Notícias de Bonito MS
Um lote de cinquenta ararinhas-azuis chega nesta terça-feira (03) ao Brasil vindo da Alemanha. Trata-se de uma tentativa de devolver à espécie, que sobrevive apenas em cativeiro, ao seu habitat natural, segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
As aves desembarcaram nesta tarde no aeroporto de Petrolina, em Pernambuco, e seguirão viagem à pequena cidade de Curaçá, na Bahia, de onde a espécie é considerada natural e onde foi construído um centro de reprodução. A data foi escolhida por ser o Dia Internacional da Vida Selvagem, cujo objetivo é celebrar a fauna e a flora do planeta, assim como alertar para os perigos do tráfico de espécies animais selvagens no mundo.
Ainda no aeroporto, uma coletiva de imprensa foi realizada com a presença do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles; o presidente do ICMBio, Homero Cerqueira; e o presidente da instituição alemã Association for the Conservation of Threatend Parrots (ACTP), Martin Guth.
O projeto de reintrodução das ararinhas-azuis, que têm o bico preto e uma plumagem deslumbrante em tons de azul, é parte de um acordo entre o ICMBio e a ONG alemã Association for the Conservation of Threatend Parrots (ACTP). As cinquenta aves deverão passar por uma quarentena de 21 dias. Depois um grupo, cujo número ainda não foi determinado, será liberado e outro será mantido em cativeiro.
As ararinhas-azuis, que ganharam fama mundial com a animação "Rio", de 2011, foram declaradas extintas do seu ambiente natural no ano 2000, segundo o ICMBio. Restam somente cerca de 160 aves em cativeiro, estima o Instituto. Essa espécie sucumbiu por causa da caça ilegal, do tráfico e da destruição do seu bioma. Rara, a espécie vivia originalmente numa pequena região do interior de Juazeiro e Curaçá, no norte da Bahia, onde o Governo Federal criou, em junho de 2018, duas unidades de conservação: o Refúgio de Vida Silvestre da Ararinha-Azul (com 29,2 mil hectares) e a Área de Proteção Ambiental da Ararinha-Azul (com 90,6 mil hectares), destinadas à reintrodução e proteção da espécie e conservação do bioma da caatinga.
"Na década de 1980, foram identificadas três ararinhas-azuis por expedicionários, e em uma nova missão, dez anos depois, foi vista a última", explicou o ICMBio. Nos últimos anos, esforços de conservação da espécie culminaram no aumento da população nacional da espécie, sempre em cativeiro.
A primeira soltura está prevista para 2021. Ao longo deste período os animais passarão por processo de adaptação e treinamento para viverem em vida livre. Além disto, serão realizados testes de soltura com um papagaio conhecido como Maracanã.
A 6ª edição da Feira Literária de Bonito – ou Flibonito/Flib – já tem data definida. Neste ano, o evento acontece entre os dias 01 e 04 de julho, visando também o calendário escolar do município, para uma maior integração dos alunos. A programação do evento, que no ano passado contou com nomes como das escritoras Cinthia Moscovich, Cidinha da Silva e Eliane Potiguar, ainda não foi divulgada.
A Praça da Liberdade continua como palco principal das atividades lúdicas fundamentadas no texto literário e nos trabalhos dos homenageados. Nos anos anteriores, também protagonizou as rodas de conversa, apresentação de livros, teatro, dança, música, contação de histórias e brincadeiras lúdicas que envolviam as crianças no universo da literatura.
Na edição de 2019, o tema da Feira foi a "Literatura: Substantiva Feminina" e tinha como proposta as mulheres em destaque em todos os momentos da Feira, direcionando as discussões, apresentando seus trabalhos e "desmontando" a ideia de que a literatura feminina é algo "cor de rosa" ou mesmo superficial. As homenageadas foram Marina Colasanti e a sul-mato-grossense Lélia Rita de Figueiredo.
Eleito pela 16ª vez o Melhor Destino de Ecoturismo do Brasil, Bonito recebeu no ano passado o maior número de turistas desde 2016 e um recorde na quantidade de passeios visitados, de acordo com o Observatório do Turismo.
Foram mais de 209 mil turistas e 711 mil passeios em 2019. O crescimento no número de viajantes e de visitas aos atrativos turísticos, em 2019, foi de, respectivamente, 4,15% e 12,69%.
E mais, nunca foi registrado tantos turistas em Bonito no mês de janeiro como neste ano: 28.666. Mais de 80% dos turistas são brasileiros, principalmente de São Paulo (40%), Paraná (11%) e Rio de Janeiro (10%).
