Notícias de Bonito MS
O Sesi mantém a articulação para a implantação do Observatório Sócio-Ambiental de Bonito, que vai modernizar e ampliar a estrutura física da atual área da entidade na cidade para que o espaço seja capaz de receber projetos voltados à ampliação da consciência e gestão sócio-ambientais das empresas sul-mato-grossenses. Na prática, o local, que foi adquirido em abril de 1998 para expandir a atuação do Sesi na região, será um instrumento sistemático de pesquisa, organização e difusão de temas sócio-ambientais, articulando pesquisa, ensino e prática social com a formação e capacitação de empresários e gestores de indústrias do Estado.
Ele terá, dentre suas finalidades, a concentração de informações relativas ao desenvolvimento de programas sócio-ambientais das indústrias e disponibilização de dados relativos a programas sócio-ambientais para pesquisa. Além disso, o espaço disponibilizará seminários e encontros técnicos em gestão sócio-ambiental, palestras e estudos de casos em projetos sócio-ambientais empresariais, apoio à formação de multiplicadores de estratégias de gestão sócio-ambiental, elaboração e divulgação de materiais didáticos, espaço para divulgação e troca de experiências, exposição de novas tecnologias e técnicas de gestão sócio-ambiental, elaboração e divulgação de boletins informativos, módulos de educação a distância e capacitação de empresários e gestores.
Segundo a superintendente do Sesi, Maura Gabínio, o Observatório Sócio-Ambiental de Bonito vai agregar ainda mais à marca da entidade, amplamente reconhecida pelos seus valores e pela qualidade na oferta de produtos e serviços voltados para o aumento da qualidade de vida do trabalhador da indústria e seus dependentes. “A localização privilegiada do espaço, inserido em região reconhecida como pólo do eco-turístico, contribuirá ainda para oferecer aos empresários e gestores empresariais de indústrias contribuintes e preferencialmente sindicalizadas diversos outros serviços, como passeios, trilhas e mergulhos”, analisou, informando que a estrutura-física do local contará com bloco de observação, bloco de apartamentos, quatro chalés, espaço gourmet, vestiários, piscina, quiosques, dormitórios para os funcionários, casa para o zelador e estacionamento para os visitantes.
Meio ambiente
Ela destaca que o treinamento ambiental consiste em uma das melhores práticas para promover uma gestão ambiental estratégica, além de se constituir em dever das organizações que possuem sistema de gestão ambiental ISO 14001. “A importância do treinamento ambiental reside no fato de que ele pode gerar, na organização, uma conscientização e uma ação ambientalmente proativa nos gestores e funcionários”, pontuou, reforçando que o marketing verde possui papel fundamental na construção da imagem da empresa, pois, se ela tem atuação sócio-ambiental favorável, é ainda mais essencial que o consumidor tenha conhecimento desta atuação.
Para Maura Gabínio, os consumidores tornam-se cada vez mais exigentes quanto às práticas ambientais responsáveis, o que acaba impulsionando os esforços de marketing das empresas em favor do meio ambiente. “É necessário que as empresas que adotam o marketing verde realizem práticas ambientais adequadas sem deixar de oferecer qualidade, e preço adequado aos consumidores”, analisou, reforçando que, compreendendo uma área de 40 hectares, a propriedade, que está inserida na bacia do Rio Paraguai e sub-bacia do Rio Miranda, tendo em um de seus limites na margem esquerda o Córrego Formosinho, vai possibilitar que os empreendedores tenham contato direto com o meio ambiente.
Afinal, hoje, cada vez mais, torna-se necessária a busca de projetos que envolvam novas oportunidades profissionais, conceitos culturais e pedagógicos, além da melhoria da qualidade de vida do ser humano. Com projetos planejados e implementados de forma sustentável, o espaço contribuirá com a preservação do meio ambiente, a geração de empregos qualificados, o desenvolvimento social local e regional e a criação de entrepostos formais e informais de troca de conhecimento socioambiental com geração de riquezas. A superintendente do Sesi reforça que treinamentos com imersão merecem um ambiente neutro, fora do ambiente da empresa, para incentivar os participantes a se desligarem da rotina e entregarem-se de corpo e alma à atividade.
