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sábado, 10 de abril de 2010

Preservação do Pantanal revela agropecuária sustentável

MS Notícias

Levantamento do Censo Agropecuário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2006 apontam que 84% da cobertura vegetal do Bioma Pantanal e 60,42% do Cerrado se mostravam intactos. Mais recentemente, em 2008, estudos realizados pela ONG ambientalista WWW apontam a conservação de 85% da planície pantaneira. Para a Federação da Agricultura e Pecuária, o percentual de conservação que torna o Pantanal um dos Biomas mais preservados do mundo valoriza ainda mais o crescimento da agropecuária no Estado.

Dados do IBGE também mostram que nas três décadas da emancipação de Mato Grosso do Sul houve uma ampliação da área cultivada de 113%. Uma expansão tímida se comparada ao aumento da produção total de grãos na ordem de 617%. "Os dados demonstram o empenho da agropecuária em adotar sistemas que garantam o desenvolvimento sustentável", afirma o presidente da Famasul, Eduardo Corrêa Riedel. O crescimento do setor, ressalta, é resultante de em uma elevação da produtividade média por hectare de 236% no período.

Segundo o dirigente, a falta de entendimento sobre a legislação ambiental e a distorção de dados acaba atribuindo aos produtores uma imagem que não faz jus à responsabilidade assumida pelo setor na produção de alimentos. Avaliar a área de desmatamento levando em conta somente a demanda e fabricação de carvão vegetal, por exemplo, gera uma idéia equivocada sobre o uso da vegetação nativa da região. Isso porque, a produção de carvão também é alimentada pelo aproveitamento de material lenhoso que os produtores mantém em estoque, provenientes da abertura de áreas realizada anteriormente e que se mantém dentro dos parâmetros estabelecidos por lei.

Atualmente, a legislação ambiental prevê que as propriedades mantenham 20% de vegetação nativa como reserva legal e que sejam mantidas áreas de preservação permanente para proteção de nascentes, beira de rios, encostas, topos de morros, etc. "O setor rural tem procurado participar ativamente das discussões para elaboração do novo Código Ambiental Brasileiro. Precisamos sim de critérios garantindo proteção aos biomas que compõem o território nacional, mas essas regras devem ser construídas de modo racional, justificadas pelas peculiaridades de solo, clima e vegetação de cada região", afirma o dirigente.

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