Notícias de Bonito MS
Ninguém sabe onde fica Bonito porque não se sabe onde é Mato Grosso do Sul ou não sabe onde é Mato Grosso do Sul porque não se sabe onde fica Bonito? Parece a história de quem veio primeiro: o ovo ou a galinha.
O fato é que está todo mundo indignadinho porque uma novela mandou Bonito para Mato Grosso, aquele Estado vizinho que cresceu mais que a gente, fez mais dinheiro que a gente, tem mais boi e soja que a gente, mais cidades que a gente e vai levar a Copa do Mundo para lá e que, por isso mesmo, está rindo na cara da gente.
O fato é que desde 11 de outubro de 1977, quando o general presidente Ernesto Geisel criou Mato Grosso do Sul na canetada, são raros projetos de marketing para divulgar o Estado. Tem gente até hoje que jura que folder é marketing.
Houve tentativas de contar para o Brasil e para o mundo que Mato Grosso do Sul existe, como tornar a atriz Luíza Brunet embaixadora do pantanal. A belíssima sul-mato-grossense, que nasceu em Itaporã, veio aqui, tirou fotografias e foi embora do jeito que chegou: sem entender bem que diabos uma embaixadora podia fazer para propagar o Estado.
Já viramos até enredo de escola de samba carioca. Não fosse o detalhe de citar de passagem o nome Mato Grosso do Sul no samba, até que seria uma ideia razoável. Não colou.
Com tanta confusão e crise de identidade, surgem oportunistas que garantem que se mudar o nome do Estado para, digamos, Estado do Pantanal ou qualquer outra genialidade do gênero, os problemas vão acabar rápidos como nas piadas do pessoal do Casseta & Planeta. De cara já aviso: não sou pantaneiro. Prefiro mil vezes sul-mato-grossense.
Mais bombásticos e perigosos, tem a facção que jura que se mudar o nome e o horário [como vão mudar os meridianos?] aí sim, passaremos até São Paulo em renda per capita.
É tudo muito complicado, difícil, intrincado e burocrático. Mesmo que houvesse um projeto de marketing que trouxesse bons resultados, ainda faltaria mudar a mentalidade arcaica vigente em Mato Grosso do Sul. Mentalidade que vem desde o latifúndio.
Mato Grosso do Sul tem um canyon extraordinário em Costa Rica que praticamente ninguém conhece. Como se faz para esconder um canyon? E as centenas de grutas e cavernas que se espalham na Serra da Bodoquena? E o pantanal que parece que perdeu em importância com a escassez dos peixes?
Talvez as mesmas pessoas indignadas com as novelas da TV Globo pudessem responder por que a Chapada dos Guimarães, no Mato Grosso, é nacionalmente reconhecida e o canyon de Costa Rica goza do mais puro anonimato?
Enquanto não tomamos tento, como diriam os antigos latifundiários, Mato Grosso do Sul vai continuar espocando nas manchetes como um Estado por onde passam armas, maconha e cocaína contrabandeadas do Paraguai e da Bolívia.
Já fomos manchete nacional e internacional por trabalho infantil escravo em carvoarias, matança de jacaré no pantanal, suicídio de nativos e indiozinhos morrendo de fome em Dourados.
Bonito, a cidade ícone do turismo sul-mato-grossense, tem sérios problemas estruturais. Agora, com o Presídio Federal de Campo Grande, constantemente reaparecemos na mídia como um lugar para onde o Brasil envia os chefões do narcotráfico. Viramos a parte debaixo do tapete.
Para encerrar, a capital do Estado também não consegue se livrar de um mosquito e que, por conta disso, também vai para a mídia nacional como a capital brasileira da dengue. A próxima epidemia já está anunciada.
Com tanto problema real, a essas alturas do campeonato nossa geografia soa tão importante quanto uma novela de televisão.
Foram 276.164 turistas em 2010
O município de Bonito, que fica a 257 quilômetros de Campo Grande, teve visitação recorde ano passado. De acordo com levantamento da Secretaria de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo, foram 276.164 turistas em 2010. O número representa aumento de 4.06% em relação a 2009, que teve 265.397 visitantes.
Segundo o secretário de turismo do município, Augusto Barbosa Mariano, esse aumento deve-se ao trabalho conjunto realizado pela iniciativa privada, poder público e a sociedade.
“Temos recebido o apoio, entrosamento e articulação do governo do Estado, através da Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul e o governo federal através do Ministério do Turismo”, disse. Bonito foi eleito em 2010, pelo oitavo ano consecutivo, o melhor destino de ecoturismo do Brasil.
No Estado, o crescimento do turismo está em média 12%. Para a diretora presidente da Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul, Nilde Brun, Mato Grosso do Sul tem se destacado no cenário brasileiro, pelas suas belezas naturais.