Bonito tem recebido diversos investimentos do Governo de Mato Grosso do Sul, em parceria com a Prefeitura e o Governo Federal, como a revitalização do aeródromo, para garantir mais segurança aos passageiros e tripulantes e atrair novos voos; e a pavimentação da Estrada do Curé, trecho de 17 quilômetros da rodovia MS-178 até Jardim, ligando os dois destinos turísticos. Nos 14 quilômetros seguintes, entre o aeroporto e a entrada do município, o asfalto foi refeito, ganhou uma ciclovia e a iluminação foi reforçada.
Mais investimentos estão vindo: a restauração da MS-382, entre Guia Lopes da Laguna e Bonito, e a implantação do asfalto na MS-382, até a Gruta do Lago Azul, um dos principais cartões postais do município.
Outras rotas
Os investimentos do Governo do Estado também estão em outras rotas turísticas como na implantação da MS- 423, entre Rio Verde e Coxim (da Fazenda Morrinho até a Conceição), em uma extensão de 65 quilômetros. E no cascalhamento dos 40 quilômetros da MS-228, da Curva do Leque até a fazenda Alegria, que já foi entregue. Trata-se de uma benfeitoria sonhada há décadas pelos pantaneiros da Nhecolândia, importante região de pecuária e turismo do Pantanal.
Voando alto
Para o diretor-presidente da Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul, Bruno Wendling, o fluxo de turistas é impactado por diversos fatores como o momento da economia, cotação do dólar, ações de promoções de marketing e aumento de voos.
Apesar do turismo de negócio ainda atrair mais pessoas a Mato Grosso do Sul, o foco das campanhas publicitárias no Estado é o ecoturismo. Com atrativos como o Pantanal e as belezas da região Bonito-Serra da Bodoquena, Mato Grosso do Sul conta com paisagens naturais sem igual, rios de águas cristalinas, praias de águas doces, cachoeiras, cavernas, grutas, dolinas e abismos.
A região é destino de ecoturismo, aventura com preservação ambiental, gestão pública focada na sustentabilidade e capacidade de carga controlada. “A natureza é o nosso carro-chefe. Não queremos turismo de massa, queremos de mais qualidade”, explicou Wendling.
Para estimular a oferta de voos comerciais, fomentar o turismo regional, aumentar o número de passageiros e cargas nos aeroportos e promover a economia e o crescimento da cadeia produtiva do turismo, o governador Reinaldo Azambuja instituiu, em junho de 2019, o Decola MS, um programa que reduz a alíquota do ICMS sobre o querosene de aviação para valores entre 12% e 1,41%, conforme o número de voos efetivamente realizados.
A política de atração de novos voos já começa a dar resultado. A Voepass Linhas Aéreas (antiga Passaredo) anunciou a expansão de suas operações em Mato Grosso do Sul com novos voos ligando Três Lagoas ao aeroporto de Congonhas, em São Paulo, e também a Campo Grande. As novas rotas iniciam em 29 de março.
Um ambicioso projeto com o objetivo de garantir transparência perene às águas da região de Bonito, considerada o principal destino do ecoturismo mundial, começa a ser colocado em prática. O Projeto Águas de Bonito é uma parceria entre o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), responsável pelo diagnóstico, definição das atividades e acompanhamento técnico; da Organização Não Governamental (ONG) Instituto das Águas da Serra da Bodoquena (IASB), que vai executar as ações, e o Ministério Público Estadual, a quem compete o acompanhamento e fiscalização. As ações terão início pela microbacia do Rio Mimoso e a intenção é expandir para todos os demais cursos d’água da região, na medida em que for constatado êxito.
O Acordo de Cooperação Técnica que possibilita colocar em prática as ações propostas foi assinado no dia 14, na Sala da Promotoria de Bonito, pelo presidente do Imasul, André Borges; promotor de Justiça Alexandre Estuqui Junior e a presidente da IASB, Tânia Van Der Sand. O acordo prevê que o Imasul elabore o Plano de Trabalho com o diagnóstico preciso e as intervenções necessárias em cada ponto. Caberá à IASB o monitoramento da qualidade de água dos pontos críticos, selecionar propriedades rurais para receber mudas arbóreas nativas, insumos para isolamento das reservas e até apoio no plantio com empréstimo de maquinário. E o Ministério Público vai fiscalizar e acompanhar o desenvolvimento do projeto, que tem prazo de um ano para ser executado.
