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segunda, 01 de novembro de 2010

Dilemas do Pantanal refletem desafios ambientais do Brasil

O Globo

Aquidauna, Itiquira, Nabileque, Piquiri e Salobra são nomes que, para muitos, não dizem nada. No Pantanal, são sinônimo de vida. Os cinco são os rios que fazem do bioma um dos mais ricos e, sem dúvida, o mais exuberante dos biomas do Brasil. Mais de 2.600 espécies de animais vivem em suas águas ou em planícies inundadas, tornando a região, no coração da Bacia do Alto Paraguai, um zoológico a céu aberto.

Enquanto a Amazônia esconde sua riqueza em mata fechada, o Pantanal não só expõe sua natureza, como a rege em ritmo próprio. As estações do ano são ignoradas. Há apenas dois períodos: um marcado pelas chuvas, de novembro a março; e outro de secas, que se estende pelo resto dos meses.

Este ano a seca se mostrou particularmente severa, alarmando os pantaneiros e os pesquisadores que estudam o bioma, a mais importante planície inundada do mundo e um dos tema em discussão esta semana em Nagóia, no Japão, na Conferência Internacional de Biodiversidade, promovida pelas Nações Unidas. A combinação da exuberância com um futuro repleto de incógnitas faz do bioma um pequeno resumo do meio ambiente no Brasil.

Segundo cálculos de pesquisador da Embrapa, o Pantanal dá ao Brasil R$ 700 bilhões, em serviços como água e regulação do clima. Porém, a seca incomum, o assoreamento crescente dos rios e hidrelétricas que deverão mudar o caminho das águas colocam toda essa riqueza em risco.

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