terça, 09 de novembro de 2010
Bom Dia Brasil
As 1,5 mil mudas de árvores nativas do cerrado foram doadas por uma companhia de energia. A intenção é conscientizar a população ribeirinha da necessidade de preservar a mata ciliar e as cabeceiras.
No Pantanal, ipês e jacarandás voltam a fazer parte da paisagem. Áreas que estavam devastadas vão ganhando vida nova.
Eles vestem a farda com orgulho e recebem do comandante um missão: "vai pedir para a pessoa cuidar daquela muda que vai virar uma árvore". De barco, pelo Rio Taquari, eles param onde tem ribeirinhos ou turistas e dão um presente ecológico.
As crianças são do projeto de educação da Polícia Ambiental de Mato Grosso do Sul. As 1,5 mil mudas de árvores nativas do cerrado foram doadas como medida de compensação ambiental por uma companhia de energia.
E a escolha da região na parte alta que é a borda o Pantanal tem uma razão: despertar a população para a necessidade de preservar as cabeceiras do rio que desce para o Pantanal.
Em um local onde a árvore está com a raiz desnuda, a terra frágil não resistiu a retirada da vegetação nativa e desmoronou.
Ao todo, 1,5l mil mudas estão sendo distribuídas. A intenção é conscientizar a população ribeirinha da necessidade de preservar a mata ciliar e as cabeceiras. Por causa do desmatamento, em alguns locais, o Rio Taquari está completamente assoreado.
"A quantidade de sedimentos que desce se deposita no meio do rio. Então, a força da água que era antes no meio do rio acaba se transferindo para as bordas, para as margens. Então, a correnteza do rio fica nas bordas. E essa força nas margens do rio ocasiona o desmoronamento das margens", explica o comandante César Freitas, da Polícia Militar Ambiental de Coxim.
Medidas de contenção de erosão foram feitas, mas os nacos de areia no meio do rio são uma lembrança silenciosa de que ainda há muito o que fazer.