No caso específico do projeto, espera-se que a imersão dentro de ambiente destinado à contemplação e respeito ao meio ambiente sirva de cenário ideal para que se possa aprofundar a temática da responsabilidade socioambiental. Somando-se a isso, não se podem relevar as necessidades do público alvo das ações a serem empreendidas pelo Observatório Sócio-ambiental de Bonito. Formado principalmente de empresários e gestores das indústrias, em suma, ocupantes de cargos de liderança dentro de suas organizações, torna-se necessário criar condições atraentes que estimulem se deslocar para um ambiente longe da empresa e se dedicar ao aprendizado de novos conceitos.
Histórico
A cidade de Bonito, eleita nove vezes consecutivas o Melhor Destino de Ecoturismo pela Revista Viagem e Turismo, é uma região calcária, em meio a Serra de Bodoquena, a 270 quilômetros de Campo Grande. O terreno característico se torna um grande filtro natural, fazendo a água correr naturalmente cristalina. As características geológicas e climáticas da região da Serra da Bodoquena são sem dúvida o fator contribuinte mais importante para a manutenção desse cenário.
A rocha calcária, da qual é formada quase toda a Serra da Bodoquena, permeia por seu interior em um complexo sistema hídrico, toda a água captada das chuvas, o que faz dissolver muito deste mineral nestes rios subterrâneos. Este excelente "sistema de tratamento" natural é o que mantêm os rios de Bonito sempre transparentes. Suas águas cristalinas de Bonito são o habitat ideal para diversas espécies de peixes e plantas. Essa é uma das razões pela qual os passeios de flutuação e mergulho com cilindro encantam turistas do mundo inteiro.
Além desses passeios, há também inúmeras trilhas passando pelas cachoeiras, passeio de bote nos rios, rios, lagos, cavernas e balneários. O cuidado com a natureza e a consciência de preservação se reflete na atitude de todos os envolvidos com atividades turísticas em Bonito. Desde o acompanhamento obrigatório de Guias de Turismo, até a criação de RPPNs, execução de Planos de Manejo e Monitoramentos de Impacto Ambiental, percebe-se o comprometimento de toda a comunidade com a conservação dos atrativos naturais.
O Aquário do Pantanal, que será construído pelo governo do Estado a partir do próximo mês, além de ser o maior de água doce do mundo, vai contar com o maior laboratório do Brasil para estudos e pesquisas envolvendo peixes do ecossistema regional, tornando-se referência internacional de pesquisadores e cientistas. Materiais analisados nos peixes e na vegetação poderão ser transformados em medicamentos e cosméticos. Além disso, ele dará condições de aprofundar o conhecimento e assegurar a integridade da fauna e flora presentes na região pantaneira. A obra vai ter início no próximo mês e a previsão é de que seja concluída em 2013.
De acordo com João Onofre Pereira Pinto, coordenador do Programa Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação em Biodiversidade (Biota-MS), no Aquário do Pantanal vão ser construídos um Centro de Pesquisa em Biodiversidade Aquática e uma Biblioteca Digital, os quais ampliarão consideravelmente a infraestrutura existente para estudos científicos em Mato Grosso do Sul. No Centro de Pesquisa serão desenvolvidos trabalhos visando ampliar o conhecimento sobre a fauna e a flora aquáticas existentes no Estado e promovendo o seu uso econômico, garantindo sua sustentabilidade e preservação.
Os trabalhos de pesquisa, desenvolvimento e inovação a serem feitos no Aquário do Pantanal compreenderão desde a pesquisa básica, como levantamento da biodiversidade aquática, até bioprospecção e manejo. “Ou seja, das pesquisas poderá resultar conhecimento de princípios ativos de peixes e plantas aquáticas para uso medicinal, cosmetológico, até as melhores formas de fazer uso alimentar da biodiversidade, indicando melhores práticas de reprodução”, afirma João Onofre.