Ela considera importante a legislação, que favorece o fortalecimento do turismo regional, através da qualidade e desenvolvimento. “A legislação define a nova forma de trabalhar o turismo em todo país, sendo base para o crescimento, apoiando investimentos, valorizando a atividade que resultará impacto positivo em nosso turismo”, finalizou.
Teve início na quinta-feira, 27 de janeiro, no salão de eventos do Wetiga Hotel, em Bonito, a Reunião Descentralizada do CONGEMAS (Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social) da Região Centro-Oeste, que reuniu gestores dos estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás, encerrada na sexta-feira (28).
O objetivo do encontro, aberto com a conferência “O papel dos municípios na gestão descentralizada do SUAS”, foi debater a descentralização e o fortalecimento do Sistema Único de Assistência Social (SUAS). Na 6ª a secretária de Estado e Trabalho de Assistência Social de MS, Tânia Mara Garib, ministrou palestra tendo como tema “Os desafios municipais à gestão descentralizada do Suas”. A reunião também definiu propostas para erradicação da miséria no País, que serão apresentadas aos governadores eleitos dos Estados da região.
Organizado pelo Congemas, em parceria com o Ministério de Desenvolvimento Social, o encontro teve apoio local da Secretaria Municipal de Assistência Social, através da secretária e primeira-dama Izabel Aivi de Figueiredo, incluindo apresentações artísticas das crianças e adolescentes do Projeto Arte Para Todos, desenvolvido pela prefeitura do município com apoio da Petrobrás.
A reunião contou com as presenças da secretária nacional de Assistência Social do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Maria Luiza Rizzotti, representando a ministra Tereza Campello; do prefeito municipal de Bonito, José Arthur, da diretora da SNAS, Simone Albuquerque, do diretor do Fundo Nacional de Assistência Social, Antônio Henriques, da presidente do Congemas, Ieda Castro e da superintendente de política de assistência social, Cida Melo, (que representou a secretária Tânia Garib na abertura).
Também presentes o presidente do Conselho Nacional de Assistência Social, Carlos Ferraz; o presidente do Colegiado Estadual de Gestores de Assistência Social de MS, Sérgio Wanderly Silva; a senadora Marisa Serrano; os deputados estaduais, Antônio Arroyo (representando a Assembléia Legislativa) e Júlio Mochi, o vice-prefeito de Bonito, Odilson Soares, os secretários municipais de Bonito Augusto Mariano (Turismo, Indústria e Comércio), Edmundo Costa Júnior (Meio Ambiente), Odinel Arruda (Educação) e os vereadores Clóvis Enoir Schmidt (Clóvis da Farmácia), representando o Legislativo municipal, Leonardo Casanova e Pedrinho da Marambaia, entre outras autoridades.
Após cumprimentar os presentes o prefeito municipal José Arthur agradeceu a escolha de Bonito como sede da reunião e ressaltou a importância de governar com foco no bem estar de toda a população, bem como o compromisso do poder público em atender e potencializar a capacidade de todos os cidadãos.
A Embrapa Pantanal realizou a primeira avaliação do comportamento do pulso das águas na planície pantaneira para o ano de 2011, tomando como base o Modelad (Modelo de Previsão de Cheia em Ladário), um programa de monitoramento das cheias e vazantes do rio Paraguai que tem como base nas informações da régua centenária de Ladário, cedidas pela Marinha do Brasil.
No ano de 2010 a região do Pantanal passou por uma estiagem prolongada, tendo o pico da cheia de 4,36 metros em 22 de junho. Já o nível a mínimo registrado no rio Paraguai, atingido no início de novembro, permaneceu na cota de 1 metro até meados de janeiro. Há pelo menos 11 anos que o rio não ficava estável em seu nível mínimo por um período tão longo. Segundo o pesquisador da Embrapa Pantanal, Ivan Bergier, isto pode estar relacionado com a seca prolongada ao longo do ano de 2010.
Ainda segundo o pesquisador, os fatores que determinaram a cheia deste ano estão relacionados ao estado atual da água na planície pantaneira e, também, a quantidade de precipitação ao longo do período chuvoso, que vai de outubro a março: “Como estamos ainda em janeiro, a previsão do Modelad, com incerteza de 40% , indica que o nível máximo do rio Paraguai se situe entre 3,50 e 4,50 metros. Dada a incerteza, esse valor previsto em janeiro pode mudar, dependendo da quantidade de chuva nos meses de fevereiro e março”, explica. Segundo Ivan, a previsão oficial será divulgada no fim de março, quando o Modelad apresenta uma precisão de 86%.
No final de fevereiro a Embrapa Pantanal (Corumbá-MS), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, divulgará nova previsão preliminar de cheia do rio Paraguai.
Augusto Mariano, secretário de turismo de Bonito, cidade eleita nove vezes melhor destino de ecoturismo brasileiro, afirmou defender uma “discussão ampla e desprendida de emoções” sobre a possível mudança de nome de Mato Grosso do Sul.
