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sexta, 13 de agosto de 2010

"MS terá uma nova indústria do conhecimento", diz Fundect

MS Notícias

Um novo cenário se inicia no meio da pesquisa científica em Mato Grosso do Sul. Isso porque membros da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (Fundect) avaliam como positivas as discussões do workshop da Rede Pró-Centro-Oeste de Pós-Graduação, Pesquisa e Inovação, realizada no último dia 9, em Brasília.

O evento reuniu presidentes das fundações de apoio à pesquisa (FAPs) que apresentaram suas demandas e expectativas. Dentre elas, a necessidade da formação de recursos humanos, de fortalecer a pós-graduação no Centro-Oeste e melhorar a infraestrutura de Ciência e Tecnologia na região.

O diretor-presidente da Fundect, Fábio Edir Costa, disse que o mais importante foi a presença das FAPs dos quatro Estados da região (MS, MT, GO e DF), além do Ministério de Ciências e Tecnologia, que coordena a Rede, de representantes do CNPq e da Capes.

"Deixamos todos os detalhes acordados, para que a partir da implementação do edital em diante, as regras sejam claras e as mesmas para todos", afirmou.

Serão destinados à Rede-Pró-Centro-Oeste para 2010 e 2011 recursos da ordem de R$ 51 milhões. Deste total, R$ 30 milhões são provenientes do Ministério da Ciência e Tecnologia, R$ 4 milhões da Capes, além da contrapartida dos Estados com R$ 4,25 milhões cada.
O recurso será divido em quatro partes iguais, fato que democratiza e garante as mesmas condições de desenvolvimento em pesquisas para os Estados envolvidos.

"Isso significa que independente do Distrito Federal, que possui um número superior de pesquisadores, ainda mais se considerarmos a Universidade de Brasília (UnB), que tem um potencial muito maior de pesquisa, até por questões históricas, eles irão concorrer com total igualdade com as demais universidades do Centro-Oeste", explicou Costa.

A iniciativa terá ênfase na conservação e uso sustentável dos recursos naturais do Cerrado e do Pantanal. Para isso, o programa Centro-Oeste compreenderá três linhas de atuação: Ciência, Tecnologia e Inovação para sustentabilidade da Região Centro-Oeste; Bioeconomia e Conservação dos Recursos Naturais; e Desenvolvimento de Produtos, Processos e Serviços Biotecnológicos.

Capital intelectual

O diretor científico da Fundect, Marcelo Tunire, acredita que esta rede irá mostrar a possibilidade de investimentos em pesquisa, ciência e tecnologia, e na capacidade inovadora de nossa região. "É uma questão que vai durar quatro anos, o que garante continuidade. Frisamos três fatores importantes durante o workshop em Brasília, que são: continuidade das ações, agilidade nos processos; e a flexibilidade na gestão", completa.

Segundo Turine, o foco principal, a partir de 2011, é costurar um programa de pós-graduação interestadual e interinstitucional para formar vários doutores e produtos de inovação. "O grande desafio será agregar recursos humanos e empresas, para gerar patentes e melhorar os índices de capital intelectual, o que tornaria Mato Grosso do sul muito mais competitivo no cenário nacional e internacional", finaliza.

O presidente da Fundect ressalta que as condições criadas com a rede são favoráveis para desenvolver e transformar a região Centro-Oeste. "Há um diálogo entre os pesquisadores, o que é muito importante. O desenvolvimento irá gerar uma nova indústria do conhecimento na região".

Critérios

De acordo com informações do Ministério da Ciência e Tecnologia, o conselho diretor da Rede Pró-Centro-Oeste definiu que o perfil desejado para a indicação dos membros do Comitê Científico deve seguir os seguintes critérios: experiência em atividades de pesquisa e pós-graduação; atuação nas áreas de conhecimento relevantes aos componentes da rede; preferencialmente pesquisadores e bolsistas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT); pesquisadores que tenham liderança, capacidade de articulação e visão progressista; experiência com gestão de CT&I e observar o equilíbrio entre os eixos da rede.

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