. No Stop Motion normalmente são utilizados desenhos de papel, massinha, grafite em paredes e fotografias. De acordo o publicitário e ministrante da oficina, Giuliano Gondin, a intenção dessa oficina, a princípio, é praticar os recursos das cenas com fotografias. "Escolhemos trabalhar com fotografias, pois durante o festival haverá as apresentações dos artistas de rua. Vamos aproveitar esse ensejo para o story board - movimento das cenas".

Segundo o publicitário, além de uma câmera fotográfica para os alunos que pretendem participar da oficina, também haverá massinhas de modelar para a criação de personagens conforme a escolha dos alunos. "Pretendo deixá-los o mais à vontade possível", explica o ministrante. De acordo com Guilliano, o objetivo da oficina é mostrar que todos podem ter acesso ao audiovisual e principalmente ao Stop Motion. "É simples e todos podem fazer isso em casa, com qualquer câmera fotográfica" ,conclui.

A oficina de Stop Motion acontece no Ecoespaço, a partir de quinta-feira (29), e se estende até o domingo (1º). A oficina será ministrada das 9 às 11 horas todos os dias, menos no domingo, quando será realizada das 10 às 11 horas. As vagas oferecidas serão limitadas. O público que estiver interessado deve procurar o escritório da organização do evento que estará localizado na Praça Central do Festival.

O público terá acesso gratuito à maioria das atrações do 11º Festival de Inverno de Bonito. A programação traz uma diversidade de espetáculos, entre shows de música com artistas nacionais e regionais, dança, teatro, cinema, artes plásticas, artesanato, circo e stand-up comedy.

As únicas apresentações com entrada paga são os shows de Gal Costa (dia 29), Lulu Santos (dia 30) e Maria Gadú (dia 31), na Grande Tenda. Os ingressos custam R$ 12,00 (pista) o valor inteiro, e R$ 6,00 para quem tem direito à meia-entrada. Estudantes e moradores da cidade de Bonito estão entre os beneficiários desse desconto. Ingressos para o camarote custam R$ 30,00. A compra é feita na bilheteria da Praça do Festival.

Na noite de abertura, dia 28, o palco da Grande Tenda será ocupado pela cantora e compositora Paula Fernandes. Esse espetáculo tem entrada franca, mas requer a apresentação do ingresso gratuito que pode ser retirado na própria bilheteria durante todo o dia 28.

Espaços da arte

Além da Grande Tenda, o Festival de Inverno se espalha por outros espaços da cidade, com entrada gratuita. Na Praça da Liberdade, dois palcos serão montados. O Palco Fala Bonito, onde se apresentam convidados nacionais como Paulinho Moska e Bangalafumenga; e o Palco das Águas, onde o Teatro Mágico e grupos de dança estão entre as atrações.

A duas quadradas da Praça da Liberdade, o EcoEspaço terá exposição de fotografias; debates e exibições de cinema; apresentações teatrais e bate-papos sobre arte, literatura e meio ambiente.

Uma estrutura nova no Festin é a Vila Rebuá. Esse espaço será montado em um terreno na rua Pilad Rebuá para abrigar o Mercado Mundo Mix com seus expositores, além de DJs, performances e praça de alimentação.

O 11º Festival de Inverno de Bonito recebe no dia 29, às 21 horas, no Palco Fala Bonito, os principais ritmos e estilos presentes no universo da música rural brasileira, na mistura do clássico e do caipira da Orquestra Revoada Pantaneira.

No repertório, músicas de raiz e regionais, modas de viola, toadas, cururus, cateretês, polcas, chamamés, pagodes de viola, dentre outros que fazem parte da história cultural do Brasil, como: Menino da Porteira; Saudade da Minha Terra; Pagode em Brasília; Chalana; Chico Mineiro; Mercedita; Fio de Cabelo; 60 dias Apaixonado; Galopeira; Trem do Pantanal.

A orquestra também vai executar músicas regionais, mostrando a cultura sul-mato-grossense e pantaneira, com sons de pássaros, reproduzidos pelo instrumento de percussão chamado "Pio", gado, comitivas, enfim, os sons da vida pantaneira.

