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Notícias de Bonito MS

O 5º Simpan (Simpósio sobre Recursos Naturais e Socioeconômicos do Pantanal) prosseguiu ontem, dia 10, com o início das apresentações de trabalhos científicos pela manhã. Às 14h30 começou a mesa redonda "Atividades Econômicas no Pantanal: desafios e alternativas", mediada pelo pesquisador André Steffens Moraes, no auditório Águas do Pantanal, do centro de convenções.

Foram quatro palestras. Leonardo Leite de Barros, presidente da ABPO (Associação Brasileira de Pecuária Orgânica), vai abordar "Conceitos de pecuária para o Pantanal: o exemplo da produção pecuária sustentável"; a professora Lúcia Aparecida Matheus, vai falar sobre "A pesca no Pantanal: potencial, problemas e perspectivas". Ela é professora da UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso).

Para encerrar a programação da primeira tarde, Cícero Peralta, do Conselho Municipal de Turismo de Bonito (MS), falou sobre "Caso Bonito: modelo de exploração turística sustentável". A professora Virgínia Silva, da UFMT, que faria a palestra "Bioprospecção como estratégia de uso da biodiversidade do Pantanal: situação atual e perspectivas", teve problema em seu voo e não conseguiu chegar a Corumbá para a apresentação.

O Simpan é uma realização da Embrapa Pantanal (Corumbá-MS), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, ICS do Brasil (Instituto de Comunicação Social) e da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). Tem correalização da Prefeitura Municipal de Corumbá e patrocínio da Petrobrás. Apóiam a iniciativa o Centro de Tecnologia Mineral, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ministério da Ciência e Tecnologia, Prefeitura Municipal de Ladário, Universidade Uniderp, Hotel Gold Fish, Seher Turismo, Centro de Convenções do Pantanal de Corumbá "Miguel Gomez" e Universidad Pública René Moreno do Governo Departamental de Santa Cruz/Bolívia.

O conhecimento científico, desenvolvido em parceria, será fundamental para o futuro do Pantanal. Foi o que disse a chefe geral da Embrapa Pantanal, Emiko Kawakami de Resende, na abertura do 5º Simpan (Simpósio sobre Recursos Naturais e Socioeconômicos do Pantanal) na noite da terça-feira, dia 9. O evento acontece até sexta (12) no Centro de Convenções de Corumbá.

A abertura atraiu parceiros, convidados e público em geral. Estiveram presentes o vice-prefeito de Corumbá, Ricardo Eboli; o prefeito de Ladário, José Antônio Assad e Faria, secretários municipais, vereadores, representantes da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) e do ICS (Instituto de Comunicação Social) do Brasil.

A cerimônia teve a apresentação cultural de 13 integrantes do grupo de dança da Fundação de Cultura e Turismo do Pantanal, que mostraram coreografia de Joilson Cruz. Elas usavam vestidos pintados à mão, representando a fauna, a flora e outras belezas da região.

Emiko Resende disse ainda que o Simpan é a celebração do conhecimento e das tecnologias voltadas ao desenvolvimento sustentável do Pantanal. Citou reportagem do jornal inglês The Economist, publicada em agosto, que aponta a Embrapa como responsável pelo fantástico crescimento de 365% da produção agropecuária brasileira, entre 1996 e 2006. Esse aumento se deve especialmente às tecnologias para o desenvolvimento do Cerrado.

A contribuição que a Embrapa Pantanal vem oferecendo à formulação de políticas públicas também foi lembrada pela chefe geral. Como exemplo, ela citou o novo Código Florestal Brasileiro, o grupo interministerial que trabalha na recuperação do rio Taquari e a recente Lei da Pesca do Mato Grosso do Sul, aprovada neste ano.

Ela falou também sobre tecnologias geradas pela Embrapa Pantanal (Corumbá-MS), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, das demandas de pesquisa que surgem a todo o momento e dos resultados de pesquisas com potencial para serem transferidos para outras regiões, inclusive fora do Brasil.

Emiko lembrou ainda que a grande maioria dos brasileiros que vive em centros urbanos depende do alimento produzido no campo. Esse é um dos motivos pelos quais os agricultores devem ser respeitados e admirados.

HOMENAGENS

Ainda na solenidade de abertura, o Simpan homenageou duas personalidades consideradas muito importantes para o desenvolvimento sustentável do Pantanal. O pecuarista Clóvis de Barros, "um grande conhecedor da arte de criar gado", foi um deles. Nascido em Cuiabá em 1927, ele sempre desenvolveu a pecuária nos moldes sustentáveis. A homenagem foi recebida por seu filho, Ricardo Lins de Barros.

O outro destaque foi o pescador artesanal profissional Américo de Souza. Na atividade há 51 anos, ele já contribuiu com várias pesquisas da Embrapa na área de pesca. Atualmente auxilia o pesquisador Flávio Nascimento nos estudos sobre a produção de peixes em tanques-rede no Pantanal.