“Bonito e Pantanal são mais conhecidos no Brasil e no mundo que o nome de Mato Grosso do Sul, e isso é complicado para o Estado. O que deve ocorrer é um debate, sem focar emoções ou saudosismos, onde vamos analisar os prejuízos da confusão entre os estados irmãos, aí depois podemos pensar na mudança de nome”, analisa Augusto Mariano.
Mesmo com a possível troca nominal Mariano propõe que o governo estadual realize um trabalho de divulgação do nome do estado, para “massificar a marca da região” no Brasil. Trabalho, segundo ele, não realizado até o momento.
A mudança do nome de Mato Grosso do Sul voltou à pauta depois de uma gafe da Rede Globo, em um diálogo da novela “Insensato Coração” entre as personagens Luciana (Fernanda Machado) e Pedro (Eriberto Leão) que deu a entender que a cidade sul-mato-grossense de Bonito, a mais importante riqueza turística da região, ficaria no Mato Grosso.
O secretário de turismo informou que enviou um ofício a Rede Globo manifestando a posição da cidade de Bonito e exaltando suas qualidades como referência em ecoturismo e ressaltando o “orgulho de fazer parte do Mato Grosso do Sul”, e não do Mato Grosso.
Gestores municipais de assistência social da Região Centro-Oeste reúnem-se nesta quinta e sexta-feira (27 e 28), em Bonito (MS), para discutir a descentralização e o fortalecimento do Sistema Único de Assistência Social (Suas). A secretária nacional de Assistência Social do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Maria Luiza Rizzotti, participa da abertura do encontro, às 17 horas, na Secretaria de Assistência Social do município.
Estará presente na ocasião a superintendente de política de assistência social, Cida Melo, representando a secretária do Trabalho e Assistência Social do governo de Mato Grosso do Sul (Setas).
No segundo dia do evento, a secretária da Setas, Tania Garib, ministra palestra com o tema “Os desafios municipais à gestão descentralizada do Suas”. O evento também definirá propostas para erradicação da miséria no País, elencadas em carta a ser apresentada aos governadores eleitos dos Estados da região.
Os debates vão acontecer em todas as regiões do País. Os resultados serão levados ao 13º Encontro Nacional da área, que ocorrerá de 18 a 20 de abril, em Belém (PA), e terá como tema “Gestão Descentralizada do Suas: Competências e Responsabilidades do Poder Local”.
Organizado pelo Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social (Congemas) em parceria com o MDS, o encontro terá ainda a presença da diretora da SNAS, Simone Albuquerque, e do diretor do Fundo Nacional de Assistência Social, Antônio Henriques, ambos do ministério, além da presidente do Congemas, Ieda Castro, e de outras autoridades.
A parceria entre Congemas e MDS tem permitido avanços significativos na área de assistência social, com a adesão e o comprometimento dos municípios na implantação das políticas públicas.
Para mais informações sobre o evento em Bonito, clique aqui e acesse o site do Congemas.
A solução para que a Rede Globo aprenda, de uma vez por todas, a não confundir o nome de Mato Grosso do Sul com seu estado irmão seria o governo estadual cortar as verbas publicitárias destinadas à emissora. Pelo menos esta é a alternativa sugerida pelo deputado estadual Paulo Duarte (PT) em seu microblog Twitter.
Na semana passada, durante um capítulo da novela Insensato Coração, os protagonistas Pedro (Eriberto Leão) e Luciana (Fernanda Machado) conversam sobre uma viagem a Bonito e dão a entender que o destino turístico fica em Mato Grosso. O fato incomodou a Fundação de Turismo do Estado, que enviou um pedido de reparação ao autor da novela, Gilberto Braga.
O parlamentar reagiu negativamente à iniciativa da Fundação por acreditar que a emissora não irá sequer considerar o pedido. "O governo é um dos maiores anunciantes da emissora e tem um instrumento mais forte de protesto. Duvido que a Globo iria errar de novo se o governo suspendesse por um mês os anúncios", disse. Em Mato Grosso do Sul, a afiliada da Rede Globo é a TV Morena.
Para Duarte, cada erro "sistemático" da Rede Globo produz perdas para a economia de Mato Grosso do Sul, em especial ao turismo. "As pessoas interessadas em conhecer Bonito e boa parte do Pantanal são induzidas a acreditar que estes lugares estão todos lá em Mato Grosso".
Contra-propaganda
Questionado sobre a hipótese de o governo estadual divulgar suas potencialidades em mídia nacional para reforçar a marca "Mato Grosso do Sul" e prevenir eventuais trocas de nome, Duarte concordou com a ideia, embora reconheça que, sozinha, não resolve o problema. "Falta divulgação de nosso Estado, coisa que o vizinho Mato Grosso e outras localidades já fazem há muito tempo", declarou.
Já sobre a possível mudança de nome do Estado, Paulo Duarte disse que a discussão do tema é aceitável, desde que não seja feita de forma "apaixonada".