A Orquestra Revoada Pantaneira foi criada em abril de 2007, pelo maestro André Viola. "Tive uma formação clássica, mas sempre fui apaixonado por música caipira. Quando estudava música no conservatório [Dramático e Musical "Dr. Carlos de Campos"], em Tatuí, eu escutava, para relaxar, um CD do Tião Carreiro que ganhei de um tio, no tempo livre que tinha fora das aulas e ensaios. Eu morava numa república com outros alunos, e nesta época também tocava essas músicas no violino."

Quando André veio para Campo Grande (MS) em 2002, "por causa de uma namorada", diz ele, passou a ministrar aulas de violino e de viola caipira em escolas de música de Campo Grande. Foi graças a essas aulas, seus alunos e à sua paixão por música caipira que sentiu-se motivado a criar uma orquestra para executar temas da música sertaneja e de raiz.

Depois de muitos ensaios, a orquestra fez sua primeira apresentação em agosto de 2007, no teatro do Sesc Horto. A união de violas caipira, violinos, percussão, sons de pássaros e berrante mostrou ao público as raízes populares brasileiras.

A Orquestra Revoada Pantaneira é composta na atualidade por 13 violas caipira, seis violinos, um contrabaixo, um conjunto de percussão e um berrante. A escola de música de mesmo nome, dirigida por André, onde se ensina violino, viola, violão e saxofone, seleciona para a orquestra os alunos que se destacam e levam seus estudos de música a sério.

Também da escola saem as crianças que fazem parte da Orquestra Revoada Pantaneira Mirim, um projeto criado ano passado (2009) para incentivar as crianças e dar a elas oportunidade de tocar em grupo.

Segundo o maestro André Viola, o convite para tocar no 11º Festival de Inverno de Bonito deixou todos os componentes da orquestra "numa felicidade muito grande", por se tratar de um evento de renome internacional. "O grupo está numa ansiedade, com um frio na barriga, pois a apresentação vai ser muito boa para nosso currículo. A expectativa é muito grande, mas estamos ensaiando bastante para que tudo dê certo".

As artes cênicas do 11º Festin prometem emoção para crianças e adultos com o espetáculo "Um Rio que vem de Longe", do grupo Teatro Ventoforte. A apresentação acontece no dia 29, às 17 horas, no Palco das Águas, na Praça da Liberdade.

A história de um barquinho que nunca havia navegado faz um resgate da linguagem, rituais e imaginário das festas populares. A ideia deste espetáculo se desenvolveu a partir de um roteiro escrito em 1963, com a proposta de servir de exercício de expressão com as mãos. Teve a sua primeira montagem profissional em 1972, desde então sendo várias vezes premiado e apresentado em muitas cidades do Brasil e até no exterior.

Em 1988, nasce uma nova montagem, um solo, com a qual o ator e diretor Ilo Krugli se apresentou em várias cidades da Polônia, Itália, Cuba, Nicarágua, Peru e Argentina. Em 1991, se juntam ao espetáculo solo cantores e músicos, que ampliam ao vivo a musicalidade, enriquecendo assim o resgate de uma linguagem que vem da celebração dos rituais e do imaginário das festas populares.

"Um Rio que vem de Longe" conta a história de um barco pequeno ancorado que nunca tinha navegado, e que se apaixona por uma flor que a correnteza levava. Quando o barquinho consegue se libertar, ele também é levado pelas correntezas e quase naufraga no mar, mas é salvo por um marinheiro que lhe ensina a usar a âncora para navegar e saber parar frente aos que ama.

O Teatro Ventoforte é um grupo nascido no Rio de Janeiro na década de 1970, e radicado em São Paulo nos anos 1980. Criador de uma linguagem poética voltada para o sonho e a fantasia, se inspira na arte popular e utiliza recursos artesanais. Ilo Krugli foi o fundador, com Silvia Aderne, Caique Botkay, Silvia Heller, Beto Coimbra e Alice Reis. A trupe possui uma estrutura comunitária, que exprime a vocação dos seus integrantes.

O elenco é formado por: Ilo Krugli, Karen Menatti; Rodrigo Mercadante; os músicos Mauricio Damasceno, William Guedes, Aloísio Oliver; o projeto plástico é de Ilo Krugli; a realização de figurinos de Ana Maria Carvalho; a Iluminação de Dinho Lima; o designer gráfico e Fotografia de Fábio Viana. Ilo Krugli é responsável pela direção geral.

