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segunda, 25 de abril de 2011

Parceira no Pantanal ganha recursos da Petrobras Ambiental

Bionovas

Apremarine participou da 3ª seleção pública do Programa Petrobras Ambiental, com o Projeto Restauração Florestal de APPs no Rio Negro (MS), e teve seu projeto de restauração florestal de 220,18 hectares de áreas de APPs contemplado

A Associação de Preservação do Meio Ambiente de Rio Negro (Apremarine), criada em 2006, foi contemplada pela 3ª seleção pública do Programa Petrobras Ambiental, com o projeto de restauração florestal de 220,18 hectares de áreas de APPs. A verba obtida pelo programa vai ser utilizada na construção de um viveiro de mudas nativas, com capacidade inicial para 15 mil mudas, que deve ser inaugurado no primeiro trimestre de 2011.

O viveiro, que deve atingir uma capacidade de produção anual de 45 mil mudas, faz parte das ações do Projeto de Adequação da Microbacia do Córrego do Café, que a Apremarine desenvolve em parceria com a Conservação Internacional desde 2008, no município de Rio Negro (MS). O projeto prevê ainda a restauração das reservas legais e ações de educação ambiental.

A microbacia do córrego do Café está inserida na bacia do rio Negro, um dos rios mais bem preservados do pantanal sul-matogrossense e, portanto, onde qualquer ação impactante afeta diretamente o Cerrado de entorno e, indiretamente, o Pantanal, com conseqüências desastrosas para esses biomas.

Segundo Valmir Ortega, diretor do programa Cerrado-Pantanal da CI-Brasil, a Conservação Internacional ajudou a criar o projeto por considerar essa região prioritária para a recuperação de áreas degradadas nas bacias do entorno do Pantanal, podendo servir como modelo para a futura implementação de políticas públicas de preservação da região. “A região ainda apresenta um bom potencial de regeneração natural pelo histórico de uso da área e a existência de muitos fragmentos florestais remanescentes”, afirma Ortega.

O projeto, que também conta com o apoio do Laboratório de Ecologia e Restauração Florestal da Escola de Agronomia da Universidade de São Paulo (Esalq/USP), já realizou um diagnóstico fundiário da região, que delimitou espacialmente as 106 propriedades rurais localizadas dentro da microbacia. O diagnóstico constatou que as propriedades, basicamente de agricultura familiar que desenvolvem a atividade de criação de gado leiteiro, apresentam ausência quase completa dos 20% de reserva legal. O estudo apontou ainda que as propriedades adotam técnicas precárias em relação ao uso dos recursos naturais em seu sistema de produção, desconsiderando a legislação ambiental vigente e deixando de tomar a devida precaução com a conservação dos solos, da água e da biodiversidade.

Em vista disso, o “Projeto de Adequação Ambiental da Microbacia do Córrego do Café” desenvolveu uma série de ações que visam reverter esse quadro. Apresentado a quase todos os proprietários locais, conseguiu a adesão voluntária de 17 deles. As 21 propriedades desses 17 agricultores-parceiros totalizam 3.252,45ha (43% da microbacia) dos quais 220,18 hectares são APPs (áreas de proteção ao longo de cursos d´água, reservatórios, nascentes e topos de morros) que estão totalmente degradadas e serão alvo da restauração florestal por meio das mudas produzidas no viveiro financiado pelo Programa Petrobras Ambiental.

Além disso, o projeto prevê capacitar técnicos envolvidos na manutenção e criação do viveiro, implantar um programa de monitoramento das árvores plantadas e realizar ciclos de palestras com professores e alunos da rede municipal e estadual de ensino, entre outras.

Ações de Educação Ambiental também são realizadas através de palestras e orientações técnicas. No ano de 2010, foram realizadas 12 palestras atendendo 640 pessoas de escolas estaduais e do Programa Vale Renda. A Apremarine também orienta a população local e regional por meio do Programa “Preservando a Natureza”, veiculado pelada rádio comunitária Rio Negro FM 87.9 todos os sábados, com uma hora de duração, e pelo site http://www.fmrionegro.com.br

Segundo a Bióloga Elizangela Maria dos Santos Arruda, diretora-executiva da Apremarine, as parcerias com a Conservação Internacional e agora com a Petrobras são de fundamental importância para o desenvolvimento das ações do projeto. Segundo Elizangela, “a amplitude desta iniciativa contempla melhorias ao meio ambiente que refletem na qualidade de vida da sociedade".

A equipe acredita que a iniciativa poderá ser replicada para outras microbacias de igual importância para a conservação do Cerrado de entorno e, consequentemente, do Pantanal.

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