O Projeto Águas de Bonito foi desenvolvido pelos técnicos do escritório do Imasul em Bonito: Marcelo Brasil de Brasil, Alexandre Ferro e João Ferreira da Rocha, com a colaboração da bióloga Liliane Lacerda, da IASB. “A ideia central é formar uma grande rede de cooperação com boas práticas de conservação e de gestão compartilhada e participativa das bacias hidrográficas do município de Bonito”, defendem os autores na justificativa da proposta. “Acredita-se que as ações propostas, executadas de maneira planejada com diversos atores, contribuirão na melhoria da qualidade de vida, na sustentabilidade do ambiente, na conservação da natureza e na garantia de continuidade da atividade turística em Bonito.”
A decisão de começar pela microbacia do Mimoso, conforme explica o fiscal ambiental Marcelo Brasil de Brasil, responsável pelo escritório do Imasul em Bonito, deve-se ao fato das cabeceiras desse rio estarem um uma região extremamente frágil. Além disso, o Mimoso é o principal contribuinte do rio Formoso, que por sua vez deságua no Miranda, um dos principais rios do Estado. Vai servir de piloto, dependendo do êxito alcançado, o projeto pode ser estendido para as demais microbacias da região, explica Marcelo.
Ações
Os autores dividiram os objetivos do projeto em cinco temáticas diferentes que norteiam ações específicas para enfrentar os principais problemas dos rios da região. São elas:
Por dentro das Águas de Bonito: Contextualizar as bacias hidrográficas do município de Bonito para construção de ações de mobilização social e de parcerias na recuperação das águas e diminuição dos impactos sociais e ambientais;
De Olho nas Águas de Bonito: Compartilhar informações técnicas para criação, aplicação e fortalecimento de políticas públicas voltadas à conservação das bacias hidrográficas do município de Bonito;
Cuidando das Águas de Bonito: Atuar junto às propriedades rurais para promoção de boas práticas ambientais e manutenção dos recursos hídricos;
Se liga nas Águas de Bonito: Atuar junto à comunidade para promoção de boas práticas ambientais para melhoria da qualidade da água; e
Conhecendo as Águas de Bonito: Disseminar temas socioambientais relacionados à saúde e ao uso racional dos recursos hídricos.
O projeto traz um diagnóstico prévio com fotos de satélite de todo leito do rio Mimoso, que tem cerca de 45 quilômetros de extensão e abrange área de aproximadamente 25 mil hectares. As fotos possibilitam identificar pontos com mata ciliar ausente ou deficitária, as erosões e os caminhos da enxurrada. “Agora precisamos fazer visitas técnicas in loco para ver o que realmente acontece. Não é uma situação genérica, tem lugar que é preciso plantar (a mata ciliar), tem lugar que um açude para conter as águas resolve. Tem caso que vamos sugerir o cercamento para evitar que o gado chegue à barranca do rio”, explicou Marcelo.
Além do mais, embora o projeto tenha prazo curto (um ano) para ser executado, a solução definitiva do problema do turvamento das águas dos rios da região de Bonito não se resolve rapidamente e de forma definitiva. “De ano para ano muda tudo: a característica do solo, o comportamento das chuvas. Pode chover 100 milímetros em uma hora ou chover pouco em outro ano”, observa o técnico. Isso tudo interfere no comportamento dos recursos hídricos e exige um trabalho permanente de monitoramento.
O primeiro passo será convencer os proprietários da necessidade de intervir. Para isso, o Sindicato Rural é parceiro do projeto, vai reunir os proprietários, explicar as ações e pedir o envolvimento de todos. “Precisamos de porteiras abertas. Isso será com muita conversa. O proprietário só vai se convencer de que precisa fazer o que deve ser feito quando perceber que sua terra se desvaloriza sem o cuidado necessário.”
O problema
A região de Bonito (que inclui também Bodoquena e Jardim) ganhou fama mundial pela transparência das águas de seus rios povoados por peixes que permitem a aproximação dos mergulhadores, cercados por exuberante vegetação remanescente da Mata Atlântica; por grutas e corredeiras. Mas toda essa perfeição da natureza se viu ameaçada no período compreendido entre final de 2017 a março de 2018, quando chuvas intensas arrastaram sedimentos e turvaram as águas dos rios, cancelando atrações consagradas como o mergulho e flutuação no Rio da Prata. O Rio Mimoso ficou com suas águas sujas por aproximadamente 40 dias. O problema levou Bonito a decretar situação de emergência.