Um repertório autoral, uma bateria formada "em casa" e a experiência de 12 carnavais muito bem brincados. É o que a Bangalafumenga traz para o 11º Festival de Inverno de Bonito em apresentação no dia 31 de julho, no palco Fala Bonito. Os 13 integrantes (no palco), liderados por Rodrigo Maranhão, o principal compositor do grupo, preparam para o show em Bonito um repertório de clássicos da MPB, como Tim Maia. Jorge Ben Jor, Paralamas do Sucesso, além de canções autorais do novo CD do grupo, "Barraco Dourado", lançado em 2009.

A banda, inicialmente um bloco de carnaval, foi criada durante evento semanal de mesmo nome no Planetário da Gávea, Rio de Janeiro, em 1998, em que se reuniam compositores de samba, artistas e poetas. O poeta Chacal, o cantor e compositor carioca Rodrigo Maranhão e Celso Alvim idealizaram o bloco, que desfilava por várias regiões do Rio de Janeiro (Leblon, passarela do Museu de Arte Moderna, Cinelândia, Império Serrano, São Gonçalo).

O Bangalafumenga - palavra que significa indivíduo sem importância, "João Ninguém" e casa de batuque no dizer do Rio Antigo - foi um dos blocos responsáveis pela revitalização do carnaval de rua carioca, hoje patrimônio da cidade. Com o sucesso do carnaval, os principais integrantes formaram um grupo reduzido, para apresentações em shows durante o ano todo. Assim nasceu a banda Bangalafumenta, com um som direto, percussivo, dançante, com uma linguagem poética simples.

A temática é urbana e carioca, mas a banda passeia seus olhos pelo Brasil. O "Banga" já lançou dois CDs - "Bangalafumenga" (2001) e "Barraco Dourado" (2009) - e faz sucesso também com a oficina de percussão, localizada na rua das Palmeiras, em Botafogo (RJ), que desde 2003 forma batuqueiros que desfilam com o "Banga" no carnaval. É lá que ensaia a bateria do bloco, formada por mais de 100 alunos.

Com o CD "Barraco Dourado", conquista o título de melhor banda de Pop/Rock em 2009 no Prêmio de Música Brasileira, o antigo Prêmio Tim. Entra para a trilha sonora da novela "Caminho das Índias", com a releitura de "Lourinha Bombril", de Diego Blanco e Fernando Hortal e versão de Herbert Vianna.

Ainda no novo CD, Rodrigo Maranhão traz as inéditas: "Barraco Dourado", um maracatu funk, e "Baseado em fatos reais", um samba estilizado que conta a história da saga do ritmo mais popular do Brasil. Também assina "Chapéu Mangueira" e "Brother" - composta para Serjão Loroza - que refletem a importância da dança na história do Banga.

O grupo nunca esteve em Mato Grosso do Sul, mas espera do público do Festival de Bonito o mesmo envolvimento que recebeu em shows que faz por todo o País. "O Banga aos poucos foi saindo do Rio de Janeiro, a nossa casa, para tocar em outras localidades. O público acaba se envolvendo e o show funciona no Brasil todo", afirma Rodrigo Maranhão, que também lamenta o fato de não poder ficar mais tempo em Bonito para conhecer os pontos turísticos da cidade.

O Centro de Excelência em Turismo da Universidade de Brasília (Cet/UnB) realiza, no próximo dia 20 de julho mais um evento do Ciclo de Palestras Turismo em Movimento. Serão apresentadas duas palestras: "Ecoturismo como Ferramenta de Conservação dos Biomas Brasileiros", por Rogério Dias, e "Visitação e Uso Publico em Unidades de Conservação", por Júlio Gonchorosky.

O evento tem como objetivo discutir o cenário e as perspectivas do ecoturismo como instrumento de conservação dos diversos biomas e possibilitar o debate sobre educação ambiental e a contribuição do ecoturismo para o desenvolvimento local e a conservação do patrimônio natural em unidades de conservação.

As palestras acontecem às 19 horas no Módulo Central do CET - Campus Asa Norte, em Brasília.