O Pantanal é uma das maiores extensões úmidas contínuas do planeta, com área de 138 mil quilômetros quadrados, tendo 65% de sua área situada em Mato Grosso do Sul. Patrimônio nacional e mundial, o Pantanal possui 1.863 espécies de plantas fanerógamas, 250 espécies de plantas aquáticas, 263 espécies de peixes, 41 espécies de anfíbios, 113 espécies de répteis, 463 espécies de aves e 132 de mamíferos. Este potencial de fauna e flora será o foco de estudos no Aquário.
O Centro de Pesquisa nasceu apoiado nas indicações do Biota/MS, com base em decisões das políticas públicas quanto a projetos de desenvolvimento regional, visando à promoção da sustentabilidade e conservação da biodiversidade no Estado. Ele reúne um conjunto de iniciativas voltadas à pesquisa, à bioprospecção e ao estabelecimento dos caminhos e parâmetros que devem ser obedecidos para garantir maior interação do homem com os ecossistemas, sem riscos à sua sustentabilidade ambiental.
De acordo com João Onofre, o principal componente do Aquário do Pantanal que dará a oportunidade de experiências científicas é o Centro de Pesquisa em Biodiversidade Aquática Pantaneira. Ele será composto por um conjunto de laboratórios científicos, que se utilizará do vasto material de estudo concentrado no Aquário, para se tornar um centro de referência na área. Serão desenvolvidas pesquisas científicas e tecnológicas visando ao conhecimento da fauna aquática para sua preservação, bem como para o seu uso econômico de forma segura e sustentável. Esse conjunto compreende laboratórios de biologias e sobre os biomas existentes no Estado.
Centro de Interatividade
Outro componente importante do Aquário que contribuirá no processo educacional é o Centro de Interatividade. No local, o público visitante vai realizar um passeio didático e lúdico ao universo virtual da biodiversidade do Pantanal e Cerrado sul-mato-grossense. O objetivo é motivar a reflexão de como vive, há quanto tempo e como foi desenvolvida a vida no meio ambiente de acordo com a ciência contemporânea. O passeio apresentará o significado da evolução da vida no planeta, de acordo com as pesquisas que a comunidade científica multidisciplinar local tem produzido ao longo dos anos, como e porque a vida adquiriu suas particularidades ao longo da evolução.
O conteúdo dos vídeos e softwares a serem utilizados no Centro de Interatividade será adaptável ao perfil dos visitantes. Terá basicamente um conteúdo para o visitante regular, em níveis informativos e contemplativos e diferentes conteúdos para grupos de visitantes de níveis acadêmicos; assim o espaço contemplará os visitantes desde o ensino básico até aos mais altos níveis científicos. As informações serão dinâmicas e serão periodicamente modificadas por profissionais de comunicação e educação científica especializada em cada área, para o quê deverão ser firmados instrumentos de cooperação técnica e científica com as Instituições de Ensino Superior.
Biblioteca
Já a Biblioteca da Biodiversidade também ajudará nesse aspecto da disseminação do conhecimento, pois ela reunirá todo o conhecimento disponível, principalmente sobre a biodiversidade pantaneira, envolvendo uma área física para consultas in loco e estações de trabalho (terminais computacionais), devendo, predominantemente, ser estruturada de acordo com o conceito de biblioteca digital/virtual.
Os serviços online da biblioteca ficarão disponíveis 24 horas por dia, fixando-se como a mais completa e dinâmica fonte de informações da biodiversidade do Pantanal. A biblioteca será parceira das instituições educacionais e científicas de Mato Grosso do Sul, do Brasil e do mundo e dará suporte de informação literária e de aprendizagem contínua na sua área foco.