O governo do Estado agiu imediatamente, sob a coordenação da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) e por intermédio de suas vinculadas (Imasul e Agraer), da Agesul e da Polícia Militar Ambiental. A primeira providência foi uma visita técnica à região quando foram identificadas lavouras sem o tratamento adequado do solo (curvas de nível), que facilitaram o surgimento de processos erosivos. As propriedades foram multadas e notificadas para corrigir o problema com urgência.
Intervenções nas estradas vicinais também foram executadas e teve início um levantamento detalhado da situação de todos os cursos d’água para a elaboração de um programa permanente de controle da qualidade das águas na região. A Semagro trouxe técnicos da ESALQ (Escola Superior de Agronomia da USP) para elaborar um diagnóstico do solo e propor as técnicas adequadas de correção que evite processos erosivos, presentes no Decreto 15.195, de março de 2019, que disciplina o uso correto do solo na região de Bonito e Jardim e dá outras providências. Arrematando o arcabouço legal, foi criada a Câmara Técnica de Conservação de Solo e Água, composta pela Semagro, Agraer, Imasul, Agesul, Famasul, Fundação MS, Embrapa, e Prefeituras de Jardim e Bonito.
O resultado dessas medidas foi sentido nesse Verão. Apesar das fortes chuvas registradas no mês de janeiro (dia 8 de janeiro ocorreu precipitação de 200 milímetros na nascente do rio Formoso), o turvamento observado foi muito próximo do que ocorria em anos anteriores e o tempo de limpeza do rio foi de cerca de três dias. “Esse é o indício de que as ações estão no caminho certo”, comemorou o secretário da Semagro, Jaime Verruck.
O Bonito Eco Fight terá uma edição especial, a "Fight Night" que acontecerá em abril.
O evento terá 15 lutas de MMA profissional, sendo quatro femininas, com 30 atletas concorrendo à luta premiada. "Estamos de volta mais fortes que nunca", destacou Claudio Rocha, idealizador do evento da Equipe Rocha Top Team.
Ainda contará com a luta mais aguardada pelos torcedores, onde ocorrerá a disputa do cinturão do MCG (Mais Casca Grossa do MS).
A presença do principal finalizador do UFC, Charles do Bronx, está confirmada.
A edição especial será no dia 04 de abril, no Ginásio Municipal de Bonito (MS). Os ingressos estarão à venda em breve, sendo que as arquibancadas estão R$ 15 e as cadeiras R$ 30.
Com mais de 200 anos, o município de Miranda, localizado no Pantanal sul-matogrossense, é uma cidade reconhecida como um dos mais importantes destinos turísticos nas modalidades de turismo de pesca, ecoturismo, turismo rural e de contemplação de pássaros, em plena expansão na região, além de Bonito.
Outras atividades exploradas são o turismo arquitetônico e religioso. Prédios e casarios formam um expressivo corpo arquitetônico atraindo a atenção e curiosidade dos turistas, muitos deles chegam a pedir licença para entrar nas casas, para fotografar os pisos construídos há séculos com azulejos hidráulicos transportados de navios vindos da Europa.
Todos os anos, turistas e mirandenses que residem em outras regiões do país prestigiam a festa da padroeira da cidade, Nossa Senhora do Carmo. A festa religiosa acontece em 16 de julho, data em que é comemorado o aniversário do município, com procissão, bingos, quermesses com comidas típicas da região, artesanatos, apresentação de danças e músicas na programação.
Além de todos esses atrativos, Miranda conta com a maior população indígena da etnia terena. É possível que o visitante se desloque até as comunidades mais próximas da cidade para adquirir artesanatos feitos com argila pelas mulheres ceramistas das aldeias. Também existe o Centro de Referência da Cultura Terena que comercializa os produtos, além de comercializar peças elaboradas pelos artesãos da cidade.
Reserva Biológica
Diante de tanta diversidade, Miranda se transforma a cada dia em um dos polos turísticos mais importantes, não só do Estado como de todo resto do mundo. A criação da Reserva Biológica Marechal Cândido Mariano Rondon, através do Decreto Municipal n° 2636 de 12 de dezembro de 2017, passou a ser um divisor de águas em relação à consolidação do turismo na cidade.
A Reserva Biológica do município é constituída por uma área de mais de 850 hectares e conta com uma caverna de águas cristalinas e diversas galerias subterrâneas. Em julho de 2019, o grupo de espeleologia Serra da Bodoquena (especialistas em exploração de cavernas) esteve na Reserva e constataram que ali se encontra a mais profunda caverna seca do Estado de Mato Grosso do Sul. São mais de 120 metros de profundidade e 4 metros por 20 de diâmetro, com a presença do Bioma Mata Atlântica.
