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quarta, 13 de março de 2013

Do Pantanal ao Atacama, uma rota que começa a ganhar forma em MS

Rota turística entre o Pantanal sul-mato-grossense e o deserto de Atacama no Chile já começa a ganhar contornos reais.

MidiaMax News

Imaginem uma rota turística com base rodoviária, apoiada por pontes e outras opções intermodais de transportes, entre o Pantanal de Mato Grosso do Sul e o deserto do Atacama, no Chile, num percurso mais atrativo e rápido para os brasileiros.

Este, que ao longo do tempo vinha sendo tratado como sonho distante, começa a ganhar contornos reais. Já está em curso a mobilização política e parlamentar para materializar este projeto visionário, que é ligar dois dos mega-ecossistemas do planeta: a maior área alagada e o deserto mais elevado e mais árido.

À frente dessa empreitada, no plano regional, está o prefeito de Porto Murtinho, Heitor Miranda (PT), junto com o governador André Puccinelli (PMDB), já com a empolgada adesão de integrantes da bancada federal, como o senador Delcídio Amaral e o deputado federal Vander Loubet. O governo federal, peça decisiva nessa engrenagem, também já acenou positivamente, por meio do ministro do Turismo, Gastão Vieira.

Compromisso

O ministro Gastão Vieira conversou com Heitor em fevereiro passado, e num ambiente dos mais propícios para falar sobre o assunto. Foi na Serra da Bodoquena, na inauguração da MS-178.

Esta rodovia de 69,5 km liga os municípios de Bodoquena e Bonito e é a penúltima etapa de interligação terrestre no chamado Circuito das Águas.

Para fechar essa malha viária agora só falta asfaltar a Estrada do Curê, um trecho de 17 km no prolongamento da MS-178, e a construção de uma ponte na ligação entre Bonito e a BR-267, conhecido como Estrada do Curê (porco, em guarany).

Puccinelli anunciou a licitação para a Estrada do Curê e o ministro do Turismo se comprometeu em levar adiante o projeto, dizendo-se convencido e maravilhado com as projeções desses investimentos e potencialidades focalizadas por Heitor.

O Circuito das Águas abrange fabulosos paraísos ecológicos, mananciais e rios grandiosos como o Paraguai, o Miranda e o Apa, presentes em municípios do Sudoeste como Bonito, Bodoquena, Porto Murtinho, jardim, Bela Vista, Guia Lopes da Laguna e Caracol. E é exatamente nessa região que serão fixados os extremos da ligação entre o Pantanal e o Deserto do Atacama, numa extensão de aproximadamente 900 km.

A rota

O caminho idealizado começa no trecho de 64 km de Porto Murtinho à cidade paraguaia de Vallemy, onde será necessário construir uma ponte sobre o Rio Apa. De Vallemy avança-se até Loma Plata, Filadelfia e La Patria, já na fronteira com a Argentina.

Depois, a travessia do Rio Pilcomayo, prosseguir até San Juan de Jujui, cruzar a Cordilheira dos Andes e chegar à cidade chilena de San Pedro de Atacama. Nesse percurso, será possível experimentar vários e singulares universos ecoambientais e geográficos, com o Pantanal, os chacos argentino e paraguaio, a cordilheira andina e o deserto chileno.

O deserto do Atacama está localizado na região norte do Chile até a fronteira com o Peru. Com cerca de 1000 km de extensão, é considerado o deserto mais alto e mais árido do mundo. Com pouco mais de 5 mil habitantes, o povoado de San Pedro (era a antiga cidade dos impérios Tiahuanaco e Inca) está a 2.400 metros de altitude.

É o principal ponto turístico do Chile e considerado um oásis naquela imensidão desértica, mas cheia de endereços turísticos e um cotidiano interessante. É ponto top de encontro de viajantes, aventureiros, mochileiros, fotógrafos, astrônomos, cientistas, pesquisadores, motociclistas e celebridades do mundo inteiro. A vida noturna é agitada e o povo é pacato e hospitaleiro.

Espremido entre o Oceano Pacífico e a Cordilheira dos Andes, o deserto do Atacama é um point seleto de turistas e esportistas para a prática do trekking, montanhismo, montaria, off-road e mountain bike; de arqueólogos, graças aos vestígios de civilizações milenares, além de salinas, gêiseres, vulcões, lagoas coloridas, vales verdejantes e canyons de água cristalina. Também há múmias com mais de 1000 anos deixadas pelos Chinchorros, ocupantes primitivos da região.

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