“A cada ano aquários são inaugurados em todo mundo, dada a atração e fascínio que exercem sobre a população em geral e por serem poderosas ferramentas para a educação ambiental e o turismo. O Brasil é reconhecidamente o maior detentor de uma das maiores biodiversidades aquáticas, tanto marinhas quanto de água doce. O Governo de Mato Grosso do Sul, ciente dessa potencialidade, em particular quanto ao Pantanal, viu neste empreendimento uma forma de solidificar seus esforços de preservação e uso sustentável de sua fauna e flora referente a esse bioma e incentivar os brasileiros a dar continuidade nesse ideal de preservar a biodiversidade presente em seus Estados”, afirma João Onofre.
A Associação dos Atrativos Turisticos de Bonito e Região - ATRATUR, realizará em Bonito/MS de 09 a 13 de maio de 2011 a 11ª edição do Curso de Primeiros Socorros e Salvamento Aquático, em parceria com o Corpo de Bombeiros de MS e Secretaria de Turismo de Bonito.
O objetivo do evento é a qualificação para que possam identificar a urgência, além de conhecer e exercitar os procedimentos necessários para prestar os primeiros socorros em caso de um acidente. Direcionado aos profissionais que trabalham com o turismo (guias de turismo, monitores ambientais, etc), além de pessoas da comunidade interessada.
O curso é de grande importância para o destino Bonito pois é uma das solicitações do Sistema de Gestão de Segurança (SGS) do Programa Aventura Segura da Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura-ABETA.
O curso será realizado em duas modalidades: básico e reciclagem. O curso "básico" é para que nunca fez o curso ou quem fez antes de 2006. O de "reciclagem" é para quem fez o curso de 2006-2008.
PROGRAMAÇÃO
09 a 13 de maio de 2011
CURSO BÁSICO
- Treinamento de Primeiros Socorros
Local: Sede da ATRATUR (Ao lado da Brazil Bonito)
Data: 09, 10 e 11/05 (Seg à Qua)
Horário: 07h30 às 11:30 • 13h00 às 17:00
- Treinamento de Salvamento Aquático
Local: Balneário Municipal
Data: 12 e 13/05 (Qui e Sex)
Horário: 08h00 às 17h00
CURSO DE RECICLAGEM (2006 à 2009)
- Treinamento de Primeiros Socorros
Local: Sede da ATRATUR (Ao lado da Brazil Bonito)
Data: 09, 10 e 11/05 (Seg à Qua)
Horário: 18h30 às 22h30
- Treinamento de Salvamento Aquático
Local: Balneário Municipal
Data: 12 e 13/05 (Qui e Sex)
Horário: 08h00 às 17h00
Investimento: R$ 100,00 (entrada + 30 dias no cheque) ou R$ 80,00 a vista (20% de desconto).
Maiores informações pelo telefone: (0xx67) 3255-2245 • 8405-6451 ou através do e-mail atratur@atrativosbonito.com.br.
Os pesquisadores utilizarão os rios da Prata e Olho D´Água, na Fazenda Cabeceira do Prata, e rio Sucuri, na Fazenda São Geraldo
O projeto Peixes de Bonito, apoiado pela Fundect, realizará de 1º a 7 de maio uma pesquisa em parceria com as universidades Anhanguera/Uniderp, UFSC, Unicamp e Unesp, sobre ecologia e o comportamento da rica fauna dos peixes que habitam a região da Serra da Bodoquena (MS).
Os pesquisadores utilizarão os rios da Prata e Olho D´Água, na Fazenda Cabeceira do Prata, e rio Sucuri, na Fazenda São Geraldo. O objetivo é ampliar os conhecimentos sobre a ictiofauna (conjunto das espécies de peixes que existem numa determinada região biogeográfica) e sobre a conservação da biodiversidade dos ecossistemas aquáticos, com aplicações práticas para o ecoturismo, para gestão e uso sustentável destes ecossistemas.
