"Como fica o Brasil pós-crise? O que mudou no apetite dos investidores pelo País após a crise Internacional?" Esta foi uma das principais conferências desta terça-feira do V Nordest Invest, que se realiza em Natal até hoje.

Luciano Lewandowski, diretor da Prosperitas Investimentos, foi incisivo: "Na crise, o Brasil foi considerado um porto seguro, mas não temos ainda projetos formatados adequadamente para a quantidade de investimentos internacionais que começam a surgir".

O chairman da Global Estate Institute, Henri Alster, também foi enfático ao analisar as possibilidades para o desenvolvimento imobiliário-turístico nacional. "O Brasil será o país da próxima década. A China é um mercado extraordinário, mas a intervenção do governo pode afetar os interesses dos investidores. Aqui as leis são bem conhecidas", ressaltou.

Já o representante da Associação de Promotores Imobiliários de Madrid, José Manuel Galindo, afirmou que a crise na Europa está sendo ultrapassada e que os investidores espanhóis, aos poucos, já começam a voltar para a América Latina.

"Há alguns anos as empresas espanholas estavam mais interessadas no mercado interno, mas a crise fez com que elas voltassem os olhos de volta para os mercados de fora. O Brasil, com uma grande demanda imobiliária e com uma classe média crescente, apresenta grandes oportunidades".