segunda, 16 de agosto de 2010
O Dia Online
Rio - Ícone das it-girls da cidade e sócia da Nag Nag, a multimarcas preferida da juventude dourada, Carol Buffara trocou as férias no Mediterrâneo, tão em moda entre suas colegas fashionistas, por uma expedição a Bonito, no Mato Grosso do Sul. "Acho que esses destinos em julho ficam muito cheios. Decidimos então fazer o contrário: viajar pelo Brasil agora e, só em setembro, ir para fora. Pegaremos o final da temporada, quando os lugares têm menos filas e menos turistas; o roteiro é Roma, Capri, Sorrento, Amalfi e Positano".
Foto: Álbum de viagem
O DESTINO. "Já tinha ouvido falar de Bonito, de suas águas claras, mergulhos, mas confesso que não era um plano próximo de viagem.
Todos os anos, o (empresário) Dado (Jacintho), meu namorado, organiza a Feijoada de Inverno de Bonito, na Praia da Figueira. O lugar é paradisíaco, fica cheio de gente linda, são 800 convidados numa festa com música ao vivo e DJ ao anoitecer".
A TURMA. "Essa viagem reúne pessoas do Brasil todo, Rio, São Paulo, Curitiba, interiores. Comigo foram meus amigos Kiko Gouvea e Marcelo Serrado. É impressionante a quantidade de estrangeiros na cidade. Você sai com a impressão de que o mundo todo descobriu o lugar, menos os brasileiros, o que é uma pena".
COMO CHEGAR. "Pegue um avião do Rio para Campo Grande (a TAM tem voos diretos), de onde se parte para Bonito em duas horas e meia de carro. A viagem passa muito rápido, porque a paisagem é linda".
BELEZA. "Realmente, não estavam exagerando quando me falavam de Bonito. Em primeiro lugar, a paisagem é maravilhosa, o ar é puríssimo e você fica o tempo todo rodeada de verde. Fizemos um passeio chamado Sucuri, para o qual é necessário pegar um carro até a sede de uma fazenda. Chegando lá, somos atendidos por um guia que nos instrui a colocar roupas e sapatos de borracha. Uma vez prontos, entramos em outro carro que nos leva ao início da trilha, até o Rio Sucuri. O caminho já é cheio de nascentes lindas. É impressionante como a água
é transparente; mesmo de cima, vemos nitidamente o fundo".
NA NATUREZA. "Quando chegou a hora de mergulharmos, tivemos que fazer uma fila indiana e descer um de cada vez. O instrutor nos alertou para, em hipótese alguma, colocar os pés no chão, para não tirarmos nada do lugar nem impedirmos a visibilidade. Nunca tinha mergulhado assim antes; não precisei fazer nenhuma força para nadar, o rio simplesmente me levava, parecia que eu estava com um motorzinho nas costas. Vimos toda a vegetação e uma quantidade absurda de peixes, cardumes enormes de dourados".
PERRENGUE. "Precisávamos ficar atentos durante o passeio porque, como o rio nos levava, não tínhamos lá muito controle. Muitas vezes, quando estava olhando para o lado, admirando os peixes, me deparava com um tronco de árvore. Outra coisa bem engraçada foi a espera para sairmos com o carro do passeio. Estava um calor de lascar, vi uma mangueirinha dando sopa e meti a cabeça embaixo. Uma delícia de banho de mangueira".
ARSENAL. "Uma coisa que sempre levava comigo, até à noite, era meu mini-Off e meu Afterbite, ambos comprados na Wallgreens (farmácia americana online). Sou alérgica a mosquitos e voltei com a perna pipocadinha; nem os super-repelentes deram jeito".
INSPIRAÇÃO. "No caminho de Campo Grande para Bonito, passamos por um senhor, muito humilde, que faz pulseiras com chifres - tenho uma muito parecida da Chanel (risos). Fiquei louca para fazer umas para a Nag Nag."
VISITA. "Numa noite, estávamos em um bar superlegal, chamado Tá Boa?!, onde rolava um show de uma banda de MPB. Até o Serrado deu canja. De repente, vejo pela janela um homem passando com uma jiboia no pescoço. Você não está entendendo meu pânico de cobra, mas, mesmo assim, chamei o rapaz para perto de mim e perguntei se a cobra era mansinha. E tive coragem de tocar no couro da cobra, bem longe da cabeça. Para o meu espanto, ela não era melada e tinha a pele bem sequinha, parecia uma bolsa mesmo. Daí vi aquele cara segurando a cabeça, respirei fundo, tomei coragem e pedi pra ele colocar a cobra no meu pescoço. Quase morri, mas fiquei bem orgulhosa da minha coragem. É dura a vida da bailarina".
RETORNO. "Não tenho dúvidas de que voltarei em breve. Estou louca para fazer vários outros passeios. Dizem que tem uma espécie de buraco negro estreito, pelo qual você desce fazendo rapel e, chegando ao fundo, se depara com uma caverna subterrânea, com água estilo gruta azul, turquesa. Já estou sonhando com isso".