Além de contar com pesquisadores experientes, a expedição também tem a meta de treinar profissionais de diferentes níveis, desde acadêmicos de graduação e mestrado, até doutorandos e recém-doutores. Os pesquisadores farão censos de peixes, com metodologia similar à usada no mar, bem como registrarão aspectos da ecologia e comportamento desses animais.
Segundo o biólogo José Sabino, coordenador do Projeto Peixes de Bonito e um dos organizadores da expedição, “a investigação também irá ampliar o banco de dados e de imagens da fauna e dos ambientes aquáticos da região”. Os estudos também contam com recursos financeiros do CNPq e da Universidade Anhanguera-Uniderp.
Para mais informações sobre o projeto Peixes de Bonito acesse o site www.peixesdebonito.com.br . Para saber sobre outros projetos financiados pela Fundect, acesse o site www.fundect.ms.gov.br.
O Decreto 7.381, publicado no fim do ano passado no Diário Oficial, regulamenta a Lei do Turismo. Dividida em dez capítulos, a legislação define as atribuições das instâncias responsáveis pelo planejamento, desenvolvimento e estímulo ao setor e as regras para cadastramento, classificação e fiscalização dos prestadores de serviços turísticos. Disciplina ainda as atividades das empresas do setor.
"O decreto consolida os avanços alcançados pelo turismo nos últimos oito anos, dando segurança jurídica aos contratos e, por consequência, aperfeiçoando os mecanismos de proteção do consumidor de produtos e serviços turísticos", disse o ministro do Turismo, Luiz Barretto.
O decreto traz, ainda, dispositivos que tratam da relação de consumo entre turistas e empresas, em consonância com o Código de Defesa do Consumidor. Disciplina as atividades de meios de hospedagem, agências de turismo, transportadoras turísticas, organizadoras de eventos, parques temáticos e acampamentos turísticos. Para essas atividades, segundo o decreto, o cadastro no sistema Cadastur do Ministério do Turismo é obrigatório.
A sustentabilidade ambiental da atividade turística é outro foco do decreto. A construção, instalação, funcionamento de estabelecimentos de turismo potencialmente poluidores, por exemplo, dependerão de prévio licenciamento ambiental. Assim como, a realização de qualquer atividade de turismo na Antártica, por parte de operadoras brasileiras, deverá ser aprovada pelo Ministério do Turismo. São contempladas ainda, em todas as atividades abordadas na legislação, regras que garantam boas condições de higiene, salubridade e segurança para o usuário.
Náutico
O segmento de turismo náutico, cujo crescimento chega a 350% nos últimos dez anos no País, foi contemplado no decreto.
Ficam definidos os conceitos de embarcação de turismo, cruzeiros marítimos e fluviais e suas classificações em categorias, como cabotagem e longo curso. "Os padrões de classificação em categorias de conforto e serviços serão estabelecidos em ato do Ministério do Turismo", determina o dispositivo legal.
Fiscalização
O decreto cria, ainda, a figura do agente fiscal do turismo. Estabelece que a fiscalização das empresas do setor será efetuada pelo Ministério do Turismo e seus órgãos delegados ou conveniados. As multas por infrações aos dispositivos da lei variam de R$ 350 a R$ 1 milhão.
Os sindicatos rurais de Bonito, Jardim, Porto Murtinho, Miranda e Bodoquena realizam no próximo dia 6 de maio, em Bonito, o Fórum Parque Nacional da Serra da Bodoquena. O evento tem o apoio da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul) e contará com as presenças do Ministério Público Federal (MPF), do Ministério Público Estadual (MPE), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). A organização espera reunir cerca de 300 produtores rurais para debater assuntos que envolvem a regularização fundiária do Parque.
Além da regularização fundiária, os temas que estarão em pauta são: áreas adquiridas, plano de manejo, fiscalização, ação de caducidade, proteção ao direito de propriedade e compensação de reserva legal. A mediadora dos debates será a ex-procuradora geral do Ibama, Andrea Vulcares.