A caverna não se encontra aberta à visitação. O seu acesso só pode ser feito com autorização e por pessoas devidamente treinadas para tal ambiente, devido ao grande risco de acidentes.
De acordo com informações do prefeito de Miranda, Edson Moraes, existe uma avaliação junto ao corpo jurídico de Miranda de uma maneira legal para que a Reserva Biológica possa se transformar em um parque municipal ou até mesmo em um balneário municipal, como os que já existem em outros municípios do Estado, como Bonito e Jardim.
No entanto, reafirmou o compromisso e o respeito ao que determina a legislação ambiental quanto da criação da Reserva Biológica. “Vamos dar um passo de cada vez. Primeiro é de fundamental importância o parecer jurídico. Caso haja brechas na lei, poderemos estudar uma forma legal e preservacionista, ampliando ainda mais a vocação turística de Miranda e de toda região do Pantanal, com ganhos sócios – ambientais e econômicos para toda comunidade local e do entorno. O produto nós já temos. Tanto o bioma pantaneiro quanto a caverna encontrada na Reserva Ecológica foram presentes de Deus”, destacou Edson Moraes.
A parceria público/privado poderia ser uma das alternativas na avaliação do prefeito. “Caso haja a possibilidade legal de realizarmos esse projeto de exploração sustentável e economicamente viável, Miranda terá todos os principais atrativos que os visitantes procuram; turismo de pesca, rural, de contemplação e agora a maior caverna vertical do Estado”, concluiu. A localização da Reserva Biológica não será divulgada, uma vez que o local ainda não se encontra aberto a visitação.
Em julho de 2019, a Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia de MS (Fundect) em parceria com a FINEP (Financiadora de Projetos do Ministério de Ciência, Tecnologia e Comunicação) lançou o Programa Centelha em Mato Grosso do Sul, com o objetivo de selecionar ideias inovadoras de startups e empresas iniciantes no Estado.
Após o término do prazo de inscrições, 564 novas ideias foram submetidas à avaliação dos consultores da Finep. Estas ideias partiram de jovens empreendedores de 34 municípios do Estado, sendo 359 da região centro norte, seguida pela região sudoeste (118), Pantanal (51) e leste (36).
Após várias etapas de avaliações, finalmente foi publicado no Diário Oficial de Mato Grosso do Sul desta quinta-feira (13) a lista com as 28 ideias vencedoras, que receberão cada uma, até 60 mil reais para transformar sua ideia inovadora em um negócio de sucesso.
Entre as vencedoras estão startups de Campo Grande, Dourados, Bonito e Sidrolândia. As ideias trabalham com as áreas de: Biotecnologia e Genética, Design, Inteligência Artificial, Internet das Coisas, Tecnologia Social, Manufatura Avançada e Robótica, Nanotecnologia, Geoengenharia e Realidade Virtual.
Em Bonito, o projeto "Ciclo Azul - Soluções Ambientais para Resíduos Orgânicos" da bióloga Lívia Cordeiro foi contemplado pelo programa na área de Tecnologia Social. "No segundo semestre, iniciaremos os trabalhos com resíduos orgânicos, vamos poder receber e processar resíduos de poda, grama e de alimentos. A idéia é reduzir a sobrecarga no lixão. Estamos procurando proprietários parceiros e uma área para instalação do pátio de compostagem", relatou ao grupo Unidos Conservamos.
Para conferir a lista completa com os vencedores basta clicar aqui .
De acordo com a diretora-científica da Fundect e gestora do Programa Centelha em Mato Grosso do Sul, Profª Edna Scremin Dias, o Centelha é apenas o primeiro passo de um longo trabalho de popularização e envolvimento da sociedade com ações de empreendedorismo e inovação.
“Durante os últimos meses, estivemos presentes nas 4 regiões de Mato Grosso do Sul reunidos com prefeituras, associações comerciais, universidades, institutos federais e incubadoras. Com isto promovemos uma troca de experiências com diversos atores da ciência, tecnologia e inovação do Estado. A divulgação do Centelha foi uma ótima oportunidade para reunir e fortalecer os agentes de nosso ecossistema de inovação. Agora com o resultado final das 28 ideias selecionadas poderemos conferir de perto a forma como esses recursos irão contribuir de sobremaneira para a transformação desses projetos em negócios inovadores. É o Mato Grosso do Sul investindo em Inovação”, afirmou a diretora.