O Simpan é uma realização da Embrapa Pantanal, ICS do Brasil (Instituto de Comunicação Social) e da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). Tem correalização da Prefeitura Municipal de Corumbá e patrocínio da Petrobrás. Apóiam a iniciativa o Centro de Tecnologia Mineral, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ministério da Ciência e Tecnologia, Prefeitura Municipal de Ladário, Universidade Uniderp, Hotel Gold Fish, Seher Turismo, Centro de Convenções do Pantanal de Corumbá "Miguel Gomez" e Universidad Pública René Moreno do Governo Departamental de Santa Cruz/Bolívia.

O World Travel & Tourism Council's (WTTC) apresentou no dia 09, durante coletiva de imprensa da WTM, números e previsões para a indústria do turismo. "As perspectivas de longo prazo para a indústria do turismo são positivas, impulsionadas pelo aumento da prosperidade da Ásia. O WTTC permanece confiante que o setor continuará sendo uma força dinâmica para a criação de riqueza e de emprego", diz Jean-Claude Baumgarten, presidente & CEO da WTTC.

É esperado um crescimento em torno de 2% na área de viagens e turismo no que tange ao PIB nesse ano, valor acima dos 0,5% do último ano, criando um extra de 946 mil empregos ao redor do mundo. No entanto, as despesas com o setor ainda estarão bem abaixo do seu pico em 2008 e o ritmo de recuperação em 2011 será provavelmente mais lento do que previsto anteriormente.

"Nos próximos dez anos, as previsões do WTTC é de que a economia global da indústria turística deverá crescer 4,3% ao ano, resultando numa participação na economia global de mais de 10%".

Conhecido por ser o evento cultural mais expressivo e espontâneo da comunidade local, será realizado nos próximos dias 26 e 27 de novembro o 9º Festival da Guavira de Bonito, que contará com a participação de inúmeras atrações, do município e da região.

A programação do evento, ainda não divulgada, incluirá espetáculos musicais, danças, teatro e artes plásticas, com espaço para o artesanato local e comidas típicas regionais, além de guavira (fruta), sorvetes e cachaça.

A escolha da fruta símbolo da festa surgiu vinculada à proposta de conservar os recursos naturais de Bonito, na medida em que a guavira - uma fruta nativa na região - está sendo aos poucos substituída por áreas de pastagem para a criação do gado. Fruta típica do cerrado, adocicada, ela nasce em uma planta arbustiva da família das Mirtáceas, a mesma da goiaba, da jaboticaba e da pitanga, e que brota naturalmente nos campos e pastagens.

O 9º Festival da Guavira de Bonito será realizado na Praça da Liberdade (central) pela Prefeitura Municipal da cidade, através da Secretaria Municipal de Turismo, Indústria e Comércio, Departamento de Cultura da FUNCEB (Fundação de Cultura e Esportes de Bonito) e Secretaria Municipal de Ação Social (SAS).

Serviço:

Outras informações podem ser obtidas com o secretário de Turismo, Indústria e Comércio de Bonito, Augusto Mariano (9986-4360) e/ou com o diretor do Departamento de Cultura da FUNCEB (Fundação de Cultura e Esportes de Bonito), Wladimir Alves (9250-1716).

A agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul) publicou hoje (8) no Diário Oficial do Estado, o aviso de esclarecimento, que convocou as empresas adquirentes do edital de Concorrência 31/2010, para a construção do prédio do Centro de Pesquisa e de reabilitação do Aquário Pantanal, no município de Campo Grande. O aviso é para que retire junto a Coordenadoria de Licitação da Agesul, esclarecimentos prestados sobre as regras que orientam a obra.

Aquário do Pantanal

Considerado um dos maiores aquários de água doce, com 6 milhões de litros de água, 263 espécies e 7.000 animais, o Aquário do Pantanal será construído com recursos do governo estadual. O local deve entrar em operação no início de 2012 e terá capacidade para receber 20 mil visitantes por dia.

Inicialmente projetado para impulsionar o turismo, o aquário teve seu objetivo ampliado para servir também como centro de pesquisa científica e de educação ambiental.

O projeto dos 18.636 metros quadrados da construção tem assinatura do arquiteto Ruy Othake. O espaço irá abrigar um centro de conferências, laboratórios e biblioteca para livros e teses sobre o Pantanal, instalações que foram desenhadas lado a lado com os 25 tanques de peixes, jacarés, sucuris, entre outras espécies.

Além do ambiente interno, que inclui um túnel de 180 graus, o aquário terá cinco tanques externos, que poderão ser percorridos a pé ou em um trajeto aquaviário em barco com fundo de vidro.

Estande da Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo) na World Travel Market, que acontece em Londres, conta com 50 cooperados e celebra as 12 cidades-sede da Copa de 2014.