Criado em setembro de 2000, o Parque Nacional da Serra da Bodoquena é a única unidade de conservação de proteção integral federal implantada em Mato Grosso do Sul.. O Parque foi criado com o objetivo de proteger a maior área contínua de “mata atlântica” no Estado. Administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o Parque abrange áreas dos municípios de Bonito, Bodoquena, Miranda e Porto Murtinho. De acordo com a assessora técnica da Famasul, Janaína Pickler, o parque possui 76..481 hectares, sendo que 10% dessa área já foi adquirida pela União e o restante é ocupada por particulares.
No momento, o parque não está aberto a visitações. A abertura só ocorrerá depois que forem definidos os principais aspectos de funcionamento do parque, que deverão constar em um plano de manejo da área. O parque engloba a cabeceira de rios regionalmente valiosos, como o Salobra, Perdido, Formoso e da Prata.
O Fórum Parque Nacional da Serra da Bodoquena acontecerá no Centro de Convenções de Bonito/MS, das 19h até às 22h. A entrada é um quilo de alimento não perecível. Para mais informações, entrar em contato por meio do e-mail: famasul@famasul.com.br.
O Aquário do Pantanal, que será construído pelo governo do Estado a partir do próximo mês, além de ser o maior de água doce do mundo, vai contar com o maior laboratório do Brasil para estudos e pesquisas envolvendo peixes do ecossistema regional, tornando-se referência internacional de pesquisadores e cientistas. Materiais analisados nos peixes e na vegetação poderão ser transformados em medicamentos e cosméticos. Além disso, ele dará condições de aprofundar o conhecimento e assegurar a integridade da fauna e flora presentes na região pantaneira. A obra vai ter início no próximo mês e a previsão é de que seja concluída em 2013.
De acordo com João Onofre Pereira Pinto, coordenador do Programa Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação em Biodiversidade (Biota-MS), no Aquário do Pantanal vão ser construídos um Centro de Pesquisa em Biodiversidade Aquática e uma Biblioteca Digital, os quais ampliarão consideravelmente a infraestrutura existente para estudos científicos em Mato Grosso do Sul. No Centro de Pesquisa serão desenvolvidos trabalhos visando ampliar o conhecimento sobre a fauna e a flora aquáticas existentes no Estado e promovendo o seu uso econômico, garantindo sua sustentabilidade e preservação.
Os trabalhos de pesquisa, desenvolvimento e inovação a serem feitos no Aquário do Pantanal compreenderão desde a pesquisa básica, como levantamento da biodiversidade aquática, até bioprospecção e manejo. “Ou seja, das pesquisas poderá resultar conhecimento de princípios ativos de peixes e plantas aquáticas para uso medicinal, cosmetológico, até as melhores formas de fazer uso alimentar da biodiversidade, indicando melhores práticas de reprodução”, afirma João Onofre.
O Pantanal é uma das maiores extensões úmidas contínuas do planeta, com área de 138 mil quilômetros quadrados, tendo 65% de sua área situada em Mato Grosso do Sul. Patrimônio nacional e mundial, o Pantanal possui 1.863 espécies de plantas fanerógamas, 250 espécies de plantas aquáticas, 263 espécies de peixes, 41 espécies de anfíbios, 113 espécies de répteis, 463 espécies de aves e 132 de mamíferos. Este potencial de fauna e flora será o foco de estudos no Aquário.
O Centro de Pesquisa nasceu apoiado nas indicações do Biota/MS, com base em decisões das políticas públicas quanto a projetos de desenvolvimento regional, visando à promoção da sustentabilidade e conservação da biodiversidade no Estado. Ele reúne um conjunto de iniciativas voltadas à pesquisa, à bioprospecção e ao estabelecimento dos caminhos e parâmetros que devem ser obedecidos para garantir maior interação do homem com os ecossistemas, sem riscos à sua sustentabilidade ambiental.
