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quarta, 10 de abril de 2013

Governadora do MS aparece na abertura oficial do MS Florestal

Simone Tebet crê no Mato Grosso do Sul lucrativo e sustentável.

Com Informações - Painel Florestal

(Foto: Fabio Victorino)

Executivos, empresários, produtores rurais, pesquisadores, estudantes e prefeitos de diversos municípios participaram, na noite desta terça-feira, 9, da abertura do MS Florestal 2013 – 3º Congresso Florestal de Mato Grosso do Sul, que este ano está sendo realizado no município de Bonito, localizado a cerca de 290 quilômetros da capital Campo Grande. Nesta edição do congresso, a competitividade será o assunto mais debatido.

A palestra de abertura do MS Florestal 2013 foi proferida pela vice-governadora e governadora em exercício, Simone Tebet. No entanto, o presidente da Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas (Reflore – MS), Junior Ramires, fez um breve discurso antes da palestra de Simone Tebet. Ele agradeceu aos patrocinadores do evento e disse: “Em 2008, discutimos a expansão do setor com o Plano Estadual de Florestas. Em 2010, o debate foi voltado para a sustentabilidade e, agora, em 2013, é a vez da competitividade. Nestes cinco anos, 400 mil hectares foram plantados, crescendo, em média, 25% ao ano. Hoje, temos 612 mil hectares plantados”.

Para Ramires, a competitividade vem sendo ameaçada com o crescimento dos custos de produção que chegaram a 300%, nos últimos cinco anos. Por isso, ele intensifica que é preciso investir na infraestrutura logística, no aperfeiçoamento da mão de obra e em mais pesquisas. Ramires disse ainda que o governo do Estado tem sido um parceiro do setor florestal. “Não podemos conviver com a criação de fantasmas que venham a elevar os custos de produção. Os incentivos fiscais são necessários, mas não queremos ser isentos. Precisamos ampliar esta parceria com o Estado até chegarmos a um milhão de hectares de florestas plantadas”, detalhou Ramires.

O chefe da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Gado e Corte, Cleber Soares, destacou que os 600 mil hectares de florestas plantadas mitigam três milhões de toneladas de gás carbônico por ano, o que significa dizer que, em cinco anos, o Mato Grosso do Sul mitigará todo o gás carbônico produzido no Estado de São Paulo por ano. “Precisamos trabalhar na eficiência energética do setor florestal”, frisou Cleber Soares, para um auditório lotado na abertura do MS Florestal 2013.

Simone Tebet afirma que Mato Grosso do Sul será uma potência ainda maior com o tema “Mato Grosso do Sul lucrativo e sustentável”, a vice-governadora Simone Tebet iniciou o MS Florestal 2013 afirmando que há seis anos o Produto Interno Bruto (PIB) do Estado era de R$ 28 bilhões e que, em apenas seis anos, este número saltou para quase R$ 60 bilhões. Simone Tebet destacou, ainda, o potencial pecuarista com 20 milhões de cabeças de gado, utilizando quatro milhões de cabeças para o abate por ano. Tebet disse, também, que 65% do pantanal ficam no Mato Grosso do Sul. “Fizemos o Zoneamento Econômico e Ecológico (ZEE). Assim, atraímos empresas e estamos desenvolvendo o setor florestal”, acrescentou Simone Tebet.

A governadora em exercício comentou que o Estado pode se tornar um grande produtor de etanol – cuja produção já atingiu a dois bilhões de litros, com o número de usinas saltando de 15 para 25. “O governo federal tem seis projetos que podem mudar a logística do Estado – três ferrovias e três rodovias. São grandes investimentos e que demoram, mas vão acontecer”, detalhou Tebet. As duplicações das BRs 262 e 163 são, hoje, os projetos mais visíveis.

Para Simone Tebet, o potencial de ecoturismo de Bonito não pode ser ignorado, principalmente pelo fato de a cidade já ter sido eleita onze vezes como o melhor roteiro neste segmento turístico. Além disso, o governo do Estado está construindo o maior aquário de água doce do mundo, com 18,6 mil metros quadrados, divididos em 24 tanques. “Por isso, o Mato Grosso do Sul é o melhor lugar do mundo para investir em florestas, porque está tudo interligado”, complementou Tebet.

No setor florestal, o Mato Grosso do Sul já desponta com o eucalipto que cresce mais rápido em todo o mundo, podendo ser cortado com apenas seis anos, mas abre espaço para o desenvolvimento de diversas cadeias produtivas, como papel, celulose, ferro gusa a partir de carvão vegetal para a geração de aço verde. “O governo federal está construindo sete escolas técnicas no nosso Estado e estes cursos serão voltados para a área florestal, em sua maioria. Este ano, as inaugurações começarão”, adiantou Tebet.

A vice-governadora Simone Tebet anunciou que o Estado está pleiteando a instalação de empresas que fabriquem todo o maquinário da indústria florestal. Além disso, a capacidade de produção das fábricas de celulose – Fibria e Eldorado Brasil – serão dobradas até 2018, com a pior das hipóteses para 2020. Há a possibilidade de instalação de outras duas empresas de celulose no Estado, transformando, definitivamente, o Mato Grosso do Sul na maior potência de celulose do mundo. Tudo isso demandará mais 450 mil hectares de florestas plantadas – um trabalho que já vem sendo desenvolvido com as atividades das empresas ligadas à Reflore – MS.

Para baratear os custos de produção, Simone Tebet disse que os impostos serão menores e que o governo do Estado está estudando formas de contribuir com a diminuição nos valores dos insumos, com destaque para a área de fertilizantes. Para comprovar o discurso, Simone Tebet lembrou sobre a construção de uma fábrica de fertilizantes da Petrobrás no município de Três Lagoas, diminuindo pela metade a dependência do mercado exterior nesta área. Tebet também acredita no desenvolvimento da indústria da borracha, com o látex produzido no próprio Estado do Mato Grosso do Sul. “O governo está entrando com a energia e vamos aprimorar tudo até, no máximo, 2016, com investimentos de R$ 2 bilhões. O governo do Estado quer trocar impostos pela geração de empregos”, informou Tebet, que defende a diversificação da indústria florestal.

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