São 758 m² de estande, 50 cooperados e um público sedento de informações sobre o Brasil na WTM - World Travel Market 2010, que começou ontem (8/11) e segue até a próxima quinta-feira (11/11), em Londres. "As mesas dos cooperados estão sempre cheias. Eles não pararam nem um minuto nesta terça-feira (09), o que mostra que o mercado está se recuperando da crise econômica de 2009. O Brasil, celebrando as 12 cidades-sede da Copa 2014 em sua decoração, mostra toda a diversidade de seus destinos que, realmente, são sensacionais", declara Glauco Fuzinatto, executivo do Escritório Brasileiro de Turismo no Reino Unido.

O empresário Francisco Havas participa do WTM há mais de 20 anos e concorda com Glauco no que diz respeito à recuperação do mercado mundial. Esteve hoje com operadores da Hungria, Croácia, Rússia, Polônia, Bulgária, Israel, Índia e Inglaterra. "Estão todos fazendo pesquisa de preços e interessados em levar mais turistas para o Brasil."

"Há um crescimento de cerca de 50% da movimentação no estande se comparada com a do ano passado", afirmou a paranaense Jandira Cordeiro Pastorello, responsável por encantar os estrangeiros com informações sobre Foz do Iguaçu (PR). Depois do Rio de Janeiro (RJ), Foz tem se destacado como grande destino para os turistas internacionais. Das cataratas às belezas do Parque das Aves, tudo chama a atenção. E agora, com a Copa do Mundo chegando, e sendo Curitiba, a capital do estado, uma das cidades-sede, ganha novo sabor visitar e sentir o impacto e a energia das águas.

No estande, entre os módulos com representações de estados brasileiros, Pernambuco também cumpre importante papel. Os destinos indutores de desenvolvimento regional fazem os olhos dos operadores de turismo de várias partes brilhar: Recife, Olinda, Porto de Galinhas e Fernando de Noronha.

Floresta Tropical

Pela manhã, foi dia de tratar das florestas tropicais brasileiras. O diretor de Produtos e Destinos, Marcelo Pedroso, fez palestra sobre investimentos em turismo sustentável na Região Amazônica. Citou o programa Turismo de Base Comunitária do Ministério do Turismo e empreendimentos como Cristalino Lodge, premiado pela preocupação com a conservação ambiental e, ao mesmo tempo, o desenvolvimento das comunidades matogrossenses (o prêmio foi o World Savers Awards, da Condé Nast Traveler). Marcelo tratou ainda de projetos na Reserva de Mamirauá e do Uacari Lodge.

Segundo o diretor da Embratur, em 2009, o Brasil registrou a mais baixa taxa de desmatamento na Amazônia dos últimos 20 anos: 42% a menos do que em 2008. "Tudo leva a crer que a taxa cairá ainda mais em 2010." Perguntado sobre a possibilidade de o turismo sustentável ser uma boa resposta para acabar com o corte da madeira, ele disse que pode ser uma parte da resposta, mas não toda. "Até mesmo por causa da nossa política de conservação. Financeiramente, não há como o turismo sozinho competir com as madeireiras. A solução deve ser outra, integrada, sustentável e bem planejada.", disse.

Hoje, ele participará de outro painel do WTM. Dessa vez, sobre investimentos e o crescimento do turismo de aventura no país, principalmente o chamado "soft adventure", ou seja, realizado em locais com infraestrutura e todo o conforto possível. A palestra será às 13h de Londres no Excell, onde acontece todo o evento.

O encerramento das atividades no estande brasileiro aconteceu no fim da tarde com muita música. O Trio Jazz Rio atraiu a atenção de cooperados e visitantes que ouviram canções de bossa nova e samba. Demonstração de capoeira também contribuiu para apresentar a variedade brasileira. Hoje, Leandra Varanda e Banda farão apresentação às 12h.

A organização da WTM apresentou, para jornalistas convidados, uma pesquisa com 1.257 executivos seniores do setor. De acordo com o levantamento, 47% da indústria do turismo no mundo vê os mercados emergentes - incluindo Brasil, Rússia, Índia e China - como grandes oportunidades de investimento para os próximos cinco anos.

"A WTM é uma feira de tendências de mercado que funciona como bússola para orientar o planejamento anual para a promoção do país. Por isso, estar neste evento significa um momento importante para o posicionamento do Brasil como destino turístico internacional", comentou Marcelo Pedroso, diretor de Produtos e Destinos da Embratur.

O Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur) está presente na feira para apresentar os destinos do país e realizar negócios com profissionais do mundo todo. Segundo o presidente, Mário Moysés, com a economia vivendo um momento positivo, o país se prepara para aumentar o número de turistas estrangeiros de 5 milhões para 8 milhões até 2014.

A pesquisa mostrou ainda que 28% dos entrevistados veem os países em expansão econômica como peça favorável para a indústria de turismo, 55% dos executivos disseram que tiveram impacto positivo nos negócios com os emergentes, enquanto apenas 9,2% descreveram consequências negativas.