De acordo com João Onofre, o principal componente do Aquário do Pantanal que dará a oportunidade de experiências científicas é o Centro de Pesquisa em Biodiversidade Aquática Pantaneira. Ele será composto por um conjunto de laboratórios científicos, que se utilizará do vasto material de estudo concentrado no Aquário, para se tornar um centro de referência na área. Serão desenvolvidas pesquisas científicas e tecnológicas visando ao conhecimento da fauna aquática para sua preservação, bem como para o seu uso econômico de forma segura e sustentável. Esse conjunto compreende laboratórios de biologias e sobre os biomas existentes no Estado.
Centro de Interatividade
Outro componente importante do Aquário que contribuirá no processo educacional é o Centro de Interatividade. No local, o público visitante vai realizar um passeio didático e lúdico ao universo virtual da biodiversidade do Pantanal e Cerrado sul-mato-grossense. O objetivo é motivar a reflexão de como vive, há quanto tempo e como foi desenvolvida a vida no meio ambiente de acordo com a ciência contemporânea. O passeio apresentará o significado da evolução da vida no planeta, de acordo com as pesquisas que a comunidade científica multidisciplinar local tem produzido ao longo dos anos, como e porque a vida adquiriu suas particularidades ao longo da evolução.
O conteúdo dos vídeos e softwares a serem utilizados no Centro de Interatividade será adaptável ao perfil dos visitantes. Terá basicamente um conteúdo para o visitante regular, em níveis informativos e contemplativos e diferentes conteúdos para grupos de visitantes de níveis acadêmicos; assim o espaço contemplará os visitantes desde o ensino básico até aos mais altos níveis científicos. As informações serão dinâmicas e serão periodicamente modificadas por profissionais de comunicação e educação científica especializada em cada área, para o quê deverão ser firmados instrumentos de cooperação técnica e científica com as Instituições de Ensino Superior.
Biblioteca
Já a Biblioteca da Biodiversidade também ajudará nesse aspecto da disseminação do conhecimento, pois ela reunirá todo o conhecimento disponível, principalmente sobre a biodiversidade pantaneira, envolvendo uma área física para consultas in loco e estações de trabalho (terminais computacionais), devendo, predominantemente, ser estruturada de acordo com o conceito de biblioteca digital/virtual.
Os serviços online da biblioteca ficarão disponíveis 24 horas por dia, fixando-se como a mais completa e dinâmica fonte de informações da biodiversidade do Pantanal. A biblioteca será parceira das instituições educacionais e científicas de Mato Grosso do Sul, do Brasil e do mundo e dará suporte de informação literária e de aprendizagem contínua na sua área foco.
“A cada ano aquários são inaugurados em todo mundo, dada a atração e fascínio que exercem sobre a população em geral e por serem poderosas ferramentas para a educação ambiental e o turismo. O Brasil é reconhecidamente o maior detentor de uma das maiores biodiversidades aquáticas, tanto marinhas quanto de água doce. O Governo de Mato Grosso do Sul, ciente dessa potencialidade, em particular quanto ao Pantanal, viu neste empreendimento uma forma de solidificar seus esforços de preservação e uso sustentável de sua fauna e flora referente a esse bioma e incentivar os brasileiros a dar continuidade nesse ideal de preservar a biodiversidade presente em seus Estados”, afirma João Onofre.
O Aquário do Pantanal retratará de forma sintética e objetiva toda a riqueza natural da biodiversidade dos ambientes aquáticos presentes nesse bioma. Dentre os seus propósitos, confirma-se um importante espaço público para turismo, lazer, educação ambiental, pesquisa e conservação da biodiversidade. “O Bioma Pantanal, pela sua magnitude, certamente merece ser tema exclusivo de um aquário, justificando a iniciativa de sua construção, tomada pelo Estado de Mato Grosso do Sul”, argumenta o coordenador do Biota-MS.