terça, 09 de novembro de 2010
Aquidauana News
Ermelinda Pedroso Rodrigues D"Almeida é uma cantora das antigas que consegue manter-se com sucesso nos dias atuais. Tem 59 anos, mais de 30 dos quais vividos no Brasil. Conhecida como Perla, a filha mais ilustre da pequena cidade paraguaia de Caacupé, fará o show de encerramento do Festival Pantaneiro, que acontece de 12 a 14 de novembro, no Parque de Exposições Manoel Antonio Paes de Barros, em Aquidauana, Mato Grosso do Sul.
"Brasil e Paraguai", uma das canções inseridas em sua rica discografia que contabiliza algo em torno de 51 álbuns gravados, é um retrato fiel de sua história, construída nos dois países. "Aqui cheguei e logo vi que era meu lar", lembra Perla, referindo-se ao Brasil, onde chegou no início da década de 70 do século passado. "Esta gente abriu seu coração", lembra, observando que por isto tem o seu dividido.
A presença de Perla no projeto desenvolvido pelo Governo Municipal de Aquidauana é uma justa homenagem a um dos povos que compõe a rica miscigenação de raças do pantanal sul matogrossense. Com os bolivianos, os índios terenas e os pantaneiros brasileiros fomentam a rica cultura dos "povos do pantanal", temática do evento deste ano que reuniu, em sua primeira edição, mais de quarenta mil pessoas e teve como uma das atrações Almir Sater.
Em conversa sobre a programação de 2010 que inclui, no palco, também as participações de Renato Teixeira, dia 12, e Sérgio Reis, dia 13, o prefeito da cidade, Fauzi Suleiman, lembra que todas as atrações tem alguma ligação com o pantanal. Se Perla, com sua voz inconfundível que já foi ouvida até pelo Príncipe Charles e pela Rainha Elizabeth, da Inglaterra, reina no coração de seus "hermanos" guaranis, Renato Teixeira e Sérgio Reis repercutem entre os pantaneiros canções que tocam na sua alma, como "Trem do Pantanal" e "Tocando em frente", entre outras.
Faz sentido. Soma-se a isto o fato de Perla ter começado sua vida brasileira na cidade praiana de Santos, em São Paulo, berço de Renato Teixeira. Coincidência ou não, suas histórias terão mais um capítulo em comum, no Portal do Pantanal, onde todos os povos se encontram.